ANO B
Mc 9,2-10
Comentário do Evangelho
Experiência da transfiguração
Esta narrativa da transfiguração revela a dignidade e a glória já presentes na humanidade de Jesus, o que não era ainda percebido pelos discípulos. Ela tem o objetivo pedagógico de instrução das comunidades, as quais vão compreendendo-o progressivamente.
"O que significaria esse 'ressuscitar dos mortos'"? Nenhuma resposta teórica esgota o seu significado. O que os discípulos experimentaram foi o amor de Jesus, Filho de Deus, que glorifica o Pai no cumprimento de sua missão. Envolver-se nos laços desse amor, nas relações humanas, na família, na comunidade, na sociedade, é entrar em comunhão com o amor e a vida eterna de Deus.
José Raimundo Oliva
Oração
Senhor Jesus, que a contemplação de tua transfiguração me prepare para contemplar tua crucifixão, seguro de que és o Filho amado de Deus.
Fonte: Paulinas em 06/08/2012
Comentário do Evangelho
A ação de Deus na vida de Jesus
O relato da transfiguração é uma prolepse da ressurreição de Jesus Cristo e uma ocasião para a afirmação, da parte do Pai, da filiação divina de Jesus. É sobre uma montanha que Jesus sobe com três dos seus discípulos. A montanha é, para a tradição bíblica, o lugar da revelação de Deus e de seus desígnios (cf. Ex 3,1ss). Os seis dias mencionados no início do relato referem-se à conversa de Jesus com os discípulos e a multidão, cujo tema central era o seu destino pessoal. O passivo divino “foi transfigurado” indica que foi Deus quem transfigurou o seu Filho bem amado. A ação de Deus na vida de Jesus tem um reflexo luminoso que atinge todo o seu ser, e que tem reflexo no corpo, através do qual a pessoa é reconhecida na sua identidade pessoal e inalienável. As presenças de Elias e Moisés, na glória de Deus, conversando com Jesus apontam para a ressurreição de Jesus e indicam que todo o Antigo Testamento dá testemunho do que será, em seguida, dito pela voz celeste, a saber, que Jesus é o Filho de Deus. A palavra de Pedro a Jesus é a reação dele diante do acontecido; aos discípulos significa acolherem a revelação da divindade e filiação divina de Jesus. Para a comunidade cristã que lê o relato é exigida a escuta de Jesus, pois é através dela que se chega a conhecer o mistério de Deus.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Senhor Jesus, que a contemplação de tua transfiguração me prepare para contemplar tua crucifixão, seguro de que és o Filho amado de Deus.
Fonte: Paulinas em 06/08/2015
Vivendo a Palavra
Nos breves momentos de êxtase em que os apóstolos escolhidos são presenteados com a visão gloriosa de Jesus, eles estão sendo preparados para a aridez que deveriam enfrentar em seguida: a prisão, o julgamento e a morte do Mestre. Também a nossa vida de fé é uma sucessão de situações de doce consolo e de profunda aflição.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/08/2012
VIVENDO A PALAVRA
Nos breves momentos de êxtase em que os apóstolos escolhidos são presenteados com a visão gloriosa de Jesus, eles estão sendo preparados para a aridez que deveriam enfrentar em seguida: a prisão, o julgamento e a morte do Mestre. Também a nossa vida de fé é uma sucessão de situações de doce consolo e de profunda aflição.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/08/2018
vIVENDO A PALAVRa
A transfiguração do Senhor tornou-se objeto de uma festa litúrgica oriental já no século V. Na Igreja ocidental, essa festa surge pela primeira vez no século X e se difunde com rapidez. Só foi introduzida em toda a Igreja pelo papa Calisto III, em 1456 (6 de agosto). Aos três discípulos, entristecidos com o anúncio de sua paixão e morte, Jesus quer mostrar que sua vida não será um fracasso, mas terá um fim vitorioso, a ressurreição. No alto monte, lugar da manifestação divina, Jesus se transfigura diante dos três mais representativos entre os apóstolos. Dois representantes de todo o Antigo Testamento (Moisés, a Lei; Elias, os profetas) conversam com Jesus: o Antigo Testamento não tem uma mensagem direta para os cristãos; ela deve passar pelo filtro, isto é, pela interpretação de Jesus.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/08/2021
Reflexão
O episódio da transfiguração do Senhor tornou-se objeto de uma festa litúrgica oriental já no século V. Na Igreja ocidental, esta festa surge pela primeira vez no século X e se difunde com rapidez. Só foi introduzida em toda a Igreja pelo Papa Calisto III, em 1456 (6 de agosto). Aos três discípulos, entristecidos com o anúncio de sua paixão-morte, Jesus quer mostrar que sua vida não será um fracasso, mas terá um fim vitorioso, a ressurreição. No alto monte, lugar da manifestação divina, Jesus se transfigura diante dos três mais representativos entre os apóstolos. Dois representantes de todo o Antigo Testamento (Moisés, a Lei; Elias, os profetas) conversam com Jesus: o Antigo Testamento não tem uma mensagem direta para os cristãos; ela deve passar pelo filtro, isto é, pela interpretação de Jesus.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 06/08/2018
Reflexão
O episódio da transfiguração do Senhor tornou-se objeto de uma festa litúrgica oriental já no século V. Na Igreja ocidental, esta festa surge pela primeira vez no século X e se difunde com rapidez. Só foi introduzida em toda a Igreja pelo papa Calisto III, em 1456 (6 de agosto). Aos três discípulos, entristecidos com o anúncio de sua paixão e morte, Jesus quer mostrar que sua vida não será um fracasso, mas terá um fim vitorioso, a ressurreição. No alto monte, lugar da manifestação divina, Jesus se transfigura diante dos três mais representativos entre os apóstolos. Dois representantes de todo o Antigo Testamento (Moisés, a Lei; Elias, os profetas) conversam com Jesus: o Antigo Testamento não tem uma mensagem direta para os cristãos; ela deve passar pelo filtro, isto é, pela interpretação de Jesus.
Oração
Ó Jesus, Filho do Homem, pela transfiguração, revelaste aos apóstolos que a tua vida não caminha para o fracasso, mas para a glória eterna. Revelaste também que és o Filho amado do Pai, a quem devemos sempre escutar. Concede-nos coração receptivo e ouvidos atentos aos teus ensinamentos. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 06/08/2021
Meditando o evangelho
CONTEMPLANDO O RESSUSCITADO
A transfiguração de Jesus, no topo de um monte, prefigura a Ressurreição. Os discípulos escolhidos têm a possibilidade de contemplá-lo na condição de Ressuscitado. Todos os elementos da cena apontam para isto. As vestes resplandecentes, absolutamente brancas, lembram o mundo divino, ao qual Jesus pertence, e evocam alegria e vitória. A presença de Elias e Moisés indica ser Jesus o enviado definitivo do Pai, e também, o esperado na consumação dos tempos. A reação de Pedro é característica de quem faz uma experiência do sobrenatural: querer perpetuar um momento privilegiado de contato com a divindade. A intervenção do Pai, cuja voz faz-se ouvir do meio de uma nuvem, não dá margem para dúvidas. Efetivamente, os discípulos têm diante de si um ser celestial, Filho amado de Deus, a quem devem dar toda atenção. Exatamente, como poderão constatar após a Ressurreição. Por conseguinte, o Jesus, que caminhará para a cruz, não será vítima de uma fatalidade histórica, nem um fracassado que não conseguiu impor o seu projeto. A transfiguração revela sua identidade de Filho amado do Pai, ao qual é absolutamente fiel. A ressurreição deixará patente esse amor. Após a morte ignominiosa de Jesus, na cruz, o Pai exaltará o Filho, ressuscitando-o para a gloriosa imortalidade. Aí a transfiguração não terá fim. E Jesus será glorioso para sempre!
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de glória, que eu saiba reconhecer, no Jesus transfigurado, o Filho ressuscitado pelo Pai, cheio de glória e majestade.
Fonte: Dom total em 06/08/2015 e 06/08/2018
Meditando o evangelho
O ÊXODO DE JESUS
O diálogo entre Moisés e Elias, falando sobre a partida de Jesus - seu êxodo - oferece aos discípulos uma pista para compreender o conjunto da vida do Mestre, mormente, sua morte de cruz.
Em primeiro lugar, em toda a sua vida só buscou a da vontade de Deus. Os dois personagens vétero-testamentários representavam a Lei e os Profetas, ou seja, as Escrituras na sua totalidade. Elas é que falavam de Jesus e permitiam compreender seu caminho que desembocaria na cruz. Nada, na existência do Mestre, estava sob o signo da fatalidade. Ele era todo de Deus, e Deus, o senhor de sua vida.
Em segundo lugar, a alusão ao êxodo indicava que a vida de Jesus estava toda a serviço da libertação. Semelhante ao êxodo do passado, quando o povo, sob a liderança de Moisés, foi resgatado da tirania do faraó, toda a existência de Jesus estava destinada a libertar a humanidade da escravidão do pecado e introduzi-la na terra da fraternidade.
Em terceiro lugar, o êxodo está ligado à figura do cordeiro pascal, cujo sangue livrara o povo da ira divina. O êxodo de Jesus, a ser consumado em Jerusalém com sua morte de cruz, pouparia a humanidade de semelhante ira.
Toda esta realidade existencial escondia-se sob a aparência de Jesus transfigurado. A tragicidade do êxodo de Jesus não destruiria sua condição de Filho amado.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Pai, que a transfiguração leve-me a confessar Jesus como teu Filho amado, e a reconhecer que sou chamado a expressar o esplendor divino que trago dentro de mim.
Fonte: Dom total em 06/08/2021
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. O SENTIDO DA TRANSFIGURAÇÃO
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês)
A visão da transfiguração acontece quando Jesus e seus discípulos se dirigem a Jerusalém. Jesus já lhes falara sobre as provações por que passaria naquele centro religioso e político do judaísmo. Procurava esclarecer os discípulos que nutriam a falsa esperança, herdada da tradição messiânica do judaísmo, de que ele poderia ser um líder restaurador da glória e do poder de Israel. A transfiguração revela a dimensão gloriosa da humanidade de Jesus, assumida pelo Pai. O sofrimento e a morte são passageiros. Os discípulos não o entendem logo. Após a crucifixão é que perceberão o sentido da permanência de Jesus entre eles.
Fonte: NPD Brasil em 06/08/2012
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. TRANSFIGURAÇÃO DO SENHOR - A CERTEZA DA VITÓRIA
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Nem tudo o que reluz é ouro – Lembro-me bem deste provérbio que finalizava uma história no meu livro do antigo primário, ensinando-nos que nesta vida confundimos muita coisa com ouro valioso, mas que no fundo não passa de simples bijuteria.
Há pessoas que passam esta vida correndo atrás de quinquilharias, sem nunca descobrir o tesouro que Deus quer nos dar.
Os apóstolos pensavam que o Reino que Jesus havia implantado, era igual aos reinos deste mundo, e que ele seria um Rei muito rico e poderoso que iria dominar a todas as nações fazendo de Israel a mais importante de todas as nações da terra. Eles tinham muitos planos em seus corações e mentes, por causa de serem seguidores de Jesus, que naquele momento estava desacreditado, mas que em um futuro bem perto iria manifestar toda a sua força e poder. Muitas vezes como os apóstolos, buscamos um Jesus que atenda as nossas necessidades e realize os nossos sonhos neste mundo, essa fé tão distorcida nos impede de conhecer realmente quem é Jesus e para onde a sua graça nos leva.
Podemos afirmar que esta narrativa da transfiguração do Senhor está no coração do evangelho de Marcos porque se trata de um momento de profunda comunhão dos discípulos com Jesus, que ao transfigurar-se diante deles os introduz no mistério de Deus, que por sua vez revela quem é Jesus: O filho amado do Pai!
Ele não é simplesmente um profeta poderoso na linha de Elias, que foi arrebatado ao céu, nem um Líder como Moisés, principal protagonista da libertação do Povo da escravidão do Egito, esses dois personagens que aparecem ao lado de Jesus naquele momento representam todo o antigo testamento que preparou o coração dos homens para o tempo da plenitude inaugurado por Jesus.
Quando a voz se fez ouvir do meio da nuvem que os envolveu, os discípulos olharam e só viram a Jesus, que estava sozinho. As escrituras antigas apontam para Jesus, pois nele Deus irá falar diretamente aos homens, sem intermediários.
Pedro queria construir três tendas, uma para Jesus, outra para Moisés e outra para Elias, que estavam ali no monte Tabor onde poderia ser instalado o QG do grupo, de onde partiriam as ordens dadas por eles. Fazer tendas significa acomodar-se e interromper a caminhada porque já se alcançou o objetivo. Na verdade, o apóstolo não sabia bem o que estava falando, pois, o Reino de Deus, requer planejamento e não se pode queimar etapas. Jesus transfigurado, tendo Moisés e Elias ao seu lado, era tudo o que Pedro queria, não precisaria enfrentar as cruzes do caminho, nem tribulações ou desencantos, sofrimentos e tribulações, o Reino já chegara e era uma realidade bem ali diante dele.
A humanidade toda iria se render à força do Reino de Cristo! Mas o brilho que seus olhos iriam contemplar no alto do monte, não seria do ouro e nem da prata com que talvez sonhasse, mas à luz de Deus presente em Jesus, algo nunca visto, suas vestes ficaram brancas, de uma brancura jamais vista.
No Cristo transfigurado e proclamado solenemente Filho amado do Pai, descobrimos o nosso destino, Deus nos quer transfigurados, com vestes brancas resplandecentes, envolvidos pela sua Santidade que em Jesus eles nos dá.
Somos uma multidão de filhas e filhos amados do Pai que já participamos da vida de Deus ainda neste mundo, que um dia chegará para nós em plenitude. Jesus antecipou a glória que o envolveria na ressurreição, porém, nunca escondeu o que viria antes: a cruz da rejeição, o sofrimento e a paixão no calvário, e a morte na cruz. É disso que Pedro quer fugir ao construir as três tendas, é isso que às vezes nos causa angústia e medo.
Compreender a cruz e aceitar o calvário de cada dia, percorrer os caminhos desta vida que parecem tortuosos, mas sem tirar o olhar da glória Futura, como o profeta Daniel na primeira leitura dessa liturgia, pois na perspectiva da ressurreição vivemos esta vida em uma Igreja que não se fundamenta em fábulas ou lendas, mas sim no relato do apóstolo Pedro, segunda leitura desse domingo, que foi testemunha ocular do Cristo Transfigurado, que segundo ele, fez clarear o dia e nascer a estrela da manhã em nossos corações antes envolvido pelas trevas do pecado.
2. Lá, ele foi transfigurado diante deles - Mc 9,2-10
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
Transfiguração, mudar de figura, mudar de aparência, do feio para o belo, do obscuro para o luminoso. Transfiguração de Cristo, transfiguração de todos quando estivermos com ele. Como já estamos, e a visão é ainda a da fé, mais forte que a da razão, mas não tão forte como a da glória, não nos vemos e não nos veem transfigurados. Chegará, porém, o dia da plena visão, quando o nosso corpo humilhado será semelhante ao seu corpo glorioso. Enquanto esperamos pela manifestação da glória, o fogo do Espírito, que pousou sobre os discípulos em Pentecostes, continua aceso em nós, e o brilho de sua luz se deixa ver no olhar amistoso, nas mãos generosas, nos passos apressados, os mesmos que levaram Maria às montanhas de Judá.
Fonte: NPD Brasil em 06/08/2021
HOMILIA DIÁRIA
É se transfigurando em Cristo que o cristão pode tornar os homens melhores
Postado por: homilia
agosto 6th, 2012
Diante do “escândalo” da Cruz, a Palavra de Deus apresenta-nos o Cristo glorificado através de uma magnífica teofania, isto é, a manifestação de Deus. Revela-nos sua glória para dar sentido à morte de Jesus na cruz. Jesus levou seus discípulos escolhidos para uma alta montanha e se transfigurou diante deles. Suas vestes se tornaram brancas e brilhantes. Apareceram-lhe Moisés e Elias, símbolos da Lei e dos Profetas, síntese da antiga Aliança. Jesus condensa em si a Lei e a Profecia. Ele, em seu Sangue, sela a Nova Aliança (Lc 22,20). Nesse momento, “entraram na nuvem”, o que significa a presença de Deus. O Pai apresenta Jesus aos discípulos como seu Filho amado.
O Evangelho da Transfiguração liga-se à Paixão, pois tira os discípulos do escândalo da Cruz, dando-lhes a visão da futura glorificação pascal. Refletindo o tema da Aliança e Transfiguração participamos desta realidade. A obediência de Jesus deu-lhe a vitória. A meta do cristão é a transfiguração de sua fragilidade pela obediência da fé.
Somos transfigurados por Cristo a partir do Batismo e da presença do Espírito em nós. Somos revestidos de Cristo. Para chegar a isso, somos convidados a subir o monte que é Jesus. Estando na presença de Deus pelo amor, ouviremos as palavras do Pai: “Este é meu Filho amado, escutai o que Ele diz”. O Filho diz as palavras que ouviu do Pai.
O episódio da Transfiguração de Jesus deixa a mensagem que São Paulo em plenitude viveu, tendo podido assegurar: “Eu vivo, mas já não sou eu; é Cristo que vive em mim” (Gl 2,20). Trata-se da mudança radical do cristão no modelo divino. Imitação perfeita do Filho de Deus, cujo conhecimento não deve ser meramente especulativo e cujo amor tão pouco não pode ser apenas afetivo.
Tanto os estudos sobre a pessoa de Cristo como a fé no Redentor necessitam estar unidos às obras nas quais se reflete a personalidade de cada um. Conhecimento prático, amor operativo. Ele é a causa eficiente da regeneração do batizado e a causa exemplar de sua santificação, modelo de todos os que se dizem seus discípulos.
Cristo se fez um modelo acessível e atraente, perfeito e abrangente. Os cristãos podem transfigurar sua vida se identificando com Ele: pobres, ricos, sábios e ignorantes – e isto em qualquer circunstância – dado que Ele a todos resgatou, deu a vida sobrenatural e lhes comunica Seus dons celestiais. Ele manifesta uma ética geral e uma disciplina universal de conduta para que se proceda como Ele agia, para que se viva como Ele vivia, para que se sofra como Ele sofria. Ele quer se fazer presente no mundo através de seus discípulos. O Apóstolo dizia: “Sede meus imitadores como eu o sou de Cristo” (1Cor 4,16). Deste modo, o fiel se torna a imagem viva do seu Senhor.
Jesus sempre presente nas palavras, nas obras, no coração e na mente de cada um. Cristo o ideal da vida do batizado, o objeto de suas aspirações, o ímã de seus corações. Para isso, é necessário que cada um se interrogue a cada instante: “Que pensaria Jesus neste momento? Como Ele faria esta tarefa? Que quer Ele de mim aqui e agora? Como o posso agradar neste momento?”
Dá-se então “o vir a ser” do fiel no seu Salvador numa total identificação com Ele, no gotejar da renúncia a cada minuto. O próprio Cristo afirmou: “Vós sois a luz do mundo” (Mt 4,14). Não somos o fogo que deve arder nesta Terra, mas devemos ser os propagadores de Sua chama de amor, dado que Ele é a fornalha ardente de caridade e veio para colocar chama na Terra (Lc 12,49).
Grandeza e responsabilidade do cristão! Depende de cada um fazer da vida uma interrogação, um chamado sempre susceptível de ser ouvido por todos as testemunhas que O veem. É a imponderável ação de uma alma sobre a outra. É se transfigurando em Cristo que o cristão pode tornar os homens melhores. Com seu exemplo, mesmo sem palavras, o verdadeiro seguidor de Cristo já torna seu irmão melhor.
Onde uma pessoa boa, submissa a Deus vive, reza, sofre, trabalha há sempre uma lareira de calor sublime que aquece, arrasta nos eflúvios das mensagens celestes.
Não basta “estar” cristão, é preciso “ser” cristão transfigurado no modelo que é Cristo Jesus.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 06/08/2012
HOMILIA DIÁRIA
Jesus nos ama e nos convida a estar com Ele
A festa da transfiguração de Jesus é um convite para que levemos a sério nossa vida de oração e para que saibamos, sobretudo, retirar-nos para orar!
“Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, e os levou sozinhos a um lugar à parte, sobre uma alta montanha. E transfigurou-se diante deles.” (Marcos 9, 2)
A festa de hoje nos leva a contemplar a transfiguração de Jesus, que é a antecipação do mistério da Sua ressurreição gloriosa. Vejam: eles estavam a caminho de Jerusalém e, naqueles dias, essa cidade teria um significado grande para Jesus e Seus apóstolos, pois ali o Senhor daria a vida por nós. Jesus havia dito e anunciado a Seus discípulos que ali Ele haveria de sofrer muito e padecer, mas haveria de ressuscitar.
Os discípulos talvez tenham ficado presos e preocupados ou não queriam entender que o Senhor iria sofrer; contudo, Ele deixou isso claro todas as vezes: “No terceiro dia eu hei de ressuscitar” (João 6,54). E, como prova de amor, o Senhor antecipa esse fato: Ele leva os Seus discípulos mais próximos, Pedro, Tiago e João, a uma alta montanha e transfigura-se, transforma-se e a Sua face se torna gloriosa. O Pai manifesta o Seu amor para Ele e do Seu lado aparece aquilo que é a síntese do Antigo Testamento, da Lei de Deus e profetas por intermédio de Moisés e Elias.
Jesus quer hoje nos chamar a estar sozinhos com Ele, é Ele quem nos pega pela mão para nos levar a um lugar à parte. Sabem, meus irmãos, nós precisamos fazer isso muitas vezes em nossa vida, precisamos ir a um lugar à parte, precisamos nos retirar do que fazemos e de onde estamos. Precisamos sair da “planície” para ir para o “alto” contemplar a Deus e deixar que Ele transfigure a nossa vida e a nossa realidade; porque, senão, seremos absorvidos pelos nossos sofrimentos, pelos nossos problemas e dificuldades. E desse modo podemos perder a esperança quando não somos transformados e, sobretudo, transfigurados pelo amor divino.
Por isso hoje a festa da transfiguração de Jesus é um convite para que levemos a sério nossa vida de oração e para que saibamos, sobretudo, retirar-nos para orar. Isso porque, muitas vezes, nós oramos em meio às agitações do que vivemos, a chamada oração ao ritmo da vida, mas também existe a oração da contemplação, da transformação e da transfiguração interior. Esta acontece quando aceitamos o convite de Jesus e vamos sozinhos a lugar separado, um lugar à parte, onde estaremos somente nós e Deus, Deus e nós e podemos contemplar a Deus mesmo em meio às tribulações, em meio aos sofrimentos e às dificuldades.
Deus transfigura o que passamos e o que vivemos! Por isso hoje somos convidados a estar a sós com o Senhor!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: https://homilia.cancaonova.com/pb/homilia/jesus-nos-ama-e-nos-convida-a-estar-com-ele/ (06/08/2015)
HOMILIA DIÁRIA
Busquemos, na via de oração, a transfiguração da nossa vida
Na transfiguração e na via da adoração, o nosso ser deixa resplandecer a presença de Deus em nossa vida
“Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, e os levou sozinhos a um lugar à parte, sobre uma alta montanha. E transfigurou-se diante deles.” (Marcos 9,2)
Hoje, celebramos a Festa da Transfiguração do Senhor, uma antecipação da Ressurreição, a festa que nos mostra que, mesmo caminhando em meio à grande Via-sacra da vida, em meio às flores e os espinhos, às dores e alegrias humanas, o Senhor nos quer transfigurados e transformados. O Senhor se transfigura diante de nós para dizer que o Reino d’Ele está presente em nosso meio.
A Palavra diz que Ele pegou pela mão Pedro, Tiago e João, para os levar a um lugar à parte, sobre uma alta montanha. O ‘alto’ é o lugar do nosso encontro com Deus. No alto, nós nos rebaixamos e vemos a grandeza de Deus.
Só contemplamos a presença amorosa de Deus entre nós quando nos deixamos conduzir por Jesus. Ele pegou Pedro, Tiago e João pela mão, e deseja pegar todos nós sem nos retirar de tudo o que fazemos para estarmos a sós com Ele. Precisamos permitir que Jesus nos tire daquilo que fazemos, que seja por um tempo, por uma hora ou meia hora.
Que bênção quando tiramos aquele tempo, aquele momento do dia para procurar uma igreja e ali fazer a nossa adoração silenciosa e amorosa. Não vá para fazer vários pedidos, vá para ser transfigurado pela presença de Jesus. Que bênção quando alguém decide fazer um retiro, seja em grupo ou pessoalmente! Que bênção quando alguém se retira para uma montanha, para algum lugar deserto para estar na presença de Deus! A presença d’Ele em nossa vida nos transfigura, transforma-nos e retira de nós tudo aquilo que nos mantêm ligados a esse mundo.
A transfiguração é a transformação dos nossos sentidos; os nossos olhos contemplam Deus, os nossos ouvidos O escutam e a nossa boca fala com Ele. Na oração somos transfigurados e transformados, e os nossos sentidos se voltam para o Senhor. Na transfiguração e na via da adoração, nosso ser deixa resplandecer a presença de Deus em nossa vida.
Que, na Festa da Transfiguração do Senhor, possamos buscar, no caminho da oração, a transformação e a transfiguração da nossa própria vida.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 06/08/2018
HOMILIA DIÁRIA
A oração transfigura a nossa vida
“Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, e os levou sozinhos a um lugar à parte sobre uma alta montanha. E transfigurou-se diante deles.” (Marcos 9,2)
Hoje, celebramos a Festa da Transfiguração do Senhor. Esse acontecimento evangélico é de suma importância e nós celebramos como oferta na igreja, o dia que o Senhor transfigurou-se diante dos Seus, como uma antecipação da Sua própria glória final, da Sua própria glorificação ressuscitado. A verdade é que a glória do Senhor está no meio de nós.
Mesmo caminhando na nossa vida cotidiana, mesmo carregando a nossa cruz de cada dia, mesmo sem ignorar os dramas e as realidades da vida, não podemos perder de vista a glória que nos espera. O sofrimento é parte da vida humana, mas não é o destino final da humanidade. O destino final da humanidade que espera, confia e crê em Jesus é a glória eterna.
A oração é a verdadeira transfiguração da alma, do coração e da mente
O Céu é uma realidade que não podemos ignorar, e os Céus está no meio de nós porque Jesus trouxe o Céu para próximo de nós, caminhando no nosso cotidiano, vivendo a nossa vida de cada dia. A verdade é que assim como o Senhor levou consigo Pedro, Tiago e João, e os retirou, os levou num lugar sozinhos, um lugar à parte, se queremos contemplar a glória, se queremos realmente glorificar a nossa cruz de cada dia, a nossa vida cotidiana é na oração, é se retirando, se colocando num lugar à parte, é saindo da multidão da confusão, das tribulações todas da vida para se voltar para a glória do Senhor, para se voltar para a oração.
A oração é a verdadeira transfiguração da alma, do coração e da mente. A oração nos eleva para Deus, não nos torna pessoas aéreas, perdidas e desencanadas. A oração não nos desencarna da vida, a oração transforma a nossa carne na presença de Deus. A oração transforma as desilusões em esperança, a oração transforma cada gota de sofrimento em gota de eternidade, a oração conduz a nossa alma para o caminho da vida, a oração nos coloca no sentido do cotidiano, no sentido eterno de cada dia.
A oração transfigura os nossos sentidos, a oração nos dá o dom da escuta de Deus, escuta da Palavra, escuta do sagrado, escuta do Pai, do Espírito, a escuta de Jesus. É a oração que nos coloca na comunhão com a Santíssima Trindade. A oração transforma a nossa mente, o nosso falar. Por isso, é preciso se retirar, é preciso sair do turbilhão das emoções para se colocar na presença única de Deus.
Jesus Transfigurado e Ressuscitado transfigura a nossa vida no poder da oração!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 06/08/2021
Oração Final
Pai Santo, que os instantes de contemplação da glória de Jesus que nos ofereces fortaleçam nossa fé, para anunciarmos, cheios de alegria e esperança, o teu Reino de Amor já presente em nós. Reino que foi proclamado nesta terra pelo teu Filho Unigênito, feito nosso Irmão em Jesus de Nazaré, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/08/2012
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, que os instantes de contemplação da glória de Jesus que nos ofereces fortaleçam nossa fé, para anunciarmos, cheios de alegria e esperança, o teu Reino de Amor já presente em nós. Reino que foi proclamado nesta terra pelo Cristo, teu Filho Unigênito feito nosso Irmão em Jesus de Nazaré, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/08/2018
oRAÇÃO FINAl
Ó Jesus, Filho do Homem, pela transfiguração, revelaste aos apóstolos que a tua vida não caminha para o fracasso, mas para a glória eterna. Revelaste também que és o Filho amado do Pai, a quem devemos sempre escutar. Concede-nos coração receptivo e ouvidos atentos aos teus ensinamentos. Amém.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/08/2021
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