domingo, 30 de março de 2025

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 30/03/2025

ANO C


4º DOMINGO DA QUARESMA

Ano C - Roxo ou Róseo

“Seu pai o avistou e sentiu compaixão.” Lc 15,20

“Venha participar da Mesa!”

Campanha da Fraternidade 2025

Tema: “Fraternidade e Ecologia Integral”
Lema: “Deus viu que tudo era muito bom.” (Gn 1,31)

Lc 15,1-3.11-32

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: A liturgia deste Domingo nos apesenta a imagem do pai misericordioso, que acolhe o filho arrependido. Se grande foi o pecado do filho, maior é a misericórdia do pai. Com esta certeza, arrependamo-nos de nossos pecados e pratiquemos as obras do bem.
https://diocesedeapucarana.com.br/portal/userfiles/pulsandinho/30-MARCO-2025----4-domingo-da-quaresma.pdf

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Aproxima-se a festa da Páscoa, e a Igreja, a Nova Jerusalém, é convidada a reunir seus filhos na alegria, pela abundância das consolações que a Páscoa nos traz! O nosso caminho de conversão iniciado no Batismo encontra-se com o abraço misericordioso do Pai, que nos aceita arrependidos e oferece seu perdão e seu amor. Por isso, nós nos unimos em júbilo antecipado para render graças a Deus por seu amor que nos perdoa e nos salva.
https://arquisp.org.br/wp-content/uploads/2025/01/Ano-49C-23-4o-DOMINGO-DE-QUARESMA.pdf

A MISERICÓRDIA E O PERDÃO RENOVAM A ESPERANÇA

Este 4º Domingo da Quaresma é o “Domingo de júbilo”. Por qual motivo? Porque a misericórdia infinita e o perdão de Deus restauram a vida e renovam a esperança. A Quaresma é um tempo de penitência e de conversão a Deus, mas não deve ser um tempo de abatimento e tristeza. A perspectiva do perdão de Deus restaura a vida e renova a esperança. Como seria a vida, se não pudéssemos contar com o perdão de Deus?
O Evangelho deste Domingo nos traz uma das parábolas da misericórdia: a do filho perdido e do pai misericordioso e rico no perdão (cf Lc 15, 1-3.11-32). O filho, de maneira irrefletida e irresponsável, fez a escolha errada na vida e quis viver longe do pai, “aproveitando a vida”. Pegou as suas coisas e foi-se embora, deixando o pai numa tristeza imensa. Longe da casa paterna, a vida boa nos prazeres durou pouco e o jovem começou a passar necessidades. Aí ele lembrou do pai e de quanto ele perdeu, ao abandonar a casa paterna. Então tomou a decisão de voltar, mesmo se fosse para ser tratado apenas como um dos empregados.
A esperança do filho não foi em vão. O pai esperava todos os dias pelo reencontro com o filho e, quando o viu chegando, correu ao seu encontro, abraçou-o e cobriu-o de beijos. Nem quis ouvir os pedidos de perdão e logo mandou preparar uma grande festa, “pois o filho estava morto e tornou à vida; estava perdido e foi reencontrado” (15,23). O amor misericordioso e o perdão do pai deram nova vida e renovaram a esperança e a dignidade do filho perdido.
Por isso, a liturgia deste Domingo da Quaresma faz um forte apelo, usando as palavras do apóstolo Paulo: “em nome de Cristo, deixai-vos reconciliar com Deus!” (2Cor 5,20). Sim, vale a pena voltar-se para o Pai misericordioso e aceitar o seu abraço de perdão e reconciliação. Isso faz um bem imenso, restaura a vida e renova a esperança. É tempo de fazer uma boa confissão, de coração arrependido e bem disposto, em preparação à celebração Páscoa, que se aproxima.
Uma das principais propostas do Ano Jubilar é a busca do perdão e a renovação da vida cristã. A confissão sacramental é necessária para ganhar a indulgência do Ano Jubilar. O filho pródigo fez a sua peregrinação penitencial e restauradora de volta à casa paterna, confessou seu pecado ao pai e recebeu o perdão e a indulgência completa, junto com o abraço do pai misericordioso. Que tal, fazer a mesma experiência?
Cardeal Odilo Pedro Scherer
Arcebispo de São Paulo
https://arquisp.org.br/wp-content/uploads/2025/01/Ano-49C-23-4o-DOMINGO-DE-QUARESMA.pdf

Comentário do Evangelho

Filho Pródigo: Amor, Misericórdia e Conversão


A história do Filho Pródigo, contada por Jesus, é uma lição profunda sobre perdão, misericórdia e a busca pela reconciliação. Nela, Jesus narra a relação de um pai com seus dois filhos, um fiel e outro afastado. Enquanto os mestres da Lei criticam a proximidade de Jesus com pecadores e publicanos, Ele ilustra, por meio das parábolas da ovelha perdida e da moeda perdida, a imensa alegria que Deus sente ao ver um pecador se arrepender e retornar ao seu abraço.
No centro dessa parábola está o pai, que representa Deus, cheio de compaixão e misericórdia. O filho mais novo, que se afasta da casa paterna e vive de maneira imprudente, acaba em grande miséria e arrependimento. Em um ato de humildade, ele decide voltar para casa, e é recebido de braços abertos pelo pai. Não apenas o perdoa, mas o restaura à sua posição de filho, dando-lhe anel, roupa nova e sandálias, símbolos da dignidade devolvida.
Por outro lado, o filho mais velho, que sempre esteve ao lado do pai, não compartilha da alegria de sua conversão. Ele se sente injustiçado, enfurecendo-se pela festa que o pai prepara para o filho perdido. O pai, porém, convida-o a participar da celebração, explicando que a verdadeira alegria está na conversão de um irmão afastado, pois todos são filhos do mesmo Pai.
Essa parábola nos ensina que, independentemente de nossos erros ou do tempo em que estivemos afastados, o amor de Deus está sempre à espera do nosso retorno. Somos chamados a deixar o orgulho e o julgamento de lado, como o filho mais velho, e nos alegrarmos pelo retorno daqueles que estavam perdidos. Como “filhos pródigos”, devemos abraçar a misericórdia divina e estender essa mesma misericórdia aos outros.
Fonte: https://catequisar.com.br/liturgia/filho-prodigo-amor-misericordia-e-conversao/ (22/03/2025)

Reflexão

O capítulo 15 do Evangelho de Lucas nos apresenta três parábolas: a ovelha perdida, a moeda extraviada e o filho fujão. O objetivo dessas parábolas é revelar a misericórdia de Deus e de seu Filho. A chave de interpretação dessas parábolas está na acusação que as autoridades fazem a Jesus: ele acolhe os pecadores e come com eles. O texto nos apresenta a terceira parábola, conhecida como parábola do filho pródigo. O filho mais novo resolve tomar o destino de sua própria vida e abandona a família. Sai em busca de aventura e acaba se tornando escravo de sua própria escolha. Ao voltar para a casa paterna, o pai vai ao encontro dele e o acolhe com alegria e festa. O Pai sempre acolhe de braços abertos quem volta para ele. O filho mais velho, porém, não concorda com a volta do irmão e a atitude do pai. É alguém que não aceita o amor e a misericórdia de Deus para com os pecadores. A parábola nos mostra a grande misericórdia do Pai, que acolhe, perdoa e se alegra com a volta de seus filhos e filhas.
(Dia a Dia com o Evangelho 2025 - PAULUS)
https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/30-domingo-7/

Reflexão

«Pai, pequei contra Deus e contra ti»

Rev. D. Joan Ant. MATEO i García
(Tremp, Lleida, Espanha)

Hoje, domingo Laetare (“Exultai”), quarto da Quaresma, escutamos este fragmento intimo do Evangelho segundo São Lucas, no que Jesus justifica a sua pratica inaudita de perdoar os pecados e recuperar os homens para Deus.
Sempre me perguntei se a maioria das pessoas entendia bem a expressão “o filho pródigo” com a qual se designa esta parábola. Penso que devíamos rebatizá-la com o nome da parábola do “Pai prodigioso”.
Efetivamente, o Pai da parábola — que se comove ao ver que volta aquele filho perdido pelo pecado— é um ícone do Pai do Céu refletido no rosto de Cristo: «Quando ainda estava longe, seu pai o avistou e foi tomado de compaixão. Correu-lhe ao encontro, abraçou-o e o cobriu de beijos» (Lc 15, 20). Jesus dá-nos a entender claramente que todo o homem, inclusive o mais pecador, é para Deus uma realidade muito importante que não quer perder de nenhuma maneira; e que Ele está sempre disposto a conceder-nos com gozo inefável o seu perdão (até ao ponto de não poupar a vida de seu Filho).
Este domingo tem um matiz de serena alegria e, por isso, é designado como o domingo “exultai”, palavra presente na antífona de entrada da Missa de hoje: «Alegra-te, Jerusalém; rejubilai, todos os seus amigos. Exultai de alegria». Deus compadeceu-se do homem perdido e extraviado, e manifestou-lhe em Jesus Cristo – morto e ressuscitado – a sua misericórdia.
João Paulo II dizia na sua encíclica Dives in misericórdia que o amor de Deus, numa história ferida pelo pecado, converteu-se em misericórdia, compaixão. A Paixão de Jesus é a medida desta misericórdia. Assim entendemos que a alegria maior que damos a Deus é deixar-nos perdoar apresentando à sua misericórdia a nossa miséria, o nosso pecado. Às portas da Páscoa acudimos de bom grado ao sacramento da penitência, a sua fonte da divina misericórdia: daremos a Deus uma grande alegria, ficaremos cheios de paz e seremos mais misericordiosos com os outros. Nunca é tarde para nos levantarmos e voltar para o Pai que nos ama!

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «O Pai Eterno pôs com inefável benignidade os olhos do seu amor naquela alma e começou a falar-lhe assim: ‘Minha querida filha! Estou firmemente decidido a usar de misericórdia para com todo o mundo e atender a todas as necessidades dos homens'» (Santa Catarina de Siena)

- «João Paulo II dizia na sua encíclica “Dives in misericordia” que o amor de Deus, numa história ferida pelo pecado, se tornou misericórdia, compaixão. A Paixão de Jesus é a medida desta misericórdia» (Bento XVI)

- «O símbolo dos céus remete-nos para o mistério da Aliança que nós vivemos, quando rezamos ao Pai. Ele está nos céus: é a sua morada. A casa do Pai é, pois, a nossa “pátria”. Foi da terra da Aliança que o pecado nos exilou, e é para o Pai, para o céu, que a conversão do coração nos faz voltar. Ora, foi em Cristo que o céu e a terra se reconciliaram, porque o Filho ‘desceu do céu’, sozinho, e para lá nos faz subir juntamente consigo, pela sua cruz, ressurreição e ascensão» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.795)
https://evangeli.net/evangelho/feria/2025-03-30

Reflexão

A liberdade

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, o filho parte “para um país distante”. Os Pais têm visto aqui, sobretudo o distanciamento interior do mundo de Deus, a magnitude da separação do que é próprio e do que é autêntico. O filho desperdiça sua herança. Só quer desfrutar. Não deseja submeter-se a nenhuma regra pré-estabelecida, ou a nenhuma autoridade: busca a liberdade radical; quer viver só para si mesmo, sem nenhuma exigência. Desfruta da vida; e se sente totalmente independente.
A palavra grega usada nesta parábola para designar a herança desperdiçada significa na linguagem dos filósofos gregos, “substância”, natureza. O filho perdido desperdiça sua “natureza”, e desperdiça a si mesmo. No final gastando tudo. O homem que entende a liberdade como livre arbítrio, vive na mentira, pois, por sua natureza, forma parte de uma reciprocidade, sua liberdade é uma liberdade que se deve compartilhar com os outros.
—Uma falsa autonomia conduz a uma escravidão: o que era “totalmente” livre e se converte em escravo miserável.
https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2025-03-30

Reflexão

A liberdade humana é sempre uma liberdade partilhada, um conjunto de liberdades

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje meditamos que a liberdade humana é sempre uma liberdade partilhada, um conjunto de liberdades. Só numa ordenada harmonia das liberdades, que abre para cada um o seu âmbito, se pode ter uma liberdade comum.
Por isso o dom da lei no Sinai não foi uma restrição ou uma abolição da liberdade mas o fundamento da verdadeira liberdade. E dado que um justo ordenamento humano se pode reger apenas se provém de Deus e se une os homens na perspectiva de Deus, para uma disposição ordenada das liberdades humanas não podem faltar os mandamentos que o próprio Deus dá. Assim Israel tornou-se plenamente povo precisamente através da aliança com Deus no Sinai. O encontro com Deus no Sinai poderia ser considerado como o fundamento e a garantia da sua existência como povo.
—Devemos continuamente pedir que o Espírito Santo nos abra, nos conceda a graça da compreensão, de modo que nos possamos tornar o povo de Deus proveniente de todos os povos.
https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2025-03-30

Comentário do Evangelho

Parábolas de Jesus: O filho pródigo e o Pai misericordioso


Hoje já sabemos aonde vai a parar esse “filho pródigo”… Desapareceu a seu pai dilapidando a herança! E quando já não lhe fica nada, ninguém preta atenção...todos desaparecem! É a consequência de “entreter-se” com a liberdade em lugar de “entregar-se”.
—O irmão mais velho: ficou em casa, mas também não ama o pai. Valoriza mais o dinheiro perdido que o irmão encontrado... O bom pai abraça o filho mais novo e eleva a olhada do mais velho: «Tudo que é meu é seu». Assim é Deus!
https://family.evangeli.net/pt/feria/2025-03-30

HOMILIA

A PALAVRA: DOS OUVIDOS AO CORAÇÃO!

“Hoje tirei de cima de vós o opróbrio do Egito”, alegria de Deus, pois seu Povo está na terra que lhe prometera dar. Está ali, mas guarda no coração o “Egito” que escraviza e exclui. Publicanos e pecadores aproximam-se de Jesus “para o escutar”, mudar o rumo da própria vida. Autoridades religiosas — fariseus e mestres da Lei — criticam-no: “Este homem acolhe os pecadores e faz refeição com eles” (Lc 15,2). Não entram no Reino e impedem de entrar quem o deseja e busca.
A eles, que se avaliavam de Deus, mas excluíam aqueles marginalizados, Jesus conta uma parábola, tentando quebrar-lhes a casca da maldade.
“Um homem tinha dois filhos”. Que eles descobrissem qual das duas carapuças lhes cabia. O mais novo pede a herança que lhe cabe e parte “para um lugar distante”. “Herança” cabe aos filhos. Mesmo com essa radical ruptura com o Pai, considerava-se ainda filho. Esbanja tudo, passa necessidade, busca trabalho e nem a comida dos porcos lhe dão. O pecado nos deixa “morrendo de fome!” Cai em si, resolve voltar ao Pai, contentando-se em ser um empregado, que ali tinha “pão com fartura”.
Quando ainda longe, o Pai o avista e sente compaixão. Corre-lhe ao encontro, abraça-o e cobre-o de beijos. Louco amor do Pai, que sente mais a ausência do filho, do que este a ausência do Pai.
Não o acolhe como empregado, mas como plenamente filho. Dá-lhe “a melhor túnica”, símbolo da vida; então, a vida do próprio Pai prolongando-se no filho. E ainda: “anel” familiar e “sandálias”; vai pisar no que é seu. E o banquete-festa “porque este meu filho estava morto e tornou a viver”. A rejeição filial que recebera do filho não lhe quebrou a paternidade.
“O filho mais velho” se considerava filho, alguém de casa. Mas, de fato, não o era, pois o pecado do irmão mais novo destruíra sua fraternidade para com ele. Nem era significativo estar na casa do Pai, ter trabalhado “há tantos anos” para ele (como empregado!), nunca ter desobedecido uma ordem dele (patrão!).
Também a este o Pai não aceita como empregado: “Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu” (Lc 15,31). Mas o quê por excelência é do Pai e deve ser dos filhos, é a compaixão, laços de amor que nunca se rompem com os pecados dos irmãos.
Coração do Pai pulsando na vida dos filhos: o Pai festejando seu filho que volta; e os filhos, seus irmãos, retornando.
Pe. Domingos Sávio, C.Ss.R.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=30%2F03%2F2025&leitura=homilia

Oração
— OREMOS: Ó DEUS, que por vossa Palavra realizais de modo admirável a reconciliação do gênero humano, concedei ao povo cristão correr ao encontro das festas que se aproximam, cheio de fervor e exultando de fé. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=30%2F03%2F2025&leitura=meditacao

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