terça-feira, 3 de dezembro de 2024

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 03/12/2024

ANO C


Lc 10,21-24

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

A revelação do Reino de Deus aos simples


Diante dos sábios e entendidos, revelam-se os pequeninos. Seguidores de Jesus podem ser vistos e ouvidos em toda parte, e felizes os olhos que os veem e os ouvidos que os escutam. São pequenos e sua grandeza está na identificação com o Mestre, o Senhor Jesus. No dia de hoje, em 1552, aos 46 anos, morria de cansaço e febre, na ilha de Shang-Chawan, em uma cabana de palha de coqueiro, o grande missionário São Francisco Xavier. Este missionário é um pequenino discípulo missionário de Jesus ao qual o Pai revelou os mistérios de seu Filho, Jesus. Nele, como em Paulo, Deus se dignou revelar seu Filho, para que ele, a seu modo, o anunciasse ao mundo inteiro. Os olhos da carne dos primeiros discípulos viram o Senhor. Os olhos da fé de São Francisco Xavier viram o mesmo Senhor. Que nossos olhos também possam ver o Senhor e anunciá-lo com a nossa vida.
Cônego Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2024’, Paulinas.
Fontes: https://catequisar.com.br/liturgia/a-revelacao-do-reino-de-deus-aos-simples/ e https://www.comeceodiafeliz.com.br/evangelho/03-12-2024

Reflexão

Em suas pregações, Jesus fala, frequentemente, de sua intimidade com o Pai. Ao mesmo tempo, exulta “no Espírito Santo”, por ver as multidões que recorrem a ele em busca de alimento espiritual, libertação, vida plena. Não são os estudiosos das Escrituras que vêm pedir a Jesus esclarecimentos sobre passagens bíblicas; não são os mestres da Lei que o consultam para saber sua opinião sobre as “pesadas cargas” que colocam nos ombros do povo. Seus seguidores são os pobres, os oprimidos, os pecadores. Entre esses marginalizados da sociedade é que Jesus encontra ouvidos atentos e disposição para serem seus discípulos. Por isso, ao proclamar as bem-aventuranças, Jesus exclama: “Felizes vocês, os pobres, porque de vocês é o Reino de Deus” (Lc 6,20).
(Dia a dia com o Evangelho 2024)
https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/3-terca-feira-8/

Reflexão

«Eu te louvo, Pai»

Abbé Jean GOTTIGNY
(Bruxelles, Blgica)

Hoje lemos um extrato do capítulo dez do Evangelho segundo São Lucas. O Senhor enviou a setenta e dois discípulos aos lugares onde Ele mesmo iria. E voltaram exultantes. Ouvindo contar suas proezas «Naquele mesma hora, Jesus exultou de alegria no Espírito Santo e disse, Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra» (Lc 10,21).
A gratidão é uma das facetas da humildade. O arrogante considera que não deve nada a ninguém. Mas para estar agradecido, primeiro, devemos ser capazes de descobrir nossa insignificância. “Obrigado” é uma das primeiras palavras que ensinamos às crianças. «Naquela mesma hora, Jesus exultou de alegria no Espírito Santo e disse: "Pai, Senhor do céu e da terra, eu te dou graças porque escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, bendigo-te porque assim foi do teu agrado». (Lc 10,21)
Bento XVI, ao falar sobre a atitude de adoração, afirma que ela pré-supõe um «reconhecimento da presença de Deus, Criador y Senhor do universo. É um reconhecimento pleno em gratidão, que brota desde o mais fundo do coração e abrange todo o ser, porque o homem só pode realizar-se plenamente a si mesmo adorando e amando a Deus acima de todas as coisas».
Uma alma sensível experimenta a necessidade de manifestar seu reconhecimento. É o mínimo que podemos fazer para responder aos favores divinos. «O que há de superior em ti? Que é que possuis que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te glorias, como se o não tivesses recebido?» (1Cor 4,7). Lógico que, nos faz falta «agradecer a Deus Pai, através do seu filho, no Espírito Santo; com a grande misericórdia com que nos tem amado, tem sentido compaixão por nós, e quando estávamos mortos por nossos pecados, nos fez reviver com Cristo para que sejamos Nele uma nova criação» (São Leão Magno).

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Antigamente, qual a ideia de Deus que poderia ter o homem, para além da ideia de um ídolo fabricado pelo seu coração? Era incompreensível. Mas agora tem querido ser compreendido. De que jeito? Deitado em uma manjedoura. Quando medito nisso, o meu pensamento vai até Deus» (São Bernardo)

- «Jesus encheu-se de alegria no Espírito Santo e louvou ao Pai. Esta é a vida interior de Jesus: o seu relacionamento com o Pai no Espírito. Jesus é a proximidade da ternura do Pai para nós» (Francisco)

- «Compreende-se então a dupla dimensão da liturgia cristã, como resposta de fé e de amor às «bênçãos espirituais» com que o Pai nos gratifica. Por um lado, a Igreja, unida ao seu Senhor e «sob a ação do Espírito Santo» (Lc 10,21), bendiz o Pai «pelo seu Dom inefável» (2 Cor 9, 15), mediante a adoração, o louvor e a ação de graças. Por outro lado... a Igreja não cessa de oferecer ao Pai «a oblação dos seus próprios dons» e de Lhe implorar que envie o Espírito Santo sobre esta oblação, sobre si própria, sobre os fiéis e sobre o mundo inteiro, a fim de que... estas bênçãos divinas produzam frutos de vida” (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.083)
https://evangeli.net/evangelho/feria/2024-12-03

Reflexão

«Felizes os olhos que veem o que vós estais vendo»

Rev. D. Joaquim MESEGUER García
(Rubí, Barcelona, Espanha)

Hoje e sempre, os cristãos estão convidados a participar da alegria de Jesus. Ele, cheio do Espírito Santo, disse: «Naquele mesma hora, Jesus exultou de alegria no Espírito Santo e disse: Pai, Senhor do céu e da terra, eu te dou graças porque escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, bendigo-te porque assim foi do teu agrado» (Lc 10,21). Com muita razão, esse fragmento do Evangelho foi chamado por alguns autores como o “Magníficat de Jesus”, pois a ideia subjacente é a mesma que recorre o Canto de Maria (cf. Lc 1,46-55).
A alegria é uma atitude que acompanha a esperança. Dificilmente uma pessoa que nada espera poderá estar alegre. E, que é o que nós os cristãos esperamos? A chegada do Messias e do seu Reino, no qual florescerá a justiça e a paz; uma nova realidade na qual «Então o lobo será hóspede do cordeiro, a pantera se deitará ao pé do cabrito, o touro e o leão comerão juntos, e um menino pequeno os conduzirá» (Is 11,6). O Reino de Deus que esperamos se abre caminho dia a dia, e vamos saber descobrir sua presença entre nós. Para o mundo em que vivemos, tão sem paz e de concórdia, de justiça e de amor, quão necessária é a esperança dos cristãos! Uma esperança que não nasce de um otimismo natural ou de uma falsa ilusão, e sim que vem do próprio Deus.
No entanto, a esperança cristã, que é luz e calor para o mundo, só poderá ter aquele que seja puro e humilde de coração, porque Deus escondeu aos sábios e inteligentes — isto é, a aqueles que sejam soberbos em sua ciência— o conhecimento e o gozo do mistério de amor do seu Reino.
Uma boa maneira de preparar os caminhos do Senhor neste Advento será exatamente cultivar a humildade e a simplicidade para abrir-nos ao dom de Deus, para viver com esperança e chegar a ser cada dia melhores testemunhas do Reino de Jesus Cristo.
https://evangeli.net/evangelho/feria/2024-12-03

Reflexão

A importância da história na fé cristã

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje assistimos à oração de Jesus em comunhão com o Pai e o Espírito Santo. Jesus Cristo toma aos seus discípulos como testemunhas. Para a fé bíblica é fundamental se referir a fatos históricos reais. Ela não narra lendas como símbolos de verdades que vão além da história, senão que se baseia na história acontecida nesta terra. O “factum historicum” não é para ela uma chave simbólica que possa se substituir, senão um fundamento constitutivo.
"Et incarnatus est": com estas palavras professamos a entrada efetiva de Deus na história real. Se obviarmos esta história, a fé cristã como tal fica eliminada e transformada em “outra” religião. Assim, se a história (o fático) forma parte essencial da fé cristã, esta deve assumir o “método histórico” para sua interpretação. A fé mesma o exige: o “método histórico-crítico” é indispensável (porém não suficiente) a partir da estrutura da fé cristã.
—Jesus, re-conheço tua encarnação como fato histórico e, por sua vez, confesso que és Deus.
https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2024-12-03

Comentário sobre o Evangelho

Jesus reza ao Pai e elogia os humildes


Hoje nos propomos fazermos pequenos para celebrar o nascimento de Jesus. O Filho de Deus virá à terra como todas as crianças: vai nascer de Maria, muito pequeno, muito pequeno... E é Deus! Os que se acham grandes e importantes não veem a Deus…
—Tenho que ser humilde, tenho que fazer-me “pequeno” para ver ao Pequeno-Deus. Pai do céu, abençoa-me para poder receber o seu Filho cantando como os anjos, com alegria.
https://family.evangeli.net/pt/feria/2024-12-03

A Palavra: dos ouvidos ao coração!

De Jessé-tronco nascerá uma haste-filho que na força do “Espírito do Senhor” corrigirá a terra “com a força de sua palavra”. E assim “não haverá danos nem mortes” em toda a terra. “O lobo e o cordeiro viverão juntos”, ninguém viverá às custas da vida de seus irmãos.
Essa paz e harmonia atrairão as nações. Jesus é essa “haste”: a partir dele mesmo, tudo fez para que aquele paraíso, sonhado pelo Pai, se realizasse na terra. São Francisco Xavier também herdou aquele coração apaixonado do Pai, que o lançou de corpo e alma, e com todas as forças, a anunciar aquela Boa Nova a todos que ele conseguisse alcançar em suas andanças missionárias.
Oração
Ó DEUS, pela pregação de São Francisco Xavier, atraístes muitos povos para vós; infundi em vossos fiéis o mesmo ardor na propagação da fé, e a Santa Igreja se alegre, em toda a terra, com numerosos filhos e filhas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=03%2F12%2F2024&leitura=meditacao

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