domingo, 11 de agosto de 2024

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 11/08/2024

ANO B


19º DOMINGO DO TEMPO COMUM

VOCAÇÃO PARA A FAMÍLIA EM VIDA

DIA DOS PAIS

Ano B - Verde

“Quem comer deste pão viverá eternamente!” Jo 6,51

Jo 6,41-51

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Jesus, conhecido como o filho de José e de Maria, se manifesta como o Pão vivo descido do céu, para sustentar nossa caminhada rumo ao Pai celeste. Ele, ainda hoje, continua se revelando na partilha do pão e nas pessoas que incansavelmente lutam para sustentar e proteger a vida. Celebrando o dia dos pais, iniciamos também a Semana Nacional da Família. Que esta liturgia nos impulsione à defender, promover e valorizar nossas famílias.
https://diocesedeapucarana.com.br/portal/userfiles/pulsandinho/19-domingo-tempo-comum-ano-b-11-08-2024.pdf

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, somos a família de Deus reunida para a grande ação de graças ao Pai, por Cristo, na força do Espírito Santo. Nascidos da água do Batismo, somos alimentados pela Eucaristia com o Pão da Vida que nos dá salvação. Neste dia em que recordamos a vocação para a vida em família, agradecemos a Deus o cuidado e o amor que nossos pais têm para conosco e pedimos que sejam acolhidos na vida eterna todos os pais já falecidos.
https://arquisp.org.br/sites/default/files/folheto_povo_deus/ano-48b-46-19o-domingo-do-tempo-comum.pdf

O PÃO DESCIDO DO CÉU

A primeira leitura, tirada do primeiro livro dos Reis, narra um momento difícil na vida do profeta Elias. Ele recebeu de Deus a vocação de ser profeta: de anunciar a vinda do Messias, do Salvador, que será Jesus. No seu tempo, muitos povos seguiam religiões politeístas e eram supersticiosos: Elias anuncia o Deus Único e Verdadeiro. Por fidelidade ao Deus de Israel, neste momento, fugia de uma grave perseguição: por isso está cansado e desanimado. Cai no sono. De repente, alimenta-se duas vezes com um pão aparecido em pleno deserto e, revigorado por esse alimento (prefiguração da Eucaristia), caminhou durante 40 dias e 40 noites até chegar ao monte de Deus, Horeb. Elias terminará plenamente a sua missão e será levado ao Céu de forma misteriosa.
No Evangelho de João, Jesus faz a promessa da Eucaristia. Anuncia que vai dar-lhes um pão descido do céu. Um alimento diferente das outras comidas: porque é um pão que leva até a vida eterna. “Quem comer do pão que eu darei jamais morrerá”. Por fim, afirma claramente: “Eu sou o Pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne dada para a vida do mundo”. As pessoas não entendem. É compreensível: sabem que Jesus é o Filho de Maria, que eles conhecem.
Mas Ele diz ser o pão descido do céu. Parece que está delirando, ao dizer que o pão é a sua carne. Jesus fala com um enorme realismo: não está falando em sentido figurado ou simbólico. A Eucaristia não é um símbolo, uma lembrança do Corpo e Sangue de Jesus: mas é realmente sua presença verdadeira, real e substancial. O que Jesus propõe, à primeira vista, parece um absurdo: comer carne e beber o sangue de alguém é repugnante. Jesus reafirma a sua presença real. Não se trata de uma metáfora. Cristo não os deixaria irem embora se usasse uma linguagem figurada. Sempre que usava metáforas, os Evangelistas explicam claramente: por exemplo, quando disse que em três dias reedificaria o templo de Jerusalém, falava da sua Ressurreição no terceiro dia depois da sua Morte. Mesmo assim, muitos decidem abandonar Jesus depois dessa proposta: faltou-lhes a confiança de que Ele encontraria uma forma de dar- -nos a comer a sua carne e beber o seu sangue. E os que continuaram com Cristo somente mais tarde entenderão que Ele dará a sua carne a comer sob a forma de pão e o seu sangue sob a forma do vinho.
Então, Jesus se voltou aos Apóstolos e lhes perguntou: vocês também querem ir embora? Pedro responde manifestando toda a sua confiança e seu amor: “Senhor a quem iremos? Só tu tens palavras de vida eterna. E nós cremos e sabemos que tu és o Santo de Deus!”
Como eles, nós também queremos permanecer com Jesus e recebê-lo bem na Sagrada Comunhão, aproximando-nos deste sacramento estando bem preparados, se necessário, com a Confissão contrita dos nossos pecados.
Dom Carlos Lema Garcia
Bispo Auxiliar de São Paulo
https://arquisp.org.br/sites/default/files/folheto_povo_deus/ano-48b-46-19o-domingo-do-tempo-comum.pdf

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

Eu sou o pão da vida


Continuamos a leitura do capítulo sexto do Evangelho de João. Jesus multiplicou os pães e deu início ao discurso sobre o “pão da vida”. Ele mesmo é o “pão da vida”. Os ouvintes não percebem que o pão que comemos cada dia é necessário, mas não é suficiente para nos alimentar inteiramente.
Precisamos de algo mais, ou de alguém mais. Jesus começa então a falar dele mesmo. Ele é o Pão que desceu do céu para dar vida ao mundo. As pessoas não entendem o que Jesus está dizendo e começam a murmurar. A murmuração crescerá e se transformará em crise. Como Jesus pode ser o pão que desceu do céu, se ele nasceu por aqui, é filho de José e sua mãe é conhecida? Como é que ele desceu do céu? Esta conversa está acontecendo na sinagoga de Cafarnaum.
Os judeus estão murmurando e Jesus tenta explicar-lhes que aceitá-lo, crer nele, ouvir e entender seus ensinamentos é uma graça de Deus Pai. Aqueles que vão até Jesus são levados pelo Pai. Ninguém nunca viu o Pai, mas Jesus, sim. A conversa se intensifica e a compreensão vai se tornando difícil. No deserto, o povo comeu o maná, mas um dia morreu. Jesus oferece agora outro pão, que desce do céu. Quem dele comer, nunca morrerá.
Este pão descido do céu é Jesus mesmo, e quem comer desse pão viverá eternamente. Embora não seja fácil aplicar a Jesus a imagem de um pão que se come e dá a vida eterna, pode-se entender que a imagem se aplica à aceitação da pessoa de Jesus e de seus ensinamentos. Jesus, porém, vai adiante e afirma que o pão que ele vai dar é a sua carne para a vida do mundo. A murmuração inicial se transforma agora em crise. Teremos que comer a carne de Jesus?
Um sinal do significado deste pão que alimenta para a vida eterna nos é dado no primeiro livro dos Reis, quando o profeta Elias, cansado e desanimado, desejando a morte no meio do deserto, é tocado por um anjo que lhe oferece o que comer. “Levanta-te e come que o caminho é longo”. Assim aconteceu duas vezes e, com a força daquele alimento, ele caminhou quarenta dias e quarenta noites até o monte de Deus, Horeb.
Lembramos que foi no monte que Jesus começou o discurso do “pão da vida” multiplicando pães e peixes, e voltou para o monte quando quiseram fazê-lo rei. O pão que ele dará é sua carne para a vida do mundo. Jesus está falando da entrega que ele fará de si mesmo na cruz para a salvação do mundo; entrega que ele fará também na última ceia, quando disser que o pão que ele tem nas mãos é o seu corpo.
Na união da ceia com a cruz, em um único ato, Jesus perpetua entre nós a sua presença salvadora. “Reunido com os apóstolos na última ceia, para que a memória da cruz salvadora permanecesse para sempre, ele se ofereceu ‘ao Pai’ como Cordeiro sem mancha e foi aceito como sacrifício de perfeito louvor.” Jesus encontrou um meio de permanecer entre nós de forma sensível. Por isso, todas as vezes que comemos do Pão e bebemos do Cálice, anunciamos a morte do Senhor, até que ele venha.
Cônego Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2024’, Paulinas.
Fontes: https://catequisar.com.br/liturgia/eu-sou-o-pao-da-vida-2/ e https://www.comeceodiafeliz.com.br/evangelho/sou-eu-o-pao-descido-do-ceu-11082024

Reflexão

As autoridades dos judeus estão murmurando, porque Jesus fez uma afirmação solene: “Eu sou o pão que desceu do céu”. Acham que Jesus exagerou na pretensão; que disse uma verdade que não lhe cabe, afinal é pessoa simples, conhecida na região. Jesus dá um basta nesse cochicho com sabor de fofoca: “Parem de murmurar!” E segue explicando que ele vem do Pai e ninguém vem até ele, se o Pai não o atrair. Ora, se está escrito nos Profetas que todos serão instruídos por Deus, talvez os judeus estejam escutando pouco a mensagem do Pai! Os judeus se vangloriavam de ser fiéis a Deus, mas Jesus os aperta: se escutam o Pai e aprendem dele, devem acolher também a Jesus, que viu o Pai e que vem do Pai. Conclui fazendo alusão à Eucaristia: “O pão que eu vou dar é a minha carne, para que o mundo tenha a vida”.
(Dia a dia com o Evangelho 2024)
https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/11-domingo-8/

Reflexão

«Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o atrair»

Fray Lluc TORCAL Monje del Monastério de Sta. Mª de Poblet
(Santa Maria de Poblet, Tarragona, Espanha)

Hoje, o Evangelho apresenta o desconcerto que a presença de Jesus causou em seus compatriotas: «Este não é Jesus, o filho de José? Não conhecemos nós o seu pai e a sua mãe? Como pode, então, dizer que desceu do céu?» (Jo 6, 42). A vida de Jesus entre os seus foi tão normal que, ao começar a Proclamação do Reino, aqueles que O conheciam se escandalizaram do que então lhes dizia.
De que Pai lhes falava Jesus que ninguém havia visto? Que pão descido do céu era esse que aqueles que o comessem viveriam para sempre? Ele negava que fosse o maná do deserto porque, os que o comeram, morreram. «E o pão que eu darei é a minha carne, entregue pela vida do mundo» (Jo 6, 51). Sua carne poderia ser um alimento para nós? O desconcerto que Jesus provocava entre os judeus pode também se dar entre nós se nós não nos respondermos a uma pergunta central para nossa vida cristã: Quem é Jesus?
Muitos homens e mulheres, antes que nós, se fizeram esta pergunta, a responderam de uma forma pessoal, foram a Jesus, O seguiram e agora desfrutam de uma vida sem fim e plena de amor. E aos que vão a Jesus, Ele os ressuscitará no último dia (cf. Jo 6, 44). João Cassiano exortava seus monges dizendo-lhes: «‘Aproximai-vos a Deus, e Deus se aproximará de vós’, porque ‘ninguém pode ir a Jesus se o Pai que O enviou não o atrai’ (...). No Evangelho escutamos ao Senhor que nos convida a ir até Ele: ‘Vinde a Mim todos os que estais cansados e esgotados, e eu os farei repousar’». Acolhamos a Palavra do Evangelho que nos aproxima a Jesus cada dia; acolhamos o convite do próprio Evangelho de entrar em comunhão com Ele comendo sua carne, porque «este é o verdadeiro alimento, a carne de Cristo, o qual, sendo a Palavra, fez-se carne para nós» (Orígenes).

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Para levar uma vida espiritual, que nos é comum aos anjos e aos espíritos celestes e divinos, é necessário o pão da graça do Espírito Santo e a caridade de Deus» (São Lourenço de Brindisi)

- «Vivemos a Eucaristia com espírito de fé, oração, perdão, penitência, alegria comunitária, preocupação pelos necessitados, na certeza de que o Senhor cumprirá o que nos prometeu: a vida eterna» (Francisco)

«(…) Toda a vida cristã é comunhão com cada uma das Pessoas divinas, sem as separar de forma alguma (…)» (Catecismo da Igreja Católica, n.º 259)
https://evangeli.net/evangelho/feria/2024-08-11

Reflexão

Necessitamos de Deus

Rev. D. Pere MONTAGUT i Piquet
(Barcelona, Espanha)

Hoje, Hoje, Cristo —imortal e glorioso— volta a nos lembrar que o Pai é o autêntico protagonista de tudo. Aqueles que o escutam e acreditam nele vivem em comunhão com o que vem de Deus, com o único que o há visto e, assim, a fé é o começo da vida eterna.
A comunhão com a carne de Cristo ressuscitado deve de nos acostumar a pedir, receber e assumir nossa verdadeira condição: estamos feitos para Deus e só Ele sacia plenamente nosso espírito. Mas este pão vivo não só nos fará viver um dia mais além da morte física, mas que nos é dado agora pela vida neste mundo, que ainda é valioso porque há um Sacrifício do qual se beneficiam até os que o ignoram.
—Jesus, é desígnio do Pai — que não nos criou para morrer está ligado à fé e ao amor. Desejo dar uma resposta atual, livre e pessoal a sua iniciativa. Ajuda-me!
https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2024-08-11

Comentário sobre o Evangelho

A Eucaristia: Alimento para a vida eterna


Hoje, vemos a reação dos ouvintes depois de Jesus lhes ter revelado um pouco mais da sua intimidade. Que grande é Deus! Fez-se “pão”, para que O comamos. Está “vivo”! Quem é mais vivo do que Deus eterno? “Descido do céu”: o “sonho dos sonhos”. Mais, não se pode pedir!
- Em vez de ficarem contentes, criticam-no… Pouco antes Jesus tinha-os alimentado com a extraordinária multiplicação dos pães e dos peixes: ninguém discutiu! Agora discutem! Parece que só aceitam “Deus aos bocados”. Deus sim, mas... à distancia. Interessante!, não é?
https://family.evangeli.net/pt/feria/2024-08-11

HOMILIA

ESPIRITUALIDADE BÍBLICO-MISSIONÁRIA

É bela a catequese deste domingo! Já no Livro do Êxodo (1ª leitura do domingo passado), diante da lamúria do povo no deserto, Deus fez chover o maná. O povo deveria sair e recolher o necessário apenas para cada dia. Isso já vem nos lembrar do quanto é necessária a fraternidade, que gera a partilha. Por que recolher a porção de cada dia? Para que não houvesse acúmulo. Aliás, o desejo de acumular está muito presente entre nós. Ainda não arriscamos a vida na gratuidade.
Elias depois de caminhar o dia todo, também reclamou e sentou-se debaixo de uma árvore, pedindo para morrer. Mas Deus tinha outro projeto para ele, e, por isso, o anjo vai tocá-lo duas vezes e dizer-lhe: “Levanta-te e come! Ainda tens um longo caminho a percorrer”. Caminhou muito, quarenta dias e quarenta noites, até chegar ao monte Horeb, o monte de Deus.
Esses dois fatos acima têm o que nos ensinar, pois se relacionam profundamente com o Evangelho. Já há três domingos, Jesus vem nos educando sobre o “Pão da vida”. Se o povo de Israel desanimou durante a marcha para a Terra Prometida, e Elias também desanimou pedindo a morte, os judeus agora murmuram contra Jesus, só porque disse: “Eu sou o pão que desceu do céu”.
Há aqui o problema da falta de fé, a descrença. Diante daquele fato, Jesus aprofunda sua afirmação, seu ensinamento, mostrando que nele tudo se realizava por desígnio divino, ou seja, o plano salvífico do Pai. Ele se fez humano para nos revelar a humanidade perfeita. Ele conhece a vontade do Pai e assume seu projeto, que é comunicar e dar a vida eterna. Por isso, Jesus vai dizer de novo e com mais profundidade: “Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne dada para a vida do mundo”.
Estes três fatos: o do maná, que caiu do céu; o pão assado entregue a Elias e a incompreensão dos judeus nos levam para o grande diálogo de Jesus, mostrando que Ele é o Pão da vida. Assim, a Sagrada Escritura vem, desde longo tempo, apontando para o mistério da Eucaristia, que Jesus vai instituir junto dos discípulos. O Pão da Eucaristia é para comer, para dele se alimentar, e partir em missão: “Ainda tens um longo caminho”. É esse caminho que temos de percorrer. É bom e bonito adorar a Jesus Sacramentado, porém, é preciso se alimentar dele, do Pão da vida eterna, deixando para trás as acomodações e conveniências, e partindo em missão. Cristo não ficou parado; Ele ia de aldeia em aldeia, de povoado em povoado... E nós? Talvez, ficamos contentes em ir uma vez ou outra à Comunidade... É preciso alimentar-se do Pão da vida e partir, pois “longo é o caminho”.
Redação “Deus Conosco"
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=11%2F08%2F2024&leitura=homilia

Oração
— OREMOS: (instante de silêncio) DEUS ETERNO E TODO-PODEROSO, a quem, inspirados pelo Espírito Santo, ousamos chamar de Pai, fazei crescer em nossos corações o espírito de adoção filial, para merecermos entrar um dia na posse da herança prometida. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=11%2F08%2F2024&leitura=meditacao

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