ANO C

Mt 9,32-38
Comentário do
Evangelho
“Nunca se viu coisa igual em Israel”
O nosso
texto começa evocando o episódio da cena de dois cegos. Agora, é a vez de um
mudo. A mudez era, segundo a mentalidade da época, atribuída a um demônio. O
mal, é verdade, impede de falar bem, distorce as palavras, impede de proclamar
as maravilhas de Deus. Mateus não descreve como se deu a cura; limita-se a
observar que “expulso o demônio, o mudo começou a falar”. Tendo presente Isaías
35,5-6, a cena de um mudo é um sinal dos tempos messiânicos.
O
contraste entre a reação da multidão (v. 33: “Nunca se viu coisa igual em
Israel”) e dos fariseus (v. 34) é visado pelo evangelista. Enquanto a multidão
reconhece a novidade, já os fariseus, ícones da resistência a Jesus, proclamam,
pela estreiteza de visão, que em Jesus não há nada de novo, ao contrário, ele é
instrumento de Satanás.
Os vv.
35-37 preparam o relato do envio dos Doze e o discurso missionário (Mt
10).
O v. 35 é
um sumário, um resumo, da atividade de Jesus. Por onde passa, o Senhor vai
libertando o ser humano de seus males para que possa viver. A sua própria vida
é proclamação e testemunho da proximidade do Reino de Deus. Esta Boa-Notícia se
realiza pela palavra e pela ação de Jesus em favor das pessoas. É a compaixão
que leva Jesus a ir ao encontro das pessoas e a se deixar encontrar por elas.
É com este mesmo sentimento que os Doze deverão realizar a missão que receberão
do Senhor.
Necessitarão
de mais trabalhadores para socorrer a todos, por isso, é preciso suplicar
Àquele que conhece os corações para que conceda a ajuda adequada.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, faze-me compassivo diante do sofrimento de
tantos irmãos e irmãs, movendo-me a ser, efetivamente, solidário com eles.
Fonte: Paulinas em 09/07/2013
Vivendo a Palavra
Não foi assim apenas no tempo de Jesus: as
ovelhas continuam buscando pastores. A nós, Igreja do Pai Misericordioso, Povo
de Deus, cabe o cuidado dos irmãos. Sonhamos ser como os cristãos da origem:
eles tinham tudo em comum, dividiam seus bens com generosidade e alegria. Eram
unidos na oração e na partilha do pão.
Fonte: Arquidiocese BH em 09/07/2013
VIVENDO A PALAVRA
Não foi assim apenas no tempo de Jesus: as
ovelhas continuam buscando pastores. A nós, Igreja do Pai Misericordioso, Povo
de Deus, cabe o cuidado dos irmãos. Sonhamos ser como os cristãos da origem:
eles tinham tudo em comum, dividiam seus bens com generosidade e alegria. Eram
unidos na oração e na partilha do pão.
Reflexão
Existem pessoas que vivem chorando pelos cantos
por causa das ofensas e calúnias das quais são vítimas no trabalho
evangelizador. O Evangelho de hoje nos mostra que não deve ser essa a atitude
dos discípulos de Jesus. Quando Jesus realiza a expulsão de um demônio, é
caluniado, pois afirmam que é pelo poder do mal que ele faz exorcismos. Jesus
simplesmente continua a sua caminhada, preocupando-se com o sofrimento e as
dores de todos os que encontra pelo caminho e fazendo o bem a todos, olhando a
todos com compaixão e preocupando-se porque são como ovelhas que não têm
pastor. Assim também devemos ser nós, não devemos viver preocupados com as
calúnias que nos são dirigidas, mas sim preocupados em fazer o bem.
Fonte: CNBB em 09/07/2013
Reflexão
Encontramos aqui várias expressões da atividade missionária de
Jesus: ele cura um endemoninhado mudo e também “toda doença e toda
enfermidade”; ensina nas sinagogas; prega o Evangelho nas cidades e vilarejos;
enche-se de compaixão pelas multidões “angustiadas e abandonadas”. Acolhe de
bom grado as aclamações do povo. Ouve a absurda acusação de que ele expulsa
demônio com a força do chefe dos demônios. Um trabalho intenso que empenha
Jesus por inteiro: a saúde, a inteligência, a habilidade para se comunicar e,
em todas as circunstâncias, sua bondade e misericórdia derramadas copiosamente
sobre as multidões que vivem “como ovelhas sem pastor”. Nada mais natural que
Jesus sinta e expresse a necessidade e a urgência de outros trabalhadores para
a colheita. Recomenda que os peçamos ao Senhor.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz
Miguel Duarte, ssp)
Meditação
Jesus agia por amor e misericórdia. Relaciono-me
com meu próximo por amor verdadeiro? - Jesus nos convoca para sermos
trabalhadores da messe. Que missao exerço? - São muitos os que vivem cansados,
abandonados e abatidos? - Encontro pessoas desanimadas e abatidas? Posso fazer
alguma coisa por elas? - Tenho ajudado alguém pelo menos escutando e acolhendo?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Satuário em 09/07/2013
Meditando o evangelho
REAÇÕES CONTRADITÓRIAS
Os milagres de Jesus não visavam impor às pessoas o reconhecimento
de sua messianidade. Aliás, Jesus não tinha como controlar as interpretações de
suas palavras e gestos. Muitos sentidos foram dados a eles. Tudo dependia do
modo como eram acolhidos.
A ação de Jesus suscitou reações contraditórias. A cura de um
possesso mudo levou as multidões a confessarem jamais terem visto algo
semelhante em Israel. Já seus adversários declarados, os fariseus, consideraram
o mesmo gesto fruto de um poder demoníaco atuado através de Jesus. A
benevolência das multidões contrastava-se com a malevolência farisaica.
Os milagres eram apenas uma porta de entrada no mistério da pessoa
de Jesus e apontavam para algo novo e extraordinário acontecendo na história
humana. Quem se abria para Jesus e acolhia sua mensagem, percebia o dedo de
Deus escondido atrás de sua ação e reconhecia o Reino de Deus acontecendo
através dele. E o identificava como o Filho de Deus agindo com o poder
conferido pelo Pai. Em outras palavras, entrava na dinâmica da fé.
Por outro lado, os milagres serviam para respaldar as palavras de
Jesus. Ele era Messias por palavras e por obras. As obras prodigiosas, ao
revelarem ser Jesus possuidor de um poder próprio de Deus, eram uma
demonstração da autoridade com a qual falava. Tantos os milagres de Jesus
quanto seus ensinamentos revestiam-se de autoridade divina.
Oração
Senhor Jesus, leva-me a reconhecer o dedo de Deus escondido em
teus gestos prodigiosos.
COMENTÁRIO
DO EVANGELHO
1. A
COMPAIXÃO DO PASTOR
(O
comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta,
Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal
Dom Total a cada mês).
Em suas andanças, Jesus esteve sempre muito
atento às pessoas e às suas necessidades. O sofrimento da humanidade mantinha-o
em contínuo alerta. Sua reação natural era a de ir ao encontro
dos sofredores, revelando a solidariedade de Deus para com eles.
Quando as multidões exclamavam estupefatas –
"Nunca se viu coisa semelhante em Israel!" –, estavam reagindo diante
do testemunho de misericórdia de Jesus. E esse testemunho era algo, até então,
desconhecido. Mas também quando os fariseus acusavam-no de "expulsar os
demônios pelo poder do príncipe dos demônios", mostravam-se incapazes de
compreender como alguém podia ser tão misericordioso e cheio de compaixão. Por
não conseguirem discernir o dedo de Deus na ação de Jesus, optavam por acusá-lo
de conluio com Satanás.
A preocupação com as multidões cansadas e
abatidas levava o Mestre a desejar que o Pai enviasse muitas outras pessoas
para cuidar delas. Como ele, os operários da messe deveriam caracterizar-se
pela capacidade de compadecer-se do sofrimento alheio, sendo, efetivamente,
solidários com os sofredores. Era necessário que muitas outras pessoas se
interessassem pelo rebanho. Portanto, muitos deveriam compartilhar a missão de
Jesus.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo
Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da
FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Pai, faze-me compassivo diante do sofrimento de
tantos irmãos e irmãs, movendo-me a ser, efetivamente, solidário com eles.
Fonte: NPD Brasil em 09/07/2013
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Diálogo com Mateus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito
pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata –
Votorantim – SP)
___ Hei São Mateus, parece que neste seu evangelho os
ensinamentos estão todos misturados, isso é, com assuntos diferentes.
São Mateus‑____Vejamos então o final do evangelho “ A Messe é grande mas os
operários são poucos...”. O que faz primariamente os operários na Messe do
Senhor?
___Bom, eles são anunciadores do Evangelho e do Reino...
São Mateus___ Está vendo? O evangelho começa a falar de um mudo
que foi curado por Jesus e que, quando começou a falar, causou admiração no
povo....Ele não falava de qualquer coisa mas anunciava a Boa Nova do Evangelho
que o libertara da mudez...
___Então, os operários são poucos, porque a maioria não conhece
as maravilhas de Deus e por isso estão “mudos”, não fizeram ainda essa
experiência libertadora com Jesus?
São Mateus___ Isso mesmo, os poucos que têm, não atendem a
demanda, as pessoas querem conhecer algo novo, querem ser libertas e terem algo
a anunciar. Se os cristãos não anunciarem, quem irá anunciar?
____Bom, só falta uma coisinha São Mateus... E esse versículo
que fala sobre este sentimento de compaixão de Jesus em relação á multidão?
São Mateus ___Jesus nosso Senhor e Mestre, presta atenção nas
pessoas, não as vê como consumidoras de um produto, mas tem sensibilidade para
perceber do que elas precisam. Por isso é movido de compaixão, sofre junto com
elas, mas também junto com elas busca algo que as encante, que dê sentido
á sua vida.
____Tudo bem, mas aí no caso, só ele sozinho dava conta do
recado! Se eram como ovelhas sem pastor, agora têm diante de si o melhor de
todos os pastores. Por que o apelo para Deus envie mais operários?
São Mateus ____Essa multidão que Jesus vê e pela qual sente
compaixão, é toda humanidade, a do seu tempo, anterior a ele, e a humanidade
futura, que precisa ter uma esperança nova, algo inédito que lhes mude a
existência.E aí é que entra a Igreja presente no mundo aí no ano de 2012. A
Igreja, como Jesus, teve ser movida pela compaixão ás pessoas, percebendo que a
real necessidade delas, para serem felizes e realizadas, é tomarem a
consciência de que são filhas de Deus.
___Pronto São Mateus, fechou o pensamento: nossa Igreja é
formada pelos operários que somos cada um de nós, e a nossa missão primeira é
trabalhar na grande messe, anunciando o evangelho a todos, porém, nosso método
de trabalho, deve ser exatamente igual ao método de Jesus, ter compaixão,
sofrer junto com os que sofrem, e perceber suas necessidades básicas onde
descubram a Deus que é todo amor, nisso consiste a Boa Nova anunciada.
2. Encheu-se de compaixão
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro
da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal
Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
O ser humano, quando quer, encontra meios para negar as
evidências. Um desses meios não é desfazer do que é manifesto e não deixa
dúvidas, mas do autor. Os fariseus não podiam negar a evidência de um homem
mudo que começou a falar quando Jesus o curou. Que meios encontraram para negar
o milagre acontecido? Que meios empregaram para defender suas posições?
Desfazer do autor. Sim, ele curou o homem mudo, mas foi com o poder do chefe
dos demônios! Nos tempos atuais, para não aceitar os fatos, dizemos que alguém
é comunista, ou terrorista, ou marginal, ou qualquer coisa que nos livre do
compromisso de aceitar a evidência do que está acontecendo. Apesar das críticas
dos opositores, precisamos sempre de trabalhadores que se dediquem a fazer o
que Jesus queria: que o povo tenha vida e vida em abundância. Trabalhadores de
qualidade para um serviço de qualidade. Para qualquer coisa, qualquer um serve.
Para a obra de Deus é preciso gente disposta a perseverar com firmeza na obra
começada.
HOMILIA DIÁRIA
Escute e proclame as maravilhas do Senhor
Só quem escuta a Palavra de
Deus e Suas maravilhas pode proclamar a maravilha d’Ele aos outros.
“Quando o demônio foi expulso, o mudo
começou a falar. As multidões ficaram admiradas e diziam: ‘Nunca se viu coisa
igual em Israel’” (Mt
9,33).
O demônio impedia aquele homem de falar. Mas, uma
vez que Jesus o expulsou, o homem começou a falar.
Nós, muitas vezes, estamos também mudos, surdos e
cegos para as coisas boas, para as coisas de Deus, para aquilo que precisamos
proclamar de bem ao nosso próximo.
Você sabe que, se alguém é mudo, é
porque ele não pode escutar. E só quem escuta a Palavra de Deus e Suas
maravilhas pode proclamar a maravilha d’Ele aos outros. Se estamos fechados em
nós mesmos, se não estamos com os ouvidos e o coração abertos para a graça de
Deus, nós também não podemos falar desta graça para os outros.
Olhando para Jesus, que pregava o Evangelho do
Reino de Deus e ia curando todo tipo de doença e enfermidade pela força da Sua
Palavra, nós hoje queremos pedir que o Senhor abra os nossos
ouvidos para poder escutar Sua Palavra.
E quando formos tocados por essa Palavra, nós
também seremos curados. E tudo aquilo que nos impede, todas as forças malignas
que possam estar agindo em nós, em nossa casa ou em nosso meio, saia de nós e,
assim, possamos proclamar para outros o Reino de Deus.
Que o Senhor abra os nossos ouvidos, mas abra
também os nossos lábios para que, em todo canto, proclamemos
as maravilhas do Reino de Deus.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo – Comunidade
Canção Nova
Oração Final
Pai Santo, aceita-me como operário da tua vinha.
Ensina-me a desenvolver os dons que me deste para que eu os coloque a serviço
dos irmãos. Dá-me coragem e generosidade para a partilha do que tenho, mas
principalmente do que sou. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que
contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 09/07/2013
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, aceita-me como operário da tua
vinha. Ensina-me a desenvolver os dons que me emprestaste para que eu os
coloque a serviço dos irmãos. Dá-me coragem e generosidade para a partilha do
que tenho e, principalmente, do que sou. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e meu
Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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