ANO C

Mt 12,14-21
Comentário do
Evangelho
Os fariseus tramam a morte de Jesus
Depois das espigas arrancadas num dia de sábado e
da cura de um homem de mão atrofiada, na sinagoga, num dia de sábado, os
fariseus tramam a morte de Jesus. Jesus é condenado por fazer o bem: “Se um de
vós tem uma ovelha e cai num buraco: não a agarrará e a tirará? Mais do que uma
ovelha vale um homem! Portanto, é permitido, no sábado, fazer o bem!”
(12,11-12). A lei de Deus é dada ao povo para proteger o dom da vida e da
liberdade. Por isso, na introdução das duas versões do decálogo, há evocação da
saída do Egito: “Eu sou o Senhor, teu Deus, que te fez sair da terra do
Egito, da casa da escravidão” (Ex 20,2; Dt 5,6).
A ameaça de uma morte premeditada não intimida
Jesus; partiu seguido por muitos e curava a todos (v. 15). Mateus cita o
primeiro cântico do Servo Sofredor de Isaías (Is 42,1-4). Este cântico do servo
diz da vocação e do destino do eleito de Deus. A comunidade cristã é convidada
a reler, à luz do mistério de Cristo, este cântico de Isaías: a profecia diz
respeito a Jesus, eleito de Deus, em que repousa o Espírito de Deus; ele é
portador de uma mensagem salvífica para todos, judeus e pagãos.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, meu único desejo é estar em comunhão contigo,
para que, como Jesus, eu saiba discernir, em cada circunstância, a melhor
maneira de agir.
Fonte: Paulinas em 20/07/2013
Vivendo a Palavra
Isaías descreve o perfil daquele que seria o
Messias. Será que nós, seus seguidores, nos enquadramos nesse perfil? Recebemos
e aceitamos o seu Espírito? Somos discretos no anúncio da Boa Notícia?
Incentivamos os irmãos a caminhar, ou tentamos apagar, com o nosso julgamento
legalista, o pavio do entusiasmo que ainda fumega neles?
Fonte: Arquidiocese BH em 20/07/2013
VIVENDO A PALAVRA
Isaías descreve o perfil daquele que seria o
Messias. Será que nós, seguidores de Jesus Cristo, reconhecemos esse perfil?
Recebemos com alegria e aceitamos o seu Espírito? Somos discretos no anúncio da
Boa Notícia? Incentivamos os irmãos a caminhar, ou tentamos apagar, com o nosso
julgamento legalista, o pavio do entusiasmo que ainda fumega neles?
Reflexão
Jesus não veio à terra para buscar a sua glória ou
a sua promoção pessoal. Ele veio como o servo de Deus para garantir, por uma
vida de serviço e, principalmente, pela sua paixão e morte de cruz, a salvação
para todas as pessoas. Com isso, Jesus é aquele que cumpre todas as promessas
feitas por Deus durante todo o antigo Testamento. Ele vai, não pela glória,
pela arrogância e pelo poder, mas pelo amor, pela misericórdia e pelo serviço,
realizar o projeto de Deus e nos mostrar novos valores que devem nortear as
nossas vidas, tornando-se ao mesmo tempo modelo para todas as pessoas e a
esperança de todas as nações.
Fonte: CNBB em 20/07/2013
Reflexão
Mateus
é breve e dramático. Com poucas palavras, afirma que os fariseus se
reúnem para planejar a morte de Jesus. O que Jesus havia feito de errado?
Os fariseus notaram que ele, desde o início, era bastante liberal ao
interpretar as tradições. Mais que isso, Jesus sabia que essas tradições se
haviam tornado carga pesada para o povo. Certos sacrifícios forçados não podem
agradar a Deus. É na liberdade que cada um demonstra seu amor sincero. Se
cumpre a lei porque é obrigado, onde está a virtude? Por isso é que Jesus cita
o profeta Oseias (6,6): “Quero misericórdia e não sacrifício”. Porque também
Deus é um Deus de misericórdia e não um tirano pronto a castigar o mínimo
deslize no cumprimento de qualquer lei. Jesus é o servo do Senhor: está a
serviço do Deus misericordioso.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel
Duarte, ssp)
Meditação
Diante das dificuldades, coloco minha esperança em
Deus? - Tenho consciência de que quem agride o próximo é porque não tem
argumentos válidos? - Conheço a expressão que ensina que “violência gera
violência?” - Grito, altero-me, ou sou sempre presença de paz e amor? - Peço
sempre as luzes do Espírito Santo?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 20/07/2013
Meditando o evangelho
O SERVO ESCOLHIDO
Na tentativa de compreender a ação misericordiosa de Jesus em favor das
multidões, acolhidas e curadas por ele, a Igreja primitiva recorreu a um texto
do profeta Isaías, conhecido como "o primeiro canto do Servo de
Javé". Até hoje, não se sabe ao certo a quem o profeta se referia. Em todo
o caso, o Servo foi apresentado como alguém muito querido por Deus, a cujo
serviço se colocou totalmente. Sua missão consistiu em implantar o projeto de
Deus na Terra, de modo que a justiça imperasse no mundo inteiro. A humildade e
simplicidade do Servo fizeram dele um ser pacífico, que não escolheu o caminho
da violência para realizar sua missão. Ele foi discreto. Não realizou suas
obras com estardalhaço, para ser notado. Foi compassivo e bondoso com as
pessoas, especialmente, as mais fracas, e jamais decepcionou ninguém. Enquanto
houvesse um fiozinho de esperança, o Servo não se desesperava. Se a cana estava
rachada, acreditava na possibilidade de recuperá-la. Se a mecha ainda estava
fumegante, acreditava na possibilidade de ainda obter uma labareda e não a
apagava. A justiça acontecia, portanto, no respeito ao fraco e não
eliminando-o. O Servo, assim pensado, tornava-se digno da confiança de todos os
povos.
O caminho escolhido por Jesus para realizar sua missão foi o mesmo do
Servo. Sem triunfalismo, ele soube levar os pobres a recuperar a esperança.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo
Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da
FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Senhor Jesus, és o Servo de Deus que, na simplicidade e humildade, leva
a humanidade a recuperar a esperança.
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. NA MIRA DOS INIMIGOS
(O comentário do Evangelho abaixo
é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica,
Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
Os contínuos "desrespeitos" à Lei, por
parte de Jesus, só fazia crescer a aversão de seus inimigos por ele.
Norteando-se pelo princípio da misericórdia, o Mestre não se importava de fazer
o bem em dia de sábado. Por exemplo: curar a quem recorria a ele ou carecia de
seu auxílio, mesmo sem ser solicitado, como foi o caso do homem de mão seca.
Ele transmitia aos discípulos esta mesma mentalidade, ensinando-os a serem livres
diante das tradições religiosas, quando se tratava de fazer o bem.
O foco de desentendimento entre Jesus e os fariseus
não consistia em minúcias da Lei, discutidas entre as escolas rabínicas da
época. Girava em torno de questões mais radicais. As atitudes de Jesus
chocavam-se com a Lei no seu conjunto, no modo como era entendida pelos
fariseus fanáticos. Jesus não questionava o mandamento do repouso sabático.
Somente recusava-se a aceitar o valor absoluto que lhe era dado. Por isso,
entrava em desacordo com os seus inimigos.
A situação ficou insustentável. Seus opositores
reuniram-se em conselho, para decidir sobre a melhor maneira de eliminar o
incomodo Jesus de Nazaré.
O fato de ser visado por seus inimigos não foi um
obstáculo sério para Jesus. Sua consciência de estar em comunhão com a
vontade do Pai dava-lhe a segurança necessária para seguir em frente.
Oração
Pai, meu único desejo é estar em comunhão contigo,
para que, como Jesus, eu saiba discernir, em cada circunstância, a melhor
maneira de agir.
Fonte: NPD Brasil em 20/07/2013
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Um Messias desconcertante...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito
pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata –
Votorantim – SP)
O Messianismo de Jesus, sua maneira de agir, desconcerta a
todos. Os Fariseus estão convencidos de que ele não é o Messias e estão
decididos a buscarem os meios para matá-lo, pois representa um perigo ás
tradições de Israel.
O evangelho de hoje faz a clássica apresentação do Ungido
segundo o Profeta Isaias, onde Jesus é o Servo de Deus, o Bem amado e querido
do Pai, Aquele sobre quem repousa o Espírito e que anunciará a Justiça. Alguém
que não irá entrar no “jogo” do poder que infestava até mesmo a religião, não
elevará a voz, como fazem os que querem mandar e dominar, não fará ouvir sua
voz nas praças. Mas é o versículo final que traz algo inédito: Não quebrará o
caniço rachado, nem apagará a mecha que ainda fumega, até que faça triunfar a
Justiça...
Este perfil do Messias desconcertou até o Precursor João
Batista, que havia anunciado, com um discurso muito rigoroso “O machado já está
posto á raiz, e toda árvore que não produzir bons frutos, será cortada e
lançada ao fogo”. Enfim, anunciara um Messias implacável, vingador, com
quem os maus, impuros e pecadores iriam se ver... E Jesus toca nos leprosos,
cura os enfermos, abre os olhos aos cegos, e faz coisa ainda pior, tem amizade
com pecadores públicos, com Mulheres da Vida, como Madalena, e janta na casa deles.
Por isso João mandou discípulos sondarem se Jesus era mesmo o Messias
esperado... Até ele ficou com dúvidas.
O cristianismo autêntico nos dias de hoje continua a ser
desconcertante, porque o Jesus da Pós Modernidade, que os espertalhões criaram,
em nada se parece com Ungido de Deus, o Cristo Jesus Nosso Senhor, aquele que
transforma a miséria humana em esperança, porque cura, ressuscita e liberta os
que morreram pelo pecado.
2. Eis o
meu amado!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito
por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e
disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
O versículo inicial conclui o relato da cura da mão atrofiada de
um homem e introduz a citação do profeta Isaías. Por que tomaram a decisão de
matar Jesus? Porque ele se opôs a uma concepção nada humana da observância do
sábado e, consequentemente, nada divina. Há uma clara oposição entre o modo
como os ensinamentos de Moisés eram vividos e interpretados e a visão de Jesus
sobre a pessoa humana. A oposição chegou ao ponto de tramarem a morte de Jesus.
Jesus se retira. Sua hora ainda não tinha chegado e tudo acontecerá segundo o
projeto salvífico de Deus. Jesus se retira, mas continua curando os doentes e
mostrando como nele se realizam todas as Escrituras. Ele é o Servo de Deus,
escolhido e amado. Sobre ele repousa o Espírito e ele anunciará às nações o
projeto de Deus. No vocábulo “julgamento” está a síntese da Lei de Deus. Jesus
é o Servo Sofredor humano e humanizador. Ele não discute nem grita. Não desiste
nem desanima. Sabe esperar. Não apaga a mecha que ainda fumega e não quebra o
caniço que está rachado. Ele não desiste do ser humano. Por isso, as nações
depositarão sua esperança em seu nome.
HOMILIA DIÁRIA
A graça da perseverança final
A oração que deve mover o nosso coração hoje é a de sermos firmes e
fiéis ao Senhor até o fim
“Os fariseus saíram e fizeram um plano para matar Jesus. Ao saber disso,
Jesus retirou-se dali. Grandes multidões o seguiram, e ele curou a todos.” (Mt
12, 14-15)
O Senhor não deixou de fazer o Reino de Deus
acontecer porque muitos se opuseram à sua mensagem; muito pelo contrário, Ele
seguiu seu caminho. Mesmo não sendo amado nem querido onde estava, Ele foi
operar o Reino de Deus onde foi acolhido.
Em muitos lugares, Deus não será aceito nem
acolhido. Claro que o nosso desejo é que muitos sejam tocados pela mensagem que
Jesus nos trouxe, mas esta é incomoda e exige mudança de vida, por isso, quando
não queremos mudar, é preferível rejeitá-Lo.
Muitas pessoas, um dia acolheram Jesus, mas
preferiram seguir o seu modo de vida, seguindo o seu próprio deus. Por isso, a
graça que eu peço ao Senhor, hoje, é a de sermos perseverantes, nunca negando
Jesus nem retirando Ele de nossas vidas.
Saiba você que essa tarefa não é fácil; muitas
vezes, a vontade será de desistir, pois nos sentiremos sozinhos. Por este
motivo, precisamos da graça do alto, a qual não nos permite negar e abandonar o
Senhor.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e
colaborador do Portal Canção Nova.
Oração Final
Pai Santo, faze-nos conscientes dos atributos do
Messias profetizado por Isaías e vividos por Jesus, para que possamos segui-los
em nossa trajetória por esta terra que nos ofereces, partilhando com os irmãos
a alegria de vivermos já aqui os sinais do teu Reino. Pelo mesmo Cristo Jesus,
teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 20/07/2013
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, faze-nos conscientes dos atributos
do Messias profetizados por Isaías e vividos por Jesus, para que possamos
segui-los em nossa trajetória por esta terra que nos ofereces, partilhando com
os irmãos a alegria de viver, já aqui e agora, os sinais do teu Reino. Pelo
mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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