ANO C

Mt 10,34–11,1
Comentário do
Evangelho
Nenhum laço afetivo pode ser obstáculo para o seguimento de Jesus Cristo.
A lealdade a Jesus e a decisão de segui-lo estão acima de qualquer
lealdade e de qualquer outra decisão. Jesus é “o fazedor de paz” (Mt 5,9); ele
não promove a guerra nem sequer a discórdia. A sua mensagem é que suscita a
hostilidade daqueles que a rejeitam. Os discípulos devem comunicar a paz por
onde andarem, mesmo sendo enviados “como ovelhas para o meio dos lobos” (v.
16). Por vezes os inimigos serão os próprios familiares (v. 36). Nenhum laço
afetivo deve preceder ao amor por Jesus, pois este é o fundamento e a
inspiração de todo amor plenamente humano. Nenhum laço afetivo pode ser
obstáculo para o seguimento de Jesus Cristo.
A vida do discípulo, a exemplo da do Mestre, não está na defesa de seus
próprios interesses e privilégios, mas na entrega generosa de toda a vida ao
Senhor: “… e quem perder sua vida por causa de mim a encontrará” (v. 39). A
identificação dodiscípulo com o Mestre deve ser tal, que acolher o discípulo é
acolher o próprio Senhor. O discípulo é representante de Cristo e portador de sua
mensagem, assim como Cristo o é do Pai: “… não venho por mim mesmo, foi o Pai
que me enviou” (Jo 8,41).
Carlos Alberto
Contieri,sj
Oração
Pai, robustece minha adesão a teu Reino,
levando-me a pautar por ele todo meu agir e a atrair para ti quem optou
pelo caminho da maldade e do egoísmo.
Fonte: Pauluinas em 15/07/2013
Vivendo a Palavra
A paz que Jesus não
trouxe: a acomodação, o egoísmo, a discriminação. Ele nos legou a espada para
conquistarmos a sua Paz – diferente da paz do mundo – que é fraternidade,
generosidade e gratuidade ou, se quisermos resumir em uma palavra: Amor – Amar
como Ele amou: doar a vida pelos irmãos.
Fonte: Arquidiocese BH em 15/07/2013
VIVENDO A PALAVRA
A paz do mundo – aquela que Jesus não trouxe
para nós: acomodação, egoísmo e discriminação. Ele nos legou a espada para
conquistarmos a sua Paz, que é bem diferente. A Paz de Cristo é fraternidade,
generosidade, gratuidade, justiça, ou, se quisermos resumir em uma palavra,
Amor! Amar como amou Jesus de Nazaré: Ele doou a vida pelos irmãos.
Reflexão
O seguimento de Jesus tem uma série de
implicações e não permite meio termo, pois exige radicalidade. Ou seguimos
Jesus ou não seguimos, não existe seguimento até certo ponto ou de acordo com
as minhas condições, o seguimento é incondicional. Para que isso seja possível,
Jesus deve ser o valor absoluto de nossas vidas, devemos ser seduzidos por ele
de modo que tudo façamos para estar com ele e realizar a sua vontade, a fim de
que tenhamos coragem de, com ele, assumir a nossa cruz do dia a dia e segui-lo
até onde for necessário. Somente quem tem um verdadeiro amor por Jesus e pelo
Reino de Deus é capaz de viver de tal maneira.
Fonte: CNBB em 15/07/2013
Reflexão
Nem
todos aceitam as exigências do Reino de justiça e paz que Jesus veio
estabelecer neste mundo. Os que defendem uma sociedade assentada no poder, na
riqueza e numa vida egoísta, dificilmente vão acolher o Messias com sua
mensagem de amor filial a Deus e de comunhão fraterna. A uma sociedade injusta
e opressora Jesus contrapõe os valores da paz. Não que Jesus declare guerra
abertamente; é sua mensagem que provoca a hostilidade dos que a rejeitam; esses
é que empunham a espada (divisão). Vêm à nossa mente as palavras do velho
Simeão, quando da apresentação de Jesus no Templo: “Eis que este menino
será causa de queda e reerguimento de muitos em Israel” (Lc 2,34). O próprio
Jesus mostra que é de outra natureza a paz que ele nos dá: “A paz que lhes dou
não é como a paz que o mundo dá” (Jo 14,27).
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel
Duarte, ssp)
Meditação
Reflita hoje sobre seu contexto familiar: é bom?
- Algo depende você para que seja melhor ainda? - Há problemas sérios em sua
família? Pode fazer alguma coisa para que, mesmo em meio a dificuldades,
viva-se em paz? - Lembra-se sempre de que vida sem cruz não é vida? - Procura
colocar sempre tudo nas mãos de Deus, buscando forças para a caminhada?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 15/07/2013
Meditando o evangelho
ADESÃO TOTAL A JESUS
A adesão do discípulo a Jesus tem o mesmo caráter totalizante da adesão
a Deus no Antigo Testamento.
Segundo a Lei mosaica, o fiel deveria amar a Deus "com todo o
coração, com toda a alma, com todas as forças". Algo semelhante Jesus
exige dos discípulos. Mesmo os laços mais sagrados de sangue ficam em segundo
plano para quem aceita ser seguidor do Mestre. Quem coloca pai, mãe, filho ou
filha, acima dele, renega sua condição de discípulo. Esta liberdade diante dos
laços familiares possibilita-lhe estar disponível para seguir Jesus no caminho
da cruz, se preciso, enfrentando a própria a morte. Não se trata de uma
apologia da cruz, valorizada por si mesma, mas da liberdade e disponibilidade
para viver o discipulado com todas as suas conseqüências.
As palavras de Jesus são de extrema clareza: quem se dispõe a segui-lo
deve, como ele, aderir incondicionalmente ao projeto do Pai, sem meias-medidas
ou atenuantes. É tudo ou nada!
A dureza das condições para o discipulado poderia amedrontar quem se
predispõe a tornar-se discípulo, ou quem já é discípulo. Estaria Jesus exigindo
uma espécie de desprezo aos familiares mais caros? Ou transformando o
discipulado em fuga da família? Nada disso! O discipulado exige apenas que
tudo, até mesmo o amor aos familiares, seja vivido na perspectiva do Reino. O
discípulo amará seu pai, sua mãe, seu filho ou sua filha de uma maneira
particular, quiçá até mais profunda, porque revestida pelo amor do Reino!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo
Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado
no Portal Dom Total).
Oração
Espírito de disponibilidade para o Reino, faze-me reconsiderar tudo na
perspectiva do Reino, dando-lhe a centralidade exigida por Jesus.
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. NÃO
A PAZ, MAS A ESPADA!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir
Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e
disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
A afirmação de Jesus a respeito de sua missão soa
estranha. Qual terá sido a sua intenção ao declarar: "Não vim trazer a
paz, e sim a espada"? Como combinar esta declaração com a bem-aventurança
relativa aos construtores da paz?
As palavras de Jesus visam dirimir um mal-entendido.
O alerta: "Não pensem que ..." pressupõe que circulavam
interpretações equivocadas sobre a sua missão. Muitos tinham-no na conta de um
Messias pacificador, que haveria de instaurar o shalom em Israel, um tempo de
bem-estar e prosperidade, obtida pelo aniquilamento de todos os adversários da
nação, e pela recuperação da liberdade desde há muito perdida.
O caminho de Jesus é outro. Seu ministério terá
como resultado criar uma grande divisão no seio da humanidade. Ou melhor,
explicitar uma cisão que está latente, velada por um falso irenismo que encobre
as maldades e as injustiças, impossibilitando a concretização do Reino na
história humana: quem pertence e quem não pertence ao Reino.
Uma vez concretizada a divisão, aí sim,
saber-se-á quem aderiu ao Reino e se dispõe a tomá-lo como parâmetro das
próprias ações, e quem resiste a submeter-se à sua dinâmica. Então caberá aos
discípulos do Reino, reconciliados entre si, buscar atrair quem optou pelo
caminho contrário.
O ideal de Jesus é ver toda a humanidade
reconciliada, mas sobre bases verdadeiras!
Oração
Pai, robustece minha adesão a teu Reino,
levando-me a pautar por ele todo meu agir e a atrair para ti quem optou pelo
caminho da maldade e do egoísmo.
Fonte: NPD Brasil em 15/07/2013
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Como entender esta afirmação de Jesus?
(O comentário do Evangelho abaixo é feito
pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata –
Votorantim – SP)
O leitor menos preparado poderá chocar-se com essa expressão
colocada pelo evangelista São Mateus, onde Jesus diz “Não julgueis que vim
trazer a paz á terra. Vim trazer não a paz, mas a espada”. Que negócio é esse?
Então, Jesus o Filho de Deus, todo amor e misericórdia, a maior bondade,
perfeição e santidade que o ser humano já viu, não veio trazer a paz, mas a
espada? Será que São Mateus não se equivocou e entendeu errado o que Jesus
falou? Vai ver que ele falou que veio trazer a Paz e não a espada...
A espada é uma arma conhecidíssima dos Judeus para quem Mateus
escreve o seu evangelho, ela não só penetra, mas também corta, a morte por
degolamento era comum nas contendas. Ela separa uma coisa da outra e provoca
divisão... O que Jesus ensina nesse evangelho é a opção radical que o discípulo
deverá fazer á seu favor. Jesus não quer disputar o primeiro lugar e a
preferência de todos em nossas relações afetivas, isso nem está em discussão
nesse evangelho.
Há pessoas de grande carência afetiva que dependem totalmente da
relação com os outros, para ser feliz e sentir-se realizado nesta vida.
Precisam constantemente de manifestações de carinho e afeto, querem sempre ser
lembradas, ser o centro das atenções e na relação com os entes queridos ou na
própria comunidade, sempre buscam isso e quando lhes falta essa atenção dos
outros, sentem –se sozinhas, tristes e infelizes.
Jesus fala de algo que não interfere absolutamente nas relações
afetivas, ao contrário, lhes dá um novo significado. Quando abraçamos o discipulado
com lealdade e sinceridade, colocando o Evangelho de Cristo como a verdade
absoluta em nosso viver, tudo se torna diferente em nossas atitudes e
procedimentos. Estaremos tão ocupados em amar e servir os outros que não
teremos tempo para buscar nossos interesses e nossas neuroses pois estaremos
livres.
Tomar a cruz e seguir Jesus é deixar todas as nossas
conveniências e interesses para trás, renúncias e desapegos sempre trazem
desafios e sofrimentos pois muitas vezes renunciamos até a vida, e os prazeres
que ela nos oferece. Mas essas perdas, que aos olhos do mundo nos dão prejuízo,
representam na verdade um Ganho da Vida Verdadeira que Jesus nos oferece.
2. Quem vos recebe, a mim recebe...
(O comentário do Evangelho
abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’,
Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
“Não tenham medo, não sejam ingênuos e saibam que não vim trazer
paz ao mundo”, dizia Jesus ao término de suas orientações missionárias. Ele não
veio trazer paz de águas paradas. Sua paz tem energia, sua paz tem movimento.
Sua paz não é a paz do mundo. O discípulo missionário segue Jesus com destemor
e perseverança. Não tem medo, vê o fim com clareza e avança numa batalha que
não será perdida. O discípulo missionário não é um conquistador de espaços ou
tesouros deste mundo sua luta não se faz com armas de destruição. Sua luta se
faz com a paciência. Com ela o missionário tudo alcança, uma vez que para ele
só Deus basta. Jesus termina estas instruções missionárias e parte para outro
lugar. Ele também é missionário.
Oração Final
Pai Santo, inspira-nos por seu Espírito para
compreendermos e realizarmos em nossas vidas o desejo de Jesus: amarmos nosso
próximo como Ele nos amou – até o ponto de sacrificarmos a vida pelos irmãos.
Não só morrendo por eles, mas dedicando-lhes o nosso tempo, os nossos dons e
talentos. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do
Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 15/07/2013
ORAÇÃO FINAl
Pai Santo, inspira-nos para compreender
realizar em nossas vidas o desejo de Jesus: que amemos nosso próximo como Ele
nos amou – até ao ponto de sacrificar a vida pelos irmãos. Não só morrendo por
eles, mas, muito mais, vivendo por eles: dedicando-lhes o nosso tempo, os
nossos dons e talentos. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na
unidade do Espírito Santo.

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