ANO C

Mt 7,21-29
Comentário do
Evangelho
Ouvir e praticar a Palavra do Senhor
Nossa perícope é a conclusão do discurso denominado
‘Sermão da Montanha’ (Mt 5–7). Não são as muitas palavras ou o louvor estéril
que caracteriza o discípulo, mas o seu engajamento afetivo e efetivo em
realizar a vontade de Deus: “Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor! Senhor!’,
entrará no Reino dos Céus, mas só aquele que põe em prática a vontade de meu
Pai que está nos céus” (v. 21). Trata-se de ouvir e pôr em prática a palavra do
Senhor, pois, de alguma maneira, nesta palavra de vida está a vontade de Deus
para cada um. É esse dinamismo de escuta e prática da palavra do Senhor que dá
solidez à Igreja, comunidade dos discípulos, casa “construída sobre a rocha”
(v. 24) da fé.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, eu quero caminhar com sinceridade para a comunhão
contigo, no teu Reino. Que todos os meus gestos e palavras estejam sempre
alicerçados na tua vontade.
Fonte: Paulinas em 27/06/2013
Vivendo a Palavra
A Palavra do Senhor não foi dita para ser ouvida, decorada,
repetida e ensinada, mas para ser vivida, colocada em prática no dia-a-dia das
relações humanas. Jesus viveu e mostrou o que é o Amor eficaz: aquele que é o
que faz e não apenas o que diz. Amemos como Jesus amou!
Fonte: Arquidiocese BH em 27/06/2013
VIVENDO A PALAVRa
Nas últimas três semanas nós mergulhamos nas
águas profundas do Sermão da Montanha (capítulos 5 a 7 de Mateus). Nele se
resume toda a pregação do Mestre de Nazaré. Nada seria mais oportuno do que
fazermos uma parada para a releitura dessas preciosas páginas, com a intenção
de acolhê-las e fazer delas a norma para a nossa convivência com os
companheiros de caminhada.
Reflexão
Na
conclusão do Sermão da Montanha, Jesus nos estimula a pôr em prática todos os
seus ensinamentos e deixa claro que o autêntico herdeiro do Reino é quem cumpre
a vontade de Deus. O voto de aprovação depende das obras boas realizadas para a
glória de Deus e o bem do próximo. Outros sinais, mesmo extraordinários e sob
invocação do nome do Senhor, se não forem acompanhados da sinceridade de coração,
mas realizados por motivos desonestos, serão reprovados “naquele dia”, momento
de prestar contas. Não basta ficar só rezando e repetindo o nome de Deus sem
arregaçar as mangas e partir para a prática da justiça. Quem fizer a vontade do
Pai celeste, revelada por Jesus nos Evangelhos, esse estará edificando sua vida
sobre a rocha inabalável, que é o próprio Cristo.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel
Duarte, ssp)
Meditação
Qual é a vontade do Pai a que Jesus se refere? - A
vontade do Pai é que amemos a Ele acima de tudo e ao próximo como a nós mesmos!
Reflita! - Não é uma verdadeira armadilha?! Amar o outro como amo a mim! - Em
meu coração há lugar para egoísmos? - Desejo também para os outros sucesso,
paz, harmonia, amor...?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 27/06/2013
Meditando o evangelho
O DISCÍPULO PRUDENTE
O discípulo do Reino é convidado a aderir à mensagem de Jesus, de modo a
deixá-la permear todos os meandros de sua existência e levá-lo a agir de maneira
compatível com sua opção. Não basta uma aceitação puramente intelectual da
mensagem. Nem, tampouco, limitar-se à profissão verbal da fé em Jesus. A
condição de discípulo é expressa com a vida.
Pautar a vida pelas palavras de Jesus é sinal de sensatez. Uma vida assim
alicerçada prepara o discípulo para enfrentar toda sorte de contradições e
dificuldades, sem se deixar abalar. Embora seu modo de vida o transforme em
alvo de seus adversários, nem por isso ele pensa em desanimar. Antes, continua
impávido seu caminho.
Não pautar a vida pelas palavras de Jesus é sinal de insensatez. A
condição de discípulo, neste caso, não passa de mera formalidade. Jesus não
chega a ser realmente o Senhor de sua vida. Resultado, será incapaz de
manter-se de pé quando sua fé for submetida à prova. Então, será revelada a
fragilidade de sua opção pelo Reino.
Jesus denunciou a existência de pessoas deste segundo tipo na comunidade
cristã. Eles profetizavam, exorcizavam, faziam milagres em seu nome. Mas, ele
mesmo declara desconhecê-los. Pelo fato de não se submeterem, realmente, à
vontade do Pai do céu, seu agir aparentemente bom se tornava prática de
iniqüidade. Eles não eram discípulos.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo
Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da
FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Senhor Jesus, dá-me a sensatez necessária para que eu deixe tuas
palavras transformarem toda a minha existência.
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. PRUDÊNCIA E TOLICE
(O comentário do Evangelho abaixo
é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica,
Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
Engana-se quem pensa ter optado por uma adesão
perfeita a Jesus só porque, da boca para fora, invoca seu nome, julgando estar
dando mostras de fé. Certas circunstâncias da vida põem à prova a solidez desta
adesão. Só, então, será possível saber se se trata de uma opção bem alicerçada
ou não.
A opção por Jesus concretiza-se na prática de suas
palavras. Quem as ouve e se esforça por pautar por elas a sua vida, está no bom
caminho. Nenhuma tempestade, por mais violenta que seja, será suficientemente
forte para demovê-lo de sua confiança no Senhor e no seu Reino. A tempestade se
vai, sem ter abalado sua fé. A prudência levou-o a construir sua vida sobre
alicerces sólidos.
Bem outro é o destino de quem fica satisfeito com
uma piedade aparente, em que o comodismo e o amor próprio permanecem intocados.
Ao ser provado, não estará em condições de resistir diante dos múltiplos
assédios do tentador. Seu cristianismo de fachada será desmascarado, ficando
claro que ele estava longe de ser um discípulo de Jesus. Por ser tolo, não
edificou sua vida cristã sobre as bases indicadas pelo Mestre, vindo a sofrer
as conseqüências de sua falta de discernimento.
Cada discípulo é chamado a fazer uma séria revisão
de sua vida, para certificar-se se está agindo com a prudência necessária, ou
se está sendo levado pela insensatez.
Oração
Espírito de prudência, que eu saiba edificar minha
vida cristã sobre os alicerces das palavras de Jesus, de modo a superar as
provações da vida.
Fonte: NPD Brasil em 27/06/2013
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Quando vêm os temporais e enchentes...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José
da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
A Palavra provação não significa que Deus desconfia de nós e
quer nos provar, se fosse assim, Ele já teria desistido de nos amar, pois
nenhum ser humano, nem os mais Santos, passariam nessa prova.
O evangelho de hoje é o texto que vem na sequência do Sermão da
Montanha, parece que Jesus fez um belo resumo de tudo o que já havia ensinado
aos discípulos e agora os exorta a colocarem em prática as “Bem Aventuranças” e
a primeira coisa a fazer é ouvir a Palavra.
Claro que esse ouvir a palavra requer uma abertura de coração
para aceitá-la, durante o dia ouvimos muitas coisas mas nem sempre estamos
focados naquilo que ouvimos, a Palavra de Deus, para ser eficaz em nós precisa
ser buscada, desejada, e deve despertar em nós um encanto naquilo que
transmite, a ponto de nela descobrirmos a razão e o sentido de nossa Vida, não
é uma palavra qualquer, dita por acaso, jogada no ar a esmo, ela tem a direção
certa do nosso coração e do nosso existir, podemos até dizer que, nos momentos
e circunstâncias em que Deus nos comunica de alguma forma a sua Santa Palavra
ele têm um propósito a nosso respeito e espera de nós uma resposta.
Pela sua Palavra a nós anunciada, Deus não quer aplausos,
elogios ou arrebatamentos, mas quer abertura e disponibilidade para coloca-la
em prática, pois esta é a única forma de darmos a ele uma resposta positiva e
aqui evocamos Maria, ao ser anunciada “Faça-se em mim...”, isto é, que a
Vontade Divina, manifesta na Palavra, se torne em minha vida uma ação concreta.
Se a nossa decisão a favor da Palavra, e a nossa adesão a Jesus
Cristo é sincera e autentica, vamos prova-la nas tempestades, ventanias e
enchentes que enfrentamos nesta vida. Quando a nossa Fé é infantil e nossa
relação com Deus baseada no medo, qualquer ventinho das contrariedades nos faz
cair. Quando a nossa Fé é baseada em um rito mágico, onde tudo depende só de
Deus, na primeira oportunidade que Ele não nos atender, também caímos por terra
e tudo se desmorona.
Mas quando temos uma Fé firme e inabalável, vivida no
encanto do anúncio de Jesus, mas também na realidade dessa vida, onde vamos
colaborando concretamente para o Reino aconteça, as revezes da vida, longe de
nos fazer cair, mais nos fortalecem, porque, entendendo os nossos limites e
fraquezas, nos atiramos confiantes nos Braços do Pai. Essa Fé madura, marcada
pelo equilíbrio das nossas ações, fortalecida pela Eucaristia e a Palavra de
Deus, mantida pela oração, é base sólida que jamais cairá. E um dia,
quando estivermos diante do juízo de Deus, seremos por ele confirmados, como
bons construtores e empreendedores, porque fomos capazes de olhar para o
Transcendente, sem tirar os pés do chão da nossa história.
2. Ensinava como quem tem autoridade
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso
Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal
Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
A palavra do Senhor nos faz pensar seriamente. No juízo final
estarão diante dele pessoas que profetizaram em seu nome, expulsaram demônios,
fizeram muitos milagres, clamaram muitas vezes “Senhor, Senhor”. E Jesus dirá a
elas: “Não conheço vocês”. Jesus as considera malfeitoras. É evidente que não
devemos fazer o mal. Não se trata, porém, de fazer coisas boas. O que temos que
fazer é a vontade do Pai. Não entra no Reino dos Céus quem diz “Senhor,
Senhor”, e sim quem faz a vontade do Pai que está no céu. Posso fazer milagres
e não estar fazendo o que Deus espera de mim. Daí a necessidade de um bom
discernimento da vontade de Deus.
HOMILIA DIÁRIA
O Evangelho exige de nós uma coerência de vida
O Evangelho tem uma exigência muito séria para a nossa vida, ele exige
de nós uma coerência de vida, quer que levemos uma vida de acordo com a vontade
de Deus.
“Nem todo aquele que me diz:
‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos Céus, mas o que põe em prática a vontade
de meu Pai que está nos céus” (7,21).
Não basta clamar pelo nome do Senhor, não basta
anunciar o nome d’Ele, não basta dizer que lê, reza, prega, faz isso ou faz
aquilo, em nome do Senhor, se não leva uma vida de acordo com a vontade d’Ele.
O Evangelho tem uma exigência muito séria para a
nossa vida, ele exige de nós uma coerência de vida, quer que levemos uma vida
de acordo com a vontade de Deus. Tem muita gente por aí, em todo e qualquer
lugar, falando em nome do Senhor, pregando em nome d’Ele, levando e levantando
placas em nome de Jesus, usando roupas, camisetas, cruzes pequenas, cruzes
enormes… Mas o Senhor não se deixa enganar pela aparência, Ele não se deixa
levar por gritos, por discursos inflamados. Até lágrimas muitas vezes são
derramadas, choros.
O importante, no entanto, não são essas coisas
externas. O que caracteriza um cristão é saber colocar em prática a vontade
d’Ele. Por isso mais importante ainda do que pregar, do que anunciar a Palavra
de Jesus, do que sair dizendo o nome d’Ele para este ou para aquele, é
importante olhar para a nossa vida e, a cada dia, procurar moldá-la para que
ela esteja de acordo com a vontade do Senhor.
Que Deus nos ensine o caminho da coerência
evangélica, que Ele nos ajude a moldar nossa vida para que ela esteja de acordo
com a vontade d’Ele.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo – Comunidade Canção Nova
Oração Final
Pai Santo, faze-nos sábios e prudentes para
construir nossa morada sobre o fundamento sólido do Cristo. Que não sejamos
apenas repetidores de uma doutrina, mas verdadeiros discípulos – aqueles que
ouvem e seguem o Mestre. Nós te pedimos, Pai amado, pelo Cristo Jesus, teu
Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 27/06/2013
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, o Cristo, teu Filho que se fez nosso
Irmão em Jesus de Nazaré não nos ensinou como professor, mas como Mestre –
aquele que tem autoridade, porque mostra como vive, para ser seguido. Dá-nos
sabedoria e coragem, amado Pai, para vivermos como Ele viveu: proclamando o teu
Reino de Amor, que já está presente em nós.

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