ANO C

Jo 19,25-34
Nossa Senhora Mãe da Igreja
Comentário do
Evangelho
As mulheres ao pé da cruz
A presença das mulheres no momento da crucifixão é
registrada pelos três evangelistas sinóticos. Contudo, elas permanecem à
distância. João, no seu evangelho, as apresenta junto à cruz, Maria Madalena e
Maria, a mãe de Jesus, acrescentando o discípulo que Jesus amava.
Neste contexto, João introduz as duas falas de
Jesus: "Mulher, eis teu filho", à sua mãe, e "Eis a tua
mãe", ao discípulo. Sua mãe está presente neste momento final do
ministério de seu filho, assim como estivera no início, nas bodas de Caná,
quando Jesus afirma que ainda não é chegada sua hora. Jesus dirige-se a sua mãe
com o termo "mulher". Com esta expressão, repetida, Jesus irá se
dirigir também à mulher samaritana, à beira do poço, e será a expressão com que
o Ressuscitado se dirigirá a Maria Madalena, ao lado do túmulo vazio.
Agora é chegada a hora. É a hora do sinal maior: a
glorificação de Jesus, a sua fidelidade plena ao projeto do Pai, até a morte,
estando garantida a continuidade de sua missão pelas novas comunidades.
Em Maria, a mulher, temos a mãe de Deus. Maria
Madalena, que sairá em busca de Jesus no horto, como nos Cânticos dos Cânticos,
representa a nova comunidade como esposa do Ressuscitado. João, recebendo Maria
como mãe, representa o discipulado, como filhos de Deus, herdeiros da vida
eterna, em Jesus.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, a prática do amor e da justiça revele tua ação
no íntimo do meu coração, transformando-me em instrumento de tua misericórdia,
que eleva a humanidade decaída.
Fonte: Paulinas em 15/09/2012
Vivendo a Palavra
A pessoa do apóstolo-evangelista João abriga a
todos nós, que somos a Igreja de Jesus. Também nós, não apenas nos sentimos
entregues pelo Cristo à maternidade da Virgem, mas recebemos Maria como nossa
Mãe e modelo para o seguimento de Jesus. E por tudo, damos graças ao Pai
Misericordioso.
Fonte: Arquidiocese BH em 15/09/2012
Meditando o evangelho
Maria, o Israel fiel
Às várias características próprias do Evangelho de João junta-se esta:
ele é o único que menciona a presença da mãe de Jesus e de discípulos junto à
cruz. Nos sinóticos, Marcos, Mateus e Lucas, as mulheres permanecem
a distância, observando. A mãe de Jesus é mencionada apenas duas vezes
neste Evangelho: no início do seu ministério, nas bodas de Caná e, agora, no
momento de sua crucifixão. Nas duas vezes é destacada a proximidade entre Jesus
e sua mãe. Nas bodas, quando ainda não era chegada a hora de Jesus, a mãe
representa o antigo Israel fiel, particularmente os samaritanos, que busca
o socorro de Jesus e reconhece que deve ser feito tudo o que ele disser. Agora
é a sua hora. É a hora da glorificação de Jesus, a sua fidelidade plena ao
projeto do Pai, até a morte, tendo, porém, garantida a continuidade de sua
missão nas comunidades. Em pé, junto à cruz, destacam-se sua mãe, Maria
Madalena e o discípulo que Jesus amava. Maria Madalena, procurando por Jesus no
horto, em uma alusão ao Cântico dos Cânticos, representa a comunidade como
esposa do Ressuscitado. O discípulo amado simboliza a comunidade que continuará
a missão de Jesus. A mãe, o Israel fiel, encontrará sua identidade inserindo-se
nestas comunidades.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo
Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da
FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Senhor Jesus, que eu seja sensível à angústia e aos
sofrimentos do meu próximo, e ajuda-me a devolver-lhe a alegria de viver.
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. As mulheres no Calvário
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz -
Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Pedi socorro á minha equipe de Teólogos para juntos
pensarmos nos três versículos que compõe esse Evangelho das três Marias, das
quais a primeira mencionada é Maria de Nazaré, cujo nome foi omitido pelo
evangelista que preferiu chamá-la de "mulher".
E no meu grupo, Maria, que atua nos Vicentinos, foi
a primeira a manifestar-se "Eu acho que o fato de Jesus chamar Maria de Mulher,
tem algum significado especial"
"Bom, eu acho que é aquilo mesmo que sempre
ouvimos falar, nesse momento Jesus nos deu uma mãe que é Maria e nos deu a
Maria, como Filhos e Filhas" - comentou um jovem que está começando em
nosso grupo.
"Eu estava aqui pensando com meus botões,
quando a menina se torna adulta, adquirindo a maioridade, se costuma dizer que
agora é uma mulher, isso é, está preparada para a missão de ser mãe, pelo menos
Biologicamente" - disse a catequista Vera.
Podemos trabalhar essa idéia que é boa, nesse
diálogo entre Jesus, Maria e João, indica que algo novo está nascendo ali
naquele momento. "Nossa! No meio daquela tragédia ?" - exclamou
Jorjão.
Não podemos nos esquecer que para João, a morte de
Jesus na cruz não é uma tragédia, ao contrário, é uma vitória do seu Reino de
Amor, por isso que nesse evangelho há sempre uma referência à "minha
hora".
Nesse momento, aos pés da cruz nasce o povo da Nova
Aliança, isso é, a Igreja, a qual Maria é dada por Mãe, e em João, todos os
cristãos se tornam Filhos de Maria, por isso a denominação Mulher que significa
Igreja. Aquele que se fez serva desde o anúncio, e que serviu a Deus com tanta
fidelidade na missão que lhe fora confiada, amadureceu a sua maternidade e agora
está preparada para ser Mãe de uma multidão que iria aderir ao Filho Jesus.
Nada mais justo que a primeira discípula e primeira cristã, seja Mãe da Igreja,
ao ser ela a própria Igreja, que deve continuar gerando Jesus para o mundo.
E a Maria que é Vicentina, não perdeu a ocasião
para um comentário inteligente e provocador ao mesmo tempo "Aos pés da
cruz, na igreja que nascia, como a gente acabou de ver, haviam três mulheres e
um homem, parece que desde o início nós mulheres somos a maioria"
"Pois é minha irmã, isso é verdade, mas nossos
pastores são todos homens" - emendou do seu canto o Jorjão. E antes que se
iniciasse uma acirrada discussão entre o papel do homem e da mulher dentro da
nossa igreja, eu arrematei: Calma gente, os pastores da nossa Igreja, Padres,
Bispos e Diáconos têm a missão de cuidar com carinho da Igreja, assim como João
acolheu Maria em sua casa para cuidar dela, segundo a missão confiada pelo
próprio Jesus.
2. O FILHO DO HOMEM
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório –
Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no
Portal Dom Total a cada mês).
Jesus refere-se a si mesmo como "o Filho do
Homem". A expressão "filho de homem" aparece dezenas de vezes no
profeta Ezequiel, onde se refere ao profeta, na sua simples e frágil condição
de "humano". Aparece também duas vezes no livre de Daniel, sendo uma delas
como um "humano" que vem entre as nuvens do céu, agora revestido de
poder. Nos evangelhos, Jesus identifica-se como o filho do homem, revestido de
fragilidade (cf. segunda leitura), conforme o sentido do profeta Ezequiel, para
que não o confundissem com o messias glorioso, esperado pelos judeus. O Filho
do Homem significa o humano, o encarnado na vida, na história. Contudo os
discípulos originários do judaísmo, na sua incompreensão, vão, com freqüência,
interpretar o "filho do homem" com o qual Jesus se identifica, no
sentido messiânico de glória e poder, conforme a única vez que aparece em
Daniel.
O Filho do Homem desceu do céu e será levantado. É
o Verbo que se fez carne e vimos a sua glória. Temos aqui a dinâmica
característica do evangelho de João. Jesus desceu do céu para elevar o humano.
João prima pela revelação da exaltação da condição humana a partir da
encarnação do Filho de Deus, Jesus. A elevação do Filho do Homem é a elevação
do humano. Conforme o livro de Números, Moisés fez uma serpente de bronze e a
levantou, para que todos a vissem. Quem recebesse a mordida mortal de uma
serpente contemplava a serpente de bronze e não morria (primeira leitura).
Este antigo modelo da Lei de Moisés é substituído
pela graça e a verdade de Jesus (Jo 1,17). Quem nele crer tem a vida eterna. Na
encarnação Deus deu seu Filho ao mundo, que veio como enviado para anunciar e
testemunhar sua Palavra da salvação. A sua divina missão não é a da condenação
do mundo, mas a de fecundar a vida e fazê-la germinar e frutificar no mundo. É
a missão da misericórdia e do amor. Crer em Jesus, segui-lo e assumir a sua
missão é entrar na vida eterna.
Jesus ao manifestar o amor de Deus atrai e comunica
este amor a todos. Jesus é dom de Deus para comunicar a vida ao mundo. A glorificação
de Jesus é fidelidade total à sua missão, sem recuar, mesmo diante da morte.
Jesus elevado na cruz é a consumação de uma vida de amor. É a glória de Deus no
seu projeto de elevação da humanidade à participação de sua vida eterna.
Fonte: NPD Brasil em 15/09/2012
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. TUDO ESTÁ CONSUMADO.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito
pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata –
Votorantim – SP)
São João nos apresenta o texto da crucificação do Mestre. E nele
duas figuras se destacam: Maria, a Mãe de Jesus e João, o discípulo amado. Como
ontem, continuamos hoje refletindo sobre a realidade da Cruz. Antes de Jesus, a
cruz era vista como um instrumento de castigo, de humilhação, de condenação dos
criminosos. Porém, o fato de Jesus, o Filho de Deus ter sido crucificado deu à
cruz um sentido novo: deixou de evocar a condenação e a morte, para significar
exaltação da vida. E esta mudança radical da maneira de se ver a cruz foi por
causa da vida de Jesus. Jesus, pela sua existência impecável só fazendo o bem e
anunciando a Boa Notícia para a nossa salvação, aceitou a morte de cruz, e isto
demonstrou a sua fidelidade ao plano do Pai em relação ao Filho, Cordeiro
imolado pelos nossos pecados e para a nossa salvação. Nela ficou patente que
Deus era o Senhor único e exclusivo da vida de Jesus, e que nenhum fariseu ou
escriba foi suficientemente forte para desviá-lo do caminho traçado pelo Pai.
Jesus, apesar de ter pedido ao Pai no Horto das Oliveiras que o
livrasse daquele cálice amargo, deixou, contudo, que se realizasse a vontade
desse mesmo Pai. Por isso Jesus não vacilou e enfrentou o martírio de cruz com
cabeça erguida, até o final em que disse: “Pai tudo está consumado, a Ti
entrego o meu espírito”. Por outras palavras, diríamos que tinha chegado a hora
d’Aquele que se fez contar entre os ladrões para salvar a todos. Ele não teve
outra sina senão a Cruz. Assim Jesus Cristo, tido como um criminoso, carregou a
sua cruz e tendo chegado ao cimo da montanha foi pregado nela.
Uma característica importante do seguidor de Jesus é a
perseverança, ou seja, o compromisso de vida que se prolonga no tempo, vencendo
as crises. Quando Jesus pede para: “permanecer em mim e eu nele” (Jo 6,56;
15,4) ou “permanecer no meu amor” (Jo 15,9) expressa uma sintonia profunda, uma
comunhão de mente e de coração. Este é o sentido da imagem da videira e dos
ramos (15,1-11). Como também: “Se vocês permanecerem na minha palavra, serão
verdadeiramente meus discípulos. Vocês conhecerão a verdade, e a verdade fará
de vocês pessoas livres” (cf. Jo 8,31s). Jesus promete: “Se vocês permanecerem
em mim e as minhas palavras permanecerem em vocês, peçam o que quiserem, e o
Pai lhes concederá” (Jo 15,7). Na primeira epístola de João também se diz desta
atitude de vida: “Quem pretende permanecer nele, deve também andar no caminho
que Jesus andou” (1 Jo 2,6).
Manter-se junto à cruz expressa a atitude de estar em sintonia
com Jesus, exercitando a fé no momento de crise da morte e de sua passagem para
o Pai. Maria, as mulheres e o discípulo amado são os que perseveram neste
momento crucial. Permanecem com Jesus e em Jesus. É certo que este momento
significou um grande sofrimento para Maria. Mas, parece que perseverar assume
mais importância do que sofrer.
Qual é o sentido do encontro de Maria com o discípulo amado, ao
pé da cruz? Não é resolver um problema de família, ou seja, quem iria tomar
conta da mãe de Jesus depois da morte dele. Nesse momento tão importante da
cruz, João quer nos dizer algo mais. Ele deixa impresso na memória de todos os
cristãos que Maria não é somente a mãe, que concebeu, gestou, deu à luz, nutriu
e educou Jesus. Novamente, ela é chamada de “mulher”, como em Caná (Jo 2,4 e
19,25). Seu lugar está além dos laços de sangue e das relações familiares. Por
vontade de Jesus, Maria é adotada como mãe pela comunidade cristã de todos os
tempos. O discípulo amado, que representa a comunidade, recebe-a como mãe. E
Maria é investida nessa nova missão. Acolhe os membros da comunidade cristã
como seus filhos.
Que Maria me acolha como filho bem amado do seu Filho afim de
que, olhando para a glória que me está reservada no Céu, carregue a minha cruz
todos os dias. E quando chegar a minha hora eu diga como Jesus: Pai tudo está
consumado, a Ti entrego o meu espírito.
2. Tenho sede!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito
por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e
disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
“A presença das mulheres no momento da crucifixão é registrada
pelos três evangelistas sinóticos. Contudo, elas permanecem a distância. João,
no seu evangelho, as apresenta junto à cruz, Maria Madalena e Maria, a mãe de
Jesus, acrescentando o discípulo que Jesus amava. Neste contexto, João introduz
as duas falas de Jesus: ‘Mulher, eis teu filho’, à sua mãe, e ‘Eis a tua mãe’,
ao discípulo. Sua mãe está presente neste momento final do ministério de seu
filho, assim como estivera no início, nas bodas de Caná, quando Jesus afirma
que ainda não é chegada sua hora. Jesus dirige-se a sua mãe com o termo
‘mulher’.
Com esta expressão, repetida, Jesus irá se dirigir também à
mulher samaritana, à beira do poço, e será a expressão com que o Ressuscitado
se dirigirá a Maria Madalena, ao lado do túmulo vazio. Agora é chegada a hora.
É a hora do sinal maior: a glorificação de Jesus, a sua fidelidade plena ao
projeto do Pai, até a morte, estando garantida a continuidade de sua missão
pelas novas comunidades.
Em Maria, a mulher, temos a mãe de Deus. Maria Madalena, que
sairá em busca de Jesus no horto, como no Cântico dos Cânticos, representa a
nova comunidade como esposa do Ressuscitado. João, recebendo Maria como mãe,
representa o discipulado, como filhos de Deus, herdeiros da vida eterna, em
Jesus. [...]
As narrativas da Paixão se diversificam nos evangelhos, trazendo
a marca de cada evangelista. Segundo João, Jesus é crucificado na véspera
(‘preparação’) da Páscoa, que naquele ano coincidiu com o sábado. Com
hipocrisia, para que a solenidade da Páscoa não fosse profanada pelos mortos,
os judeus se preocupam em retirar das cruzes Jesus e os outros dois. Era comum
os crucificados se sustentarem sobre o apoio dos pés na ânsia de evitar a
morte. Os romanos só os retirariam mortos; assim, os judeus pedem que lhes
quebrem as pernas para acelerar sua morte. A Jesus, já encontraram morto, porém
um soldado golpeia seu lado com uma lança, saindo sangue e água. No sangue
temos a expressão do amor de Jesus, que se doou sem limites, e na água temos a
expressão da origem da vida nova no Espírito de amor, doado por Jesus”.
HOMILIA DIÁRIA
Postado por: homilia
setembro 15th, 2012
Diante da Virgem Maria, ao pé da cruz, tanta dor e
tanto sofrimento, mas também tanta fortaleza e fé, que Jesus crucificado não
poderia dar maior presente aos Seus discípulos e a toda humanidade
(representada ali por João, o discípulo amado), senão a Sua santíssima Mãe.
Maria conhece as dores do nosso coração, por isso, depositemos no coração
transpassado dela os nossos pedidos e súplicas, confiantes de que todos os
pedidos feitos à Mãe o Filho atende. Os santos e a Tradição da Igreja nos
ensinaram a amar e a venerar Maria na alegria ou na dor.
Somos convidados, hoje, a meditar os episódios mais
importantes que os Evangelhos nos apresentam sobre a participação de Maria na
Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus: a profecia do velho Simeão (Lucas
2,33ss.); a fuga para o Egito (Mateus 2,13ss.); a perda de Jesus aos doze anos
em Jerusalém (Lucas 2,41ss.); o caminho de Jesus ao Calvário (João 19,12ss.); a
crucificação (João 19,17ss.); a deposição da cruz e o sepultamento (Lucas
23,50ss.).
Vejamos o que nos diz São Bernardo, um santo profundamente mariano: "O martírio da Virgem é mencionado tanto na profecia de
Simeão quanto no relato da Paixão do Senhor. Este foi posto, diz o santo
ancião, sobre o menino, como um sinal de contradição, e em Maria: 'e uma espada
transpassará tua alma' (cf. Lc 2,34-35).
Verdadeiramente, ó santa Mãe, uma espada transpassou tua alma. Aliás,
somente transpassando-a, penetraria na carne do Filho. De fato, visto que o teu
Jesus – de todos certamente, mas especialmente teu – a lança cruel, abrindo-lhe
o lado sem poupar um morto, não atingiu a alma dele, mas ela transpassou a tua
alma. A alma dele já ali não estava, a tua, porém, não podia ser arrancada
dali. Por isso, a violência da dor penetrou em tua alma e nós te proclamamos,
com justiça, mais do que mártir, porque a compaixão ultrapassou a dor da paixão
corporal.
E pior que a espada transpassando a alma, não foi aquela palavra que atingiu até à divisão entre alma e o espírito:‘Mulher, eis aí o teu filho’? (Jo 19,26).
Oh! Que troca incrível! João, Mãe, te é entregue em
vez de Jesus. O servo em lugar do Senhor, o discípulo pelo Mestre, o filho de
Zebedeu pelo Filho de Deus, o puro homem em vez do Deus Verdadeiro. Como ouvir
isso deixaria de transpassar tua alma tão afetuosa, se até a sua lembrança nos
corta os corações tão de pedra, tão de ferro.
Não vos admireis, irmãos, que se diga ter Maria
sido mártir na alma. Poderia espantar-se quem não se recordasse do que Paulo
afirmou que entre os maiores crimes dos gentios estava o de serem sem afeição.
Muito longe do coração de Maria tudo isto; esteja também longe de seus servos.
Talvez haja quem pergunte: ‘Mas não sabia ela, de
antemão, que iria ele morrer?’ Sem dúvida alguma! ‘E não esperava que logo
ressuscitaria?’ Com toda a confiança. ‘E mesmo assim sofreu com o Crucificado?’
Com toda a veemência. Aliás, tu quem és ou donde tua sabedoria, para te
admirares mais de Maria que compadecia, do que do Filho de Maria a padecer? Ele
pôde morrer no corpo; não podia ela morrer juntamente no coração? É obra da
caridade: ninguém a teve maior! Obra de caridade também isto: depois dela nunca
houve igual”.
(Dos sermões de São Bernardo, abade).
Tendo diante de nós tão grande testemunho de fidelidade e grandeza de alma, eu pergunto a você: ”Como anda a sua piedade mariana, sua devoção a Virgem Maria, mãe
de Jesus e nossa?”
ORAÇÃO A NOSSA SENHORA
Ó Mãe das Dores, Rainha dos Mártires, que tanto
chorastes vosso Filho, morto para me salvar, alcançai-me uma verdadeira
contrição dos meus pecados e uma sincera mudança de vida.
Mãe, pela dor que experimentastes quando vosso
Divino Filho, no meio de tantos sofrimentos, inclinando a cabeça expirou à
vossa vista sobre a cruz, eu vos suplico que me alcanceis uma boa morte.
Por piedade, ó Advogada dos pecadores, não deixeis
de amparar a minha alma na aflição e no combate da temível passagem desta vida
à eternidade.
E como é possível que, neste momento, a palavra e a
voz me faltem para pronunciar o vosso nome e o Nome de Jesus, rogo-vos, desde
já, a vós e a vosso Divino Filho, que me socorras nessa hora extrema e, assim,
direi : “Jesus e Maria, entrego-vos a minha alma. Amém!”
Padre Luizinho
- Comunidade Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 15/09/2012
Oração Final
Pai Santo, que nos deste Maria como Mãe, dá-nos coragem para segui-la
como discípulos de seu Filho, Jesus de Nazaré. Que o exemplo que ela nos deixou
nos inspire para proclamar aos que peregrinam conosco nesta vida que o Reino do
Céu está próximo – ele já está em nós! Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso
Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 15/09/2012
Nossa Senhora Rainha, Mãe da Igreja
Nossa Senhora é aquela que do Céu reina sobre as almas cristãs, a fim de
que haja a salvação
Instituída pelo Papa Pio XII, celebramos hoje a
Memória de Nossa Senhora Rainha, que visa louvar o Filho, pois já dizia o
Cardeal Suenens: “Toda devoção a Maria termina em Jesus, tal
como o rio que se lança ao mar”.
Paralela ao reconhecimento do Cristo Rei
encontramos a realeza da Virgem a qual foi Assunta ao Céu. Mãe da Cabeça, dos
membros do Corpo místico e Mãe da Igreja; Nossa Senhora é aquela que do Céu
reina sobre as almas cristãs, a fim de que haja a salvação: “É impossível que
se perca quem se dirige com confiança a Maria e a quem Ela acolher” (Santo
Anselmo).
Nossa Senhora Rainha, desde a Encarnação do Filho
de Deus, buscou participar dos Mistérios de sua vida como discípula, porém sem
nunca renunciar sua maternidade divina, por isso o evangelista São Lucas a
identifica entre os primeiros cristãos: “Maria, a mãe de Jesus” (Atos 1,14).
Diante desta doce realidade de se ter uma Rainha no Céu que influencia a Terra,
podemos com toda a Igreja saudá-la: “Salve Rainha” e repetir com o Papa Pio XII
que instituiu e escreveu a Carta Encíclica Ad Caeli Reginam (à
Rainha do Céu): “A Jesus por Maria. Não há outro caminho”.
Nossa Senhora Rainha, rogai por nós!
Nossa Senhora se encontra no Céu, na sua qualidade
de Rainha do Céu e da Terra e junto de Deus Pai, Filho e Espírito Santo, de São
José, seu justo Esposo e na glória de Todos os Anjos e Santos.
Se você:
- sofre de uma doença complicada
- atravessa dificuldades econômicas, tem dívidas ou
está desempregado
- vive com problemas familiares, com o seu cônjuge,
filhos ou pais
- deseja falar com Nossa Senhora Rainha através de
uma oração maravilhosa
Reze com devoção e confiança esta oração:
“Oh Maria sem pecado concebida!
A mais Preciosa Menina, Rainha das Maravilhas.
Ajuda-me neste dia a ser sempre teu verdadeiro
filho,
para chegar um dia ao Deus da Vida.
És Rainha do Céu e da Terra, gloriosa e digna
Rainha do
Universo
És Rainha do Céu e da Terra, gloriosa e digna
Rainha do Universo a quem podemos invocar de dia e de noite, não só com o
doce nome de Mãe, mas também com o de Rainha, como te saúdam no Céu
com alegria e amor todos os Anjos e Santos.
Nossa Senhora Rainha, Celeste Aurora, enviai a luz
divina do Universo para me ajudar a resolver estes problemas (descrever resumidamente
os problemas)”
Amém.
Pai Nosso, Ave Maria e Glória.
- Reze esta oração todos os dias, à noite, antes de
se deitar.
- Quando alcançar a graça que procura, vá a uma
igreja agradecer a Nossa Senhora Rainha.
- A melhor maneira de celebrar o dia de Nossa Senhora
Rainha é rezar o Terço e ir a missa.
“ Óh Maria, Rainha do Céu e da Terra, rogai por
nós!
Oração
Salve, Virgem Santa Maria, mãe generosa do Senhor
do universo, rei de paz e de justiça. Mulher humilde, acolhida já no céu pelo
amor do Pai, inspira o nosso serviço na edificação do reino de Cristo. Mãe
feliz, que acreditaste, fica connosco para nos ajudar a guardar e a alimentar a
lâmpada da nossa fé. Esposa do Espírito Santo, ensina-nos a perseverar nas
obras de misericórdia, de justiça, de paz. Amém!
Oração do dia
Ó Deus, que fizestes a mãe de vosso Filho nossa mãe
e rainha, dai-nos, por sua intercessão, alcançar o reino do céu e a glória
prometida aos vossos filhos e filhas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso
Filho, na unidade do Espírito Santo.

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