ANO C

Jo 6,30-35
Comentário do Evangelho
Jesus o Pão de Deus
Os anônimos judeus perguntam pelos sinais que
poderiam levá-los a crer que Jesus é o enviado do Pai. Esses sinais seriam uma
obra espetacular que não deixasse dúvidas acerca da identidade de Jesus. Mas
isso contradiria a própria natureza do sinal. A insistência dele sobre o maná
dado durante a travessia pelo deserto permitirá a Jesus avançar sua reflexão
sobre o pão verdadeiro. Em primeiro lugar, Jesus parece desfazer um equívoco. O
maná não era do céu, mas foi dado por Deus (cf. Ex 16,8), e não por Moisés. Mas
o maná recolhido toda manhã, à exceção do sábado (cf. Ex 16,26-29), durava
poucas horas. É prometido um pão do céu, dado por Deus. Desse pão verdadeiro, o
maná era somente tênue figura. Jesus é o pão descido do céu, que sustenta quem
nele crê e é capaz de dar vida ao mundo. Jesus é o pão de Deus.
Carlos Alberto Contieri,sj
Oração
Pai, dá-me sensibilidade para perceber que a
presença de Jesus, na nossa história, é a grande obra que realizaste: dar-nos a
vida eterna.
Fonte: Paulinas em 16/04/2013
Vivendo a Palavra
O maná, ‘pão que veio do céu’, apenas prefigurava
o verdadeiro Pão do Céu, que é o Cristo Jesus, Caminho, Verdade e Vida. Muitas
vezes nós nos esquecemos disso e, como aquele povo no deserto, que ainda não
recebera a Boa Notícia do Reino, continuamos a pedir ao Pai Misericordioso riquezas,
poder e prazeres.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/04/2013
VIVENDO A PALAVRA
O maná, o ‘pão que veio do céu’, apenas prefigurava o
verdadeiro Pão do Céu, que é o Cristo Jesus – Caminho, Verdade e Vida. Muitas
vezes nós nos esquecemos disso e, como aquele povo no deserto, que ainda não
recebera a Boa Notícia do Reino, continuamos a pedir ao Pai Misericordioso que
nos dê riquezas, poder e prazeres...
Reflexão
Quem vai até Jesus não terá mais fome e quem crer
nele não terá mais sede. Jesus coloca à nossa disposição não os bens
transitórios desse mundo, mas os verdadeiros bens, aqueles que são perenes, que
são eternos. Por isso, é muito importante que as pessoas conheçam Jesus.
Somente a partir do conhecimento da sua pessoa e do seu reconhecimento como
Filho de Deus é que as pessoas poderão desfrutar dos dons do alto que o Pai nos
concede por meio de Jesus e podem ter a verdadeira vida, pois ele é o Pão da
Vida, o Pão da verdadeira saciedade, que sempre se dá a todos nós em alimento
para a vida eterna.
Fonte: CNBB em 16/04/2013
Reflexão
O maná, “o pão que veio do céu”, foi dado ao povo
faminto no deserto como ato benevolente de Deus. Mas o maná satisfazia apenas
as necessidades temporais. Jesus oferece muito mais, ao dar o alimento capaz de
apagar para sempre as necessidades mais profundas de toda pessoa e da
sociedade. E este alimento é ele mesmo em pessoa. Jesus é o grande dom entregue
pelo Pai à humanidade que caminha tateando pelas estradas do mundo. Jesus é o
verdadeiro sinal do amor de Deus, o caminho único que leva ao Pai. Com fé
esclarecida e viva disposição para aderir a Jesus, façamos ecoar, em nossas
liturgias e no íntimo de cada um de nós, o pedido pelo pão celeste: “Senhor, dá-nos
sempre desse pão!”.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel
Duarte, ssp)
Meditando o evangelho
A IDENTIDADE PROVADA
Por mais espetaculares que fossem os milagres, sobrava sempre uma ponta
de desconfiança a respeito de identidade de Jesus. Exigia-se dele provas mais e
mais contundentes de sua condição de Messias, Filho de Deus.
Moisés havia alimentado o povo, na dura caminhada pelo deserto, com o maná
vindo do céu, comprovando ser, deveras, enviado de Deus. Para ser aceito,
também Jesus teria de realizar um feito de tal magnitude, que não seria
possível duvidar ser ele, de fato, o enviado de Deus.
A resposta de Jesus às suspeitas do povo foi sutil. Ele negou ter sido
Moisés o autor do milagre no deserto. Quem alimentou o povo faminto foi o Pai.
Além disso, o alimento de outrora não era o alimento verdadeiro, como o que
Jesus oferecia agora: o pão que desce do céu para trazer vida ao mundo.
A multidão estava diante de um milagre, que era urgente reconhecer:
Jesus. Ele é o milagre do Pai, seu dom excelente, prova de sua benevolência
para com uma humanidade faminta, que caminha errante pelos desertos do mundo. É
a única possibilidade de salvação, para quem não quer desfalecer pelo caminho.
É o sinal permanente do amor do Pai, a indicar os rumos da pátria prometida.
Não tem cabimento a multidão exigir milagres de Jesus. Basta o sinal oferecido
pelo Pai. Quem o acolhe coloca-se no caminho da salvação.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor
em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a
cada mês)
Oração
Espírito de benevolência, afasta de mim toda desconfiança, e conduze-me
à uma fé sólida no Ressuscitado, sinal do amor do Pai para conosco.
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. JESUS, O PÃO VERDADEIRO
(O
comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Nesse Evangelho, a multidão faz um grande esforço para buscar Jesus e
seus discípulos, pegam os barcos disponíveis por ali e fazem a travessia até
chegar a Cafarnaum, onde ele estava na outra margem do lago. Como hoje há
também uma multidão que se esforça, dentro de suas igrejas, a buscarem Jesus. A
pergunta é: o que essas pessoas buscam? O que elas veem em Jesus Cristo?
As respostas variam muito, há os que buscam a cura de uma enfermidade,
outros buscam a prosperidade em troca de um dízimo altíssimo, outros até buscam
os sacramentos, mas sem compreender nada sobre eles, não é errado buscar coisas
materiais ou pedi-las a Deus, por intercessão de Jesus Cristo, o problema, é
quando nada mais enxergamos nele, além disso, cura física, patrimônio, ganhos
financeiros um bom emprego com um ótimo salário, a libertação de toda e
qualquer angústia que nos traga algum sofrimento físico ou moral.
Entretanto, sabemos muito bem que tudo isso, um belo dia vai ficar para
trás: nosso corpo saudável, nossos bens materiais, nossa carreira profissional,
tudo isso são coisas perecíveis, mas que, no entanto, muitas vezes estão no
centro de nossas atenções, e a vida vai girando sempre em torno daquilo que
podemos ter de bom, em todos os aspectos, e a religião entra como a grande
aliada do homem, pois se me submeto a uma religião, Deus me recompensa dando-me
tudo àquilo que preciso, para viver bem. É exatamente com essa intenção que nos
dias de hoje, uma grande multidão lota alguns templos nas grandes metrópoles.
Mas esta reflexão é válida para todos nós cristãos, porque parece que
não sabemos bem o que queremos, e nos contentamos apenas com a casca da fruta,
colocamos nossa atenção na embalagem do produto, em resumo, nos contentamos com
tão pouco, quando Jesus nos oferece um tesouro inestimável, algo novo, inédito
e valiosíssimo, mas a multidão não quer arriscar deixar de lado a religião de
Moisés, a cuja tradição estavam ligados, “O que faremos para praticar as obras
de Deus?” Para eles Moisés era até agora a maior referência, porque garantiu
alimento para o povo no deserto, e bastava cumprir a lei que já estava no
caminho certo.
Não precisava pensar e nem comprometer-se com nada, bastava não fazer
nada de errado, e pronto, o resto era com Deus! “Que milagres fazes, para que
vejamos e creiamos em ti, que obras realizas?” Em outras palavras, o que vamos
ganhar se te seguirmos.
Hoje em dia, com o fenômeno religioso que se apresenta como uma resposta
diante dos inúmeros problemas existenciais, a religião mais procurada é aquela
que oferece maiores vantagens, não exige muito sacrifício nem comprometimento,
é quase que o princípio do melhor custo benefício, investir bem pouco e ganhar
muito. Muitas vezes, pensando desse modo, acabamos pecando, quando valorizamos
mais a quantidade do que a qualidade, vendo nisso um indicativo de crescimento
em nossas comunidades.
Crer naquele que o Pai enviou, não significa deixar tudo por conta de
Jesus, antes, é tê-lo como nossa referência única e autêntica, despojando-nos
do Velho Homem e renovando os sentimentos de nossa alma, revestindo-nos do
homem novo, criado a imagem e semelhança de Deus, em verdadeira justiça e
santidade. Não é importante o TER, mas o SER, é isso que Jesus nos oferece, um
novo ser, totalmente livre para tomar decisões e fazer escolhas na vida, a
partir de Jesus Cristo, aquele que nos renovou por completo com sua obra
redentora.
2. Senhor, dá-nos sempre desse pão!
(O
comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia
dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
Eles não perceberam o alcance dos sinais que Jesus tinha feito,
sobretudo o da multiplicação dos pães. Pedem então o sinal que lhes interessa:
pão e peixe de graça, sem muito trabalho. Na ocasião, quiseram até fazer Jesus
rei. Seria um ótimo governante, que daria o peixe sem ensinar a pescar.
Argumentam com o maná do deserto, um alimento que caía do céu e bastava
recolher pela manhã. Moisés deu esse pão. E Jesus, o que é que dá? A resposta
de Jesus os encaminha para o que realmente importa. O verdadeiro pão do céu é
Jesus, que veio dar vida ao mundo. Ele é o Pão da vida. Quem vem a ele não terá
mais fome, quem nele crê não terá mais sede. O povo, porém, estava pensando no
pão que mata a fome do corpo. Como não terá mais fome nem terá mais sede quem
crê em Jesus? Nós cremos em Jesus e precisamos trabalhar para ter o pão de cada
dia. Ele não cai do céu como o maná no deserto. Na verdade, cremos em Jesus,
mas não saímos da realidade terrestre na qual estamos inseridos. Estando em
profunda sintonia com Jesus, Pão da vida, fazemos a teologia das realidades
terrestres que nos ensina a construir um mundo no qual a multiplicação dos pães
se torna realidade.
HOMILIA DIÁRIA
Postado por: homilia
abril 16th, 2013
No texto de ontem, João terminava com a resposta
de Jesus: “A obra de Deus é que acrediteis naquele que ele enviou”. Apesar
do milagre da multiplicação dos pães – e de tantos outros sinais – ainda assim
o povo O interroga: “Que sinal realizas, para que possamos ver e crer em ti?
Que obras fazes? Nossos pais comeram o maná no deserto, como está na
Escritura: ‘Pão do céu deu-lhes a comer’”. Ante esta atitude, chegamos à
conclusão de que mesmo pedindo a Jesus pão do céu, a multidão não desejava mais
que pão terreno para esta vida e a fome daqui.
Não será muitas vezes a nossa atitude diante de
Jesus? Quando vamos à Santa Missa, quando rezamos em nosso grupo de oração, em
casa, na adoração, no Terço… O que pedimos a Deus por meio de Jesus? Pão do céu
ou terreno?
Quando o Senhor nos chama a fazer qualquer coisa
de grande novidade, nasce sempre em nós alguma resistência, desviando a nossa
atenção para não assumirmos o risco que isso implica. E então resmungamos,
reclamamos e pedimos que Ele dê provas da sua ação na nossa vida: “Que milagre
o Senhor vai fazer para a gente ver e crer no Senhor? O que é que o Senhor pode
fazer?”
Mas, Jesus não se assusta diante disso,
conduz-nos pacientemente a colher e a gostar da beleza e do “pouco” que Ele
sempre nos oferece. É como se dissesse: “É verdade que Moisés recebeu grandes
dons, mas aquilo que o Pai vos quer dar agora, em Mim, é infinitamente maior.
Trata-se do pão que Deus dá. Do pão que desce do céu e dá vida ao mundo”.
Jesus revela em nós o desejo interior de
recebermos o seu dom, ainda que não compreendamos o fim e a profundidade do seu
conteúdo e das suas implicações. É o que acontece na Eucaristia: se nos
aproximamos dela para nosso alimento, não é porque a compreendamos totalmente,
mas só porque o Senhor nos fez descobrir que nela Ele nos dá o seu amor.
Ele próprio diz: “Eu sou o pão da vida. Quem vem
a mim nunca mais terá fome, e quem crê em mim nunca mais terá sede e o pão de
Deus é o que desce do céu para dar a vida ao mundo”.
Meu irmão, apesar da nossa vida estar sujeita a
tantas fomes e misérias, apesar de muita gente não querer ouvir falar de vida
melhor para além desta, eu lhe convido a pedir ao Senhor não o pão deste mundo,
mas o que desceu do céu e, sobretudo, a dizer como o salmista: “Em vossas mãos,
Senhor, entrego a minha vida” aqui, em troca dessa que o Senhor me oferece.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 16/04/2013
Oração Final
Pai Santo, ensina-nos a reconhecer o teu
verdadeiro dom – o Cristo Jesus, teu Filho Unigênito que se fez nosso Irmão –
para que possamos repetir para os peregrinos deste mundo o anúncio que Ele nos
fez: o tempo se cumpriu e o Reino do Céu já está em nós e no nosso meio!.
Pelo mesmo Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: A rquidiocese BH em 16/04/2013
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, ensina-nos a reconhecer o teu verdadeiro Dom – o Cristo Jesus, teu Filho Unigênito que se fez nosso Irmão – para que possamos repetir para os peregrinos deste mundo o anúncio que Ele mesmo nos fez: o tempo se cumpriu e o Reino do Céu já está em nós e no nosso meio! Pelo mesmo Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
http://arquidiocesebh.org.br/para-sua-fe/espiritualidade/meu-dia-em-oracao/eu-sou-o-pao-da-vida-quem-vem-a-mim-nao-tera-mais-fome/
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, ensina-nos a reconhecer o teu verdadeiro Dom – o Cristo Jesus, teu Filho Unigênito que se fez nosso Irmão – para que possamos repetir para os peregrinos deste mundo o anúncio que Ele mesmo nos fez: o tempo se cumpriu e o Reino do Céu já está em nós e no nosso meio! Pelo mesmo Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
http://arquidiocesebh.org.br/para-sua-fe/espiritualidade/meu-dia-em-oracao/eu-sou-o-pao-da-vida-quem-vem-a-mim-nao-tera-mais-fome/

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