ANO C

6º DOMINGO DA PÁSCOA
Ano C – Branco
“Deixo a vocês a paz, dou a vocês a minha paz...”
Jo 14,23-29
Ambientação
INTRODUÇÃO DO FOLHETO
DOMINICAL PULSANDINHO: Reunimo-nos
para celebrar o memorial da morte e ressurreição de Jesus. Na celebração
eucarística escutamos a Palavra de Deus. O Espírito irá nos ensinar tudo o que
Jesus disse; irá iluminar nossos desafios pastorais e orientará nossas
comunidades, a fim de que transformemos nossa sociedade em Nova Jerusalém,
esposa do Cordeiro. Portanto, animados pelo Espírito, teremos força para
seguirmos adiante, sem perturbações e temores no coração. Não estamos órfãos,
largados à própria sorte, pois temos a assistência de uma força divina enviada
pelo Pai.
INTRODUÇÃO DO FOLHETO
DOMINICAL O POVO DE DEUS: Neste
domingo muitos dos nossos irmãos se põem a caminho de Aparecida como romeiros
da nossa Arquidiocese. É uma romaria que tem seu ponto final no céu, mas que
passa pelos Santuários desta terra, sinais visíveis daquele santuário eterno
que é o Cristo Bom Pastor reinando à Direita do Pai. Aparecida, a casa da Mãe,
nos acolhe e fortalece na fé, para que o romeiro da eternidade persevere até
fim em sua grande romaria. Preparemo-nos também para a festa da Ascensão do
Senhor, no próximo domingo. A ascensão de Jesus é a motivação teológica para o
Dia Mundial das Comunicações Sociais. Por isso, no próximo domingo, venhamos
preparados para a coleta generosa em prol da Rádio Nove de Junho, um dos
principais meios arquidiocesanos de comunicação social e precioso meio
comunicação católica.
INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Na Nova Jerusalém não há templo, porque o
Senhor e o Cordeiro são o seu templo. Afirmação surpreendente. Fala-se do mundo
novo já presente como início na Igreja terrena, mas que se realizará em
plenitude na Igreja celeste. A realidade futura não terá mais necessidade
daquilo que na terra é sinal e instrumento. Mas já neste mundo é preciso fazer
a passagem dos sinais visíveis para os invisíveis mistérios que
naqueles Deus faz conhecer e comunica. Isto implica num processo de
espiritualização e de personalização que ultrapassas as perspectivas dos
profetas.
Fonte: NPD Brasil em 05/05/2013
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Reunimo-nos para celebrar o
memorial da morte e ressurreição de Jesus. Na celebração eucarística escutamos
a Palavra de Deus. O Espírito irá nos ensinar tudo o que Jesus disse, a fim de
que transformemos nossa sociedade numa Nova Jerusalém, esposa do Cordeiro. Hoje
comemoramos também o Dia Diocesano da Comunicação e pedimos a Deus que, através
dos meios de comunicação social, anunciemos o Evangelho de Jesus Cristo,
príncipe da paz e do amor.
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE
DEUS: Irmãos e irmãs, bem-vindos! Somos
hoje, aqui, a comunidade do Ressuscitado, a Igreja reunida pela Páscoa do
Senhor. Peregrinamos neste mundo como povo humanamente frágil, mas, ao mesmo
tempo, forte pela presença do Ressuscitado. Somos a Igreja nascida do Pai, que,
através do seu Filho Jesus, doador do Espírito, chamou-nos, reuniu-nos,
salvou-nos e fez de nós um novo povo, uma nova cidade, uma nova aliança, início
de uma nova humanidade.
INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Na Nova Jerusalém não há templo,
porque o Senhor e o Cordeiro são o seu templo. Afirmação surpreendente. Fala-se
do mundo novo já presente como início na Igreja terrena, mas que se realizará
em plenitude na Igreja celeste. A realidade futura não terá mais necessidade
daquilo que na terra é sinal e instrumento. Mas já neste mundo é preciso fazer
a passagem dos sinais visíveis para os invisíveis mistérios que naqueles Deus
faz conhecer e comunica. Isto implica num processo de espiritualização e de
personalização que ultrapassas as perspectivas dos profetas.
“VOU, MAS VOLTAREI A VÓS...”
“... Para seguir o caminho de Jesus é preciso ama-lo e guardar sua
Palavra. Quem ama Jesus e O escuta, identifica-se com Ele, isto é, vive como
Ele, na entrega da própria vida em favor dos homens… Ora, viver nesta dinâmica
é estar continuamente em comunhão com Cristo e com o Pai. O Pai e Jesus, que
são um, estabelecerão a sua morada no discípulo; viverão juntos, na intimidade
de uma nova família.
Para que os discípulos possam continuar a percorrer esse “caminho” no
tempo da Igreja, o Pai enviará o “paráclito”, isto é, o Espírito Santo. A
palavra “paráclito” pode traduzir-se como “advogado”, “auxiliador”,
“consolador”, “intercessor”. A função do “paráclito” é “ensinar” e “recordar”
tudo o que Jesus propôs. Trata-se, portanto, de uma presença dinâmica, que
auxiliará os discípulos trazendo-lhes continuamente à memória os ensinamentos
de Jesus e ajudando-os a ler suas propostas à luz dos novos desafios que o
mundo lhes colocar. Assim, os crentes poderão continuar a percorrer, na
história, o “caminho” de Jesus, numa fidelidade dinâmica às suas propostas. A
comunidade cristã e cada homem tornam-se a morada de Deus: na ação daquele que
tem fé revela-se o Deus libertador, que reside na comunidade e no coração de
cada fiel e que tem um projeto de salvação para o homem.
A última parte do texto que nos é proposto contém a promessa da “paz”.
Desejar a “paz” (“shalom”) era a saudação habitual à chegada e à partida. No
entanto, neste contexto, a saudação não é uma despedida, pois o Mestre não vai
estará ausente. O que Jesus pretende é inculcar nos discípulos apreensivos a
serenidade e evitar-lhes o temor. São palavras destinadas a tranquilizar seus
seguidores e a assegurar-lhes que os acontecimentos que se aproximam não porão
fim à relação entre Jesus e a sua comunidade. As últimas palavras referidas por
este sublinham que a ausência de Jesus não é definitiva, nem sequer prolongada.
De resto, os discípulos devem alegrar-se, pois a morte não é uma tragédia sem
sentido, mas a manifestação suprema do amor de Jesus pelo Pai e pelos homens.”
(Comentário extraído do site: www.dehonianos.org)
GUARDAR A PALAVRA
A liturgia da Palavra de hoje dá continuidade à leitura das palavras
proferidas por Jesus ao se despedir de seus discípulos, conforme o evangelista
João. É sensato pensar que os discípulos, mesmo após a alegre experiência da
ressurreição do Mestre, ainda permaneciam com muitas interrogações acerca da
continuidade do seu projeto. Certamente, a lembrança da paixão e morte daquele
que seguiram com entusiasmo, também os amedrontava, a realidade socio-religiosa
se apresentava refratária ao modo de viver de Jesus, e seus líderes reagiram
com uso de violência desmedida.
Nesse contexto ressoa a palavra norteadora do Ressuscitado: “Se alguém
me ama, guardará a minha palavra” (Jo 14,22). Guardar a palavra significa
aceitar a grande lição de amor deixada por Jesus ao enfrentar as forças
contrárias aos seu projeto com a entrega da própria vida. Essa palavra viva não
é de fácil compreensão e consequente aceitação, pois mesmo no grupo dos
discípulos havia quem pensava que a superação da violência passava pelo uso da
violência.
Nesse sentido, é esclarecedor quando Jesus diz: “Minha paz vos dou; não
vo-la dou como o mundo a dá” (Jo 14,27). A paz só pode ser semeada com ações
pacíficas, nascidas de corações pacificados, reconciliados, nos quais reina a
certeza da vitória da vida sobre a morte. Assim, a palavra viva do Ressuscitado
norteou os seus seguidores na continuidade da missão, em momentos de
perseguição ou na resolução de conflitos internos como se vê nos versículos dos
Atos dos Apóstolos proclamados na primeira leitura. E levou-os a perceberem que
guardar e viver a Palavra do Ressuscitado é o alicerce para a edificação da
“Cidade santa” (Ap 21,10), ou para o estabelecimento do Reino de Deus na atualidade.
Hoje, a palavra paz expressa os grandes anseios das pessoas na sociedade
brasileira. Os conflitos e a violência que se dissemina tende a corroborar uma
“cultura de violência” com soluções baseadas na violência e força aos problemas
desta ordem. Jesus venceu os males entregando-se por amor. Esta palavra de
Jesus tem o poder de afugentar os medos, condição fundamental para que a
“cultura da paz” seja acolhida num ambiente de pluralismo e de conflitos. Que o
testemunho dos discípulos do Ressuscitado alicerce esta cultura geradora de
vida!
Dom Luiz Carlos Dias
Bispo Auxiliar de São Paulo
Comentário do Evangelho
O Sopro de Deus em nós
O trecho do evangelho deste domingo é parte do
discurso de despedida de Jesus (13,31–14,31). Trata-se, aqui, de encorajar os
discípulos para que não desanimem ante as perseguições, paixão e morte de
Jesus. A paz que o Senhor oferece para a missão e a constância dos discípulos é
a sua própria vida, pois ele é o “fazedor de paz” (Mt 5,9), o “príncipe da paz”
que, entrando em sua cidade, Jerusalém, reconciliou pela sua entrega a
humanidade com Deus. A paz é um dos primeiro dons do Cristo Ressuscitado. O
Senhor promete a sua volta: “Voltarei a vós” (Jo 14,28). Não se trata de
retorno à vida terrestre. A missão do Espírito Santo é tornar o Cristo presente
a nós e sua palavra viva em nós. No Espírito Santo, a partida de Jesus não é
sentida como ausência, pois ele estará conosco “todos os dias até os fins dos
tempos” (Mt 28,20). O Espírito Santo, dom de Deus, não permite que a palavra de
Jesus fique sem sentido ou caia no esquecimento; o Sopro de Deus em nós ensina
e recorda tudo o que Jesus disse. A fé é necessária para manter viva em nós a
Palavra do Senhor e não sucumbirmos diante das dificuldades na realização da
missão, que é participação na missão daquele que, enviado pelo Pai, passou por
este mundo fazendo o bem, sofreu a paixão e morreu crucificado, mas ressuscitou
ao terceiro dia.
O Apocalipse, livro escrito em fins do primeiro
século, busca encorajar os cristãos a permanecerem firmes na fé e a guardarem a
palavra de Cristo em meio à perseguição. A Igreja, lugar da habitação de Deus,
é iluminada pelo Senhor: “A cidade não precisa de sol nem de lua que a
iluminem, pois a glória de Deus é a sua luz, e a sua lâmpada é o Cordeiro” (Ap
21,23). A Igreja, fiel ao Senhor, não tem o que temer, pois o Senhor está no
seu meio qual uma luz. Sob essa luz nenhum mal pode se esconder, e não há o que
possa levá-la a tropeçar. A luz de Deus e do Cordeiro desvela as armadilhas do
mal, as falsas doutrinas que buscam se impor como verdadeiras e necessárias. A
questão sobre a circuncisão dos pagãos, como, queriam alguns, necessária para a
salvação, leva os apóstolos a darem uma resposta apostolicamente criativa e
teologicamente brilhante. É um duplo problema que está presente na questão
apresentada: o da unidade da Igreja e o da salvação. Para a unidade da Igreja é
fundamental a aceitação da diferença – a unidade só é possível por causa da
diferença. Em segundo lugar, não é a Lei que salva, mas a fé em Jesus
Cristo.
Que neste dia, o primeiro da semana, sejamos
iluminados para que todos os demais dias sejam vividos neste mesmo clarão.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Espírito de iluminação, ensina-me e recorda-me
todos os ensinamentos do Mestre Jesus, para que eu possa vivê-los com mais
fidelidade.
Fonte: Paulinas em 05/05/2013
Vivendo a Palavra
Com o reiterado apelo para que não tenhamos medo,
Jesus nos deixa a sua Paz – diferente da paz que o mundo oferece – e nos
promete a companhia do Espírito Santo até o fim dos tempos. A nossa entrega ao
Espírito nos dá a Paz verdadeira e coragem para anunciar ao mundo a chegada do
Reino de Deus.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/05/2013
VIVENDO A PALAVRA
Jesus promete que Ele e o Pai virão e farão em
nós sua morada. Guardemos a sua Palavra e nada poderá nos perturbar. Não
tenhamos medo. Acolhamos com alegria e gratidão a Paz que Cristo nos trouxe,
não para mantê-la fechada no cofre do nosso egoísmo, mas para anunciá-la ao
mundo e partilhá-la com os companheiros do Caminho.
Reflexão
CRISTO PRESENTE NA COMUNIDADE
O evangelho deste
domingo faz parte do discurso de despedida de Jesus. A sua despedida, porém,
não significa ausência; ele assegura sua presença mediante a Palavra e o
Defensor.
Jesus
disse: “Quem me ama guardará minha palavra, o meu Pai o amará e viremos e
faremos morada nele”. Quem acolhe e observa sua palavra experimenta a
proximidade dele e de seu Pai. Eles virão estabelecer morada com o discípulo,
“viverão juntos na intimidade da nova família”. O Vaticano II disse que Jesus
está presente na palavra proclamada na celebração. Na Bíblia, “o Pai
que está nos céus vem amorosamente ao encontro dos seus filhos, a
conversar com eles” (DV 21).
A
vivência da palavra se expressa na vivência do amor. Deus se torna presente na
comunidade e em cada um de nós mediante o amor. Amar a Jesus é aproximar-se
dele para identificar-se com ele e com o seu projeto de vida. O gesto concreto
do amor a Jesus expressa-se no amor ao próximo. Cada pessoa que ama torna-se
morada de Jesus e do Pai e manifesta a presença de Deus.
A
função do Defensor, do Espírito Santo, é iluminar, animar e dirigir a Igreja de
Jesus ao longo dos séculos. Por meio dele, Jesus continua a agir entre nós e
nos faz entender e testemunhar o seu projeto. O Espírito é quem nos ensina e
nos faz recordar o compromisso com Jesus e com os irmãos. Ele nos dá força e
coragem para continuar a missão na construção do reino de Deus.
O
reino de Jesus é um reino de paz e harmonia entre os seres humanos. Todos os
que são morada de Deus e amam a Jesus tornam-se construtores da paz, bem
messiânico por excelência. A presença do Espírito nos leva a viver e buscar a
paz do Ressuscitado. Paz que não é apenas ausência de guerra e de violência,
mas é sobretudo o que a palavra hebraica shalom significa: bem-estar, desfrutando o necessário para viver com
dignidade, na harmonia consigo, com os outros e com Deus.
Pe. Nilo Luza, ssp
Fonte: Paulus em 05/05/2013
Reflexão
O texto deste sexto domingo da Páscoa está no
contexto da última ceia e faz parte do grande discurso de despedida de Jesus.
Apresenta alguns valores importantes para os seguidores do Mestre: a vinda do
Filho e a morada de Deus; a tarefa do Espírito na vida da comunidade; a paz
messiânica. Quem observa a mensagem de Jesus responde ao seu amor. Diante
disso, o Pai e Jesus estabelecem sua morada no discípulo, vivendo juntos como
nova família. Jesus é o laço de união entre o Pai e cada seguidor seu. A função
do Espírito na comunidade é ensinar e lembrar. Faz recordar e compreender o que
Jesus ensinou durante sua vida terrena. O Espírito é memória sempre atualizada
da prática de Jesus em todos os tempos e lugares. Por meio dele, podemos
distinguir o que leva a construir o Reino de Deus e o que se opõe a ele. Ao se
despedir, Jesus oferece o dom da paz aos seus. Não a “pax romana”, que era a
paz da opressão e da morte, praticada pelo poder dominante, mas a paz que plenifica
a vida e que é fruto da justiça. Viver a “paz de Jesus” é não se comprometer
com os esquemas de violência e dominação. Numa palavra, é viver os valores do
projeto de Jesus.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel
Duarte, ssp)
Meditando o evangelho
O ESPÍRITO VERDADEIRO
Num contexto de ódio e de perseguição, a promessa feita por Jesus de dar
aos discípulos o Espírito da Verdade reveste-se de suma importância. Foi a
forma de protegê-los contra o erro e a mentira, ciladas montadas pelo mundo
para desviá-los do bom caminho. Sem esta ajuda salutar, com muita
probabilidade, deixar-se-iam levar pelas sugestões do falso espírito, chegando
a renegar sua condição de discípulos. Pois, enquanto o Espírito da Verdade
conduz ao Deus verdadeiro, o espírito da mentira conduz aos falsos deuses, aos
ídolos.
O Espírito é designado como Paráclito, ajudante dos discípulos de Jesus.
Assim, não seriam deixados à própria sorte, numa espécie de perigosa orfandade.
A presença do Espírito de Verdade junto deles daria continuidade à de Jesus.
Eles teriam sempre a quem recorrer, pois o Espírito estaria neles e "com
eles para sempre".
A comunidade cristã sempre correria o sério risco de ser levada pelo
espírito da mentira. Por isso, precisava da presença constante do Espírito da
Verdade para manter-se sempre no bom caminho. Quanto maior esse risco, tanto
mais necessária fazia-se a presença desse Espírito que conduz à verdade e à
vida. Ele haveria de ser uma luz a expulsar as trevas, de modo a permitir aos
discípulos caminhar com segurança rumo à casa do Pai.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe.
Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE –
e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, concede-me o dom do teu Espírito que, como luz, dissipa as trevas e
me faz caminhar seguro pelos caminhos de teu Filho Jesus.
COMENTÁRIO
DO EVANGELHO
1. SOB A GUIA DO PARÁCLITO
(O comentário do Evangelho abaixo
é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica,
Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
Pensando em sua ausência futura, Jesus tomou
providências para que os seus discípulos não se sentissem abandonados, ao se
verem entregues à missão, sem a presença física de seu Mestre. Esta sua falta,
no entanto, haveria de ser compensada com a presença do Paráclito - o Defensor
- que daria continuidade ao papel desempenhado por Jesus, junto aos discípulos.
O Paráclito iria ensinar-lhes todas as coisas,
outrora transmitidas por Jesus, e recordar-lhes todas as orientações
transmitidas. Ou seja, assumiria a função magisterial, antes desempenhada pelo
Mestre. Os discípulos não teriam necessidade escolher um dos membros do grupo
como mestre dos demais. Todos continuariam a ser discípulos do Mestre Jesus,
pela mediação do Paráclito.
Por conseguinte, não deveriam esperar novidades
por parte do Paráclito. Sua missão consistiria em fazê-los compreender, sempre
mais e melhor, o que já havia sido transmitido por Jesus, mas, quiçá mal
assimilado. O Espírito Santo iluminaria, aprofundaria e atualizaria as palavras
do Filho de Deus, nos contextos plurais de desempenho da missão. Em cada
circunstância concreta, as palavras do Senhor haveriam de revestir-se de apelos
novos, pela luz oferecida pelo Paráclito.
O discípulo não pode dispensar o auxílio do
Paráclito se deseja conservar sua fidelidade ao Senhor.
Oração
Espírito de iluminação, ensina-me e recorda-me
todos os ensinamentos do Mestre Jesus, para que eu possa vivê-los com mais
fidelidade.
Fonte: NPD Brasil em 05/05/2013
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. O
ESPÍRITO QUE ENSINA!
(O comentário do
Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa
Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Tive um amigo que era “fera” em ciências exatas, conhecia e sabia de cor
conceitos e fórmulas de matemática, física e química, que assombrava os
professores e a todos nós da sua classe, que morríamos de inveja quando o
víamos tirar notas altas nessas matérias, sem nunca ser preciso fazer a prova
final porque bem antes de encerrar o ano letivo, já tinha fechado todas essas
matérias. Findo o segundo grau, prestou vestibular para engenharia sem
fazer nenhum cursinho e de maneira brilhante obteve classificação para cursar
engenharia. Em certa ocasião encontrei-o na empresa, prestando serviço como
auxiliar administrativo em uma renomada empreiteira de montagens industriais e
ao perguntar-lhe por que trabalhava como auxiliar se já era engenheiro formado,
respondeu-me que queria especializar-se nessa área e que este aprimoramento
profissional só era possível se tivesse a prática e daí sim, estaria habilitado
para exercer aquela profissão “Na teoria é uma coisa, na prática é outra”,
disse-me sorrindo, ao concluir a nossa conversa.
É este precisamente o ensinamento do evangelho desse Sexto domingo da
Páscoa: passarmos da teoria à prática da verdadeira religião, que nada mais é
do que o amor na relação com Deus e com o próximo, porque parece que as nossas
comunidades cristãs, algumas um pouco mais, outras um pouco menos, são todas
bem parecidas com o meu amigo dos tempos de escola, vive-se muito uma religião
teórica, um amor teórico, nossos conceitos de religião e de amor, segundo o
evangelho que aprendemos na catequese e que ouvimos em cada celebração, são os
mais belos e verdadeiros, tanto é verdade que Jesus Cristo é conhecido e admirado
por milhões e milhões de pessoas no mundo inteiro, dentro e fora das igrejas.
E essa praticidade seria impossível se não fosse à ação do Espírito
Santo, que de maneira ininterrupta, 24 horas nos ensina e nos recorda as
palavras de Jesus, sem essa ação do Espírito Santo, a Sagrada Escritura e
particularmente o Novo Testamento, não passaria de belos conceitos e fórmulas
de “Como se Viver Bem” com a gente mesmo, com os outros e com Deus, uma espécie
de manual com instruções práticas sobre um eletro doméstico, desses que
deixamos empoeirar, esquecido no fundo de uma gaveta. O Espírito Santo não nos
ensina algo novo e diferente do que Jesus nos ensinou, mas ele atualiza a
palavra em nossa vida, dando-nos a resposta que precisamos diante de certos
acontecimentos ou situações, que o Jesus Histórico não viveu, pois naquele
tempo não tinha TV, Celular, Internet, avião, naves espaciais, tecnologia
avançada, aborto, divórcio, violência, corrupção, tráfico de drogas,
globalização, essas e outras coisas são realidades do nosso tempo, diante das
quais, o ensinamento de Jesus tem sempre uma resposta que é atual e verdadeira,
pela ação do Espírito Santo.
Mas o Espírito Santo só age em nossa vida se já tivermos ouvido e
guardado a Palavra de Jesus, que é a Palavra do Pai, mesmo porque, as três
pessoas da Santíssima Trindade nunca agem isoladamente, mas sempre juntas, em
perfeita comunhão. O Espírito Santo não é apenas um lado de Deus, mas é Deus
por inteiro e, portanto, não faz mágica, mas sua ação está intimamente ligada ao
Pai e ao Filho. E o amor a Deus e ao próximo, é o sinal de que guardamos a
Palavra de Jesus, é por isso mesmo que o evangelho coloca a prática desse amor
como “Carro Chefe de Tudo”, porque todo o ensinamento de Jesus, suas palavras e
obras, revelam ao homem essa Verdade absoluta que é o amor de Deus, e para
estar nele com ele e com o Pai, não há outro caminho que não seja o do amor.
A presença de Deus em nós não está condicionada às práticas religiosas,
grandiosas liturgias e arrebatamentos celestiais, mas a vivência do amor,
porque a liturgia eucarística nada mais é do que a celebração do Amor que se
encarnou no meio dos homens e quem faz do cristianismo, apenas o cumprimento de
preceitos e práticas religiosas, fica apenas na teoria, sabe tudo, conhece tudo,
mas não vive a principal verdade revelada por Jesus, que é o amor. Isso é tão
claro para o evangelista João, que ele irá dizer para sua comunidade, que “Deus
é Amor”. A Paz que Jesus dá ao mundo, a partir dessa verdade, não é a paz do
comodismo, da ausência dos problemas, das dificuldades e desafios. Não existe
uma comunidade assim, mas a Paz significa essa presença de Deus em nossa vida
por isso o nosso coração não deve se perturbar nem ter medo.
Trata-se, portanto, de uma paz inquietante, que questiona e que busca
algo de belo, na plenitude que só Jesus pode nos dar, é dom, mas também
conquista ao mesmo tempo, está sujeita aos conflitos na relação com o mundo
porque busca algo que o mundo não pode nos dar. O mundo quer nos convencer do
contrário, mas quando amamos e guardamos no coração a Palavra de Jesus, podemos
contar com o melhor de todos os advogados: o Espírito Santo, que nos transforma
em evangelho vivo! (VI domingo da Páscoa)
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail jotacruz3051@gmail.com
2. Que o
mundo creia
(O comentário do
Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia
2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
Jesus recomendou a prática da caridade e hoje recomenda a unidade de
seus discípulos com ele e entre si. Esta é a Igreja de Jesus segundo o
Evangelho de João: todos unidos a Jesus e todos unidos entre si. Todos
igualmente discípulos. Os escritos joaninos demonstram grande preocupação com a
unidade dos membros da comunidade.
Havia divisões entre eles. Alguns, exaltando a divindade, diminuíam a
humanidade de Cristo. Para eles, Cristo era Deus com aparência humana. Não era
verdadeiro homem. Além disso, a comunidade joanina tinha sido excluída do
judaísmo, sofria perseguições dos romanos, não tinha a estrutura das demais
comunidades apostólicas. Precisava de uma força de coesão interna muito forte,
o que os escritos joaninos procuravam dar-lhe. Rezando ao Pai, Jesus pedia “que
eles sejam um, como nós somos um: eu neles, e tu em mim, para que sejam
perfeitamente unidos, e o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste como
amaste a mim”.
Ser um como Jesus e o Pai são um. Eis um projeto vocacional de altíssima
qualidade. A unidade deve ser uma qualidade dos discípulos de Jesus. E tal
unidade se realiza primeiramente nele mesmo. Somos um enquanto estamos todos
unidos a ele. Embora haja ruptura da paz, a caridade se mantém quando o fim é o
mesmo. O fim último de todos os cristãos é a pessoa de Jesus Cristo.
Nele nos encontramos todos. Quanto ao caminho, quanto aos meios,
divergimos e rompemos a paz. Entre nós a paz existe quando concordamos com o
mesmo caminho para atingir o mesmo fim. A paz se rompe quando não estamos de
acordo com os meios para o fim que nos propusemos.
Se estivermos de fato voltados para Cristo, viveremos o seu mandamento
de amor. Podemos não estar de acordo em tudo, mas saberemos nos respeitar e nos
amar. Inaceitável é querer ser de Cristo e não querer conviver com o diferente.
Caridade e unidade, eis o projeto de vida dos cristãos.
REFLEXÕES
DE HOJE

26 DE MAIO-6ºDOMINGO da PÁSCOA
VEJA
AQUI MAIS HOMILIAS DESTE DOMINGO
HOMILIA DIÁRIA
Postado por: homilia
maio 5th, 2013
As grandes experiências do autor do Apocalipse
são provocadas pela ação do Espírito. Já no capítulo 1, versículo 10, “movido
pelo Espírito, ele experimentou o Cristo ressuscitado no coração das
comunidades. Agora, no capítulo 21, versículo 10, “em espírito”, Ele é
conduzido a uma montanha grande e alta a fim de ver a cidade santa, Jerusalém,
descendo do céu, de junto de Deus. Na Bíblia, com muita frequência, a montanha
é o lugar onde se experimenta a presença de Deus.
A Jerusalém celeste é a nova sociedade nascida do
anúncio do Evangelho de Jesus Cristo. É dom de Deus, mas é, também, resultado
das lutas do povo por justiça e liberdade.
O Apocalipse afirma que a nova sociedade é a
prostituta transformada pela força do Evangelho. A mensagem que ele nos dá é esta:
não se trata de esperar que a Jerusalém celeste se concretize na consumação
final, pelo contrário, é hora de por mãos à obra e, pelo Evangelho, transformar
em esposa do Cordeiro a Prostituta, que é a sociedade em que vivemos e com a
qual, em maior ou menor escala, todos nós nos prostituimos. Não se trata de
destruir este mundo para refazê-lo do nada. Trata-se, antes, de renovar
radicalmente este mundo, mudando todas as relações.
O texto apresenta algumas características da nova
sociedade:
1 – É radiante da glória de Deus, ou seja, é a
manifestação visível e luminosa da presença de Deus na humanidade.
2 – Ela brilha como uma pedra de jaspe
cristalino.
3 – Ela tem uma grande muralha com doze portas. É
uma sociedade proposta e aberta a todos. É a sociedade que irá por em prática o
projeto de Deus anunciado desde o Antigo Testamento, manifestado plenamente em
Jesus e confiado aos apóstolos do Cordeiro.
Não há nela nenhum Templo. No Antigo Testamento,
o Templo de Jerusalém era o lugar onde o povo se encontrava com Deus, sobretudo
mediante as celebrações e sacrifícios, oficiados pelos sacerdotes. A nova
sociedade não precisa mais de liturgia ou de mediações religiosas, políticas e
econômicas. A única e verdadeira liturgia da nova humanidade é a vivência do
projeto de Deus, o sacerdócio do povo de Deus e o sacerdócio do Cristo se
fundem numa única realidade, pois a humanidade como um todo contempla a Deus
face a face. Deus e o Cordeiro, vivendo em meio a seu povo, são a luz da
sociedade que nasce da experiência do Espírito. Enquanto não chegar o momento
de dispensarmos liturgias e mediações, sejam elas de qualquer gênero ou
espécie, fiquemos atentos às autênticas experiências que o Espírito nos sugere.
+ Eurico dos Santos Veloso
Arcebispo Emérito de Juiz de
Fora (MG)
Fonte: Canção Nova em 05/05/2013
Oração Final
Pai Santo, que se fazendo humano em Jesus de
Nazaré quiseste mergulhar na maravilhosa experiência de nossa Vida, faze-nos
compreender o exemplo de Teu Filho Unigênito para que, com amor e gratidão,
possamos seguir os seus passos nesta terra. Pelo mesmo Cristo Jesus, na unidade
do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/05/2013
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos a tua Paz e nos faz
mensageiros dela neste tempo que nos dás para viver nesta terra encantada.
Infunde em nós a ousadia de anunciá-la para um mundo que não A conhece e que
busca a felicidade por caminhos que não são os do teu Reino. Faze-nos
discípulos missionários do Amor, seguidores de Jesus Cristo, teu Filho e nosso
Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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