ANO C

Jo 10,27-30
Ambientação
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL
PULSANDINHO: A Liturgia deste domingo nos mostra
Jesus como o Bom Pastor, como o único Pastor que dá a vida pelas suas ovelhas.
Por isso, hoje, somos convidados por Jesus, Bom Pastor, a fazer parte de seu
rebanho e aprender dele o jeito de ser Igreja. O Pastor dá a vida pelas
ovelhas, de modo que ninguém as arranque de suas mãos. Assim foi a vida de
Jesus no trato com os discípulos. Deu-se sem reservas, a ponto de doar a
própria vida, convicto de que ninguém seria tão forte a ponto de desencaminhá-
los. Deixemos que Jesus, nesta Missa, entre no nosso coração e nos guie pela
mão. Neste domingo, a Igreja também nos convida a celebrar a jornada mundial
pelas vocações. Um dia no qual devemos pedir a Deus que envie muitos e santos
pastores, para que seu rebanho nunca pereça. No próximo dia 23, celebraremos os
200 anos de nascimento de Frederico Ozanam e os 180 anos da criação da
conferência dos vicentinos. Frederico Ozanam como Vicente de Paulo foi pioneiro
numa visão de igreja que o Vaticano II marcou fortemente em seus documentos. Um
conceito de igreja predominantemente laical que Frederico Ozanam herdou de São
Vicente de Paulo. Uma igreja na qual o pobre é o espelho de Cristo e que
precisamente por isso é uma igreja viva e que se manifesta aos olhos dos
seguidores de Cristo.
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE
DEUS: Celebramos
o Domingo do Bom Pastor e a Jornada Mundial pelas Vocações Sacerdotais e
Religiosas, que neste ano têm um sentido especial para os jovens, por causa da
jornada Mundial da Juventude, de 23 a 28 de julho, no Rio de Janeiro. Fazer
discípulos entre todas as nações é um chamado que precisa da presença de
sacerdotes, religiosos e religiosas, os quais devem ser os pioneiros na
evangelização. Além disso, nos preparamos para a 112ª Romaria da Arquidiocese a
Aparecida, no dia 05 de maio próximo. Então, enquanto romeiros em busca da
Terra Prometida, procuremos aprofundar a nossa intimidade com Cristo
ressuscitado, a fim de sermos seus verdadeiros discípulos e missionários e
atuar como sal e luz na cidade de São Paulo.
INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Na
realidade da pessoa do Cristo se identificam as imagens do cordeiro-servo de
Javé e do pastor-guia do povo em seu contínuo êxodo religioso. Na primeira
imagem é expressa a proximidade conosco, pela qual o Filho de Deus quer assemelhar-se
em tudo a seus irmãos, partilhar seu destino até à morte, derramando seu sangue
inocente para nos resgatar. Na outra, é expresso o amor misericordioso de Deus
que o Cristo nos deu a conhecer, vivo em sua pessoa, diversamente dos outros
chefes religiosos e políticos do povo, que também se apresentavam como pastores
em nome de Deus. O pastor supremo das nossas almas percorreu pessoalmente o
itinerário que nos indica: a "grande tribulação" que tem como termo -
dom gratuito de Deus - uma felicidade paradisíaca simbolizada nas "fontes
das águas da vida".
Fonte: NPD Brasil em 21/04/2013
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: O Bom Pastor nos reúne, fazendo de nós um só rebanho. Numa relação de amor, ouvimos sua voz e damos graças sobre o pão e o vinho, sinais da sua vida que nos é dada. Esta participação na Eucaristia nos leva a doar livremente, com Ele, nossa vida à serviço dos irmãos. Hoje, celebrando o Dia Mundial de Oração pelas Vocações, imploramos ao Senhor que envie operário à messe.
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, somos o rebanho que Senhor, Bom Pastor, reuniu. Conduzidos por Ele, viemos aqui buscar o alimento de nossa salvação, que é Ele mesmo. Seremos saciados pelo alimento de sua Palavra e de seu Corpo e Sangue. E assim, atraídos por Ele, também por Ele seremos enviados para dar testemunho de sua Páscoa. Neste dia em que a Igreja reza pelas vocações, juntemo-nos como irmãos e irmãs, suplicando que o Bom Pastor e Senhor da Messe envie operários à sua messe.
INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Na realidade da pessoa do Cristo se identificam as imagens do cordeiro-servo de Javé e do pastor-guia do povo em seu contínuo êxodo religioso. Na primeira imagem é expressa a proximidade conosco, pela qual o Filho de Deus quer assemelhar-se em tudo a seus irmãos, partilhar seu destino até à morte, derramando seu sangue inocente para nos resgatar. Na outra, é expresso o amor misericordioso de Deus que o Cristo nos deu a conhecer, vivo em sua pessoa, diversamente dos outros chefes religiosos e políticos do povo, que também se apresentavam como pastores em nome de Deus. O pastor supremo das nossas almas percorreu pessoalmente o itinerário que nos indica: a "grande tribulação" que tem como termo - dom gratuito de Deus - uma felicidade paradisíaca simbolizada nas "fontes das águas da vida". Neste dia de Jornada Mundial de Oração pelas Vocações Sacerdotais e Religiosas, roguemos ao Senhor da Messe que nos envie mais operários, pois a messe é grande e os operários são poucos.
MINHAS OVELHAS JAMAIS PERECERÃO...
O Evangelho de hoje oferece-nos expressões pronunciadas por Jesus durante a festa da dedicação do templo de Jerusalém, que se celebrava no final de dezembro. Ele encontra-se precisamente na área do templo, e talvez aquele espaço sagrado recintado sugira a imagem do redil e do pastor. Jesus apresenta-se como “o bom pastor” e diz: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz, eu as conheço e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; elas jamais hão de perecer, e ninguém as roubará da minha mão” (vv. 27-28). Estas palavras ajudam-nos a compreender que ninguém se pode considerar seguidor de Jesus, se não ouve a sua voz. E este «ouvir» não deve ser entendido de maneira superficial, mas arrebatadora, a ponto de tornar possível um verdadeiro conhecimento recíproco, do qual pode vir um seguimento generoso, expresso nas palavras «e elas seguem-me» (v. 27). Trata-se de uma escuta não só dos ouvidos, mas uma escuta do coração!
Por conseguinte, a imagem do pastor e das ovelhas indica a relação estreita que Jesus deseja estabelecer com cada um de nós. Ele é o nosso guia, o nosso mestre, o nosso amigo, o nosso modelo, mas sobretudo é o nosso Salvador. De fato, a frase seguinte do trecho evangélico afirma: “elas jamais hão de perecer, e ninguém as roubará da minha mão” (v. 28). Quem pode falar assim? Unicamente Jesus, porque a «mão» de Jesus é uma coisa só com a «mão» do Pai, e o Pai é “maior do que todos” (v. 29).
Estas palavras comunicam-nos um sentido de absoluta segurança e de imensa ternura. A nossa vida está plenamente segura nas mãos de Jesus e do Pai, que são uma só coisa: um único amor, uma única misericórdia, revelados de uma vez para sempre no sacrifício da cruz. Para salvar as ovelhas que somos todos nós, o Pastor fez-se cordeiro e deixou-se imolar para assumir sobre si os pecados e tirá-los do mundo. Deste modo Ele doou-nos a vida, e vida em abundância (cf. Jo 10, 10)! Este mistério renova-se, numa humildade sempre surpreendente, na mesa eucarística. É ali que as ovelhas se reúnem para se nutrirem; é ali que se tornam uma só coisa, entre si e com o Bom Pastor.
Por isto já não temos receio: a nossa vida agora está salva da perdição. Nada e ninguém nos poderá arrancar das mãos de Jesus, porque nada e ninguém pode vencer o seu amor. O amor de Jesus é invencível! O maligno, o grande inimigo de Deus e das suas criaturas, procura de muitas maneiras arrancar-nos a vida eterna. Mas o maligno nada pode se nós não lhe abrirmos as portas da nossa alma, seguindo as suas lisonjas enganadoras.
(Papa Francisco. Angelus, 17 de abril de 2016)
EM CADA COMUNIDADE, UMA VOCAÇÃO
Celebramos o Domingo do Bom Pastor e a Igreja proclama com fé e gratidão: Jesus Cristo crucificado e ressuscitado é o bom pastor que entregou a vida pelas ovelhas sobre a cruz. “Deus tanto amou o mundo, que lhe entregou seu Filho unigênito, para que todos tenham a vida por meio dele”, ensina Jesus no Evangelho de São João. Todos nós somos essas ovelhas que Ele ama com amor infinito e lhes concede vida em abundância.
O Domingo do Bom Pastor também é, tradicionalmente, o “Dia Mundial de oração pelas vocações sacerdotais”. A Igreja inteira reza neste dia pelas vocações e promove iniciativas especiais para divulgar a “cultura vocacional” em todas as comunidades. De fato, essa questão que deve interessar a todos os batizados. A Igreja não pode existir sem sacerdotes, que desempenhem em nome de Jesus Cristo, o sacerdócio em favor dos fiéis.
A vocação sacerdotal é sublime e o exercício do sacerdócio é uma imensa graça para a Igreja, mas também para a pessoa que o exerce com dignidade. A vocação ao sacerdócio é um chamado de Deus, à semelhança do chamado que Jesus fez pessoalmente aos seus apóstolos, para que o seguissem e, depois de sua ascensão ao céu, continuassem a sua missão. A vocação ao sacerdócio é um chamado a servir Jesus Cristo e a Igreja, e não para os interesses e as vanglórias pessoais.
Infelizmente, em nossos dias, a vocação sacerdotal perdeu o interesse e o apreço de muitos. A cultura do nosso tempo, voltada ao consumismo e os interesses subjetivos e individuais, não favorece o surgimento de vocações. Por isso, precisamos falar mais do sentido do sacerdócio católico, que não é uma profissão, mas uma consagração. Olhemos para a vida dos sacerdotes dignos e santos, que podem inspirar nos adolescentes a vocação sacerdotal.
Cada comunidade precisa interessar- se pelas vocações e criar um clima favorável ao surgimento de novas vocações. Os sacerdotes surgem de comunidades fervorosas e que apoiam as vocações. O papa S.João Paulo II ensinou que “a vocação sacerdotal é a resposta de Deus providente a uma comunidade orante”.
Em nossa Arquidiocese, lançamos neste ano a campanha para o despertar de novas vocações sacerdotais e conclamo a todos a apoiarem essa campanha: “em cada comunidade, ao menos, uma vocação sacerdotal!” As vocações haverão de surgir, na medida em que nós todos criarmos um clima favorável ao surgimento delas em nossas comunidades. Maria, mãe dos sacerdotes, interceda pelos sacerdotes e as vocações!
Cardeal Odilo Pedro Scherer
Comentário do Evangelho
O pastor dá a vida por suas ovelhas
As palavras de Jesus eram, ao mesmo tempo, sedutoras e
desconcertantes, e causavam divisão entre os judeus: para alguns Jesus era um
endemoninhado e louco, outros tinham dúvida (cf. Jo 10,19-21). O texto do
evangelho deste domingo nos oferece a possibilidade de composição de lugar: era
inverno por ocasião da festa da Dedicação do Templo (1Mc 4,52-59); Jesus está
no Templo, caminhava no Pórtico de Salomão (vv. 22-23). Os judeus querem uma
resposta clara, sem rodeios, à seguinte pergunta: “Até quando nos manterás em
suspense? Se és o Messias, dize-o claramente!” (v. 24). No entanto, nenhuma
resposta seria convincente (ver: Lc 22,68). Lembremo-nos de que para os judeus
a afirmação da messianidade deveria vir acompanhada de gestos espetaculares:
“Que sinal realizas para que creiamos em ti?” (Jo 6,30). Em nenhum dos
evangelhos Jesus diz claramente ser o Messias. Como sói acontecer, Jesus não
irá responder com a clareza pretendida por eles. Ao invés de responder
diretamente à questão, Jesus passa a falar de suas ovelhas (vv. 27-30).
Lembremo-nos de que, em todo o Antigo Testamento, o povo de Israel é comparado
a um rebanho, e Deus a um pastor (ver: Sl 23[22]). As ovelhas que escutam a voz
é que conhecem o Pastor. A afirmação de Jesus referida às suas ovelhas, “eu
lhes dou a vida eterna” (v. 28), estarrece os judeus, pois quem pode dar a vida
eterna, a não ser Deus? Mas é em Jesus que Deus nos faz viver plenamente. As
ovelhas são confiadas a Jesus pelo Pai (v. 29). É nas mãos do Filho e do Pai
que as ovelhas estão. Nas mãos de Deus as ovelhas estão em segurança. Nas mãos
fortes do Filho as ovelhas jamais se perderão. O autor do Deuteronômio diz:
“Todos os santos estão em tua mão” (Dt 33,3). Jesus afirma uma unidade profunda
entre ele e o Pai: “Eu e o Pai somos um” (v. 30). Para quem todo dia recitava o
Shemá Israel, a afirmação de Jesus soava a blasfêmia e escândalo.
Carlos ALberto Contieri, sj
Oração
Espírito de proteção, nunca me falte teu amparo,
especialmente nos momentos em que os adversários tentam afastar-me do Mestre
Jesus.
Fonte: Paulinas em 21/04/2013
Vivendo a Palavra
O Apocalipse fala da vida como ‘a grande tribulação’. É
fundamental que nós a enfrentemos como ovelhas que seguem o Pastor, a quem o
Pai entregou tudo e que nos promete a Vida Eterna. Esta é a imagem consoladora
da Igreja em que somos discípulos missionários de Jesus Cristo.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/04/2013
VIVENDO A PALAVRA
O Apocalipse fala da vida como ‘a
grande tribulação’. É fundamental que nós a enfrentemos como ovelhas que seguem
o Pastor, a quem o Pai entregou tudo e que nos promete a Vida Eterna. Esta é a
imagem consoladora de nossa Igreja em que somos discípulos missionários de
Jesus Cristo.
Reflexão
O PASTOR QUE CONHECE E AMA
No evangelho de hoje Jesus descreve o que é ser seu seguidor. Quem se põe no caminho de Jesus escuta a sua voz e o segue. Isso significa ir além de uma adesão verbal ou teórica; é comprometer-se com ele e com o seu projeto de vida abundante para todos. O prêmio àqueles que o seguem é a vida definitiva, o novo nascimento pelo Espírito, que realiza a obra criadora e lhes dá a capacidade de se tornarem filhos de Deus. Por sua vez, Jesus conhece um a um quem o segue e lhes promete proteção permanente. Há, portanto, uma relação de reciprocidade entre o pastor (Jesus) e as ovelhas (pessoas).
Neste domingo em que celebramos a figura do pastor, é importante uni-lo à figura do cordeiro (2ª leitura). Jesus não é apenas pastor que conhece e ama suas ovelhas; é apresentado como cordeiro, parceiro de vida e caminhada com seus seguidores. Nele, portanto, identificam-se as imagens do pastor-guia e do cordeiro-servo. “Na primeira imagem está expresso o amor misericordioso de Deus que Jesus nos deu a conhecer, vivo em sua pessoa; na segunda é expressa a proximidade conosco, pela qual o Filho de Deus quer assemelhar-se em tudo a seus irmãos, partilhando o destino até a morte”.
Poderíamos nos perguntar: o que é ser pastor nos nossos dias? Quem é bom e quem é mau pastor? No evangelho, Jesus se apresenta como bom pastor em oposição aos maus pastores, aqueles que não se preocupam com a vida e o destino do povo, mas dele apenas querem tirar proveito. Jesus é bom pastor porque conhece o seu povo e este também o conhece e o segue. O bom pastor procura caminhar com o povo, conhecer sua realidade, sendo capaz de olhar de modo especial para as periferias das cidades, marcadas pela violência, por dificuldades e dor.
Em todos os setores e lugares da sociedade encontramos pastores, pessoas que têm compromissos com grupos ou pessoas: na igreja, na comunidade, no bairro, no trabalho, na escola, na família… Pela prática dessas lideranças é que podemos dizer se são bons ou maus pastores.
Pe. Nilo Luza, ssp
Fonte: Paulus em 21/04/2013
Reflexão
O quarto domingo da Páscoa é conhecido como o
“domingo do Bom Pastor”. Nos três anos do ciclo litúrgico é lida uma passagem
do capítulo 10 do Evangelho de João. No relato escolhido para este ano, os
discípulos de Jesus escutam sua voz e o seguem, ou seja, aderem a ele não com
palavras, mas com atos. O texto nos diz que a promessa para os fiéis seguidores
é a “vida definitiva” e a certeza de que Deus não os abandonará à própria
sorte. É preciso ter sempre presente a necessidade de escutar a voz do Mestre e
seguir seus passos. Jesus, novo templo, torna presente o próprio Pai: “Eu e o
Pai somos um”. O Pai está presente e se manifesta em Jesus e, por meio dele,
realiza sua obra. Na sociedade moderna – do anonimato, do individualismo e da
massificação –, sentimo-nos amados e acolhidos pelo “Bom Pastor”, pastor que
conhece e dá a vida pelos seus. Jesus é o “cordeiro-pastor” que vem propor
novas relações entre os seres humanos. “Cristo nos lembra que sua lógica é a
lógica da doação, não da exploração; do serviço, não do poder; do sacrificar-se
pelos outros, não do sacrificar os outros a si” (Missal Dominical). A
relação de Jesus com as pessoas está fundamentada na confiança e não na troca
de favores ou na manipulação de pessoas em benefício próprio.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz
Miguel Duarte, ssp)
Meditando
o evangelho
O PASTOR
DAS OVELHAS
Jesus serviu-se da metáfora do pastor para
explicitar que tipo de relação desejava estabelecer com seus discípulos. Queria
superar os esquemas bem conhecidos na época, pelos quais os mestres tornavam-se
verdadeiros tiranos dos discípulos. Sua intenção era ser um mestre diferente.
Como?
Sendo um mestre legítimo, seria como o pastor
que entra pela porta do curral e não por outras vias, à maneira dos mestres
mal-intencionados.
Estabelecendo um relacionamento cordial e
amigo com seus discípulos, imitaria o pastor que conversa com suas ovelhas,
chama-as pelo nome e as trata com carinho, pois sua função é cuidar delas.
Conduzindo os discípulos de maneira segura,
para evitar extravios, assemelhar-se-ia ao pastor que se coloca à frente do
rebanho. Suas ovelhas o seguem, sem hesitar, por reconhecerem a voz de seu
guia.
Defendendo seu rebanho perigos e das ciladas que a vida lhes prepara. Os
mercenários, nos momentos de perigo, deixam as ovelhas entregues à si mesmas.
Agem assim, porque são mercenário, incapazes de arriscar suas vidas para
defender o rebanho. Jesus, pelo contrário, defenderá os seus discípulos, até o
extremo, mesmo tendo de entregar sua própria vida.
Portanto, é mais prudente deixar-se guiar por um tal pastor.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor
em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a
cada mês)
Oração
Pai, torna-me um discípulo dócil de Jesus, o
verdadeiro pastor que arriscou a própria vida para me salvar. Somente ele
poderá conduzir-me para ti.
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. AS OVELHAS PROTEGIDAS
(O comentário do Evangelho abaixo
é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica,
Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
O relacionamento de Jesus com seus discípulos articulava-se
na base do diálogo, do conhecimento e da proteção. O imenso amor do Mestre era
o pano de fundo deste relacionamento.
O ministério de Jesus consistiu em orientar seus discípulos
sobre o Reino do Deus e suas exigências; falar-lhes do Pai, revelando seu
perdão e sua misericórdia; ensinar-lhes o mandamento do amor mútuo.
É próprio do discípulo escutar as palavras do Mestre, ou
seja, aderir a elas, transformando-as em projeto de vida.
Os evangelhos referem-se à capacidade que Jesus tinha de
conhecer o íntimo das pessoas. Ele sabia o que se passava no coração de seus
interlocutores, mormente, do seu grupinho de seguidores. Não lhe passava
despercebido a personalidade de cada um, com suas limitações e suas
possibilidades. Tinha consciência de como suas palavras eram recebidas, às
vezes, de maneira deturpada. Mantinha-se, contudo, otimista quanto à
possibilidade de vê-los crescer, apesar dos altos e baixos. O seguimento,
portanto, acontecia, sem ilusão por parte de Jesus.
O pequeno grupo de discípulos era uma espécie de sementinha,
plantada com muita esperança. Era preciso ampará-los, e não deixá-los perecer
diante das investidas do adversário. Eles constituíam o presente do Pai para
Jesus. Por isso, o Mestre assim os tratava, consciente de ter recebido do Pai
uma tarefa que devia ser cumprida com total dedicação.
Oração
Espírito de proteção, nunca me falte teu amparo,
especialmente nos momentos em que os adversários tentam afastar-me do Mestre
Jesus.
Fonte: NPD Brasil em 21/04/2013
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. NINGUÉM VAI ARRANCÁ-LAS DE MIM...
(O
comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Vivemos em um tempo em que infelizmente somos muitas vezes dominados
pelo medo e a insegurança porque vemos a ação do mal por todos os cantos.
Olhamos para nós mesmos e sentimos que embora nos esforcemos por viver
bem, inúmeras vezes pecamos, por falta de amor, de fidelidade, de perseverança,
de confiança em Deus, na própria igreja só olhamos a instituição, a igreja
humana e às vezes o desânimo é tanto que não enxergamos a igreja divina,
instituída por Jesus, e da qual participamos pelo nosso Batismo, apesar de
sermos indignos. Sentimo-nos ameaçados a todo o momento e o medo de sucumbir no
mal, é muito grande e diante do avanço das forças do mal, sentimo-nos
impotentes.
Possivelmente era também esse o estado de espírito das comunidades de
João no primeiro século da era cristã, por causa das intensas perseguições do
império romano e dos próprios judeus ao cristianismo. O medo e a insegurança
podem fazer–nos render diante do mal.
“Elas jamais hão de perecer e ninguém as roubará de minha mão. Meu pai
que mas deu, é maior que todos; e ninguém as poderá arrebatar do meu pai. Eu e
o pai somos um” - é uma afirmativa de Jesus no evangelho desse domingo, que
refletido em profundidade irá nos tirar a todos desse marasmo, do comodismo e
conformismo diante do mal.
A primeira idéia é de proteção, estamos nas mãos do Pai e do seu Filho
Jesus e nada de mal irá nos ocorrer, podemos ficar tranqüilos e basta apenas que
cumpramos nossas obrigações religiosas para com Deus e a igreja de Cristo. Esse
pensamento é nefasto porque nos conduz a passividade e perdemos a capacidade de
nos indignar diante de fatos ocasionados pelo mal. A outra idéia errada que
podemos ter, é de que o nosso Deus é possessivo quando fala que ninguém nos
arrancará de suas mãos.
Mas a mensagem é bem outra e aqui podemos nos lembrar das narrativas do
livro dos reis, que enfoca a bravura e a coragem de Davi quando ainda pastor,
que quando via o seu rebanho atacado pelo lobo, se atirava sobre ele e o
estraçalhava com a força do seu braço e dos seus dentes. Talvez nos falte hoje
essa bravura e esta coragem diante das forças do mal, temos medo do que vemos e
assistimos no dia a dia, não queremos nos envolver ou nos comprometer com algum
posicionamento mais radical contra a maldade presente no coração de muitos que
matam, roubam, enganam, manipulam.
Temos medo de testemunhar o evangelho e sermos taxados de antiquados,
retrógrados, preferimos muitas vezes nos deixar levar pela onda, “é melhor não
falar, é melhor não dar a minha opinião, alguém pode não gostar”. Agimos assim
no trabalho, na política, no ensino, na comunidade e na família. Preferimos
ficar rezando para que Deus toque no coração dos que estão dominados pelo mal,
fazemos a nossa parte rezando.
O evangelho de hoje é um incentivo e um grito de esperança e de ânimo
para quem quiser ir à luta, combatendo abertamente o mal, não as pessoas,
presente em todos os lugares. Cristo Jesus nosso único pastor nos deu a vida
eterna, nos libertou e nos redimiu com seu sangue, fomos assim resgatados das
forças do mal, pertencemos a Deus e o Pai nos confiou a seu Filho Jesus,
“ninguém conseguirá nos arrebatar de suas mãos poderosas” , Jesus e o Pai são
um, e com ele nós somos a Igreja, com a missão de evangelizar, de anunciar a
verdade, a justiça e a paz, o Shalom que evoca a presença de Jesus em nosso
meio. Não há o que temer! Mas é preciso ser discípulo, seguidor de Jesus, não
tremer, não vacilar e nem recuar diante do mal.
É preciso conhecer a sua voz, sua palavra de ordem do evangelho, diante
de tantas falsas palavras que nos iludem, oferecendo-nos um mundo novo que não
passa de uma fantasia. Só Jesus é o nosso pastor e mais ninguém.
Ele é a nossa rocha, nossa fortaleza e segurança, o mal presente em nós,
o pecado dos nossos irmãos, o mal presente na sociedade de tanta morte e
violência, não conseguirá nos arrancar de suas mãos. Basta crer e se
comprometer com o seu reino. E assim podermos rezar na firmeza do salmo 99
“sabei que o Senhor, só ele é Deus, nós somos seu povo e seu rebanho”.
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail jotacruz3051@gmail.com
2. Eu as conheço!
(O
comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia
dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
O quarto Domingo da Páscoa é sempre o domingo do Bom Pastor. É o centro
do tempo no qual celebramos a ressurreição do Senhor. O ressuscitado é o Bom
Pastor. Este é o melhor título que podemos dar a Jesus. Ele mesmo se chamou de
Bom Pastor. Ele diz que as suas ovelhas ouvem a sua voz. Ele as conhece e elas
o seguem. Isto vale para nós. Se pertencemos ao rebanho de Jesus, ouvimos a sua
voz, somos por ele conhecidos e o seguimos.Novamente Jesus afirma sua
identidade com o Pai: “O Pai e eu somos um”. E foi o Pai quem deu as ovelhas a
Jesus, num ato de amor gratuito. Não está dito que Deus escolhe a uns e deixa
outros de fora. Está dito que todos os que vão até Jesus foram atraídos pelo
Pai. Essas ovelhas não se perderão e ninguém vai arrancá-las das mãos de Jesus.
Sabemos que somos pecadores, que nossos méritos são pequenos, mas pedimos com
humildade a graça de fazer parte do rebanho de Jesus, nós e todos aqueles que
amamos. E queremos de nossa parte mostrar sinais de que pertencemos ao rebanho.
São Paulo elogiou os membros da comunidade de Tessalônica dizendo que
eles tinham uma fé ativa, uma caridade esforçada e uma esperança firme. A
Timóteo diz o apóstolo que“combateu o bom combate, completou a corrida e
guardou a fé”. São sinais de quem está no caminho, seguindo o Pastor. Na visão
do Apocalipse há uma multidão imensa de pé, diante do Cordeiro. São os que
venceram a batalha, por isso trazem palmas nas mãos. Passaram pela grande
tribulação, lavando suas vestes no sangue do Cordeiro. O Cordeiro é o pastor de
todos eles e os leva às fontes de água que dão vida. O Bom Pastor enxuga as
lágrimas de seus olhos.
Os Atos dos Apóstolos nos falam da rejeição da Palavra de Deus. A
Palavra é anunciada, mas não é aceita. Assim como Jesus. Ele se fez presente,
operou prodígios, fez inúmeros sinais, falou e ensinou, e muitos não se
interessaram nem por ele nem por seus ensinamentos. Tanto que o condenaram à
morte de cruz. Paulo, Barnabé e seus companheiros estavam evangelizando as
regiões de Perge, Antioquia da Pisídia e Icônio. Falavam primeiro aos judeus
nas sinagogas. Muitos aceitaram a pregação dos missionários, e outros não.
Os chefes da sinagoga ficaram enciumados quando viram a multidão que
seguia Paulo e Barnabé. Paulo lhes disse: “Vocês estão rejeitando a Palavra de
Deus e se tornando indignos da vida eterna. Então, vamos nos dirigir aos
pagãos”. Dizem os Atos que eles instigaram mulheres ricas e religiosas contra
os apóstolos. Houve uma perseguição e eles tiveram que ir para outro lugar. Os
Atos dizem também que “todos os que eram destinados à vida eterna abraçaram a
fé”. Os que abraçaram a fé foram aqueles que o Pai levou até seu Filho Jesus
pela pregação apostólica. Dizia Santo Agostinho: “Por que é que Deus atrai a
este e não àquele, não queiras investigar, se não queres errar”. E Paulo, na
primeira carta a Timóteo, escreve que “Deus quer que todas as pessoas sejam
salvas”, isto é, ele não quer que alguém se perca. Façamos a nossa parte, com a
graça de Deus.
HOMILIA DIÁRIA
Postado por: homilia
abril 21st, 2013
Celebramos hoje o 4º Domingo da Páscoa, conhecido também como
“Dia mundial de orações pelas vocações consagradas” e, finalmente, como o “Domingo
do Bom Pastor”.
O pastor e seu rebanho era uma realidade muito comum na vida
do povo, no tempo de Jesus.
O que esse relato nos mostra é a intimidade, o afeto entre o
pastor e as ovelhas. Percebemos que existe entre eles um amor e uma confiança
muito grande. Jesus vai dizer que as ovelhas não seguem a um estranho.
O pastor autêntico deve ter os mesmos sentimentos e atitudes
em relação às ovelhas. Deve amá-las e estar disposto a dar sua própria vida
para salvá-las, assim como Ele fez.
As ovelhas seguem somente o seu pastor, porque conhecem a sua
voz e reconhecem seus passos. “Conhecer”, na Bíblia, tem um significado muito
profundo: conhecer significa amar. Quem conhece de verdade, ama, pois quem não
ama o próximo, ainda não o reconheceu como irmão.
O Bom Pastor preocupa-se com a vida; vem para que todos
tenham vida plena e em abundância.
O pastor é o líder. Todos nós, seja no trabalho, na família
ou na comunidade, sempre exercemos algum cargo de liderança. É importante rever
nosso comportamento como líderes. Na parábola do Bom Pastor, Jesus nos alerta
sobre como viver as relações de liderança. O líder não pode ser autoritário.
Quando a liderança deixa de ser serviço para tornar-se poder,
ela oprime e destrói. Quando exercemos um cargo de liderança, sobretudo nas
funções públicas e na comunidade, precisamos estar próximos das pessoas,
precisamos conhecer suas necessidades, compreendê-las, amá-las e partilhar com
elas a vida.
As ovelhas conhecem a voz do seu pastor, confiam e deixam-se
levar. Sabem que, se for necessário, o pastor as carregará sobre seus ombros.
Em segurança serão conduzidas para verdes pastagens e água abundante.
O Bom Pastor não é reconhecido por falar manso e de forma
poética, Ele é reconhecido pelas verdades que diz; palavras nem sempre doces,
mas verdadeiras.
“Eu sou o caminho, a verdade e a vida”, diz Jesus (Jo 14,6). Se Ele é a Verdade, os que estavam
na Verdade estavam com Ele. Os que vieram fora d’Ele, pelo contrário, são
ladrões e salteadores porque só vieram para pilhar e fazer morrer. “A esses, as ovelhas não escutaram”.
Deixe-se conduzir por Ele. Abra bem os ouvidos do seu coração
e seja dócil ao seu chamado. Diga ‘sim’ a Cristo, o Bom Pastor. Reconheça-o
como o seu “tudo” e terá a vida eterna.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 21/04/2013
Oração Final
Pai Santo, que a promessa de não sermos
arrancados das mãos do Cristo nos dê força e coragem para enfrentar as
tribulações deste mundo e, diante delas, tenhamos ainda o cuidado de aliviar as
dores dos irmãos que sofrem. Nós te pedimos pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho
e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/04/2013
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, que a promessa de não sermos
arrancados das mãos do Cristo nos dê força e coragem para enfrentar as
tribulações deste mundo e, diante delas, tenhamos ainda o cuidado de aliviar as
dores dos irmãos que sofrem. Nós te pedimos pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho
e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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