ANO B

Jo 15,9-17
Comentário do
Evangelho
O amor é a força da vida
O amor que Jesus tem por nós é um amor capaz de
ir “até o fim” (cf. Jo 13,1); é com esse imenso amor que o Pai ama o Filho. O
convite feito aos discípulos é de permanecerem no amor de Jesus, isto é, de
experimentarem e viverem o amor com o qual eles são amados por Jesus. O amor
com o qual Jesus ama os discípulos deve ser a medida do amor fraterno. Nem mais
nem menos! O amor é a força da vida, um dinamismo de entrega sem reservas ou
condições; é um extasis, saída do eu fechado em si para o dom aos outros. O amor
é uma verdadeira Páscoa. É esse amor que está na origem da escolha dos
discípulos por Jesus. É esse mesmo amor que deve ser vivido e testemunhado na
comunidade cristã. Os discípulos escolhidos por Jesus não têm qualquer mérito
na sua vocação, pois foi o Senhor quem tomou a iniciativa de encontrá-los onde
eles estavam. O fruto que se espera de quem é chamado é o amor fraterno. A
realização do mandato do amor é a condição de uma vida cristã autêntica.
Lembremo-nos de que o amor é a expressão máxima da vida cristã (cf. 1Cor 13).
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Senhor Jesus, agradecido(a)
por ter sido escolhido(a) e enviado(a) por ti, prometo entregar-me totalmente à
missão que me confiaste.
Vivendo a
Palavra
Jesus não deixa dúvidas: “O meu mandamento...” no
singular! O Amor é a síntese e a plenitude das 365 normas impositivas e 248
proibições da Lei do Templo ditada pelos fariseus. E nos promete a alegria – a
Sua Alegria! E completa! O Papa Francisco tem nos ajudado a descobrir essa
Alegria do Evangelho. Estejamos atentos para ouvi-lo.
Comentário do Evangelho
A ALEGRIA
PLENA
As revelações de Jesus, por ocasião de sua
partida para o Pai, visavam despertar alegria no coração dos discípulos e
levá-los a enfrentar, de maneira conveniente, os desafios da missão. Seria
deplorável deixarem-se abater pela tristeza e pelo pessimismo!
A alegria cristã não se reduz a um sentimento
superficial e inconsistente. Ela é de origem divina e brota do fundo do
coração, pela força do Espírito Santo. É o Pai quem produz a verdadeira alegria
no coração do discípulo, que se reconhece amado e chamado a viver em comunhão
com ele e com seu Filho Jesus.
O discípulo é capaz de alegrar-se mesmo em meio
aos sofrimentos e contrariedades. A experiência do Mestre serve-lhe de
inspiração. Quando falou em "a minha alegria", Jesus tinha consciência
do que isto significava, no contexto de sua vida pontilhada de perseguições,
por parte dos adversários. Perseguições que culminariam com sua morte de cruz,
mas precedida da infidelidade dos discípulos, que o traíram, negaram-no e o
abandonaram. Contudo, nada disto foi suficiente para tirar-lhe a alegria de
viver.
A plenitude da alegria dos discípulos
resultaria da disposição a permanecer no amor de Jesus, sendo fiel aos seus
mandamentos, como ele fora fiel ao querer do Pai, mesmo tendo de morrer numa
cruz.
Oração
Pai, completa a alegria
que o Espírito Santo faz brotar em mim, pois estou disposto a permanecer unido
a ti e a teu Filho, e a ser fiel aos teus mandamentos, apesar das adversidades.
Oração Final
Pai Santo, ensina-nos a
discernir entre os prazeres que o mundo nos oferece e a alegria que nasce na
nossa busca pela justiça. Os prazeres são passageiros e enganosos, mas a
alegria verdadeira da alma é fruto da tua Presença em nós. Pai amado, permanece
em nós hoje e para sempre! Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na
unidade do Espírito Santo.

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