ANO B


27 de Abril de 2015
Jo 10,1-10
Comentário do Evangelho
Jesus é
o Pastor compassivo e misericordioso
O Bom
Pastor dá a vida pelas ovelhas; Jesus entregou a sua vida por nós. Jesus entra
na corrente dos profetas que denunciam os falsos pastores e anunciam para
Israel um pastor segundo o coração de Deus, compassivo, misericordioso. No
século VI a.C., Jeremias denunciava que os falsos pastores, aqueles a quem era
atribuído o título de pastor – os reis –, conduziram o povo para longe do Deus
único e verdadeiro; levaram o povo a adorar os ídolos e a abandonar os
mandamentos de Deus. A aflição do povo, o desejo de um único e verdadeiro
pastor para que as ovelhas não se desgarrassem, fará com que Deus, diante da
fraqueza e da infidelidade dos que estavam à frente do povo, prometa conduzir,
ele mesmo, a porção de sua herança, qual um pastor. Essa promessa nós a vemos
realizada em Jesus, Bom Pastor. Jesus é o Pastor segundo o coração de Deus,
Pastor compassivo e misericordioso, que conduz as suas ovelhas às pastagens
verdejantes do amor de Deus e as protege contra o inimigo que ameaça a vida do
seu povo. Não somente isso, mas Jesus é o Bom Pastor que entrega livremente a
própria vida em favor de suas ovelhas. Em cada celebração da Eucaristia nós
recordamos essa palavra do Senhor: “isto é o meu corpo entregue por vós... isto
é o meu sangue derramado por vós”.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Senhor,
que nosso coração esteja sempre aberto para compreender os teus sinais. Que não
nos falte o pão do sustento e o pão da
Palavra.
FONTE:
PAULINAS
Meditando
o Evangelho
O BOM PASTOR
A
atitude mais dignificante de um pastor consiste em estar disposto a dar a sua
vida em defesa do rebanho. Esquecendo-se de si mesmo, luta para garantir a
sobrevivência de suas ovelhas, embora venha a morrer. Não existe forma melhor
de comprovar a condição de guia do rebanho! Só quem age assim merece o título
de pastor.
No trato com seus discípulos, Jesus inspirava-se neste modelo de pastor.
Conhecia os que havia chamado para estar com ele e partilhar a sua missão e o
seu destino. Colocava-se no meio deles como amigo e servidor, interessado em
que tivessem vida abundante – a vida eterna, oferecida pelo Pai. Cuidava para
que a ação perversa dos adversários – certas alas radicais do farisaísmo, as
autoridades religiosas e políticas etc. – não viesse a prejudicá-los.
Defendia-os dos ataques dos inimigos, calando a boca de acusava falsamente seus
discípulos. Colocava-se a serviço deles, desejoso de que fizessem uma
verdadeira experiência de Deus, reconhecido como Pai misericordioso. Lutava
para congregar quem vivia disperso, vagando por caminhos impróprios, por ser
mal-orientados.
Toda esta ação de Jesus resultava do cumprimento da ordem que recebera de seu
Pai: ser Mestre para guiar a humanidade para ao reencontro com Deus.
Oração
Pai, que eu saiba
entregar-me com toda confiança nas mãos de teu Filho – o bom Pastor –, pois só
assim estarei seguro de estar trilhando o caminho para ti.
FONTE: dom total
Jo 10, 11-18
Reflexão
Deus
afirmou, através do Profeta Jeremias, que ele daria ao seu povo pastores
segundo o seu coração e, mais tarde, pela boca do Profeta Ezequiel, que ele
mesmo seria o pastor do seu povo. O Evangelho de hoje nos mostra que Deus está
cumprindo a sua promessa, pois o Filho, segunda Pessoa da Santíssima Trindade,
é quem afirma: "Eu sou o bom pastor". É o próprio Deus que se coloca
a serviço das pessoas com a finalidade de reuni-las num único rebanho. E hoje a
Igreja, o Corpo Místico de Cristo, é a continuadora da obra do Pastor, de modo
que nela o ser humano é convidado a participar da divina missão do pastoreio.
FONTE: CNBB

28 de Abril de 2015
Jo 10,22-30
Comentário do Evangelho
As ovelhas são confiadas a Jesus pelo Pai
Os judeus
querem uma resposta clara, sem rodeios, à seguinte pergunta: “Até quando nos deixarás
em suspenso? Se tu és o Cristo, dize-nos abertamente!”. No entanto, nenhuma
resposta seria convincente. Em nenhum dos evangelhos Jesus diz claramente ser o
Messias. Como vai acontecer, Jesus não irá responder com a clareza pretendida
por eles. Somente na fé é que se conhece a divindade de Jesus e se acolhe a
novidade de Deus. Ao invés de responder diretamente à questão, Jesus passa a
falar de suas ovelhas. Lembremo-nos de que em todo o Antigo Testamento o povo
de Israel se compara a um rebanho, e Deus a um pastor. As ovelhas que escutam a
voz é que conhecem o Pastor. A afirmação de Jesus referente a suas ovelhas, “eu
lhes dou a vida eterna”, estarrece os judeus, pois quem pode dar a vida eterna,
a não ser Deus? As ovelhas são confiadas a Jesus pelo Pai. É nas mãos do Filho
e do Pai que as ovelhas estão. Nas mãos de Deus as ovelhas estão em segurança.
Nas mãos fortes do Filho as ovelhas jamais se perderão. O autor do Deuteronômio
diz: “Todos os santos estão em tua mão” (Dt 33,3). Jesus afirma uma unidade
profunda entre ele e o Pai: “Eu e o Pai somos um”. Para quem todo dia recitava
o Shemá Israel, a afirmação de Jesus soava a blasfêmia e escândalo.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Vinde, ó Pastor divino, guiai-nos, reuni-nos: que haja logo
"um só rebanho e um só pastor".
FONTE:
PAULINAS
Reflexão
Colaborar
na missão salvífica de Jesus através da ação pastoral da Igreja significa levar
as pessoas a reconhecerem nele o Deus vivo encarnado para a salvação de todos
os que nele crerem. Para que esta ação surta efeito, o anúncio é necessário,
mas por si só é insuficiente. Não basta apenas falar de Jesus, é preciso obras,
é necessária a vivência dos valores evangélicos, o amor precisa ser
concretizado. Mas acima de tudo, é necessária a consciência de que somos
participantes da divina missão de salvação dos homens e que quem realiza esta
obra não somos nós, mas sim o próprio Deus, é ele quem pastoreia através de
nós. Somos na verdade canais de graça para que os homens ouçam a voz de Jesus,
sintam-se integrantes do seu rebanho e o sigam rumo à vida eterna.
FONTE: CNBB
Meditando o Evangelho
UMA INCÓGNITA SOBRE JESUS
O modo
de proceder de Jesus bem com os seus ensinamentos deixavam desconcertados os
seus adversários. Embora realizasse gestos prodigiosos, suficientes para
revelar sua plena comunhão com o Pai, e falasse de maneira até então
desconhecida, permanecia uma incógnita a seu respeito. Os judeus, que tinham
tudo para reconhecê-lo como o Messias, permaneciam na incerteza. Por isso,
ficavam à espera de que Jesus lhes "dissesse abertamente" quem ele
era.
A
postura assumida pelos adversários impedia-os de compreender a verdadeira
identidade messiânica de Jesus. Movidos pela suspeita, pela malevolência e pela
crítica mordaz, jamais conseguiriam chegar à resposta desejada. Daí a tendência
a acusar Jesus de blasfemo e imputar-lhe toda sorte de desvios teológicos e
políticos.
Em
contraste com os adversários estavam os discípulos. Estes, sim, colocavam-se
numa atitude humilde de escuta, atentos às palavras do Mestre, buscando
desvendar-lhes seu sentido mais profundo. Dispuseram-se a segui-lo, para serem
instruídos não só por suas palavras, mas também por seus gestos concretos de
misericórdia, para com os mais necessitados. A comunhão de vida com o Mestre
permitia-lhes descobrir sua condição de Messias, o enviado do Pai.
A
incógnita sobre Jesus permanece para quem se posiciona diante dele como
adversário. Quem se faz discípulo, não tem dificuldade de reconhecê-lo como
Messias.
Oração
Pai, dá-me um coração de
discípulo que se deixa guiar docilmente pelo Mestre Jesus, tornando-se, assim,
apto para reconhecer sua condição de Messias de Deus.
FONTE: dom total

29 de Abril de 2015
Jo 12,44-50
Comentário do Evangelho
Apesar dos sinais, muitos judeus não creram em Jesus
O tema de
hoje é a incredulidade. Apesar de ter realizado vários sinais, muitos judeus
não creram em Jesus. A razão da incredulidade: a cegueira e a dureza de coração
(ver também Jo 9,41). Aqui, Jesus toma a palavra. Ele é o enviado do Pai e,
como tal, é portador da palavra do Pai. Pelo paralelismo apresentado nos
versículos 44 e 45, “crer” e “ver” são, no quarto evangelho, sinônimos.
Trata-se da visão própria da fé, que ultrapassa a aparência e penetra a
realidade em sua profundidade. A fé possibilita a experiência de que estar
diante de Jesus é estar na presença de Deus: “Quem me vê, vê aquele que me
enviou” (v. 45). Ao desejo de Filipe, “mostra-nos o Pai”, Jesus responde: “quem
me vê, vê o Pai” (Jo 14,8-9). Esse paralelismo permite ainda compreender a profunda
unidade que une o enviado àquele que o enviou. Por isso, Jesus poderá dizer: “O
Pai e eu somos um”. “Um” não significa o mesmo, mas aponta para uma profunda
unidade.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Mestre, tua vida traça o caminho; teu ensinamento confirma e
ilumina os meus passos; a tua graça me sustenta e guia no caminho para o céu.
Tu és o mestre perfeito: ensinas, dás o exemplo e fortaleces o discípulo no teu
seguimento.
FONTE: PAULINAS
Reflexão
Jesus é
o grande comunicador do Pai. Ele veio ao mundo não para fazer a própria
vontade, mas veio como enviado do Pai para realizar as obras de Deus, e ele foi
fiel à sua missão. E a missão que o Pai atribuiu a Jesus é uma missão
salvífica: a missão de retirar a humanidade do reino das trevas e introduzi-la
no reino da luz. Ser cristão significa ouvir as palavras de Jesus, reconhecer o
caráter divino que está presente nela, sentir-se apelado por ela para não mais
viver nas trevas do erro, do pecado e da morte, mas sim na luz da verdade, da
vida e do amor e responder de forma positiva a este apelo para que, crendo nas
palavras de Jesus, creiamos firmemente naquele que o enviou para a nossa
salvação.
FONTE: CNBB
Meditando
o Evangelho
JESUS, LUZ DO MUNDO
A
presença de Jesus no mundo tem um objetivo bem preciso: ser luz para a
humanidade mergulhada nas trevas do pecado. Portanto, presença de salvação! A
missão de Jesus insere-se na longa história de relacionamento do ser humano com
Deus – da criatura com o seu Criador –, história pontilhada de infidelidade e
insensatez por parte da criatura, e de fidelidade e esperança de reconciliação,
por parte do Criador. A correta compreensão da identidade de Jesus exige
situá-lo no contexto das iniciativas salvíficas de Deus.
Assim,
torna-se compreensível por que a pregação de Jesus faz constantes referências
ao Pai. Crer no Filho leva necessariamente à crer no Pai. A credibilidade de um
enviado está em estreita relação com a credibilidade de quem o enviou. Foi por
esta razão que Jesus afirmou: "As coisas que digo a vocês, eu as digo como
o Pai mas disse a mim". E mais: quem o rejeita, na qualidade de enviado,
será julgado por quem o enviou – o Pai –, já que sua missão consiste em salvar
e não em condenar.
O
discípulo prudente deixa-se iluminar pelo Mestre, por saber-se iluminado por
Deus. Caminhando como discípulo da luz, estará em condições de desmascarar as
artimanhas do príncipe das trevas que insistem em fazê-lo desviar-se do caminho
para o Pai.
Quem,
pelo contrário, rejeita a luz oferecida por Jesus, torna-se inimigo de Deus,
pois se recusa a aceitar sua proposta de salvação. E caminhará para o
julgamento!
Oração
Pai, como discípulo da
luz, quero deixar-me sempre guiar por teu Filho. Só, assim, as ciladas do
demônio não prevalecerão sobre mim. Vem em meu auxílio!
FONTE: dom total

30 de Abril de 2015
Jo 13,16-20
Comentário do Evangelho
A configuração da vida do servo ao seu Senhor
A última
ceia de Jesus com os seus discípulos é uma ceia de adeus em que ele deixa suas
últimas vontades: fração do pão como memorial e o serviço fraterno. É durante a
última ceia e depois de lavar os pés dos discípulos que Jesus pronuncia essas
palavras que lemos no evangelho de hoje. Máxima semelhante ao enunciado no v.
16 nós encontramos em Mateus 10,24- 25. Um dos aspectos do discurso de Jesus
depois de lavar os pés de seus discípulos é apresentar o específico do
discípulo. Em nosso caso há dois aspectos a ressaltar: o discípulo é servo e,
como tal, renuncia a todo desejo de poder e prestígio. A consciência de sua
condição de servo e a vida coerente com essa vocação é o caminho da felicidade.
Na configuração da vida do servo ao seu Senhor está a felicidade. Para o
relato, a predição da traição de Jesus por parte de um dos discípulos tem por
finalidade prevenir os discípulos e, com isso, o leitor contra o escândalo que
pudesse levar a certo esmorecimento, ao mesmo tempo em que dá uma chave de
leitura para compreender o fato (cf. Sl 41,10). É, inclusive, um modo de dizer
que a Escritura se cumpre em Jesus. Até mesmo a traição pode ser ocasião de fé
na pessoa de Jesus.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Ó Espírito Santo, dai-me um coração grande, desejoso de se
tornar semelhante ao coração do Senhor Jesus!
FONTE: PAULINAS
Meditando o Evangelho
SERVO E ENVIADO
Os
discípulos relutavam em aceitar que o Mestre Jesus lhes lavasse os pés. Este
gesto foi interpretado como uma quebra de hierarquia e esvaziamento da
autoridade. É que eles pensavam a sociedade organizada em camadas sociais,
sobrepostas segundo a importância de cada uma, num sistema de precedências e
privilégios.
Jesus
recusou-se a pactuar com esta mentalidade, oferecendo-lhes pistas para
compreenderem a realidade de maneira diferente. Ele parte do princípio que
"o servo não é maior do que o seu senhor, nem o enviado maior do que
aquele que o enviou". Isto vale tanto para o Mestre quanto para os
discípulos.
Entretanto,
trata-se de saber que senhor é aquele que enviou Jesus, segundo a
afirmação do Mestre. Sem dúvida, ele está falando do Pai, que fez de Jesus
servo e enviado, e que acolhe também os discípulos do Filho como servos e os
envia em missão. Se é possível falar em hierarquia, convém saber que só existe
uma: a que sobrepõe Deus ao ser humano, o Criador à sua criatura. Além desta,
qualquer tentativa de classificar as pessoas em mais ou em menos importantes
será sem cabimento. Quem se imagina superior aos demais está usurpando o lugar
de Deus. Só ele é o Senhor; todos nós somos irmãos e irmãs.
Nesta
perspectiva, o gesto de humildade de Jesus é perfeitamente compreensível. Ele
agiu como servo, por ser servo. E, como ele, todos devem agir, pois também são
servos. Portanto, o gesto de Jesus só é incompreensível para quem não pensa
como Deus.
Oração
Pai, inculca no meu
coração a certeza de que só tu és Senhor, e que entre os seres humanos deve
reinar igualdade e solidariedade, sem opressão.
FONTE: dom total


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