ANO A


10 de Novembro de 2014
Lc 17,1-6
Comentário do Evangelho
A resistência ao perdão é obstáculo para o crescimento na comunidade cristã.
Scandalon é a palavra de
origem grega que significa armadilha posta no caminho ou, então, um obstáculo
posto propositadamente no caminho para fazer alguém cair. O nosso evangelho de
hoje é um alerta de Jesus aos discípulos contra o escândalo intencional e que
desestimularia ou impediria alguém de progredir na fé e no seu seguimento. A
resistência ao perdão ou a falta dele são considerados como obstáculo que faz
outros abandonarem a comunidade cristã. A Igreja é comunidade dos
reconciliados, dos que são salvos e redimidos pelo Senhor. Como tal ela deve ser
marcada pela disposição permanente do perdão (v. 3). O perdão não é para o
cristão uma atitude esporádica, mas um modo de viver e de se situar diante dos
outros (v. 4). Diante de tal exigência, os apóstolos suplicam pela fé capaz de
responder a essa exigência do amor fraterno que é o perdão. É a fé que enraíza
a pessoa em Deus e faz viver a vida de Deus, pela graça do Espírito Santo. Em
razão do dinamismo próprio da ação do Espírito Santo, a fé possibilita viver o
que, aos olhos do mundo, poderia parecer impossível, a saber, perdoar e aceitar
o perdão.
Oração
Pai,
concede-me uma fé robusta que me predisponha ao perdão e me previna contra as
atitudes que possam levar meu semelhante a se afastar de ti.
FONTE:
PAULINAS
Reflexão
A
misericórdia é um dos valores evangélicos mais importantes e ser misericordioso
significa, antes de tudo, ser capaz de colaborar com a salvação das pessoas,
ser capaz de perdoá-la. Mas perdoar não significa esquecer, deixar de lado,
pois o perdão não pode negar a verdade nem a responsabilidade da pessoa diante
dos fatos. Perdoar significa não querer a punição para quem é culpado, mas sim
criar condições para que ele possa se reerguer e reparar o mal que realizou. E
somente aquela pessoa que tem fé é capaz de perdoar verdadeiramente, porque
somente quem acredita no Deus misericordioso é capaz de agir verdadeiramente
com misericórdia.
FONTE: CNBB
Comentário do Evangelho
ESTÁ TUDO PRONTO!
A
comunidade cristã não é feita de pessoas santas ou incapazes de pecar. Pelo
contrário, comporta, entre seus membros, gente afetada pelo egoísmo e sempre
disposta a romper os laços fraternos, que mantém a unidade entre os cristãos.
Uma comunidade esfacelada é o pior contratestemunho do Reino que possa existir.
É uma declaração tácita de que o amor é impraticável, e a força do egoísmo,
inexorável.
Daí a
exigência de o cristão se predispor, continuamente, a refazer os laços
rompidos. Capitular seria um gesto anticristão, incompatível com as exigências
do Reino.
A
reconstrução da comunidade cindida pela inimizade processa-se num duplo
movimento: o reconhecimento do pecado, por parte de quem ofende o irmão, e a
oferta de perdão, por parte de quem foi ofendido. É uma questão de boa vontade
e de se deixar mover pela graça.
Quem
peca, deve ter consciência de suas faltas e das conseqüências negativas para a
comunidade. O passo seguinte consiste em ser capaz de declarar-se arrependido e
pedir perdão. É preciso ter a humildade de refazer este mesmo caminho, quantas
vezes forem necessárias.
Quem
foi vítima da ofensa alheia, deve estar sempre pronto a perdoar, sem conservar
ressentimento ou rancor no coração. Reconhecendo que o pecado resulta da
fraqueza humana, terá para com o pecador arrependido a mesma paciência de Deus.
Oração
Espírito de reconciliação, mantenha meu coração aberto tanto
para pedir perdão, quanto para oferecê-lo a quem tiver ofendido.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe.
Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e
disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, que jamais permitis que as potências do mal
prevaleçam contra a vossa Igreja, fundada sobre a rocha inabalável dos
apóstolos, dai-lhe, pelos méritos do papa são Leão, permanecer firme na verdade
e gozar paz para sempre. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade
do Espírito Santo.
FONTE: dom total

11 de Novembro de 2014
Lc 17,7-10
Comentário do Evangelho
A
generosidade e a gratuidade são traços de uma comunidade cristã madura.
É preciso que cada um,
na comunidade cristã, assuma sua função sem se deixar dominar pelo desejo de
reconhecimento ou recompensa. A generosidade e a gratuidade são, entre outros,
traços característicos de uma comunidade cristã madura. O discípulo é servidor
de Deus e dos seus semelhantes. O sentido da parábola de hoje é esse: antes de
se assentar à mesa, no banquete escatológico, há um trabalho a ser feito: o
anúncio do Reino de Deus e o testemunho de Jesus Cristo (cf. At 1,8). A
declaração que cada qual deve fazer ao término do trabalho, “somos servos
inúteis”, é de difícil interpretação. A expressão não se refere ao trabalho
realizado, o que implicaria a declaração da inutilidade da tarefa feita. O
contexto nos permite compreendê-la em relação à recompensa, no sentido de não
ser merecedor do que quer que seja. Assim compreendida, a expressão “servos
inúteis” aponta para a gratuidade do serviço. A recompensa do Apóstolo é Deus e
seu verdadeiro salário é ser admitido como operário na vinha do Senhor. Quem é
enviado não tem nenhum direito sobre Deus nem sobre os seus semelhantes.
Oração
Pai,
reconhecendo-me servo inútil, quero esforçar-me para ser justo e
misericordioso. Somente assim serei agradável a ti.
FONTE:
PAULINAS
Reflexão
Somos todos
servos inúteis. Deus não precisa de nós, uma vez que ele pode, por si só,
realizar todas as coisas. Mas Deus quis contar conosco, com a nossa
colaboração, e isso não em vista da pessoa dele, mas sim em vista do nosso
próprio bem, uma vez que, quando colaboramos com a obra da salvação da
humanidade, estamos de fato participando de uma obra que não é humana, mas
divina, o que se torna para nós causa de santificação e caminho de perfeição. O
amor de Deus por nós é tão grande que faz da nossa inutilidade fonte de
santificação e de vida nova, não só para nós mesmos, mas também para toda a
Igreja, para todas as pessoas.
FONTE: CNBB
Comentário do Evangelho
O CUMPRIMENTO DO DEVER
O
discípulo é constituído para o serviço do Reino. É na vocação de servidor que
se realiza e encontra um sentido para sua vida. Sua alegria consiste em
entregar-se, sem reservas, à missão recebida, sem nada exigir. Basta-lhe a
consciência do dever cumprido.
Jesus
desenvolveu este tema, servindo-se de uma parábola baseada nos costumes da
época. A inescrupulosa atitude do senhor, em relação a seu servo,
justificava-se na sociedade de então. A falta de um contrato de trabalho, em
que se estipulava o limite de horas de trabalho diário e se reconhecia as horas
extras, possibilitava aos senhores explorar, ao máximo, os seus empregados. Por
outro lado, o escravo era propriedade de seu dono, portanto, sem qualquer
direito. Tudo quanto fizesse, por mais duro e esgotante que fosse, restava-lhe
somente dizer: "Cumpri apenas meu dever!"
Aplicado
ao Reino, a lição funciona assim: se o escravo, serve por obrigação, submete-se
a todos os caprichos de seu patrão, resigna-se ao pensar que faz o seu dever,
quanto mais o discípulo do Reino, cuja opção é livre, está a serviço de um Pai
misericordioso, e tem como obrigação somente praticar o amor e a justiça? Por
mais que tenha feito, cabe-lhe dizer: "Sou um empregado inútil, fiz apenas
o que era minha obrigação!" É se dá por satisfeito por estar a serviço do
amor.
Oração
Espírito que estimula a cumprir o dever, que o serviço ao
Reino, embora duro e exigente, seja para mim motivo de alegria e realização.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe.
Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e
disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, que fostes glorificado pela vida e morte do bispo
são Martinho, renovai em nossos corações as maravilhas da vossa graça, de modo
que nem a morte nem a vida nos possam separar do vosso amor. Por Nosso Senhor
Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total

12 de Novembro de 2014
Lc 17,11-19
Comentário do Evangelho
Jesus
tem o poder de dar a vida.
O evangelista lembra
sempre o leitor de que Jesus está caminhando para Jerusalém, caminho que é
metáfora do caminho de Jesus para o Pai. A situação dos leprosos do tempo de
Jesus era dramática e profundamente humilhante. Dez leprosos suplicam a Jesus
por compaixão. Não há nenhum gesto para a cura deles todos; somente a palavra
de Jesus foi suficiente para purificá-los. Isso mostra o poder da palavra de
Jesus; poder de dar a vida. O número “dez” simboliza a totalidade de um povo.
Isso significa que na purificação daqueles leprosos todo um povo é visitado por
Deus. A cura da lepra é um dos sinais dos tempos messiânicos. A salvação da
qual Jesus é portador é destinada a todos os povos, judeu e pagãos. A
observação de que somente o samaritano voltou para agradecer ressalta a
ingratidão do povo de Israel. O samaritano, considerado herético pelos judeus,
cumpre o papel de Israel de prostrar-se diante do Deus único e verdadeiro e
agradecer pelo bem da libertação da escravidão. A lepra era uma verdadeira
escravidão. Neste texto, o leitor é interpelado a afinar o seu discernimento e
abrir o seu coração para reconhecer o Reino de Deus que se aproxima, em
primeiro lugar, na pessoa de Jesus.
Oração
Pai,
que o meu coração, repleto de fé, reconheça Jesus como a mediação de todas as
graças e favores que recebo de ti.
FONTE:
PAULINAS
Reflexão
Jesus não quer
simplesmente realizar a cura das pessoas, ele quer a libertação integral e a
reinserção social de todos os que são por ele curados. Quando Jesus manda que
os dez leprosos se apresentem diante dos sacerdotes, ele está realizando a cura
deles e quer que eles tenham autorização para voltar a participar ativamente da
vida comunitária, o que não era permitido aos leprosos, que eram considerados
impuros e, por isso, excluídos da sociedade. Somente quando os sacerdotes
constatavam a cura da lepra, poderiam voltar ao convívio de todos.
FONTE: CNBB
Comentário do Evangelho
O LOUVOR DE DEUS
O
samaritano distinguiu-se de seus companheiros, todos curados por Jesus, por sua
capacidade de reconhecer a ação misericordiosa de Deus em sua vida. Liberto da lepra,
só ele se sentiu motivado a proclamar os louvores de Deus, numa atitude de
gratidão e reconhecimento. Seu gesto valeu-lhe a salvação, publicamente
afirmada por Jesus: "A tua fé te salvou!"
Os
outros nove, todos judeus, detiveram-se no nível da cura material. O
samaritano, pelo contrário, foi além. E recebeu muito mais que os outros. Sua
iniciativa assemelhou-o aos pobres e excluídos, sempre prontos a agradecer pelo
mínimo serviço que se lhes presta. A ingratidão é própria dos ricos e
prepotentes. Pensando ter todo mundo à sua disposição e obrigado a prestar-lhe
serviço, sentem-se desmotivados a mostrar-se agradecidos. Os servos têm a
obrigação de servi-lo sem reclamar. Comportam-se, assim, até mesmo com Deus.
Julgam desnecessário demonstrar-lhe gratidão.
A
parábola evangélica contrapõe um grupo de judeus a um samaritano, identificado
como pagão e estrangeiro. Os que se omitiram de louvar e agradecer a Deus,
perdendo a chance de mostrar sua fé, foram os que, por origem e formação
religiosa, estavam mais perto de Jesus. O "estrangeiro" e
"distante", excluído e menosprezado, foi mais sensível.
É esta
a situação dos cristãos, em relação aos pagãos, recém-convertidos à fé?
Oração
Espírito de louvor, ponha em meus lábios palavras de
agradecimento ao Pai, por tantos benefícios que me prodigaliza, especialmente,
o dom da vida e da saúde.
(O
comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em
Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Suscitai, ó Deus, na vossa Igreja o Espírito que impeliu o
bispo são Josafá a dar a vida por suas ovelhas e concedei que, por sua
intercessão, fortificados pelo mesmo Espírito, estejamos prontos a dar a nossa
vida pelos nossos irmãos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na
unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total

13 de Novembro de 2014
Lc 17,20-25
Comentário do Evangelho
O Reino
de Deus pode estar presente em tudo.
Os interlocutores de
Jesus no Evangelho de hoje são os fariseus e os discípulos (vv. 20.22). Os
sinais do Reino de Deus precisam ser sempre discernidos, pois característica de
todo sinal é a ambiguidade. A pergunta dos fariseus sobre a chegada do Reino de
Deus é ignorância de que ele já está presente no meio deles através da pessoa
de Jesus. O Reino de Deus não vem ostensivamente, diz Jesus. Isso não é
novidade para o leitor, pois o Reino já foi comparado a uma semente de mostarda
e a um pouco de fermento que uma mulher mistura na massa de farinha de trigo.
Procurar o Reino de Deus num fato extraordinário ou esperar que isso aconteça é
perder a oportunidade de reconhecê-lo nos gestos e palavras de Jesus. O Reino
de Deus não se identifica com nenhuma realidade terrestre, nem com nenhuma
situação sociopolítica ou econômica. Ele, no entanto, pode estar presente em
tudo, pois perpassa todas as dimensões da existência humana. O Reino de Deus
não exige nenhuma percepção ótica (v. 22), pois precisa sempre ser discernido.
Do discípulo ele exige vigilância para poder reconhecê-lo e acolhê-lo.
Oração
Pai,
abre meus olhos para que eu possa perceber, na pessoa e no ministério de Jesus,
a presença de teu Reino na nossa História. E, reconhecendo-o, eu me deixe guiar
por ele.
FONTE:
PAULINAS
Reflexão
O Evangelho de hoje nos mostra que precisamos
reconhecer a presença do Reino de Deus no meio dos homens para que possamos
reconhecer a presença de Jesus em nosso meio. E vamos encontrar Jesus presente
no meio de nós nos que sofrem, que são rejeitados, que são excluídos da
sociedade. A sociedade não quer viver os valores do Reino de Deus e vive do
egoísmo, do acúmulo de bens, da busca desenfreada de poder e de prazer, da
escravidão dos vícios, etc. Os membros dessa sociedade vivem uma fé
superficial, materialista, mesquinha e descompromissada, que faz com que
queiram ver Jesus, mas não possam vê-lo, pois não o reconhecem nos pobres e
necessitados.
FONTE: CNBB
Comentário do Evangelho
A MANIFESTAÇÃO DO REINO
No
tempo de Jesus, eram fortes as expectativas do fim do mundo e da manifestação
de Deus na história humana. A dominação estrangeira já se tornara insuportável.
A falta de liberdade, certas atitudes abusivas das autoridades romanas, e o
cansaço pela espera do fim geravam uma febre escatológica. Acabava-se por ver o
Messias, em toda parte.
Certos
grupos, de caráter apocalíptico, iam além. Chegavam a estabelecer calendários,
calcular datas, determinar sinais indicativos da consumação dos tempos. É
possível que suas descrições aterradoras de guerras, fome e pestes acabassem
por gerar um clima de terror no coração das pessoas.
Os
fariseus, por sua vez, pregavam o caminho da estrita observância da Lei e a
penitência como a forma de melhor preparar-se para a chegada do Messias. Os
essênios segregaram-se no deserto, às margens do Mar Morto, formando uma
comunidade continuamente voltada para as purificações rituais, à espera do
Messias vindouro.
Jesus
procurou libertar os discípulos deste escatologismo inútil. Em primeiro lugar,
porque o Reino de Deus já estava presente na história humana, na ação do Filho
de Deus. Em tudo quanto fazia ou pregava, era o próprio Deus interpelando a
humanidade. Em segundo lugar, porque, por ocasião da segunda vinda do Messias,
todos haveriam de dar-se conta de sua chegada. Por conseguinte, qualquer
preocupação a este respeito seria desnecessária.
Oração
Espírito de serenidade, diante da expectativa do Senhor que
vem, mantém-me sereno, empenhado em viver o amor.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe.
Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e
disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Deus de poder e misericórdia, afastai de nós todo obstáculo
para que, inteiramente disponíveis, nos dediquemos ao vosso serviço. Por Nosso
Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total

14 de Novembro de 2014
Lc 17,26-37
Comentário do Evangelho
Não
viver a vida como se Deus não existisse.
O dilúvio é interpretado
pela própria Escritura como um evento de purificação. A causa do dilúvio foi a
maldade crescente da humanidade e a corrupção da obra da criação de Deus. O
mesmo se diga da destruição de Sodoma e Gomorra que, em razão de sua
perversidade, foram arrasadas pelo enxofre e fogo do céu. A partir desses dois
acontecimentos, Jesus exorta os discípulos a não viverem a vida como se Deus
não existisse, ou como se a fé não dissesse respeito aos valores da vida. A
excessiva preocupação com questões relativas à vida de cada dia e com o
bem-estar (Mt 6,25-34; Lc 12,22-31) pode distanciar o discípulo das coisas de
Deus e fazê-lo até prescindir de Deus na organização de sua vida. As histórias
de Noé e Ló servem para interpelar os discípulos a permanecerem arraigados no
Senhor. A fé em Deus tem para a vida do cristão uma implicação ética: ela exige
um comportamento condizente com a vontade de Deus. A vida do fiel deve ser
expressão da fé que ele professa e da relação com o Deus em quem ele põe a sua
confiança e esperança. Na vida do discípulo, e de toda a comunidade cristã,
tudo tem de ser vivido a partir da centralidade do Reino de Deus.
Oração
Pai,
dá-me suficiente sensatez para não buscar segurança e salvação nos bens deste
mundo, pois só as encontro junto de ti, na obediência fiel à tua vontade.
FONTE:
PAULINAS
Reflexão
Devemos estar
sempre prontos para o nosso encontro com Jesus, e este encontro, na verdade,
acontece todos os dias, quando ele vem até nós na pessoa dos fracos, dos
pobres, dos oprimidos, dos excluídos, dos necessitados, enfim, de todos os que
não são amados, são rejeitados pela sociedade e precisam de alguém que manifeste
o amor que Deus tem por eles. O dia do Filho do Homem é o dia da vivência do
amor, da caridade e da fraternidade para com todos. O verdadeiro cristão é
aquele que faz de todos os dias da sua vida o dia do Filho do Homem.
FONTE: CNBB
Comentário do Evangelho
UM PERIGOSO TORPOR
Esperar
é sempre cansativo. Quanto mais a espera de algo cujo dia e hora são
desconhecidos. Assim se passa com a segunda vinda de Jesus. Ele mesmo
recusou-se a abordar este assunto. Certa vez, dissera: "O dia e a hora
ninguém sabe, nem os anjos do céu nem sequer o Filho, mas somente o Pai".
Para ele, o importante era entregar-se ao serviço do Reino, deixando de lado as
preocupações apocalípticas.
Entretanto,
a espera prolongada acabou gerando um perigoso torpor no coração dos cristãos.
Perigoso por correrem o risco de ser surpreendidos. O desconhecimento do dia e
da hora não podia justificar uma vida incompatível com a condição de discípulo
do Reino.
Dois
exemplos do passado serviram de parábola para o presente. Por ocasião do
dilúvio, apesar das admoestações divinas, a humanidade insistiu no seu caminho
de iniquidade, até que veio o castigo. Fato semelhante aconteceu quando da
destruição de Sodoma. Contaminados pelo pecado, seus habitantes viveram na
insensata ilusão das orgias. Seu fim foi a destruição pelo fogo.
Por
nenhum motivo o discípulo de Jesus pode bandear-se para o pecado como se sua
atitude fosse sem consequências. Afinal, o julgamento divino antecipa-se, e
acontece no dia-a-dia, vivido na fidelidade a Deus e ao seu Reino. Aí, já se
constrói a salvação.
Oração
Espírito de vigilante alerta, mantém-me sempre preparado para
o advento do Senhor, vivendo, no meu dia-a-dia, a misericórdia que me assemelha
ao Pai.
(O
comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em
Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Deus de poder e misericórdia, afastai de nós todo obstáculo
para que, inteiramente disponíveis, nos dediquemos ao vosso serviço. Por Nosso
Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total

15 de Novembro de 2014
Lc 18,1-8
Comentário do Evangelho
Perseverança
na oração.
O próprio narrador
explicita a finalidade da parábola: mostrar a necessidade da perseverança na
oração. Toda parábola visa, para além da lógica da descrição, transmitir uma
mensagem. Um dos personagens da parábola é um juiz que agia inescrupulosamente,
não respeitando Deus nem os seus semelhantes. Em outros termos, trata-se de
alguém que age arbitrariamente, não levando em consideração Deus nem os homens.
Essa descrição do juiz na parábola serve para enfatizar a importância da
súplica perseverante da viúva e ressaltar, por comparação, o cuidado de Deus
para com os seus escolhidos. Deus não abandona os que Ele escolheu; é Ele quem
os socorre e atende a suas necessidades. Tirando as consequências da parábola
para toda a Comunidade cristã, a mensagem é clara: ela deve ser uma comunidade
orante, consciente de que todo verdadeiro bem procede de Deus. A oração
confiante sustenta o testemunho da Igreja e nutre o empenho missionário da
comunidade eclesial (cf. At 2,42-47; 12,1-19).
Oração
Pai,
faze-me pobre e simples diante de ti, de modo que minhas súplicas sejam
atendidas, pois jamais deixas de atender a quem se volta para ti na humildade
de coração.
FONTE:
PAULINAS
Reflexão
A parábola do
juiz iníquo nos mostra, como o próprio São Lucas nos diz, a necessidade da
oração constante e da confiança em Deus que sempre ouve as nossas preces. Porém
devemos ver qual a preocupação de Jesus no que diz respeito ao conteúdo da
oração. O juiz não quer fazer justiça para a viúva e depois a faz por causa da
insistência dela. A partir disso, Jesus nos fala sobre a justiça de Deus, ou
seja, que o Pai fará justiça em relação aos que a suplicam. Deste modo, vemos
que Jesus exige que a nossa oração não seja mesquinha, desejando apenas a
satisfação das necessidades temporais, mas sim a busca dos verdadeiros valores,
que são eternos.
FONTE: CNBB
Comentário do Evangelho
O DEFENSOR DOS POBRES
A
parábola da viúva corajosa, disposta a fazer valer os seus direitos contra tudo
e contra todos, visa a instruir os discípulos a rezar sempre, sem desanimar
jamais.
Qual é
a imagem de Deus e a imagem do ser humano orante, nela veiculadas?
De
acordo com a tradição bíblica, Deus é o defensor dos pobres e injustiçados,
seus eleitos. O Deuteronômio proclama que "Deus faz justiça ao órfão e à
viúva; e ama o estrangeiro, dando-lhe alimento e veste". Embora sua
justiça tarde em manifestar-se, ela se manifestará na certa.
O
orante é, fundamentalmente, o indigente, privado de qualquer apoio externo, e
que conta somente com a proteção divina, de maneira resoluta, mas sem fatalismo
nem acomodação. Sabe o que espera de Deus e tem plena certeza de que obterá.
Posicionando-se contra todas as forças adversas, o orante vai em frente, sem
deixar sua fé esmorecer. Antes, a adversidade torna-o cada vez mais obstinado
em alcançar o fim almejado.
Para a
comunidade perseguida, a parábola era um incentivo para seguir adiante, embora
a intervenção divina tardasse a acontecer. O silêncio de Deus não pode ser
tomado como omissão ou desprezo por seus eleitos. No momento oportuno, a
justiça será feita.
Oração
Espírito de perseverança na oração, dá-me um coração de
pobre, que põe toda a sua confiança no Senhor, esperando dele auxílio e
proteção.
(O
comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em
Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Deus de poder e misericórdia, afastai de nós todo obstáculo
para que, inteiramente disponíveis, nos dediquemos ao vosso serviço. Por Nosso
Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total

16 de Novembro de 2014
Mt 25,14-30
Comentário do Evangelho
Que
tipo de servo Deus deseja.
A leitura de Provérbios
trata da característica da mulher, entenda-se, esposa ideal. A mulher ideal é
aquela que vive no temor a Deus ou, o que é o mesmo, no reconhecimento
reverencial de que todo bem procede de Deus. A palavra temor pode,
legitimamente, ser compreendida como amor. A mulher ideal, então, é aquela que,
em primeiro lugar, ama a Deus. É em razão desse amor que ela, na sua casa, dá
segurança ao marido e faz sua família viver das obras da sua mão. Não é a
beleza nem a formosura que caracteriza a mulher ideal, mas o temor de Deus. A
beleza e a formosura desaparecem com o tempo. O amor, no entanto, não passa
(cf. 1Cor 13,13). O amor faz viver para o outro, dá sentido e gosto a tudo. A
mulher é para o nosso texto símbolo do povo de Deus. Daí que a característica
fundamental do povo de Deus é o temor do Senhor, no sentido que acima expusemos.
O evangelho deste domingo, a parábola mais extensa
do Novo Testamento, apresenta o colaborador que Deus deseja, o discípulo que o
Senhor deseja. A parábola é parte do discurso escatológico (24–25). Ela insiste
no juízo do terceiro servo que enterrou o talento recebido. Se observarmos bem,
dos dezessete versículos que integram o nosso texto, sete são dedicados a ele.
Essa insistência é para alertar os discípulos, destinatários da parábola,
contra a atitude representada pelo terceiro servo. Na antiguidade, uma moeda
valia por seu peso. Um talento equivale a 34 quilos. Os dois primeiros servos
não se limitaram a executar ordens, nem a se proteger, enterrando o bem do seu
patrão. Eles tomaram a iniciativa de fazer render os bens e os multiplicaram. O
terceiro servo, ao contrário, enterrou o talento que havia recebido. Para a
mentalidade rabínica, o terceiro servo agiu em conformidade com a lei (Ex
22,6-7; Lv 5,21-26), donde se conclui que não há o que reprová-lo em sua
atitude. Mas essa não é a posição de Jesus. O comportamento do terceiro servo é
motivado pelo medo (cf. Rm 8,15). O que o “patrão” reprova é a mentalidade de
escravo que impede de agir livremente e acomoda a pessoa nas suas próprias
seguranças. Não se pode viver e servir a Deus sem arriscar. O espírito servil
faz com que a pessoa não faça nada além do estritamente necessário e do que ela
julga ser o seu dever. Elogiando os dois primeiros servos e repreendendo o
terceiro, o evangelho indica que tipo de servo Deus deseja: aquele que faz
valer o dom de Deus e não mede esforços para tal.
Oração
Pai,
dá-me senso da responsabilidade e faze-me entender que o serviço amoroso e
gratuito a meu próximo é o único caminho de fazer multiplicar os dons que de ti
recebi.
FONTE:
PAULINAS
Comentário do Evangelho
Esta parábola,
tendo provavelmente em sua origem algum dito de Jesus, parece ter sofrido
acréscimos e adaptações quando veiculada entre as primeiras comunidades. As
imagens da parábola são extraídas de uma sociedade oportunista consagrada ao
mercado em busca do lucro. Na parábola, o senhor ambicioso, ao viajar,
determina a seus três servos que façam render seu dinheiro. Os dois servos mais
"fieis" fizeram o dinheiro render cem por cento. Contudo um servo
mais tímido, temeroso da severidade do patrão, não querendo correr risco,
escondeu o dinheiro que recebeu e devolveu-o tal qual. O senhor , afirmando-se
como sendo aquele que "colhe onde não plantou e ajunta onde não
semeou", qualifica o servo tímido de mau e preguiçoso. Os dois servos
fieis e eficientes foram exaltados e o servo tímido foi lançado fora. A
sentença final, "a quem tem será dado mais... daquele que não tem será
tirado", é típica da sociedade excludente e concentradora de riquezas. A
parábola tem um certo aspecto de caricatura irônica da sociedade. Suas imagens
são pouco condizentes com a revelação de Jesus de Nazaré, manso e humilde de
coração, que vem trazer vida para todos, sem exclusões. O Reino de Deus é o
reino dos pobres, mansos, pacíficos e misericordiosos, com fome e sede de
justiça e partilha. Com certo constrangimento, a parábola tem sido entendida
como uma advertência aos discípulos afim de que façam frutificar seus dons
pessoais, a serviço da comunidade e da sociedade. Na primeira leitura, a mulher
que, com seus dons, trabalha tanto no serviço doméstico como na produção para o
sustento da família, é louvada. Na segunda leitura Paulo estimula as
comunidades à vigilância, a qual significa o serviço e o amor mútuo.
Oração
Senhor nosso Deus, fazei que a nossa alegria consista em
vos servir de todo o coração, pois só teremos felicidade completa servindo a
vós, o criador de todas as coisas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho,
na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total

17 de Novembro de 2014
Lc 18,35-43
Comentário do Evangelho
Por
onde passa, o Senhor vai despertando a esperança e a fé na vida.
Jericó é um verdadeiro
oásis em meio ao deserto, distante uns vinte quilômetros de Jerusalém. Por onde
passa, o Senhor vai despertando a esperança e a fé na vida. O cego, anônimo no
relato lucano, é identificado com Bartimeu em Marcos (Mc 10,46-52). O cego, ao
que o relato nos possibilita compreender, já tinha conhecimento da fama de
Jesus que se espalhava cada vez mais. Por isso, ao ouvir da multidão que se
tratava de Jesus de Nazaré que estava passando, ele grita suplicando por
compaixão. A multidão não foi capaz de conter o seu grito repleto de confiança.
O Senhor não é alheio à voz do sofrimento do seu povo (cf. Ex 3,7-9). Diante de
Jesus que mandou buscá-lo, ele é provocado no seu desejo mais profundo pela pergunta
que Jesus lhe dirige. Ver é o que ele deseja. A fé salva, a fé ilumina, ela faz
ver; é a fé que arranca da escuridão à luz de um novo dia. O desejo do cego
devia ser o desejo de todo verdadeiro discípulo, isto é, ser iluminado pela fé.
A fé em Jesus não foi a causa da cura do cego, mas a condição para deixar-se
iluminar. A consequência da iluminação da fé é o seguimento de Jesus Cristo.
Oração
Pai,
infunde em mim uma fé profunda como a do pobre cego, cujo desejo de ser curado
por Jesus levou-o a se abrir para a verdadeira visão que leva à salvação.
FONTE:
PAULINAS
Reflexão
Jesus
passou toda a sua vida fazendo o bem para manifestar o amor de Deus para
conosco. Quando Jesus realiza curas, quer mostrar que o amor de Deus pelos
homens faz com que as pessoas não fiquem à margem do caminho pedindo esmolas,
mas com que cada um tenha condições de seguir o seu próprio caminho. É por isso
que ele tem compaixão do cego e o cura. Após o processo de libertação, todos
são convidados a seguir o próprio caminho, sendo que alguns, como é o exemplo do
cego do Evangelho de hoje, resolvem seguir o caminho de Jesus. Quando Jesus
cura, não tira a liberdade da pessoa. Aqueles que depois de curados resolvem
seguí-lo, o fazem de livre e espontânea vontade, mas tornam-se um motivo para
que todos glorifiquem a Deus.
FONTE: CNBB
Comentário do Evangelho
SENHOR, QUE EU VEJA!
Ao fazer a
leitura do profeta Isaías, na sinagoga de Nazaré, Jesus identificou-se com o
Messias, ungido pelo Espírito do Senhor, para "anunciar aos cegos a
recuperação da vista". De certo modo, todo o seu ministério consistiu em
ajudar a humanidade a superar a cegueira de que era vítima. Cegueira do
egoísmo, que impede de reconhecer o semelhante como quem merece afeição.
Cegueira da idolatria, que leva o ser humano a trocar Deus pela criatura e
deixar-se tiranizar por ela. Cegueira do pecado, com suas mais diversas
manifestações, cujo resultado é a desumanização da pessoa, reduzindo-a à mais
terrível escravidão.
A
súplica do cego de Jericó pode ser a de todo discípulo: "Senhor, que eu
veja!" Sim, o discipulado exige a libertação de todo tipo de cegueira. Isto
só pode ser obra de Jesus. É ele quem possibilita ao discípulo ter visão e
discernimento para fazer as escolhas certas e optar pelos caminhos mais
condizentes com as exigências do Reino.
Contudo,
o motor de tudo isto é a fé. No caso do cego de Jericó, foi a fé que o moveu a
implorar misericórdia junto a Jesus. E, também, pela fé o discípulo é levado a
buscar libertação junto a ele. Quanto mais profunda ela for, tanto mais apurada
será a visão do discípulo, ou seja, maior será sua capacidade de "ver"
o que Deus deseja dele.
Oração
Espírito que faz recobrar a visão, abre meus olhos para que
eu possa discernir, com clareza, os caminhos do Reino, e andar por eles, com
determinação e segurança.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório
– Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado
neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, que destes a santa Isabel da Hungria reconhecer e
venerar o Cristo nos pobres, concedei-nos, por sua intercessão, servir os
pobres e aflitos com incansável caridade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso
Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total

18 de Novembro de 2014
Lc 19,1-10
Comentário do Evangelho
Querendo
ver Jesus.
O relato do episódio de
Zaqueu, em Jericó, é um exemplo da implicação ética da iluminação pela fé. A
apresentação de Zaqueu é feita em função de Jesus que devia passar por lá e a
quem ele queria ver. O que ele não imaginava e certamente compreendeu somente
mais tarde é que Jesus vinha procurá-lo e salvá-lo antes mesmo de buscar vê-lo
e conhecê-lo. A atração, tanto da multidão como de Zaqueu, é Jesus de Nazaré
que passava por Jericó, subindo para Jerusalém. O relato tem por finalidade
revelar a identidade perdida de Zaqueu como homem de fé, e, de sua parte,
Zaqueu fará a experiência de que, estando diante de Jesus, se está diante do
Senhor. Essa transformação (o Jesus que ele queria ver era o Senhor) é devida à
iniciativa de Jesus. Querendo ver Jesus, Zaqueu foi visto pelo Senhor. O
encontro com o Senhor transformou a vida de Zaqueu. Expressão dessa
transformação é a atitude ética do chefe dos publicanos: partilha dos bens e
restituição do que foi roubado dos outros. A salvação vem por Jesus, sem que
seja preciso esperar mais. A conclusão do relato é a oportunidade em que Jesus
afirma a finalidade de sua vinda.
Oração
Pai,
faze-me puro de coração, como o Zaqueu convertido, tornando-me desapegado das
coisas deste mundo e capaz de dividi-las com os pobres.
FONTE:
PAULINAS
Reflexão
O Evangelho de
hoje nos mostra os passos que todos nós devemos dar no caminho da conversão.
Inicialmente, Jesus nos provoca o desejo de conhecê-lo e nós, respondendo a
essa provocação, procuramos vê-lo de alguma forma. Então Jesus entra na nossa
vida e nós, porque alegremente o acolhemos, fazemos a experiência da sua
companhia e da sua amizade através da intimidade da experiência interior, o que
nos faz vislumbrar os verdadeiros valores que nos fazem felizes, de modo que
procuramos viver o amor fazendo o bem e reparando o mal que praticamos. Assim,
Jesus nos encontra quando estamos perdidos e nos possibilita trilhar o caminho
da salvação.
FONTE: CNBB
Comentário do Evangelho
AS ETAPAS DA SALVAÇÃO
O encontro de
Zaqueu com Jesus mostra como a conversão acontece em etapas. De certo modo,
esta revela como a salvação acontece na vida de quem se torna discípulo do
Reino.
O
primeiro passo consiste no desejo de ver Jesus. No caso de Zaqueu, o Evangelho
não esclarece os motivos deste anseio. Sabemos, apenas, ter sido tão forte que
nada deteve o homem até vê-lo realizado.
O
segundo passo exige a superação de todos os obstáculos. Para Zaqueu, um
empecilho era sua baixa estatura. O problema foi resolvido: subiu numa árvore.
O
terceiro passo comporta deixar-se amar por Jesus, sem restrições nem
desconfiança, abrindo-lhe as portas do coração. Zaqueu desceu depressa da
árvore, para receber Jesus em sua casa, com alegria.
O
quarto passo é uma mudança radical de vida. Radical significa deixar de lado os
esquemas e mentalidades antigos, para adequar-se às exigências do Reino. Isto
não se faz com palavras ou com boas intenções, mas com gestos concretos. Zaqueu
dispôs-se a dar metade de seus bens aos pobres e a ressarcir, quatro vezes
mais, aquilo que havia roubado. Desta forma, ele provou que, realmente, a salvação
tinha entrado em sua casa.
Oração
Espírito que gera conversão, toca o meu coração, abrindo-o
para acolher a salvação e manifestá-la com gestos concretos de amor.
(O comentário do
Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese
Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor nosso Deus, fazei que a nossa alegria consista em
vos servir de todo o coração, pois só teremos felicidade completa servindo a
vós, o criador de todas as coisas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho,
na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total

Nenhum comentário:
Postar um comentário