7 de Setembro de
2014
ANO A

Mt
18,15-20
Comentário
do Evangelho
A
missão do profeta.
O profeta Ezequiel é
contemporâneo do profeta Jeremias. Ao contrário de Jeremias que, durante o
exílio na Babilônia, ficou em Judá, Ezequiel foi para a Babilônia com os
deportados. Sua missão tinha um duplo aspecto: ajudar o povo exilado a não se
esquecer de que, ao contrário do que eles pensavam, Deus não os havia
abandonado, mas estava com eles, e manter viva a esperança do retorno à terra
dos seus antepassados. O texto autobiográfico que, hoje, lemos, apresenta
Ezequiel como sentinela da casa de Israel (cf. Ez 33,1-7). Enquanto tal, ele
deve alertar contra o inimigo que ameaça o povo. A missão do profeta é prevenir
o povo contra tudo o que possa ameaçar a esperança e a fidelidade ao Deus de
Israel. Ele compreende que sua missão, enquanto sentinela da casa de Israel, é
também de despertar no povo o desejo de conversão.
O evangelho de hoje é
parte do discurso sobre a Igreja, em que Jesus instrui os seus discípulos
acerca dos aspectos essenciais da vida comunitária cristã. A comunidade cristã
é uma comunidade de reconciliados, por isso, o perdão deve ser uma das marcas
de sua existência. No trecho anterior ao apresentado pela liturgia deste
domingo, duas características da comunidade eclesial foram ressaltadas: a
comunidade cristã deve ser caracterizada pelo serviço e pelo cuidado de uns
para com os outros, de modo especial pelos “pequeninos”, isto é, por aqueles
que se sentem, por algum motivo, desprezados e não valorizados, e que correm,
por isso, o risco de abandonar a comunidade. Nosso texto de hoje é, por assim
dizer, a aplicação prática do desejo de Deus de que nenhum membro da comunidade
se perca (v. 14). A atitude exigida para realizar o desejo de Deus é a
iniciativa que cada um deve tomar no que diz respeito à reconciliação, tendo
presente que a comunidade cristã é uma comunidade de irmãos (v. 15). O pecado
divide a comunidade. Se acontecer a alguém ser vítima do pecado de outro membro
da comunidade, trata-se, aqui, de tomar a iniciativa de ajudar o pecador no seu
processo de conversão, desde que ele aceite livremente. É Deus quem toma a
iniciativa de vir em socorro de nossa humanidade e é ele quem oferece,
gratuitamente, o seu perdão. A comunidade cristã é chamada a ser reflexo da
misericórdia divina (Mt 5,48; Lc 6,36; 15). Assim como Deus não desiste de nós,
também não devemos desistir de nossos irmãos. O único limite para o perdão e a
reconciliação é o fechamento do outro (v. 17). O amor fraterno e,
consequentemente, a comunidade cristã são construídos através desse esforço
permanente de reconciliação.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai,
que a presença de teu Filho ressuscitado na comunidade cristã seja um incentivo
para que nós busquemos pautar nossa ação pela tua santa vontade.
Vivendo
a Palavra
Existe diferença
fundamental entre julgamento e correção fraterna: quem corrige o irmão é um
amigo que oferece ajuda para caminharem juntos seguindo Jesus; quem julga se
coloca em posição superior para condenar seu próximo. Um segue a lei do amor e
cria fraternidade; outro mostra seu orgulho e exclui o irmão.
Recadinho

Será
que eu julgo os erros ou as pessoas que erram? - Não sou fácil para julgar e
condenar as pessoas? - Deixo-me levar por antipatias ou simpatias apenas? -
Será que às vezes não inverto os papéis buscando testemunhas para simplesmente
condenar meu próximo de modo parcial? - Lembro-lhe de rezar por aqueles que
erram, que falham na caminhada?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Comentário do Evangelho
CORRIGIR COM
DISCERNIMENTO
É preciso agir com
extremo discernimento, quando se trata de afastar um membro da comunidade do
convívio fraterno. Em geral, as lideranças da comunidade são tentadas a
deixar-se levar por critérios irrelevantes, revelando-se injustos contra quem
cometeu uma falta. Uma decisão deste porte não pode depender de preconceitos ou
do que pensam os líderes. Importa somente fazer a vontade de Deus.
A comunidade cristã
deve rezar e refletir muito, antes de excomungar alguém. Sua decisão deve
corresponder ao pensamento de Jesus. Por isso, é necessário evitar que a
reunião onde se toma uma tal decisão se assemelhe a um tribunal onde se submete
a pessoa a um juízo inclemente. O melhor lugar para se decidir isso é a
assembléia eucarística. A ela se refere a afirmação do Senhor: "Onde dois
ou três estão reunidos em meu nome, estou ali, no meio deles". Neste caso,
trata-se de uma reunião bem específica, na qual a comunidade põe-se de acordo
para pedir a luz divina, antes de decidir sobre a sorte do membro que errou. Se
a comunidade pede com sinceridade, poderá estar certa de ser atendida pelo Pai.
A decisão comunitária,
se tomada seriamente, terá o aval de Deus. Ou seja, se o membro for desligado
da comunidade terrestre, será também desligado da comunidade celeste. O Pai
confirma o veredicto da comunidade que agiu com discernimento.
Oração
Espírito
de seriedade, livra-nos da leviandade e, afastar da comunidade os membros que
erraram. Pelo contrário, que o façamos após a devida ponderação diante do
Senhor.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório –
Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado
neste Portal a cada mês)
Oração
Ó
Deus, Pai de bondade, que nos redimistes e adotastes como filhos e filhas,
concedei aos que crêem em Cristo a verdadeira liberdade e a herança eterna. Por
Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
REFLEXÕES
DE HOJE

DIA 07 DE SETEMBRO-DOMINGO
7 de setembro – 23º DOMINGO
COMUM
Por
Aíla Luzia Pinheiro Andrade, nj
I. INTRODUÇÃO GERAL
Iniciamos o mês da Bíblia com o tema da correção fraterna. Em
todas as leituras de hoje, a palavra de Deus vem insistir que somos
responsáveis uns pelos outros e devemos ser um suporte para os fracos,
indecisos, tíbios, apáticos na fé e no seguimento de Jesus.
Pouquíssimas pessoas têm
coragem de advertir alguém que está errado. É mais fácil condenar, humilhar,
fofocar ou ser indiferente. Mas a Bíblia afirma e reafirma a responsabilidade
de uns para com os outros. Deus nos pedirá contas da vida de nossos irmãos e
irmãs. Por isso, hoje, quando ouvirmos a sua voz, não endureçamos nosso
coração.
II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS
BÍBLICOS
1. Evangelho (Mt 18,15-20): Se ele te ouvir, terás ganho teu irmão
O texto do evangelho de
hoje situa-se no contexto do “sermão sobre a comunidade”, cujos textos são
direcionados especificamente para orientar a vida na Igreja. E um tema muito
precioso para o Evangelho de Mateus é a correção fraterna, essencial para o
crescimento pessoal do cristão na comunidade.
O evangelho nos orienta no delicado passo da correção fraterna.
Primeiramente devemos tomar consciência de que o ato de corrigir o irmão é
nossa responsabilidade. O texto é claro: “Vai!” É um imperativo que nos
interpela. A não realização desse mandato significa erro grave, pois nos
omitimos diante do erro do outro, deixando que um membro do corpo de Cristo
permaneça no engano.
O texto nos apresenta a preocupação com o retorno à comunidade
de quem se desligou pelo pecado. Por isso são empregados todos os recursos para
a volta do irmão. É uma correção feita com respeito e amor. São oferecidas
várias oportunidades para a conscientização sobre o erro. Primeiramente a
exortação pessoal, para preservá-lo de constrangimento diante da comunidade.
Depois, a exortação diante de algumas testemunhas; por fim, diante da
comunidade, para que o irmão obstinado em sua má conduta reconheça, perante a
autoridade da Igreja, a situação em que ele mesmo se colocou.
Todo esse procedimento nos ajuda a perceber o papel mediador da
Igreja para ajudar um membro a sair do erro. Isso porque não caminhamos
sozinhos, mas fazemos parte de um corpo, necessitamos uns dos outros para viver
nossa fé.
Se levarmos a sério nossa responsabilidade para com nosso irmão,
nossa ação de exortá-lo, de encaminhá-lo para o rumo certo, proporcionar-nos-á
ganhar um irmão na caminhada de fé. Nossa maior preocupação deverá ser não apontar
os erros dos nossos irmãos na comunidade, mas conduzi-los de volta à comunhão
com Deus expressa na comunidade crente. Se fizermos isso, certamente a Igreja
desempenhará bem seu papel de mediação da boa-nova de Jesus Cristo.
2. I leitura (Ez 33,7-9): Responsabilidade pelos outros
O profeta é não apenas o
porta-voz de Deus, mas também uma sentinela para o povo. A sentinela era alguém
que estava de prontidão, que permanecia acordado enquanto todos dormiam. Era
alguém que percebia a aproximação de um inimigo ou de um viajante noturno aos
portões da aldeia. Esse simbolismo nos ajuda a ver nossa responsabilidade
perante as pessoas com as quais convivemos em casa, no trabalho, na vizinhança,
nos círculos de amizade, na Igreja. Devemos estar atentos aos outros: perceber
se estão em perigo, se correm algum risco de pôr a si mesmos ou outras pessoas
em perigo.
A expressão bíblica
“exigir o preço do sangue” significa ser responsável pelo outro. Deus exige que
não sejamos omissos, que não deixemos as pessoas seguir para um precipício sem
alertá-las (com bondade e compaixão, sem condenar nem humilhar) sobre a
necessidade de mudança de atitude.
Em todo caso, deve-se
respeitar o livre-arbítrio de quem é adulto e responsável pelos próprios atos,
mas somente depois de ter sido tentado tudo o que é humanamente possível para o
bem do próximo.
3. II leitura (Rm 13,8-10): Quem ama o próximo cumpriu toda a Lei
Os preceitos da Lei de
Deus sobre as relações humanas culminam no amor mútuo. O “amor não pratica o
mal contra o próximo” e também não quer o mal para os outros. O fato de alguém
não fazer nenhum ato de maldade não significa que possa ficar confortável,
dizendo a si mesmo: “Não roubei, não matei, logo sou bom para meu próximo”.
Quem não pratica o mal, mas omite ou negligencia a responsabilidade pelo outro,
não ama verdadeiramente o seu próximo. Responsáveis que somos por nossos
semelhantes, não devemos ficar no comodismo, mas ajudá-los a ser alguém melhor.
III. PISTAS PARA REFLEXÃO
É oportuno lembrar serem vários os motivos da omissão, os quais
geralmente envolvem medo ou frieza de coração. Temos receio de advertir alguém
e ser repelidos, perder a popularidade ou ser tachados de intransigentes. Por
isso é mais fácil “lavar as mãos”, como fez Pilatos, e dizer: “Eu não tenho
nada a ver com isso”. Não deixemos que nosso coração fique endurecido diante do
clamor silencioso de quem está envolvido numa teia de erros e não consegue sair
sozinho dessa armadilha. É mais fácil julgar-se superior, murmurar, fofocar,
condenar quem caiu ou está em perigo de queda.
Comecemos este mês da
Bíblia formando uma consciência de “povo de Deus”, todos unidos como irmãos e
irmãs da mesma família, responsáveis uns pelos outros. Se alguém se desviou do
caminho, vamos ao seu encontro e insistamos para que retorne. E, caso não
queira nos ouvir, não desistamos: oremos para que Deus mesmo o reconduza.
Somente não endureçamos nosso coração.
Aíla Luzia Pinheiro Andrade, nj
Graduada em
Filosofia pela Universidade Estadual do Ceará e em Teologia pela Faculdade
Jesuíta de Filosofia e Teologia (Faje – BH), onde também cursou mestrado e
doutorado em Teologia Bíblica e lecionou por alguns anos. Atualmente, leciona
na Faculdade Católica de Fortaleza. É autora do livro Eis que faço novas todas
as coisas – teologia apocalíptica (Paulinas).
E-mail: aylanj@gmail.com
7 de setembro: 23º
Domingo do Tempo Comum
A CORREÇÃO FRATERNA
Num exercício pessoal de revisão de vida, pensemos quantas vezes, ao
nos sentirmos ofendidos, tivemos a humildade de ir à pessoa que nos ofendeu
para uma conversa aberta. Com exceções, geralmente guardamos a ofensa recebida
e nos fechamos, ressentidos e com mágoa, impedindo um relacionamento
verdadeiramente cristão e fraterno. Isso quando não sentimos a necessidade de
publicar aos quatro ventos que estamos ofendidos, quase sempre julgando e
expondo quem nos ofende.
O caminho proposto por Jesus, porém, traz como desafio “ganhar o irmão”
que nos ofende, corrigindo-o fraternalmente, a sós, expondo-lhe as nossas
razões para também ouvir as razões dele. No entendimento entre irmãos que
dialogam, o ofendido terá ganho ou reconquistado o ofensor, trazendo-o de volta
à dinâmica fraterna da comunidade dos seguidores de Jesus.
Se esta primeira tentativa não der certo – e ela é fundamental –, é
preciso pedir ajuda a outras pessoas, que pelo testemunho procurarão reintegrar
o pecador no seio da comunidade. E assim também na terceira tentativa, quando
toda a comunidade fará de tudo para trazer de volta quem se recusa a ouvir e
seguir os ensinamentos deixados pelo Mestre.
Deixar alguém de fora não foi a prática de Jesus. Ele sempre procurou
as pessoas, sobretudo as consideradas pecadoras. Mas, no desejo de incluir, não
é que a comunidade cristã deva aceitar tudo, tal como atitudes que trazem
divisão e traem os valores essenciais do evangelho. O desafio, portanto, é
rejeitar o pecado, sem se fechar ao pecador.
É no Senhor ressuscitado, vivo em nosso meio, que nos reunimos. É ele
que alimenta nossa união, fortalece nossos passos e dá sentido à nossa oração.
A comunidade é nosso lar de cristãos, lugar onde aprendemos a seguir o Mestre,
onde superamos os erros, corrigindo os irmãos e nos deixando corrigir também.
Pois, ao final, não se trata de ganhar “do” irmão, e sim ganhar “o” irmão, para
a comunidade e para Deus.
Pe. Paulo Bazaglia,
ssp
Dia 07 – 23° DOMINGO COMUM
A ESCRITURA SAGRADA
A Bíblia –
“livros”, em grego – não é um livro comum, mas uma coleção de livros muito
diversos. Ela se compõe de narrações místicas, épicas ou históricas, de leis e
genealogias, poemas, textos sapienciais, profecias, orações e exortações. Esses
livros foram incansavelmente meditados, recopiados e depois, pouco a pouco,
classificados ao longo dos séculos. Ela é o texto de referência dos judeus e
dos cristãos.
No início da nossa
era, os cristãos reconheceram na pessoa de Jesus de Nazaré o Filho de Deus.
Eles escreveram também testemunhos sobre Jesus (os evangelhos) e sobre o
nascimento das primeiras comunidades cristãs (os Atos dos Apóstolos), bem como
cartas (epístolas) endereçadas às comunidades nascentes.
Visto que a
Bíblia contém a palavra de Deus, muitos pensam que ela tem de ser lida
“ao pé da letra”. A Bíblia nos transmite o que é necessário para a salvação e o
sentido das coisas narradas. Muitas vezes, fala-nos em linguagem simbólica e
poética.
Mas, então, como
ler a Bíblia? Na realidade, ela deve ser sem cessar acolhida e meditada como a
palavra de Deus que nos é, hoje, pessoalmente e comunitariamente destinada. O
que Deus na narração realizou, ele quer agora manifestar na sua ação salvadora
em nosso momento existencial. A Palavra contida na Bíblia é rico instrumento de
diálogo vivo e atual com Deus. Ele nos fala e nós escutamos!
Assim, aos poucos,
podemos encontrar a Palavra que nos ajuda a entender as alegrias e as dores que
atravessamos. Os salmos, especialmente, longas orações de súplica, louvor e agradecimento,
por vezes fortes, por vezes suaves, permitem-nos fazer de toda a nossa vida uma
oração. Sem mencionar, é claro, o Novo Testamento, que nos faz conhecer Jesus e
seus apóstolos.
De modo muito
especial neste mês, a Bíblia nos ajude a ser efetivamente discípulos
missionários, alimentando nossa vida de oração para testemunharmos com atos a
nossa fé.
“Que as palavras da
Escritura estejam sempre em teus lábios, para que, meditando-as dia e noite, te
esforces para realizar tudo aquilo que ensinam e terá sentido e valor a tua
vida” (Js 1,8).
D. Orani João
Tempesta, O.Cist.
Cardeal Arcebispo de São Sebastião do RJ
Homilia do 23º Domingo do Tempo Comum, por Pe. Paulo Ricardo
Ganhaste o teu
irmão
O evangelho deste domingo faz parte do
Sermão Eclesiástico, no qual Nosso Senhor ensina à futura Igreja o caminho da
humildade, da correção fraterna e do perdão. O trecho deste domingo fala mais
especificamente da correção fraterna, que tem por finalidade “ganhar o irmão”.
Oferecemos como grande “comentário” a esta passagem evangélica uma carta
circular de São João Bosco, na qual o santo ensina aos seus salesianos as
atitudes interiores e exteriores com as quais devem corrigir os jovens.
A voz do Pastor - 23º Domingo Comum - Domingo 07/09/14
Palavra de Vida Eterna | São Mateus 18, 15-20
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Fundação Nazaré de Comunicação
Arquivos citados no
áudio:
XXIIIº Domingo do Tempo Comum - 7 de Setembro de
2014 - Grito dos excluídos
SE TEU IRMÃO TE OUVIR, GANHARÁS O TEU IRMÃO.
Primeira Leitura: Ezequiel 33,7-9;
Salmo
94(95), 1-2.6-7.8-9;
Segunda
Leitura: Romanos 13,8-10;
Evangelho:
Mateus 18,15-20.
Situando-nos
Já avançamos
muito no caminho espiritual do Tempo Comum, chegando ao seu 23º domingo. Este é
um tempo propício para encontrarmo-nos com o Ressuscitado no cotidiano da vida,
no dia a dia, nos conflitos diários, e aí testemunhá-lo. A referência para o nosso agir e pensar no mundo é o próprio Jesus de Nazaré em
seu mistério salvífico proclamado e vivido em nossas celebrações.
Renunciar a si
mesmo para seguir a Jesus Cristo foi a exigência do Senhor para todos nós
cristãos no domingo passado. Esta exigência cristã tem suas conseqüências
concretas em nossas relações humanas experimentadas na comunidade de fé,
principalmente no cuidado e na facilitação da participação da salvação do irmão
e da irmã.
Estamos ouvindo ao
quarto dos cinco discursos de Jesus no Evangelho de Mateus (cap.18). Jesus está
em diálogo com seus discípulos são as diversas pessoas, homens e mulheres, que
decidiram segui-lo. No contexto do Evangelho de Mateus é a própria comunidade
cristã, a Igreja, que se torna a destinatária do ensinamento do mestre.
Para Mateus a
Igreja – ecclesia – é chamada a ser sinal do reino de Deus na história, até que esta
chegue à sua plenitude. Isso exige dos membros da Igreja atitudes concretas e diferenciadas no cuidado do irmão e da irmã pela
prática da Lei maior: a vivência dpo mandamento do amor a si e ao próximo.
Recordando
a Palavra
Na comunidade
cristã, somos responsáveis uns pelos outros. Até mesmo quando um irmão ou uma
irmã se perde e erra. O ensinamento de Jesus, portanto, propõe uma pedagogia
para corrigir este irmão ou esta irmã. Esta pedagogia prevê três atitudes ou
etapas a serem seguidas.
A primeira atitude
é ir ao encontro do irmão e corrigi-lo em particular (v. 15). Se ele conseguir
retornar ao caminho cristão, cumpriremos a nossa missão de recuperá-lo. Caso
contrário, teremos ainda uma segunda atitude: chamar mais uma ou duas pessoas
da comunidade para ajudá-lo (v. 16). Se ele ainda não conseguiu retomar o
caminho cristão, arrependendo-se do erro, temos ainda a terceira atitude: dizer
à Igreja (v. 17).
Os demais
versículos do discurso são a justificativa de Jesus para que a comunidade
eclesial assuma e seja suporte ao irmão que errou e de afastou dela. VV.18-20),
pois a Igreja deve ser lugar de laços de unidade.
Atualizando
a Palavra
Jesus é muito
exigente quando se trata do seguimento a ele e do acolhimento de sua Palavra.
Em um mundo onde tem reinado a exclusão do outro, nos últimos anos, tendo como
ícone os chamados Reality shows, período de meses do ano quando muitos ficam
fixos na televisão e chegam a contribuir com altas somas, somente para
“eliminar” alguém da “casa”, num desejo de condená-lo e destruí-lo, muitos não
compreendem e, muitas vezes, vêem com dificuldade as exigências do Evangelho.
Por decorrência,
deixando-nos guiar pelo “espírito do mundo”, quando um irmão ou uma irmã de
nossa comunidade cristã erra, comete pecado ou se desvia dos mandamentos de
Deus, renunciando a uma vida condizente com o seu nome de cristão, a atitude
mais comum dentre nós pode ser aquela do julgamento ou até mesmo da exclusão da
pessoa do grupo ou da comunidade. O desejo, muitas vezes, é o de querer
“consertar o mundo”, “fazer justiça com as próprias mãos”, condenando quem
errou.
Ora, não cabe a
nós julgar e decretar a sentença final. Nossa missão é a de recuperar, reconquistar
e conduzir o máximo possível de pessoas a Deus, tendo como modelo Jesus Cristo,
pois “Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que
o mundo seja salvo por ele” (Jo 3,17).
É justamente por
isso mesmo que o cristão não se salva sozinho. Não podemos perder ninguém!
Devemos buscar todos os meios para recuperar o irmão ou irmã, pois somos
responsáveis por eles. De fato, a vida comunitária/eclesial e, por decorrência,
social, é uma arte! O que devemos imperar, não para ser o crítico do outro, mas
para reconquistá-lo para Deus.
Decorrentes dessa
postura cristã interna em nossas comunidades, temos hoje o Grito dos Excluídos
em todo o Brasil. Há precisamente 192 anos, no dia 7 de setembro de 1822, após
322 anos de submissão à Coroa Portuguesa, foi proclamada a Independência do
Brasil, fato imortalizado pela tela de Pedro Américo. Para marcar este dia,
também enquanto união entre liturgia e vida, a CNBB criou o Grito dos
Excluídos. O evento nasceu na 2ª Semana Social Brasileira, nos anos de 1993 E
1994. Organizado pelas Pastorais Sociais da CNBB, o “Grito” tem como objetivos:
denunciar a exclusão social, tornar público o rosto desfigurado dos excluídos e
propor caminhos cristãos de saída para um modelo social, político e econômico
mais justo.
O sistema
sociopolítico e econômico implantado em nosso país ainda tem gerado uma grande
quantidade de pessoas excluídas das mais básicas condições de vida. Nossa
missão cristã exige denúncia dessas estruturas injustas, pois isso nos será cobrado.
Deus nos pedirá conta da advertência ou não que fizermos, até mesmo ao “ímpio”
(cf. Ez 33,7b).
Ligando a Palavra
com a ação litúrgica
“O amor é o
cumprimento perfeito da Lei” (Rm 13,10b), nos diz o Senhor neste dia, quando
nos convida a uma atitude nova diante do irmão ou da irmã que erra. E ele é
mais radical ainda quando diz: “Não fiqueis devendo nada a ninguém... a não ser
o amor, pois quem ama o próximo está cumprindo a Lei” (Rm 13,8).
O amor cristão,
portanto, se traduz no esforço constante de sermos os “vigias” da comunidade
cristã, missão estabelecida pelo próprio Deus (cf. Ez 33,7). E vigiar não
significa ser fiscal, controlador, mas sim, ter a atitude de velar sobre
alguém, ser a sentinela do irmão ou da irmã, não “fechando o coração” (Sl 94,8)
para eles, mas advertindo-os e orientando-os, para que não se percam. O ímpio
pode se perder e morrer por culpa própria, mas, caso não o ajude, ele se
perderá por minha culpa, pois seremos cobrados por sua vida, para que nossa,
diante de Deus, não se perca (cf. Ez 33,9).
O nosso
referencial é sempre Cristo Jesus, presente em nosso meio enquanto celebramos.
É ele mesmo quem teve a atitude primeira de assumir a missão recebida do Pai:
“esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum daqueles que
ele me deu, mas os ressuscite no último dia” (Jo 6,39). Não podemos perder
ninguém!
Na celebração
Eucarística, por excelência, pela invocação do Espírito Santo sobre a
assembléia (epiclese) e, conseqüentemente, pela participação do único pão
eucarístico, somos por Deus constituídos, formados um só corpo com Cristo. E a
assembleia celebrante confirma aclamando: “Fazei de nós um só corpo e um só
espírito”
Esta unidade
sacramental deve ser traduzida no cotidiano da vida também pelo cuidado, pela
vigilância e pelo amor mútuo que deve reinar entre os cristãos.
Sugestões para a
celebração
·O
Hinário Litúrgico da CNBB nos propõe dois preciosos salmos: um para o canto de
entrada, com o refrão composto a partir da antífona de entrada do 23º DC,
expressando a atitude misericordiosa de Deus para com seu servo (cf. fac. III,
p. 126), e o outro para a comunhão, com o refrão apropriado a partir do
Evangelho deste domingo (cf. fac. III, p. 256). As partituras estão disponíveis no site da CNBB.
·Para
a bênção final pode ser usada a oração sobre o povo contida no Missal Romano, p. 533, n. 20: “Deus vos abençoe com
todas as bênçãos do céu e vos torne santos e puros diante dele; derrame sobre
vós as riquezas da sua glória, instruindo-vos com suas palavras da verdade,
formando-vos pelo Evangelho da salvação, e inflamando-vos de amor pelos irmãos
e irmãs. Por Cristo, nosso Senhor”.
·Neste
domingo somos chamados pela Igreja no Brasil a participar do grito dos
Excluídos em nossas dioceses e também a fazer referência do mesmo em nossas
celebrações.
Fonte: Novo povo construindo o Reino de
Deus na justiça! - Roteiros Homiléticos do Tempo Comum I -
Junho/Agosto 2014 - Ano A – Edições CNBB
Liturgia de 07.09.2014 -
23º DTC
Canal
do Youtube
A voz do Pastor - 23º Domingo Comum - Domingo 07/09/14
Palavra de Vida Eterna | São Mateus 18, 15-20
Canal do Youtube
Fundação Nazaré de Comunicação
Pai,
que a presença de teu Filho
ressuscitado
na comunidade cristã
seja um incentivo para que nós
busquemos pautar nossa ação
pela tua santa vontade.
HOMILIA
A JUSTIÇA DE DEUS NÃO SE CANSA DE NÓS Mt 18,15-20
Quero
lembrar-te que o fato de sermos “irmãos”, não nos isenta da possibilidade de
enfrentarmos divergências nos relacionamentos da família da fé, pois a
irmandade não elimina a nossa individualidade: temos diferenças de criação,
formação, visão, doutrina, teologia, liturgia, estratégia e outras que, sem
desejarmos, colocam-nos na situação de ofendidos por algum de nossos irmãos.
Por issso, como o pastor que procura a ovelha perdida, a justiça do Reino não
se cansa e tenta outra forma de aproximar quem errou: Se ele não lhe der
ouvidos, tome consigo mais uma ou duas pessoas, para que toda a questão seja
decidida sob a palavra de duas ou três testemunhas. À primeira vista, tem-se a
impressão de que estaríamos fazendo um cerco em torno de quem errou. Mas essa
atitude pode ser vista sob a ótica da justiça do Reino, que tem como princípio
fazer de tudo para que o irmão não se perca. E se isso não der certo, toda a
comunidade é chamada a se pronunciar: Caso não dê ouvidos, comunique à Igreja.
E se, depois de esgotados todos os recursos, depois de ter dado a quem errou a
oportunidade de ouvir o parecer de toda a comunidade é que a pessoa, por
decisão de todos, é excluída: Se nem mesmo à Igreja ele der ouvidos, seja
tratado como se fosse um pagão ou um cobrador de impostos. Mesmo nesse caso a
comunidade deve manter-se em atitude prudente, dando uma chance em longo prazo
a fim de que a pessoa se arrependa e volte a ela. Antes de condenar ou excluir
alguém, é preciso aprender a justiça do Reino. E ter consciência de que os
passos aconselhados por Jesus não são normas rígidas, e sim um modo de agir que
tempera com justiça as relações entre pessoas. Em outras palavras, é preciso
ser criativos no esforço de recuperar quem erra e se afasta da comunidade. E o
espírito que anima essa tarefa não é o da exclusão, mas o da busca para
reintegrar.
Tomar decisão de
incluir ou excluir pessoas da comunidade não é tarefa fácil, como pretendiam e
faziam os chefes de sinagoga daquele tempo. É necessário que tenhamos sempre em
conta advertência de Jesus: Se a justiça de vocês não superar a dos doutores da
Lei e dos fariseus, vocês não entrarão no reino do céu. Para tanto, Ele dá
algumas indicações, que passam pela necessidade de as pessoas se reunirem em
nome dele, a fim de, mediante a oração, chegarem a um consenso: Se dois de
vocês estiverem de acordo na terra sobre qualquer coisa que queiram pedir, isto
lhes será concedido por meu Pai que está no céu. Pois onde dois ou três estiverem
reunidos em meu nome, eu estou ali, no meio deles.
É urgente que
a comunidade esteja sempre ligada à Cristo pelo fato de na comunidade existem
tensões entre os diversos grupos e problemas de convivência: há irmãos que se
julgam superiores aos outros e que querem ocupar os primeiros lugares; há
irmãos que tomam atitudes prepotentes e que escandalizam os pobres e os débeis;
há irmãos que magoam e ofendem outros membros da comunidade; há irmãos que têm
dificuldade em perdoar as falhas e os erros dos outros. Somente estando em
permanente sintonia com Jesus que nos convida à simplicidade e humildade, ao
acolhimento dos pequenos, dos pobres e dos excluídos, ao perdão e ao amor que
conseguiremos vencer. Alías, com Jesus e pela força da oração tudo pode ser mudado.
Só assim seremos uma comunidade verdadeiramente família de irmãos, que vive em
harmonia, que dá atenção aos pequenos e aos débeis, que escuta os apelos e os
conselhos do Pai e que vive no amor do Filho, animada pelo Espírito Santo.
Ninguém pode viver
a fé de qualquer modo ou abandoná-la quando passar po aflições. As primeiras
Comunidades cristãs enfrentavam algumas dificuldades de correção fraterna, onde
os mais humildes eram vítimas da falta de tolerância. E Jesus vem ensinar-nos o
jeito de nos reconciliar com os outros e ajudá-los a se reconciliar. Esse é o
caminho que todos nós e nossa Comunidade devemos percorrer. Não existe
comunidade sem diversidade, nem diversidade sem divergência. Quando esta for
detectada, os passos pessoais e comunitários precisam ser responsavelmente
tomados na certeza de que é possível construir uma convergência em Deus que
proporciona: unidade para ligar como discípulos da comunidade de Jesus somos
autorizados a ligar a “terra ao céu”, tudo fazendo para que a vontade de Deus prevaleça
sobre a vontade do homem; unidade para acordar a autoridade deve estar
associada a uma espiritualidade que nos impulsiona a estabelecer parcerias de
oração e acordos sobre dificuldades no relacionamento para as quais creremos
sinceramente que o Pai seja capaz de sanar. Isto exite de nós a unidade para
experimentar a presença de Jesus. Construído e vivenciado o acordo terapêutico
pela oração Jesus assegura a Sua presença em nosso meio.
A experiência
cristã evidencia que, muitas vezes, não temos nenhum controle sobre o que fazem
conosco, mas temos o controle sobre como reagiremos ao que nos foi feito.
Percorrer o caminho que vai da tristeza da ofensa para a experiência da
plenitude da presença restauradora de Jesus, este é o grande desafio da comunhão
da Igreja que precisamos buscar diligentemente!Assim haverá harmonia e paz,
concórdia e vida abundante entre nós.
Fonte Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
HOMILIA
A correção fraterna ajuda-nos a crescer na
vivência da fé
Precisamos corrigir uns aos outros para
crescermos na vivência da fé, para não nos desviarmos do caminho reto e não
perdermos a direção no caminho da vida.
“Se o teu irmão pecar
contra ti, vai corrigi-lo, mas em particular, a sós contigo!” (Mateus 18, 15).
No dia do Senhor,
somos alimentados pela Palavra de Deus, que conduz nossos passos e ilumina a
nossa vida. A correção fraterna é, muitas vezes, difícil de ser vivida e
interpretada pela nossa fé, mas é uma necessidade para a vivência do Evangelho.
Precisamos corrigir uns aos outros para crescermos na vivência da fé, para não
nos desviarmos do caminho reto e não perdermos a direção no caminho da vida.
A
correção fraterna é uma necessidade evangélica e para ser vivida precisa de
alguns elementos, que nos são mostrados pela própria Palavra de Deus. Primeiro:
a correção precisa ser feita no poder da autoridade [cristã]; não pode ser no
espírito da raiva, da vingança, do medo, do receio, mas sim no espírito da
caridade cristã: “Eu corrijo meu irmão porque o amo”.
Segundo:
a correção fraterna precisa ser feita com a discrição necessária. Jesus nos
chama à atenção sobre isso, ensinado-nos que a correção precisa ser a sós.
Quando corrigimos alguém, precisamos fazer isso sozinhos, em particular, não na
frente dos outros, sem expor a fraqueza da pessoa diante de alguém. Este é um
aspecto muito particular da correção fraterna, porque, algumas vezes, nós
sabemos coisas da vida de alguém que muitas pessoas sabem também, mas pode ser
que ninguém o saiba, só você.
Há
duas coisas importantes sobre isso. A primeira é que eu não vou, nunca,
compartilhar com os outros o que eu sei da vida do meu irmão. Não caia naquela
falsa armadilha do “vou partilhar”, quando, na verdade, você vai fofocar da
vida do seu irmão. Imbuído do espírito evangélico, vá até o seu irmão, ganhe-o
para Jesus e não o perca para o maligno; converse com ele em particular sobre a
situação em questão.
A
segunda coisa: seu irmão não quis ouvi-lo e desprezou o que você lhe falou?
Então procure a autoridade da Igreja, procure um sacerdote; fale daquilo que
você sabe, do que está machucando o seu coração, da preocupação que você tem.
Mas, por favor, procure a autoridade da Igreja, não procure uma pessoa que
possa espalhar a situação ou que não tenha maturidade para ouvir o que você tem
a partilhar e poderá tornar a situação ainda mais grave.
Por fim, tenha a
maturidade de Jesus, a maturidade humana, a maturidade no Espírito, para saber
corrigir e, ao mesmo tempo, aceitar ser corrigido.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova. https://www.facebook.com/rogeraraujo.cn
LEITURA ORANTE
Mt 18,15-20 - Juntos, em nome de Jesus
Preparo-me para a Leitura Orante,
rezando:
Espírito Santo
que procede do Pai e do Filho,
tu estás em mim, falas em mim,
rezas em mim,
ages em mim.
Ensina-me a fazer espaço à tua
palavra,
à tua oração,
à tua ação em mim
para que eu possa
mistério da vontade do Pai.
Amém.
1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o
texto: Mt 18,15-20.
Se o seu irmão
pecar contra você, vá e mostre-lhe o seu erro. Mas faça isso em particular, só
entre vocês dois. Se essa pessoa ouvir o seu conselho, então você ganhou de
volta o seu irmão. Mas, se não ouvir, leve com você uma ou duas pessoas, para
fazer o que mandam as Escrituras Sagradas. Elas dizem: "Qualquer acusação
precisa ser confirmada pela palavra de pelo menos duas testemunhas." Mas,
se a pessoa que pecou não ouvir essas pessoas, então conte tudo à Igreja. E, se
ela não ouvir a igreja, trate-a como um pagão ou como um cobrador de impostos.
- Eu afirmo a vocês que isto é verdade: o que vocês proibirem na terra será
proibido no céu, e o que permitirem na terra será permitido no céu. - E afirmo
a vocês que isto também é verdade: todas as vezes que dois de vocês que estão
na terra pedirem a mesma coisa em oração, isso será feito pelo meu Pai, que
está no céu. Porque, onde dois ou três estão juntos em meu nome, eu estou ali
com eles.
Às vezes, erramos. Os outros também
erram. Ninguém está isento de errar, pecar. Jesus ensina como tratar a pessoa
que errou na comunidade. O primeiro passo é falar com a própria pessoa,
dialogando, ouvindo suas explicações e clareando as causas do erro. Se a pessoa
não admite seu erro, o segundo passo: dialogar sobre o fato tendo como
testemunhas uma ou duas pessoas. E se a pessoa, ainda assim, recusar a se
converter, Jesus sugere o terceiro passo: contar tudo à comunidade. Mas, se ela
não ouvir também à Igreja, que seja tratada como um pagão, ou seja, esta pessoa
não é cristã, não vive como cristã, não tem porque estar no meio da
comunidade.E Jesus fala, por outro lado, da maravilha que é estar juntos, em
comunidade, e juntos orar. Ele garante que está no meio deles: "onde dois
ou três estão juntos em meu nome, eu estou ali com eles”
2. Meditação
(Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Em
Aparecida, os bispos afirmaram:
“Faz-se, pois, necessário propor aos
fiéis a Palavra de Deus como dom do Pai para o encontro com Jesus Cristo vivo,
caminho de “autêntica conversão e de renovada comunhão e solidariedade” (DAp 248).
É assim que assumo a Palavra de Deus?
É minha referência que me motiva à conversão, me impulsiona à comunhão e
solidariedade?
3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, com um grande sacerdote, o
bem-aventurado Tiago Alberione:
Jesus, Mestre,
que eu pense com a tua inteligência,
com a tua sabedoria.
Que eu ame com o teu coração.
Que eu veja com os teus olhos.
Que eu fale com a tua língua.
Que eu ouça com os teus ouvidos.
Que as minhas mãos sejam as tuas.
Que os meus pés estejam sobre as tuas
pegadas.
Que eu reze com as tuas orações.
Que eu celebre como tu te imolaste.
Que eu esteja em ti e tu em mim.
Amém.
4.Contemplação
(Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da
Palavra?
Meu novo olhar é para reconhecer meus
erros, admiti-los e mudar de atitude, inserindo-me na comunidade.
Bênção Bíblica
O Senhor o abençoe e guarde!
O Senhor lhe mostre seu rosto
brilhante
e tenha piedade de você!
O Senhor lhe mostre seu rosto e lhe
conceda a paz!’
(Nm 6,24-27).
Irmã Patrícia Silva, fsp
patricia.silva@paulinas.com.br
Setembro - Mês da
Bíblia 2014
Discípulos
Missionários a partir do Evangelho de Mateus é o tema proposto para o Mês da
Bíblia de 2014, partindo das prioridades do Projeto de Evangelização “O Brasil
na missão continental” e os aspectos fundamentais do processo de discipulado: o
encontro com Jesus Cristo, a conversão, o seguimento, a comunhão fraterna e a
missão.
O lema é “Ide, fazei discípulos e ensinai” (cf. Mt 28,19-20). Ele foi indicado pela Comissão Bíblico Catequética, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), juntamente com as Instituições Bíblicas, entre elas o Serviço de Animação Bíblica.
O lema é “Ide, fazei discípulos e ensinai” (cf. Mt 28,19-20). Ele foi indicado pela Comissão Bíblico Catequética, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), juntamente com as Instituições Bíblicas, entre elas o Serviço de Animação Bíblica.
Saiba mais, acessando:
www.paulinas.org.br/sab
Oração Final
Pai Santo, dá-nos plena consciência da Presença do Teu
Espírito em nós e entre nós todas as vezes que nos reunimos em Teu Nome. Nossas
vozes poderão, assim, agradecer-te e louvar-te pelos dons que nos ofereces,
especialmente a Vida, a Fé e a fraternidade. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho
e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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