ANO A


16 de
Junho de 2014
Mt 5,38-42
Comentário
do Evangelho
Não
pagar o mal com o mal.
Nós encontramos
referência à lei do talião em vários textos do Antigo Testamento (Ex 21,24; Lv
24,20; Dt 19,21). Do latim, talis é traduzido em português por “tal”. Trata-se,
grosso modo, da reparação exigida de alguém que cometeu um delito e que devia ser
proporcional ao mal que ele causou a outro. A finalidade de tal lei era conter
a vingança e a violência, ao contrário do proposto por Lamec (cf. Gn 4,23-24).
Essa quinta antítese visa à superação da lei do talião e explicita a
bem-aventurança da misericórdia (Mt 5,7), a exigência cristã do perdão e da
reconciliação e a paz que precisa ser construída com o esforço de todos (cf. Mt
5,9). A expressão “não resistir ao malvado” é ambígua e, por isso, deve ser bem
compreendida. Em primeiro lugar, é fundamental a consciência de que é o mal que
tem de ser extirpado e a ele não se pode ceder; a pessoa, é necessário
salvá-la. Em segundo lugar, a afirmação de Jesus prescreve não pagar o mal com
o mal, não pagar com a mesma moeda, não responder à violência com a violência.
Para o cristão, é preciso considerar como Deus nos trata para poder superar
qualquer impulso à violência, à vingança ou ao revanchismo: Deus não nos trata
segundo nossas faltas. A todos, indistintamente, Ele oferece o seu perdão e o
seu amor.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai,
não permitas que a violência tome conta do meu coração; antes, torna-me capaz
de responder, com gestos de amor, a quem
me faz o mal.
FONTE:
PAULINAS
Reflexão
Os critérios humanos
não são suficientes para resolver os problemas da própria humanidade,
principalmente os que estão relacionados com a justiça, pois a justiça dos
homens não tem como centro a pessoa humana, mas sim o que elas têm ou deixam de
possuir. Os bens são comparáveis entre si, mas as pessoas não, pois cada uma é
um ser único, incomparável na sua dignidade. Além disso, os elementos que estão
presentes em um relacionamento são por demais complexos para serem abrangidos
na sua totalidade a partir de categorias do conhecimento humano, uma vez que a
própria razão é insuficiente para a compreensão do ser humano. Jesus nos mostra
que somente o amor e a misericórdia possibilitam superar essas deficiências e
construir um relacionamento justo e fraterno.
FONTE: CNBB
Recadinho
Reconheço que
retribuir mal com mal nada constrói? - Compreendo o mandamento da caridade? -
Procuro vivê-lo? - Sou generoso como Deus é generoso comigo? - Se há mais
alegria em dar do que em receber, o que dizer então da generosidade para com
quem nos trata mal?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE:
a12 – santuário-nacional
Comentário do Evangelho
A VIOLÊNCIA SUPERADA
O discípulo do Reino
não pode contentar-se com a prática de retribuir olho por olho e dente por
dente. Ele se caracteriza pela capacidade de, com firmeza, quebrar a espiral de
violência através de atitudes chocantes, até mesmo, para seu agressor. Não é fácil
imaginar alguém oferecendo a face esquerda para ser esbofeteada quando já se
recebeu um bofetão na direita. Do mesmo modo, alguém que pretenda extorquir uma
túnica, em juízo, e ver o lesado oferecer-lhe também o manto. Ou, então, quem é
obrigado a fazer companhia a alguém, numa longa caminhada, para protegê-lo dos
assaltos, mostrar-se disposto a caminhar o dobro.
Estas atitudes são, à
primeira vista, insensatas e injustificáveis. Mas, são normas de conduta para o
discípulo. Que finalidade teriam? Jesus não estava pregando uma espiritualidade
da humilhação e do sofrimento. Não lhe interessava ver o discípulo humilhado. O
gesto proposto visava converter o agressor para o Reino. Mostrar-lhe que é
possível viver sem violência. Abrir-lhe os olhos para a possibilidade de se
relacionar com o próximo sem transformá-lo em objeto de seu ódio e estabelecer
relações verdadeiramente fraternas e amistosas. A não-violência do discípulo do
Reino, portanto, é vivida de forma positiva e construtiva. O Reino vai se
construindo onde a violência dá lugar ao amor.
Oração
Senhor
Jesus, dá-me força para quebrar a espiral da violência e transformar o ódio em
amor.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório –
Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado
neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, força daqueles
que esperam em vós, sede favorável ao nosso apelo e, como nada podemos em nossa
fraqueza, dai-nos sempre o socorro da vossa graça, para que possamos querer e
agir conforme vossa vontade, seguindo os vossos mandamentos. Por Nosso Senhor
Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE:
dom total

17 de
Junho de 2014
Mt 5,43-48
Comentário
do Evangelho
O primado do amor e da misericórdia.
Sexta
e última antítese. Trata-se do primado do amor e da misericórdia. O que é
exigido é não limitar o amor àqueles que nos fazem o bem ou, então, que já
amamos. Trata-se da atitude daquele que, vítima do mal de outrem, permanece
fazedor de paz (cf. Mt 5,9), generoso, disposto a perdoar. Pelo amor aos
inimigos é que se mostra que o verdadeiro tesouro da pessoa está em Deus e o sustento
da vida apoiado nas coisas que não passam; o amor não passa. A vida cristã é um
modo de viver. Aderir ao evangelho de Jesus Cristo supõe aceitar agir como Deus
age e se comportar com a confiança e a serenidade que somente a referência aos
bens maiores pode dar. A perfeição de que fala o nosso texto não diz respeito
somente à integridade física e moral; ela diz respeito, igualmente, à
observância e fidelidade aos mandamentos da Lei de Deus (Sl 119,1). A passagem
paralela de Lucas não fala de perfeição, mas põe o acento sobre a misericórdia
de Deus que os discípulos de Jesus devem imitar (Lc 6,36). Propriamente, a
“perfeição” consiste em amar como Deus ama, isto é, indistintamente, oferecendo
a todos a graça de seus bens.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Espírito de amor perfeito, coloca-me no caminho da
perfeição do Pai, que ama a humanidade, fazendo o bem a todos os seres humanos,
sem distinção.
FONTE:
PAULINAS
Reflexão
Um dos valores
mais determinantes da nossa vida é a justiça, mas na maioria das vezes deixamos
de lado a justiça de Deus para viver a justiça dos homens, fundamentada na
troca de valores e não na gratuidade de quem de fato ama. Quem ama
verdadeiramente reconhece que Deus é amor e tudo o que somos e temos vem dele,
como prova desse amor gratuito. Assim, as nossas atitudes não podem ser determinadas
pelas diferentes formas de comportamento das pessoas que nos rodeiam, mas pelo
amor gratuito de Deus que deve fazer com que sejamos capazes de superar toda
forma de vingança em nome da justiça e procurar dar a nossa contribuição para
que o mundo seja cada vez melhor.
FONTE: CNBB
Recadinho
Será que temos algum inimigo para amar? - O
que mais me atrai: alegria, paz, paciência, bondade, humildade? - Tenho sempre
em mente a advertência de Jesus que o Pai dá o sol para bons e ruins e o mesmo
faz com a chuva? - Ter um coração manso não é um grande desafio? - Procuro
exercitar-me diante da necessidade de ter paciência?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE:
a12 – santuário-nacional
Comentário do Evangelho
A PERFEIÇÃO DO AMOR
A
exigência de amar os inimigos revolucionou a mentalidade dos discípulos do
Reino. O AT recomendava agir com deferência em relação aos inimigos, mormente
em certas circunstâncias especiais. A Lei obrigava a reconduzir o boi do
inimigo, caso se tivesse desgarrado da manada. Ao inimigo faminto e sedento,
dever-se-ia dar comida e bebida. Ninguém poderia alegrar-se com a queda do
inimigo. No entanto, não encontramos aí um ensinamento preciso acerca do amar
os inimigos.
Jesus
deu um passo considerável em relação à tradição judaica.
O amor
evangélico supera o nível do puro sentimento ou o da relação de amizade. Amar
consiste em estabelecer uma comunhão profunda com o outro, tornar-se seu
intercessor junto do Pai - "Orai por aqueles que vos perseguem e
caluniam" -, desejar-lhe, ao saudá-lo, um shalom pleno, ou seja, saúde,
prosperidade e bem-estar, e implorar para ele as bênçãos divinas -
"Bendizei aqueles que vos maldizem".
O amor
recusa-se a nutrir desejos de vingança contra o inimigo. Antes, esforça-se
continuamente para fazer-lhe o bem.
A
motivação do amor ao próximo funda-se no modo de agir do Pai. Quando se trata
de fazer o bem às pessoas, ele não as divide entre más e boas, justas e
injustas, de forma a conceder benefícios a umas e punição a outras.
A perfeição
do amor consiste na imitação do modo divino de agir. Por isso, o ideal do
discípulo é ser perfeito como o Pai dos céus.
Oração
Espírito de amor perfeito, coloca-me no caminho da perfeição
do Pai, que ama a humanidade, fazendo o bem a todos os seres humanos, sem
distinção.
(O comentário do Evangelho é
feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica,
Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, força daqueles que esperam em vós, sede favorável
ao nosso apelo e, como nada podemos em nossa fraqueza, dai-nos sempre o socorro
da vossa graça, para que possamos querer e agir conforme vossa vontade,
seguindo os vossos mandamentos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na
unidade do Espírito Santo.
FONTE:
dom total

18 de
Junho de 2014
Mt 6,1-6.16-18
Comentário
do Evangelho
Renuncia
da hipocrisia e da cultura da aparência.
Já tivemos a oportunidade de
comentar este trecho do evangelho, quando da Quarta-Feira de Cinzas. Trata-se,
aqui, de renunciar à hipocrisia e à cultura da aparência que esconde o
verdadeiro sentido de todas as coisas, inclusive da prática religiosa. Esses três
atos de piedade, esmola, jejum e oração eram aspectos importantes da vida
religiosa dos judeus do tempo de Jesus. Não são os atos de piedade que Jesus
critica, mas o modo como eles são praticados, isto é, são feitos em benefício
da pessoa que os pratica: os fazem “para serem vistos pelos homens”, para terem
a aprovação dos outros. Daí que, no nível em que os hipócritas se situam, eles
já obtiveram a recompensa esperada, a saber, a aprovação dos homens. A vida
cristã requer discrição; as obras de piedade devem ser realizadas em segredo.
Não se trata de ação secreta, mas designa toda ação, mesmo pública, que se faz
diante de Deus, por Deus em favor dos semelhantes. O que conta é a intenção
profunda, e a recompensa se situa no nível do dom e não do merecimento. O bem
não toca trombeta!
Oração
Pai, só
te agradam as ações feitas na simplicidade e no escondimento. Que eu procure
sempre agradar-te, enveredando por este caminho.
FONTE:
PAULINAS
Reflexão
O verdadeiro
espírito de conversão quaresmal é aquele de quem não busca simplesmente dar uma
satisfação de sua vida a outras pessoas para conseguir a sua aprovação e passar
assim por um bom religioso, mas sim aquele que encontra a sua motivação no
relacionamento com Deus e busca superar as suas imaturidades, suas fraquezas,
sua maldade e seu pecado para ter uma vida mais digna da vocação à santidade
que é conferida a todas as pessoas com a graça batismal, e busca fazer o bem
porque é capaz de ver nas outras pessoas um templo vivo do Altíssimo e servem
ao próprio Deus na pessoa do irmão ou da irmã que se encontram feridos na sua
dignidade.
FONTE: CNBB
Recadinho
Se alguém é injusto para conosco, conseguimos
manter nosso coração inalterado? - E o perdão? Rezamos “perdoai-nos assim como
nós perdoamos”? - Encontro momentos especiais para contemplar, escutar, abrir
meu coração a Deus que me fala? - Pode-se praticar a caridade sem pensar em
dinheiro. Em que sentido? Cite alguns exemplos de verdadeira caridade para com
o próximo. - Há situações nas quais não sabemos o que rezar? Fiquemos em
silêncio e Deus nos falará ao coração!
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE:
a12 – santuário-nacional
Comentário do Evangelho
OBRAS DE PIEDADE
A religião
judaica dava grande importância à esmola, à oração e ao jejum como práticas de
piedade, embora não fossem expressamente prescritas pela Lei.
Os
discípulos de Jesus, enquanto herdeiros da tradição judaica, tinham consciência
do valor destas práticas como forma de expressar uma relação profunda com o
próximo (esmola), com Deus (oração) e consigo mesmo (jejum). O cuidado de Jesus
visava orientá-los sobre a maneira correta de praticá-las. A preocupação do
Mestre ia além dessas três práticas tradicionais de piedade. Ele queria ensinar
os seus discípulos como ser piedoso.
Existe
uma maneira de ser piedoso com a preocupação de ser visto e louvado pelos
outros. Era a preocupação própria dos hipócritas e exibidos. Mas existe também,
outro modo de ser piedoso, que consiste em colocar-se em profunda comunhão com
o Pai, que vê as coisas ocultas, e reconhece a sinceridade de coração de quem
pretende ser-lhe agradável.
"Agir
em segredo" não é o mesmo que fazer "ações secretas". Mesmo quando
age em público, o coração do discípulo está centrado no Pai, e só ele procura
agradar. Eventuais recompensas humanas são irrelevantes para ele, comparadas
com as que o Pai lhe reserva.
Oração
Espírito de piedade, ensina-me o modo de agir que realmente
agrade ao Pai, e mereça a recompensa divina.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório –
Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado
neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, força daqueles que esperam em vós, sede favorável
ao nosso apelo e, como nada podemos em nossa fraqueza, dai-nos sempre o socorro
da vossa graça, para que possamos querer e agir conforme vossa vontade, seguindo
os vossos mandamentos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade
do Espírito Santo.
FONTE:
dom total

19 de
Junho de 2014
Dia de Corpus Christi
Jo 6,51-58
Comentário
do Evangelho
Renuncia
da hipocrisia e da cultura da aparência.
Deus enviou seu Filho ao mundo
Pe.
Contieri
Oração
Pai,
louvo-te e agradeço-te por nos teres amado tanto, a ponto de oferecer-nos a
salvação, por meio de teu Filho, ao qual somos atraídos pela força do teu
Espírito.
O pão que eu darei é a minha carne
O tema do pão domina o capitulo 6
de João. Depois que Jesus afirmou: "O pão que eu darei é a minha carne,
entregue pela vida do mundo", os judeus discutiam como podia ser isto. Em
resposta, Jesus confirma, por quatro vezes, a sua carne e seu sangue como comida
e bebida. Ao redor da mesa eucarística a comunidade de fé faz a experiência da
comunhão com o ressuscitado. O "comer" e "beber" tem o
sentido último de identificar-se com Jesus e segui-lo no cumprimento da vontade
do Pai. É uma comunhão de amor que se traduz em gestos concretos em vista da
libertação dos oprimidos e da restauração da vida em plenitude entre todos
homens e mulheres, neste mundo. O próprio Jesus é o alimento e a fonte deste
amor e desta vida, que é eterna.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, faze que eu entenda cada vez
mais o sentido da Eucaristia, sacramento de comunhão transformadora com o teu
Filho Jesus. Que ela seja, para mim, fonte de vida eterna.
FONTE: PAULINAS
Recadinho
Como é sua fé? - Que lugar ocupa a Eucaristia
em sua vida? - O que você mais pede a Deus? - Você se dirige frequentemente a
Deus? Como? - Que lugar ocupam as coisas de Deus em sua vida?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE:
a12 – santuário-nacional
Comentário do Evangelho
A Festa de
Corpus Christi foi instituída pelo papa Urbano IV em 11 de agosto de 1264, em
vista de destacar a dimensão sacramental que a tradição romana associou à
última ceia de Jesus, já celebrada na semana santa.
A ceia
é um momento de alegria, partilha e comunhão. Descartando a manducação do
cordeiro pascal, Jesus apresenta-se como o pão que dá a vida, e o vinho que
alegra a todos, inaugurando a nova celebração do Reino de Deus. A Eucaristia é
a celebração da comunidade viva, animada pelo Espírito, unida em torno de
Jesus, empenhada em cumprir a vontade do Pai, que é vida para todos.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus Cristo, neste admirável sacramento, nos
deixastes o memorial da vossa paixão. Dai-nos venerar com tão grande amor o
mistério do vosso Corpo e do vosso Sangue, que possamos colher continuamente os
frutos da vossa redenção. Vós, que sois Deus com o Pai, na unidade do Espírito
Santo.
FONTE:
dom total
19 de
junho – CORPUS CHRISTI
Por
Pe. Johan Konings, sj
I. INTRODUÇÃO GERAL
Como que prolongando a
atmosfera pascal, atmosfera do mistério de nossa redenção pelo Senhor morto e
glorificado, a Igreja quer celebrar de modo mais expressivo o sacramento pelo
qual participamos da doação até o fim de seu corpo e sangue, conforme a palavra
de Jesus na Última Ceia.
A festa de Corpus
Christi não é veneração supersticiosa de um pedacinho de pão nem simplesmente
ocasião para procissões triunfalistas pelas ruas. É comprometimento pessoal e
comunitário com a vida de Cristo, dada por amor até a morte. É o memorial da
morte e ressurreição do Cristo, como diz a oração do dia, mas não é um
mausoléu. É memorial vivo, no qual assimilamos em nós o Senhor mediante a
refeição da comunhão cristã, saboreando um antegosto da glória futura (cf. a
oração depois da comunhão e a bela oração O
sacrum convivium, de santo Tomás de Aquino). Merece atenção ainda a oração
sobre as oferendas, inspirada naDidaqué e em 1Cor 10,17, utilizando o
simbolismo do trigo e da uva reunidos até formarem pão e vinho para exprimir a
unidade da Igreja em Cristo. Pois a festa de Corpus Christi é também a festa do
seu Corpo Místico, a Igreja, que ele nutre e leva à unidade da mútua doação.
II.
COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS
1. I
leitura (Dt 8,2-3.14b-16a)
A primeira leitura serve
para preparar o reto entendimento do sinal do pão, ao qual o evangelho faz
alusão. Já em Dt 8,3, o dom do maná, do “pão caído do céu”, é interpretado num
sentido não material, mas teologal: o ser humano vive de tudo que sai (da boca)
do Senhor – sua palavra, sua Lei. Ora, a Palavra por excelência é Jesus Cristo.
“Foi Deus quem te alimentou no deserto…”: o maná era símbolo da completa
dependência de Israel de Javé, no deserto; e também do amor e da fidelidade de
Javé. A recordação disso – um jarro com o maná era conservado no santuário (Ex
16,33-34) – serve de guia para a história (Dt 8,2.14). O caminho do deserto era
um ensaio de toda a história salvífica, um teste em que Deus quis mostrar seus
dons a seu povo, como os continua mostrando (Dt 8,16b). Não provindo da
tecnologia humana, o maná significa que o ser humano vive da Palavra e da
iniciativa de Deus.
2. II
leitura (1Cor 10,16-17)
Na II leitura, Paulo
lembra – talvez utilizando algum hino dos primeiros cristãos – que o “cálice da
bênção” (beraká, “brinde sagrado”) e o pão repartido na assembleia
cristã são participação e comunhão do sangue e do corpo do Senhor. Essa
participação, ou “mistério”, faz-nos reviver a doação do Cristo e realizá-la em
nossa vida. E essa comunhão do único pão nos torna o único Corpo do Cristo. Na
ceia eucarística, comungamos da existência (corpo) e morte (sangue) de Cristo.
Sendo uma só essa vida que comungamos, formamos um só corpo também. Dizer isso
não é um jogo de palavras: quem despreza o “corpo de Cristo” (a Igreja), ao
participar da ceia de seu Corpo sacramentado, exclui-se a si mesmo da comunhão
da vida (1Cor 11,29). Quem comunga em Cristo não pode comungar com os ídolos de
qualquer tipo (1Cor 10,14), e sabemos que não faltam ídolos de todo tipo em
nossa sociedade. Não o consumo de tudo que se nos oferece, mas a comunhão do
corpo de Cristo é nossa vocação.
3.
Evangelho (Jo 6,51-58)
O evangelho de Corpus
Christi é o final do “sermão do Pão da Vida” segundo o Evangelho de João.
Depois da multiplicação dos pães, Jesus explicou o sentido do “sinal” que
acabou de fazer: ele mesmo é “o pão que desce do céu” como presente de Deus à
humanidade (Jo 6,26-50). E, no fim de seu discurso, explicou um sentido mais
profundo ainda desse mesmo “sinal”: o sentido que celebramos na eucaristia
(6,51-58). Depois de ter explicado ser o verdadeiro maná (cf. I leitura), Jesus
pede que também seja tomado como alimento, em todos os sentidos: não só como
alimento espiritual (alimentar-se de sua palavra, de seu mandamento e do exemplo
de sua vida), mas também como alimento físico, no gesto sacramental. (No texto
grego de Jo 6,54 está que devemos “mastigar” sua carne e beber seu sangue.
Maior realismo dificilmente se imagina!)
Esse ensinamento, só
podem entendê-lo os que têm o Espírito (6,63), os que receberam o “prometido”
da Última Ceia e continuam celebrando essa ceia como realização da ordem que
Cristo nos legou. Alimentamo-nos de Cristo não somente escutando sua palavra,
mas recebendo o dom de sua “carne” (= vida humana) e “sangue” (= morte
violenta) dados “para a vida do mundo” (v. 51). Tomando o pão e o vinho da
eucaristia, recebemos Jesus como verdadeiro alimento e bebida. A sua vida, dada para a vida do
mundo, até a efusão de seu sangue, torna-se nossa vida, para a eternidade.
Esse texto é, portanto,
o ensinamento eucarístico de João. Não se encontra no contexto da Última Ceia,
como nos evangelhos sinóticos, mas no contexto da multiplicação do pão. Esse
contexto permite mostrar melhor, por contraste, o sentido profundo, “espiritual”,
que Jesus quer revelar pelo “sinal do pão”. Se, para os judeus, que pensam no
maná mediado por Moisés, o “pão do céu” significa um alimento material (Jo
6,30-34), para Jesus, significa o dom de Deus que desce do céu e é ele mesmo,
em pessoa (6,35-50), especialmente no dom do céu que é “sua carne (= existência
humana) para a vida do mundo” (6,51; cf. a fórmula paulina da instituição da
eucaristia: “meu corpo por vós” [1Cor 11,23]). Graças a esse dom, podemos ter
em nós a vida que ele nos traz, a vida que não é deste mundo, mas de Deus
mesmo, a vida eterna (literalmente: “a vida do século [vindouro]”). Devemos
assimilar em nós a existência de Cristo por nós, sua “pró-existência”
(existência para os outros). Essa assimilação se dá pela fé, pela adesão existencial,
pela qual reconhecemos a verdade de Jesus e conformamos nossa vida com a sua. O
sinal sagrado, o sacramento disso, é: comer realmente o pão que é sua “carne” e
beber o vinho que é seu sangue. A “carne” é a existência humana, carnal,
mortal; o sangue é a vida derramada na morte violenta. É isso que devemos
assimilar em nós pelos sinais sagrados. A essas realidades devemos aderir na fé
assinalada pelo sacramento. Devemos “engolir” Jesus bem assim como ele foi:
dado radicalmente, até a morte sangrenta. Realizando autenticamente esse sinal,
teremos a vida divina que ele nos comunica.
III.
DICAS PARA REFLEXÃO: Eucaristia e comunhão
Depois da multiplicação
dos pães, Jesus deu a entender que ele mesmo é “o pão que desce do céu” como um
presente de Deus à humanidade. No fim dessa explicação, eclode o sentido mais
profundo do “sinal”, o sentido que celebramos na eucaristia: alimentamo-nos de
Cristo não somente escutando sua palavra, mas recebendo o dom de sua “carne” (=
vida humana) e “sangue” (= morte violenta) dados “para a vida do mundo” (Jo
6,51). Tomando o pão e o vinho da eucaristia, recebemos Jesus como verdadeiro
alimento e bebida. A sua vida,
dada para a vida do mundo, até a efusão de seu sangue, torna-se nossa vida, para a eternidade.
Celebrar é tornar
presente. Receber o pão e o vinho da eucaristia significa assumir em nós mesmos
a vida a todos nós dada por Jesus até morrer, em corpo e sangue. Significa
“comunhão” com essa vida, viver do mesmo jeito. E significa também comunhão com
os irmãos, pelos quais Cristo morreu (“um só pão”, como diz a II leitura).
Na oração eucarística
celebrada no contexto da fé, quando o sacerdote invoca o Espírito Santo e
pronuncia sobre o pão e o vinho as palavras de Jesus na Última Ceia, Jesus se
torna presente, dando-nos seu corpo e sangue, sua vida dada em amor até o fim.
Quando então recebemos o pão e o vinho, entramos em comunhão com a vida, a
morte e a glória eterna de Jesus e também com os nossos irmãos, que participam
da mesma comunhão.
Na eucaristia, torna-se
presente o dom da vida de Cristo para nós. Mas a eucaristia se torna fecunda
apenas pelo dom de nossa própria vida, na caridade e solidariedade radical.
Para que o pão eucarístico realize a plenitude de seu sentido, é preciso
resgatar o pão cotidiano da “hipoteca social” que o torna sinal de conflito, de
exploração, de desigualdade, de “anticomunhão”. Quando, ao contrário, o pão
cotidiano significar espontaneamente comunhão humana, e não suor e exploração,
o sentido de comunhão do pão eucarístico será mais real. Por isso, antes de
falar da eucaristia, Jesus providenciou o pão comum…
Pe. Johan
Konings, sj
Nascido na Bélgica, reside há
muitos anos no Brasil, onde leciona desde 1972. É doutor em Teologia e mestre
em Filosofia e em Filologia Bíblica pela Universidade Católica de Lovaina.
Atualmente é professor de Exegese Bíblica na Faje, em Belo Horizonte. Dedica-se
principalmente aos seguintes assuntos: Bíblia – Antigo e Novo Testamento
(tradução), evangelhos (especialmente o de João) e hermenêutica bíblica. Entre
outras obras, publicou: Descobrir a Bíblia a partir da liturgia; A Palavra se
fez livro; Liturgia dominical: mistério de Cristo e formação dos fiéis – anos
A-B-C; Ser cristão; Evangelho segundo João: amor e fidelidade; A Bíblia nas
suas origens e hoje; Sinopse dos Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas e da
“Fonte Q”.
FONTE: vida pastoral
19 de junho: Corpus Christi
O PÃO QUE VEM DO
CÉU
Jesus, no evangelho
desta solenidade do Corpo e Sangue de Cristo, apresenta-se como o “pão descido
do céu”. É o pão eucarístico que comungamos nas missas e é a palavra de Deus, a
mensagem do Pai que nos alimenta toda vez que participamos da eucaristia e da
celebração da Palavra. O pão da eucaristia e o pão da Palavra são o alimento de
todo cristão.
Logo a seguir,
escandalizando as autoridades judaicas, Jesus diz que sua própria carne é para
ser comida e seu sangue é para ser bebido. Todo alimento que ingerimos é
assimilado, torna-se parte de nós, transforma-se em nossa própria carne.
Alimentar-se de Jesus é identificar-se com ele. Comer a carne e beber o sangue
de Jesus é deixar-nos transformar em novos cristãos, é ser fermento e sal no
meio da sociedade, é permitir que Cristo se encarne em nós e o nosso viver
passe a refletir a vida dele. Isso, porém, não acontece de forma mágica.
Cristo se oferece a
nós como alimento e como bebida para saciar nossa fome e sede de justiça, paz e
amor.
Santo Tomás diz que
Cristo ofereceu “seu corpo a Deus Pai como sacrifício no altar da cruz para
nossa reconciliação; seu sangue, ele o derramou ao mesmo tempo como preço do
nosso resgate e purificação de todos os nossos pecados. A fim de que
permanecesse para sempre entre nós o memorial de tão imenso benefício, sob as
aparências do pão e do vinho, deixou o seu corpo como alimento e o seu sangue
como bebida”.
A solenidade do
Corpo e Sangue de Cristo é a festa do pão eucarístico e do pão que alimenta dia
a dia a vida de todo ser humano. Cristo é o pão descido do céu; dádiva celeste
é também o pão como símbolo do alimento cotidiano, não porque cai do céu de
forma mágica, mas porque para as famílias é uma bênção ter diariamente o
alimento nas mesas. Cristo é pão não apenas porque se apresenta como tal, mas
porque alimentou o povo faminto e nos ensinou ser a partilha o grande milagre
que não deixa ninguém passar fome.
Pe. Nilo Luza, ssp
FONTE: paulus

20 de Junho de 2014
Mt 6,19-23
Comentário do
Evangelho
Onde por o coração?
O ser humano é posto diante de uma escolha decisiva e
irrenunciável: onde pôr o coração, isto é, em que engajar toda a vida? Não há
meio termo: “... onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração”
(v. 21). Trata-se de desapegar-se de tesouros ilusórios. Cada coração, cada
pessoa, possui um tesouro. Cada ser humano liga a sua vida a um valor que move
sua ação e decisões. Os bens da terra são postos em oposição aos bens celestes
(vv. 19.20), mas o que importa é o engajamento do coração. Ao cristão importa
juntar tesouros no céu (cf. v. 20). O que é passageiro é só aparência; é
preciso pôr a vida naquilo que não passa. Olho é uma fonte de desejo (vv.
22-23). Será luz e, portanto, iluminará a vida do ser humano à medida que o
desejo for bom, isto é, por tudo aquilo que for “do céu”. Mas, se o olho
desejar o mal, ele conduzirá às trevas, outro nome do pecado: “Olhar altivo,
coração orgulhoso, a lâmpada dos ímpios não é senão pecado” (Pr 21,4).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, dá-me sabedoria
suficiente para buscar sempre o tesouro verdadeiro, e assim estar seguro de que
em ti coloquei o meu coração.
FONTE: PAULINAS
Reflexão
Existem valores e valores. Quem é verdadeiramente
discípulo de Jesus deve procurar viver segundo a hierarquia de valores que é
proposta por ele. Quem tem como centro de sua vida o reino de Deus faz dele o
seu tesouro, faz com que ele seja o valor fundamental da sua vida e a partir
dele ordena todos os demais valores, de modo que o reino de Deus é o valor
absoluto e os demais valores são relativos a ele. Quem coloca os valores do
mundo como centro da sua vida vive segundo outra hierarquia de valores,
totalmente inversa à proposta por Jesus. Diante do evangelho de hoje somos
convidados a rever nossa hierarquia de valores segundo os critérios de Jesus.
FONTE: CNBB
Recadinho
Consigo
achar tempo para lançar um olhar de bondade para com os pobres, os que vivem na
miséria? - Acumulando bens deste mundo não estou correndo o risco de me
transformar em egoísta demais? - Acumular muitos bens... nos faz acumular muito
egoísmo no coração! - Não é melhor acumular tesouros de amor, de alegria, de
bondade, de vida em Cristo? - Um amigo certa vez me disse: Aquilo que passa um
ano todo e a gente não usou uma única vez, pode descartar que já é tesouro
inútil que você está acumulando!
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 –
santuário-nacional
Comentário
do Evangelho
O TESOURO
IMPERECÍVEL
A parábola do tesouro imperecível está calcada
numa idéia corrente no judaísmo, segundo a qual existe um tesouro celeste, não
sujeito à corrupção. Imaginava-se que as boas obras acumulavam crédito, a ser
resgatado no dia do juízo final. Por isso, no AT, o velho Tobias aconselhou seu
filho a dar esmolas, segundo suas posses. Na abundância, deveria ser generoso
com os pobres. Na carência, deveria partilhar do seu pouco. A motivação dada
era a seguinte: "Assim acumulas em teu favor um precioso tesouro para o
dia da necessidade".
O
discípulo do Reino ajunta um tesouro no céu, mediante suas boas obras. No
contexto do Sermão da Montanha, estas correspondem ao conjunto de atitudes e
comportamentos compatíveis com os ensinamentos precedentes - Bem-aventuranças e
Antíteses -, e com o que seguirá. O discípulo encontra, neste Sermão, as pautas
de ação correspondentes à vontade do Pai, para as quais está reservada a devida
recompensa.
Deixar-se
guiar por outros parâmetros é pura insensatez. Seria semelhante a ajuntar
tesouros efêmeros, fáceis de serem destruídos e roubados.
O mais
sensato é optar pelos ensinamentos de Jesus e deixar-se guiar por eles, pois
são portadores de recompensa e podem garantir a vida eterna, junto do Pai. Fora
das palavras de Jesus, só existe frustração.
Oração
Espírito
de discernimento, que eu não me engane, ajuntando tesouros na Terra, quando só
os do Céu podem garantir a vida eterna, junto do Pai.
(O comentário do Evangelho é feito pelo
Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da
FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó
Deus, força daqueles que esperam em vós, sede favorável ao nosso apelo e, como
nada podemos em nossa fraqueza, dai-nos sempre o socorro da vossa graça, para
que possamos querer e agir conforme vossa vontade, seguindo os vossos
mandamentos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito
Santo.
FONTE: dom total

21 de
Junho de 2014
Mt 6,24-34
Comentário
do Evangelho
Não se
pode viver uma vida de ambigüidade
Como sugerimos acima, o ser
humano não pode deixar de decidir, nem viver a sua vida de fé na ambiguidade
(servir a dois senhores). A preocupação excessiva com os bens terrenos se opõe
a Deus e reivindica o lugar de Deus: “Ninguém pode servir a dois senhores… Não
podeis servir a Deus e ao dinheiro” (v. 24). O discípulo deve rejeitar a
ambiguidade e viver a sua vida na confiança em Deus: “Vosso Pai que está nos
céus sabe que precisais de tudo isso” (v. 32). Não é convite ao comodismo ou à
passividade, mas à confiança, “fazendo tudo como se tudo dependesse de nós, e
esperando tudo como se tudo dependesse de Deus” (Santo Inácio de Loyola).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai,
centra toda minha vida na busca do teu Reino e na justiça que dele vem, de
forma que nenhuma outra preocupação possa ser importante para mim.
FONTE:
PAULINAS
Reflexão
A vida moderna é
cada vez mais marcada pela satisfação de necessidades urgentes criadas pela
sociedade e pela cultura. A busca da satisfação dessas necessidades nos ocupa
praticamente o tempo todo e nunca obtém pleno sucesso, pois sempre fica
faltando alguma coisa. Por que acontece isso? É porque a pessoa contemporânea
deixou de lado o Deus verdadeiro para se colocar ao serviço dos deuses que
marcam o paganismo moderno, como o dinheiro, o prazer e o poder, e esses deuses
nunca estão satisfeitos e nem trazem satisfação para o coração humano. É claro
que não devemos nos alienar, nos afastar do mundo como se ele fosse uma coisa
má, mas não distanciamento não pode significar servidão aos deuses e mitos da
modernidade.
FONTE: CNBB
Recadinho
Procuro em primeiro lugar o Reino de Deus e
sua justiça? - Ou sou daqueles que ficam só se preocupando com os acréscimos,
desprezando o Reino de Deus? - Será que as preocupações do dia a dia não estão
sufocando o crescimento do Reino de Deus em nosso coração? - Que lição nos dá a
Bíblia quando nos adverte que há tempo para tudo? - Posso dizer com segurança
que toda a minha vida é centrada na vivência da Eucaristia?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE:
a12 – santuário-nacional
Comentário do Evangelho
CONFIAR NA PROVIDÊNCIA
Nada mais
contrário à espiritualidade do Sermão da Montanha do que a ansiedade por causa
da sobrevivência pessoal, em termos de satisfação das necessidades materiais. A
preocupação exagerada em relação aos bens deste mundo revela que a opção
fundamental do discípulo do Reino está alicerçada na própria segurança e nos
esforços humanos para consegui-la, e não em Deus. Quem orienta sua vida pela
busca do Reino de Deus e sua justiça, não tem por que deixar-se dominar pela
avidez de bens materiais. O olhar do discípulo centra-se no que é essencial. O
resto vem-lhe por acréscimo.
Numa
sociedade como a nossa, em que somos pressionados a consumir e acumular para
garantir o nosso futuro, e na qual se exalta o valor do trabalho, da produção e
da planificação, é desafiador por em prática este ensinamento de Jesus. Muitos
irão considerá-lo utópico e impraticável. Outros acharão que seus destinatários
são um pequeno grupo de pessoas especiais, capazes de se manterem radicalmente
livres diante do consumismo moderno. Outros, ainda, o tomarão como fundamento
de uma religião ecológica, baseada num estilo de vida espontâneo, sem
preocupações.
Nada
disto corresponde ao pensamento de Jesus. Seu esforço concentrou-se em levar os
discípulos a terem confiança total em Deus e na sua providência. Esta será a
opção orientadora de suas vidas, eles saberão como colocá-la em prática.
Oração
Espírito de fé na Previdência, num mundo que valoriza a
acumulação de bens, ensina-me a viver uma vida despojada, totalmente confiada
no amor previdente do Pai.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório –
Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado
neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, fonte dos dons celestes, reunistes no jovem Luís
Gonzaga a prática da penitência e a admirável pureza de vida. Concedei-nos, por
seus méritos e preces, imitá-lo na penitência, se não o seguimos na inocência.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE:
dom total

22 de
Junho de 2014
Mt 10,26-33
Comentário
do Evangelho
O medo é contrário à Fe
Os
versículos 24 e 25 são o centro do discurso sobre a missão. Trata-se da
identificação do discípulo com seu mestre; da dependência radical do servo ao
seu Senhor. Toda a vida cristã deve ser vivida nesse dinamismo de identificação
entre o enviado e Aquele que envia.
O ideal para o discípulo, na vida cristã, é a
configuração de sua vida com Jesus Cristo: “... ao discípulo basta ser como o
seu mestre, o servo como seu Senhor” (v. 25a). A causa da perseguição dos
discípulos é sua identificação com o Mestre.
“Não tenhais medo” (vv. 26.28.31). O medo não pode
inibir a proclamação tipicamente cristã, nem intimidar a palavra, pois ela está
destinada às pessoas às quais se é enviado. O medo, não nos esqueçamos, é
contrário à fé. Enquanto não superarmos o medo, não seremos suficientemente
livres para nos deixarmos conduzir pelo Espírito de Deus.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que a perseguição malvada dos que pretendem
levar-me a ser infiel à missão recebida de Jesus jamais me impeça de seguir
adiante, com coragem.
FONTE:
PAULINAS
Recadinho
Qual sua atitude quando alguém lhe confia um
segredo? - Você tem oportunidade de anunciar o Evangelho? Como e quando? - Você
confia na Providência? - De que você tem medo? - Você professa publicamente sua
fé?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE:
a12 – santuário-nacional



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