ANO A

Mt 4,1-11
Comentário do
Evangelho
Jesus
não permite que a voz do mal ressoe
nele.
Os domingos do tempo
da Quaresma são como que etapas que nos preparam para a celebração do mistério
pascal de Jesus Cristo. O tempo da Quaresma deve ser marcado por uma dupla
característica: deve ser a ocasião para recordarmos o nosso Batismo e a vocação
a que somos chamados pela graça desse mesmo Batismo, e tempo para a penitência,
isto é, o desejo e o consequente esforço de verdadeira e profunda conversão
para que possamos tirar do mistério pascal de Jesus Cristo toda a sua riqueza.
O autor do segundo relato
da criação do livro do Gênesis tem a preocupação de responder à seguinte
pergunta: se tudo o que Deus criou é bom, por que existe o mal? Por que, muitas
vezes, o mal domina sobre o ser humano? Em primeiro lugar, o autor afirma a
bondade de Deus. Deus chama o ser humano à existência; Ele pôs o seu próprio
“sopro” no ser humano (2,7b). O homem, tirado do pó, é obra do coração de Deus,
do seu amor. No jardim que Deus plantou havia tudo o que o ser humano precisava
para realizar-se como plenamente humano. No entanto, enigmaticamente, aparece a
serpente, símbolo do mal do homem; ela aparece como uma força de sedução que
distorce o mandamento de Deus e leva o ser humano a negar a sua própria
condição de criatura e, portanto, a negar sua referência a Deus. É o mal que,
segundo o nosso autor, coloca no coração do ser humano a suspeita com relação a
Deus. O mal desumaniza na medida em que leva a negar-se a qualidade de criatura
e sua referência ao Criador. O ser humano é colocado diante da alternativa pela
qual deve decidir: confiar em Deus ou se deixar levar pela sedução do mal.
Infelizmente, o primeiro homem se deixou envolver pelasedução do mal.
O relato das tentações
de Jesus segundo Mateus é um sumário das tentações que acompanharam Jesus ao
longo de toda a sua vida. Ao contrário do primeiro ser humano, Jesus não
permite que a voz do mal ressoe nele. Pela apropriação da Palavra de Deus, por
sua comunhão com o Pai, ele vence o mal; ele vence o mal pela confiança
inabalável em Deus. As tentações de Jesus dizem respeito à sua filiação divina
e à sua missão. É na sua condição de Filho de Deus e em relação ao seu
messianismo que Jesus é tentado. Jesus não se prosterna diante do mal, pois sua
vida está profundamente enraizada em Deus; somente a Deus ele adora. Foi por
nós que Jesus venceu as tentações.
Carlos
Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, como Jesus, quero ser fiel a ti, sem jamais
exigir manifestações extraordinárias de teu amor por mim. Basta-me estar ciente
de ser teu filho.
Vivendo a Palavra
‘Quarenta’ mais do que um número, é termo bíblico que significa ‘o tempo
necessário para que aconteça o que deve acontecer’. Nas tentações de Jesus,
significa toda sua vida. E Ele as venceu sempre, vivendo as Verdades que o
Evangelista coloca em seus lábios. Também nós seremos tentados até a última
hora. Estejamos protegidos pela Palavra do Senhor!
Recadinho

Você se prepara bem para as missões que tem a desempenhar? - Quem é Jesus para você? - A tentação de uma vida cômoda e fácil perturba sua caminhada? - Você procura se alimentar sempre da palavra de Deus? - Sua vida é um serviço constante ao próximo? Dê algum exemplo.
Padre Geraldo
Rodrigues, C.Ss.R
Comentário do Evangelho
A PROVAÇÃO DO
FILHO DO HOMEM
A cena das tentações, inserida no início da
vida pública de Jesus, é um claro indício de que o exercício de seu ministério
seria pontilhado de provas e dificuldades. Na aritmética teológica da época,
que consistia em atribuir valor simbólico-teológico aos números, o número três
designava a constituição do ser humano (espírito - alma - corpo). A tríplice
tentação significava que Jesus, enquanto ser humano, seria submetido a
contínuas provações, pelas quais teria chance de dar provas de sua absoluta
fidelidade a Deus. De fato, até os instantes finais de sua caminhada terrena,
Jesus viu-se tentado.
O
tentador insistia sempre no mesmo ponto: "Se você, de fato, é Filho de
Deus", passando a fazer-lhe propostas extravagantes. Com isto, pretendia
levar Jesus a exigir do Pai uma manifestação desnecessária de sua providência,
bem como levá-lo a oferecer espetáculos formidáveis com os quais atrairia a
atenção sobre si, granjeando a admiração das multidões, mas também o risco de
ser vítima do orgulho e da vaidade.
As tentações
foram capciosas. Com uma interpretação superficial, podiam parecer inocentes,
sem maiores conseqüências. Só uma leitura arguta, como a de Jesus, foi capaz de
desmascará-las e revelar as verdadeiras intenções do tentador.
O fato
de vencer as tentações já foi um primeiro sinal da fidelidade de Jesus ao Pai.
Por ser Filho de Deus, recusava-se a exigir do Pai manifestações insensatas de
amor.
Oração
Pai, como Jesus, quero ser
fiel a ti, sem jamais exigir manifestações extraordinárias de teu amor por mim.
Basta-me estar ciente de ser teu filho.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica,
Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Concedei-nos, ó Deus
onipotente, que, ao longo desta Quaresma, possamos progredir no conhecimento de
Jesus Cristo e corresponder a seu amor por uma vida santa. Por Nosso Senhor
Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
REFLEXÕES DE HOJE
09 DE MARÇO – DOMINGO
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PARA O PRÓXIMO DOMINGO
ATENÇÃO:
NESTE SITE, MISSA COM CRIANÇAS.
9 de março – 1º DOMINGO DA QUARESMA
Por Celso Loraschi
I. INTRODUÇÃO GERAL
Iniciamos o período
da Quaresma com a disposição renovada de mergulhar em Deus, deixando-nos
iluminar por suas palavras, questionando-nos sobre nossas atitudes e
comprometendo-nos com uma nova vida. Somos fruto da iniciativa amorosa de Deus.
Ele nos modelou a partir do barro e deu-nos a vida, insuflando em nós o seu
sopro divino. Presenteou o ser humano com uma habitação especial, um jardim que
produz toda espécie de frutos. Para conservar o estado de bem-estar e alegria,
ordenou-lhe que não tocasse na “árvore da ciência do bem e do mal”. Porém a
rebeldia dos homens e das mulheres, representados por Adão e Eva, originou toda
espécie de males (I leitura). Deus, no entanto, não abandona as suas criaturas.
Ele é criador e também libertador. Por isso, como máxima expressão do seu amor,
enviou o seu Filho, Jesus Cristo, para nos libertar de todos os males, com suas
consequências. Se pelo pecado de Adão entrou a morte no mundo, pela graça de
Jesus Cristo nos é dada a redenção (II leitura). Para isso, Jesus assumiu
plenamente a condição humana, sofreu toda espécie de tentações durante toda a sua
vida. Não caiu, porém, nelas. Permaneceu fiel à vontade do Pai, alimentando-se
permanentemente de sua palavra e cultivando a sua intimidade pelo silêncio e
pela oração (evangelho). Portanto, a palavra e o exemplo de nosso irmão maior,
Jesus Cristo, devem tornar-se o pão nosso de cada dia, que nos sustenta na
caminhada desta vida e nos mantém na fidelidade ao projeto de Deus.
II. COMENTÁRIO DOS
TEXTOS BÍBLICOS
1. I leitura (Gn
2,7-9; 3,1-7): Da argila da terra Deus criou o ser humano
A figura de Deus
apresentada nesse relato da criação é a de um oleiro com incrível capacidade
artística. Percebe-se a intenção dos autores de ressaltar a origem do ser
humano, que tem íntima ligação com Deus e com a terra que ele criou. O próprio
nome Adão vem de adamah, termo hebraico
que designa a terra. É a palavra que deu origem ao homem, entendido aqui como
nome genérico da raça humana. Homens e mulheres são seres originados do húmus da terra. A terra,
portanto, Deus a fez e a usou como “mãe” da humanidade. Ela é fonte de vida, é
fértil e produz todas as espécies de frutos.
Deus é pai, amigo e
conselheiro dos seus filhos e filhas. Dá-lhes as instruções necessárias para
que possam viver sobre a terra em íntima comunhão com ele e, como decorrência,
em solidariedade com todas as coisas. Por isso, Deus pede que não comam do
fruto da “árvore da ciência do bem e do mal”. Em outras palavras: os seres
humanos devem respeitar a soberania de Deus sobre todas as coisas e submeter-se
ao seu desígnio. Tudo o que ele faz é muito bom.
A narrativa busca
explicar o motivo do sofrimento pessoal e dos males sociais. A origem de todas
as coisas está fundamentada na bondade divina. Foram feitas para o bem dos
seres humanos. Por que, então, o sofrimento? Os autores do texto expressam
profunda consciência crítica sobre a opressão. Esta se constitui a causa de
todos os males. Ao tomarem a figura da serpente como a provocadora da violação
da ordem divina, apontam para a sagacidade do poder em “dar o bote” para morder
e alienar a consciência humana.
Certamente, o grupo
que está por trás do texto conhece muito bem as consequências da monarquia
israelita. Analisam a realidade social, denunciando a ambição de grandeza e de
sabedoria do regime monárquico, que pretende ser “igual a Deus”, usurpando o
poder divino e revelando o domínio sobre os bens e as pessoas. Mas, como diz o
adágio popular, “o rei está nu”. A nudez revela que a fraqueza e a condição de
mortalidade fazem parte da pessoa. De que lhe adiantam as pretensões de poder e
de possessão? Confrontado honestamente com o desígnio divino, o ser humano,
pretensamente poderoso, sente-se envergonhado. É claro, pois a conquista e a
manutenção do poder envolvem mentiras, enganação, usurpação de bens… Deus,
porém, é justo e verdadeiro. Diante dele, nenhuma “folha de figueira” cobre
essa nudez, a transparência de sua verdade, por mais que a pessoa busque
justificativas.
2. II leitura (Rm
5,12-19): O novo ser humano em Jesus Cristo
Um dos temas
dominantes na carta aos Romanos é a justificação pela graça. Para são Paulo, o
pecado entrou no mundo trazendo a morte. Esta deve ser entendida não apenas em
seu aspecto físico, mas também como realidade pessoal e social, proveniente do
egoísmo humano. É herança da transgressão de Adão, representante dos seres
humanos. Essa condição de pecadores nos torna incapacitados de nos redimir.
Nenhum mérito humano possibilita a salvação. Ela nos é dada por pura graça de
Deus, que se revela plenamente em Cristo Jesus.
Com a Lei, ficou
explícito em que consiste o pecado. Com Jesus, a Lei foi superada e, sem ela, o
pecado já não é levado em conta. Isso acontece porque a graça de Deus foi
derramada sobre todos nós, pecadores, redimindo-nos do pecado. Se o pecado de
Adão trouxe a morte, a fidelidade de Jesus Cristo trouxe a vida definitiva. Se
a rebeldia do ser humano diante do Criador trouxe a condenação para todos, o
dom gratuito de Jesus Cristo para todos trouxe a justificação. Se a
transgressão do ser humano é fonte de morte, a graça de Deus, por meio de
Jesus, é fonte de vida plena. A graça nos reconcilia com Deus e resgata a nossa
integridade. Pela graça, é-nos dada a vida eterna.
São Paulo nos
convence de que o pecado foi instrumento que possibilitou a manifestação da misericórdia
divina. A transgressão do “primeiro Adão” não conseguiu impedir o fluxo da
graça. Pelo contrário, fê-la fluir ainda mais abundantemente. Essa certeza nos
torna abertos para acolher o perdão gratuito de Deus e nos incentiva a
mergulhar sempre mais em sua graça. Deus nos criou por amor e também por amor
nos liberta do mal e da morte. O ato de expiação de Jesus, o novo Adão, anulou
definitivamente o poder do pecado.
3. Evangelho (Mt
4,1-11): Jesus vence as tentações
Desde o início do
seu ministério, Jesus enfrenta o embate com propostas diabólicas que buscam
desviá-lo de sua missão de defender e promover a vida digna das vítimas do
poder em sua tríplice dimensão. O “diabo”, a antiga serpente, inimigo do plano
de Deus para a humanidade (cujas expressões se encontram tanto dentro de cada
um de nós como nas próprias estruturas sociais), convida Jesus a seguir outro
caminho, procurando fazê-lo abandonar a missão que iria realizar como Messias
sofredor. Em toda a sua vida (este é o sentido dos “40 dias e 40 noites”),
Jesus foi tentado a dar preferência a uma lógica criada segundo intentos
egoístas. Teve a possibilidade de ou apresentar um falso messianismo,
satisfazendo as expectativas dos seus contemporâneos, ou de optar pela
realização da vontade do Pai, assumindo o serviço de libertação junto às
pessoas excluídas.
A primeira tentação indica a dimensão econômica do poder. Jesus, como ser humano, sentiu-se
certamente atraído pela proposta de orientar a sua vida para o acúmulo de bens
e para o desfrute dos prazeres que eles podem oferecer. Podia até mesmo
ancorar-se na “teologia da retribuição”, tão presente nos ensinamentos oficiais
dos doutores da Lei, legitimando a riqueza e o bem-estar físico como bênçãos
divinas. Porém Jesus vai por outro caminho. Ele empenha todo o seu tempo e
sacrifica a própria vida no cumprimento da missão que o Pai lhe deu em favor do
resgate da vida digna sem exclusão. Ao responder que a pessoa vive não só de
pão, mas de toda palavra que sai da boca de Deus, aponta para a perspectiva
essencial que deve conduzir todos os nossos passos. A palavra de Deus constitui
a fonte e a autoridade das quais emana todo ensinamento capaz de realizar as
aspirações mais profundas de cada um de nós; é alimento capaz de satisfazer a
fome do coração humano, desejoso de inteireza e autenticidade.
A segunda tentação refere-se à dimensão religiosa do poder. O “pináculo”, para além da
parte física mais alta do templo, representa os elevados cargos que um judeu
poderia galgar na hierarquia religiosa. Esse caminho de poder, pela via
religiosa, proporcionaria a Jesus prestígio e proteção muito especiais. A
pessoa envolvida na “auréola” de uma espiritualidade legitimada pela ideologia
do sistema religioso oficial, como era o caso do templo de Jerusalém, sente-se
assegurada pela “blindagem” que seu status religioso proporciona. Jesus poderia apegar-se à sua condição divina e
mostrar “sinais do céu”, como queriam os fariseus e saduceus. Poderia “forçar”
a providência de Deus, solucionando magicamente os problemas humanos. A
resposta de Jesus de não tentar o Senhor Deus informa-nos de que a lógica
humana deve submeter-se à lógica divina e não o contrário. A vontade do Pai, de
forma desconcertante, manifesta-se no caminho da obediência de seu Filho até a morte
de cruz. Com isso, cai por terra toda a presunção de querer usar a Deus para a
vanglória humana.
A terceira tentação indica a dimensão política do poder. Equivale à tentação da idolatria
por excelência: adoração a Satanás. É posicionar-se como um ser divino, com o
poder de agir, de forma absoluta, sobre pessoas e bens. É a tentação de querer
alcançar a felicidade suprema pela auto afirmação e pelo domínio sobre os
outros. Jesus, com certeza, confrontou-se com essa possibilidade de orientar toda
a sua vida no sentido de galgar cargos políticos que lhe conferissem força e
fama social. As multidões queriam fazê-lo rei… O posicionamento de Jesus, ao
rejeitar essa tentação, transforma-se no caminho de superação de todo domínio e
também de todo servilismo. Coloca a Deus como o único Ser digno de adoração.
Jesus propõe nova ordem social como realização da vontade do Pai e orienta toda
a sua missão para a organização dessa nova ordem. Revela, assim, a verdadeira
origem do reino de justiça, fraternidade e paz: é dom de Deus e serviço
abnegado dos seus filhos e filhas.
III. PISTAS PARA
REFLEXÃO
– Deus é criador e
libertador. Em seu desígnio de amor, criou o ser
humano em íntima união com a mãe terra. Em sua providência generosa, garante as
condições de vida digna para todas as pessoas. Deu-nos a missão de cuidar de
todas as coisas, sem cair na tentação de “comer do fruto da árvore da ciência
do bem e do mal”, isto é, de entrar na ideologia do poder, que tende a dominar
as pessoas e se apossar do que é de todos. É preciso respeitar e promover o
princípio da soberania de Deus sobre todas as coisas e administrá-las com
justiça, evitando toda espécie de exploração.
– Não cair em
tentação. Durante toda a nossa vida, somos
tentados a abdicar do compromisso com o projeto de Deus, deixando-nos levar por
propostas diabólicas. Jesus nos ensinou o caminho de superação das tentações do
poder em sua tríplice dimensão: econômica, política e religiosa. É claro que a
economia, a política e a religião podem ser meios privilegiados para a
construção do reino de justiça, paz e fraternidade no mundo, desde que sejam
organizadas como serviço dedicado e honesto ao próximo, principalmente às
pessoas mais necessitadas.
– Ser portadores da
graça divina. Com sua obediência radical à vontade
do Pai, Jesus nos trouxe a graça da libertação de todos os males e a vida em
plenitude. Seguindo seus passos, podemos ser portadores da graça divina,
defendendo e promovendo o direito à vida digna sem exclusão. A Campanha da
Fraternidade nos aponta sugestões práticas.
Celso Loraschi
Mestre em Teologia
Dogmática com Concentração em Estudos Bíblicos, professor de evangelhos
sinóticos e Atos dos Apóstolos no Instituto Teológico de Santa Catarina
(Itesc).
E-mail: loraschi@itesc.org.br
E-mail: loraschi@itesc.org.br
A PEDAGOGIA DA QUARESMA
Todos somos convidados, neste tempo, a rever o modo de viver cristão e
dar importância à celebração do mistério pascal. A Quaresma é o tempo litúrgico
favorável à graça da conversão e da reconciliação.
“Vós (ó Deus) concedeis aos cristãos esperar com alegria, cada ano, a
festa da Páscoa. De coração purificado, entregues à oração e à prática do amor
fraterno, preparamo-nos para celebrar os mistérios pascais, que nos deram vida
nova e nos tornaram filhas e filhos vossos”, reza o Prefácio da Quaresma I.
Trata-se, portanto, de uma pedagogia salutar. Ela nos propõe a revisão
do nosso modo de viver, apresentando muitas questões à nossa consciência, por
exemplo: o que mais desejo em minha vida? O que considero mais importante? O
que mais influi sobre minhas opções e escolhas? Para onde se direciona o meu
amor primário? Que direção assinala a bússola da minha viagem no tempo?
Parece a muitos que a renovação promovida pelo Vaticano II se refere
somente à modalidade exterior da organização eclesial. É justamente o
contrário. Ela diz respeito à nossa vida pessoal, às correções que devemos
imprimir em nossa conduta, aos critérios norteadores do nosso senso moral,
segundo as questões existenciais de nosso tempo.
“Convertei-vos e crede no evangelho” (Mc 1,15) é o grande apelo deste
tempo litúrgico. É preciso dar a si mesmo um referencial, um significado e uma
direção para a vida, a fim de que se torne verdadeiramente humana e cristã.
Oremos: “Ó Deus, fonte de toda misericórdia e de toda bondade, vós nos
indicastes o jejum, a esmola e a oração como remédio contra o pecado. Acolhei a
confissão da nossa fraqueza para que, humilhados pela consciência de nossas
faltas, sejamos confortados pela vossa misericórdia. Por nosso Senhor Jesus
Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!” (missa do 3º domingo
da Quaresma).
D. Orani
João Tempesta, O.Cist.
Arcebispo
de São Sebastião do Rio de Janeiro
9 de março: 1º
Domingo da Quaresma
NOSSAS TENTAÇÕES COTIDIANAS
Todos enfrentamos tentações, grandes ou pequenas. Com Jesus não foi
diferente. O evangelho apresenta como que a síntese do que possam ser as
grandes tentações da humanidade de todos os tempos.
Transformar pedras em pão: resolveria o problema da fome. Mas esse problema
não se resolve num passe de mágica. Resolve-se com trabalho remunerado
dignamente e com a partilha dos frutos do empenho de todos. A palavra de Deus
mostra que o ser humano precisa de alimento, mas também de moradia, saúde,
escola… Transformar pedras em pão pode significar sinal de abundância. Jesus
não deseja abundância supérflua. Quer justiça e o necessário para uma vida
digna para todos. O povo hebreu, no deserto, forjou o projeto de igualdade e
fraternidade, e o diabo, no deserto, quer jogar tudo isso por terra.
Lançar-se do pináculo do templo: bom motivo para mostrar o poderio de
Deus, usando seu Filho para um espetáculo gratuito. Jesus recusa o papel de
messias do espetáculo e do prestígio, que pensa só em si. Deus e a religião não
podem ser transformados em espetáculo. Deus e a religião são realidades
fundamentais, não podem ser ridicularizados nem manipulados em vista de
interesses pessoais.
Adorar a riqueza e o poder: eis os grandes ídolos que fascinam o ser
humano e sempre foram para ele uma constante tentação, talvez a maior tentação
de todos os tempos e a síntese de todas as outras. Jesus propõe o poder como
serviço e a riqueza partilhada como dom de Deus em benefício de todos os
cidadãos. Ele recusa-se a ser o messias do poder e da riqueza.
Como percebemos, o tentador vem na contramão da proposta de Jesus. O
diabo propõe abundância fácil, Jesus propõe justiça; o diabo propõe um messias
do espetáculo, Jesus propõe respeito ao nome de Deus; o diabo propõe adorar
poder e riqueza, Jesus propõe serviço e partilha. No pai-nosso rezamos a Deus
que não nos deixe cair em tentação, principalmente na grande tentação do
abandono do projeto de Jesus.
Pe. Nilo Luza, ssp
1º Domingo da Quaresma - 9 DE MARÇO DE 2014
DO
JARDIM DO ÉDEN AO JARDIM DA RESSURREIÇÃO
Primeira Leitura: Gn 2,7-9.3,1-7;
Salmo 50(51);
Segunda Leitura: Rm 5,12-19;
Evangelho: Mt 4,1-11
Situando-nos brevemente
Primeira Leitura: Gn 2,7-9.3,1-7;
Salmo 50(51);
Segunda Leitura: Rm 5,12-19;
Evangelho: Mt 4,1-11
Situando-nos brevemente
É
fascinante e perturbador a experiência que perpassa nosso interior todos os
dias.
Por
um lado, nos surpreende o estupor diante da consciência de sermos amados e
cuidados por Deus como seus filhos e filhas. O estupor se traduz em íntimo
chamado a responder com a simplicidade e a confiança de uma criança.
Por
outro lado, se infiltra uma sutil e atraente sugestão, insinuando o desejo de
tomar somente em nossas mãos o próprio destino. Olhar a nós mesmos como o
exclusivo ponto de referência, única garantia de nossa dignidade. Tornar-se
auto-suficiente. Profunda laceração do coração: ficamos feridos, porém não
conseguimos escapar.
“Impenetrável
é o homem, seu coração é um abismo!” exclama o salmista (Sl 64,7). O apóstolo
Paulo, olhando sua sofrida experiência pessoal, grita: “Não faço o bem que
quero, mas faço o mal que não quero (...). Infeliz que eu sou! Quem me
libertará deste corpo de morte? Graças sejam dadas a Deus, por Jesus Cristo,
nosso Senhor!” (Rm 7,19. 24-25).
Este
primeiro domingo da Quaresma nos coloca diante do mistério do bem e do mal que
nos habita, até as raízes mais profundas da nossa pessoa, e nos deixa
vislumbrar a saída desta contradição: queda de Adão/ Eva diante tentador, no
Jardim do Éden (1ª leitura), e vitória de Cristo que derrota o diabo no deserto
(evangelho) e antecipa sua vitória final na cruz e ressurreição. Cristo
ressuscitado é o novo Adão que, no jardim da ressurreição, dá início a uma nova
humanidade, à qual nós pertencemos por graça, pelo Batismo que nos faz
participar de sua morte e ressurreição.
Cada
Quaresma nos faz realizar, de maneira nova e mais profunda, esta passagem da
sujeição ao pecado para a vida nova em Cristo, participando de suas lutas e de
sua vitória.
Recordando
a Palavra
“Fizeste-nos
para ti, e inquieto está o nosso coração enquanto não repousa em ti” (S.
Agostinho, Confissões, Livr. 1,1; LH do 9º domingo do Tempo Comum). Santo
Agostinho interpreta a tensão vital que nos habita como um chamado constante a
voltar a Deus, mesmo quando, pelas ilusões da falsa liberdade, nos afastamos do
caminho certo. Atração para Deus, como a origem e fonte inesgotável de vida, e
tentação a nos colocarmos em alternativa a Ele é a sorte que nos acompanha.
A
narração da criação do ser humano proposta pela primeira leitura (Gn 2,7-9;
3,1-7), com sua linguagem simbólica e altamente poética, destaca o cuidado
carinhoso com o qual Deus chama à existência o homem, o faz partícipe de sua
mesma vida e dignidade e deu parceiro no cuidado da beleza e da fecundidade da
criação inteira, que é “um jardim a ser cultivado”. No centro do jardim, como
no centro da existência humana, o Senhor faz brotar a “árvore da vida” e a
“árvore do conhecimento do bem e do mal” (Gn 2,9).
Vida
em abundância e conhecimento na intimidade recíproca são os dons com que o
Senhor enriquece a existência e a missão de Adão e Eva. A cena encantadora, que
apresenta o Senhor “passeando a brisa da tarde no jardim”, à procura de Adão e
Eva para deter-se em amável conversa com eles, como com seus íntimos amigos (Gn
3,8), irradia toda a beleza e o dinamismo da relação que o Senhor estabeleceu
entre si mesmo e o ser humano, ao criá-lo à sua imagem e semelhança (Gn 1,26).
O
diabo, o inimigo da vida, o atrapalhador que engana o homem com a ilusão da
falsa promessa e da perspectiva de tornar-se fonte totalmente autônoma da vida
e do conhecimento, insinua, com astúcia, a possibilidade de se tornar
alternativo a Deus: “vossos olhos se abrirão, e sereis como Deus, conhecedores
do bem e do mal” (Gn 3,5).
De
fato os olhos deles se abrirão, mas irão fazer uma triste descoberta, a
descoberta da própria “nudez”, isto é, da radical incapacidade de realizar, de
verdade, tanto a vocação à autêntica dignidade e liberdade como a missão de
construir um mundo capaz de espelhar a beleza divina: “Então os olhos de ambos
se abriram, e, como reparassem que estavam nus, teceram tangas para si com
folhas de figueira” (Gn 3,7).
O
Senhor, porém, não abandona quem trai, fica fugindo e se esconde. Ele não se dá
paz. A narração do pecado tem um seguimento de promessa e de esperança. A voz
do Senhor, à procura de seus amigos escondidos pela vergonha e o sentido de
culpa, ao primeiro ressoar no jardim – “Onde estás?” (Gn 3,9), - parece vibrar
uma ameaça. Na verdade, ela prepara a promessa de resgate da armadilha da
serpente enganadora: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre tua
descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça e tu lhe ferirá o calcanhar” (Gn
3,15).
A
condição que Adão e Eva terão de enfrentar “fora do jardim”, longe das próprias
e autênticas raízes, será amenizada pela luz desta promessa. A pergunta de Deus
ao homem – “Onde estás” – revelará plenamente seu carinhoso cuidado na voz
cheia de ternura com que Jesus ressuscitado falará a Maria Madalena no jardim
da ressurreição: “Maria!
(...) “Rabbuni!” (Jo
20,16).
O
salmo responsorial (Sl 50) é o salmo penitencial por excelência. Resume em si
os sentimentos mais profundos do pecado do arrependimento, da conversão, da
alegria, do agradecimento pela vida renovada pela misericórdia e o perdão de
Deus.
O
caminho de pecado e de conversão do rei Davi se torna espelho do caminho de
toda pessoa que procura a Deus, a partir de sua fragilidade.
O salmo exprime, com a máxima intensidade, a consciência da própria fragilidade
inata e do próprio pecado e, ao mesmo tempo, a confiança extrema no Senhor que
por sua misericórdia perdoa e tudo renova. “Ó Deus, tem piedade de mim (...)
contra ti eu pequei!”. “Reconheço a minha iniqüidade e meu pecado está diante
de mim”.
Tal
humilde reconhecimento do pecado não desanima, mas abre à confiança quem põe no
Senhor a razão de sua vida. O perdão inovado é certeza de uma radical
transformação do coração, como graça de Deus: “Cria em mim, ó Deus, um coração
puro, renova em mim um espírito resoluto (...). Devolve-me a alegria de ser
salvo”.
O
salmo alimenta o caminho da conversão, a passagem para a vida nova da Páscoa,
através da purificação interior da Quaresma.
Na
segunda leitura (Rm 5,12-19), Paulo desenvolve, em profundidade, a relação que
Deus tem estabelecido entre a aventura negativa de Adão e a resposta de
obediência e de amor, realizada por Cristo, “novo Adão”, início de uma
humanidade nova.
O
dom da salvação em Cristo é bem maior do que mal cumprido pelo homem. Deus não
se deixa vencer em bondade e misericórdia. Pela felicidade no amor e na
obediência filial de Cristo, o Pai derrama, gratuitamente e com abundância, a
vida nova no Espírito. Dela nós vivemos.
A
transgressão de um só levou a multidão humana À morte, mas foi de modo bem
superior que a graça de Deus, ou seja, o dom gratuito concedido através de um
homem, Jesus Cristo, se derramou em abundância sobre todos (cf. Rm 5,15).
Cristo
assume sobre si nossa condição humana de pecado e com sua vida de dedicação
filial, sobretudo com sua páscoa, revira a situação, abrindo caminho para
voltar ao projeto original de Deus e realizá-lo em plenitude.
O
evangelho (Mt 4,1-11) narra que Jesus se apresenta entre os pecadores para ser
batizado por João e que, cheio do Espírito Santo, é conduzido por este mesmo
Espírito a enfrentar o diabo no “deserto”, lugar da esterilidade e da provação,
contraposto ao “jardim”, lugar da vida e da comunhão, no qual Deus tinha
colocado o homem, para que cuidasse gozasse de sua
beleza e fecundidade.
O
deserto, como o jardim do primeiro Éden, não é simplesmente um lugar
geográfico, mas indica a sofrida situação existencial do homem “desertificada”,
como repetia Bento XVI, ao descrever a condição do homem pós-moderno, fechado
em si mesmo e interiormente corroído e pretensão de ser o centro do mundo, sem
relação com deus e em competição com os outros (cf. Homilia na santa missa da
abertura d Ano da Fé. 11-10-2012).
Jesus
penetra dentro deste deserto, conduzido pelo Espírito, para partilhar a dura
condição humana e vencer, com o amor e a obediência, o poder obscuro do
maligno. “A Palavra se fez carne e veio morar entre nós” (Jo 1,14). Com as três
tentações, o tentador procura afastar Jesus do projeto do Pai. Propõe-lhe o
caminho do sucesso obtido com o milagre fácil (mudar as pedras em pão para
satisfazer a fome), com gestos que produzem prestígio espetacular e fácil
consenso (jogar-se do templo diante do povo), prometendo poder (adorando o
poder).
Eis
as tentações que, em formas variadas, cada um continua a enfrentar ao longo da
vida. A Igreja não fica imune a isto, nem no nosso tempo, como, com vigor,
destaca freqüentemente o Papa Francisco.
Jesus,
no entanto, animado pelo Espírito Santo rejeita com a força da Palavra de Deus
as seduções e manifesta sua verdadeira condição de Filho de Deus, assumindo até
as extremas conseqüências a escolha da humildade e da dedicação ao Pai. Jesus,
“novo Adão”, com a luta no deserto, restabelece a verdadeira relação de
obediência no amor com o Pai, que o “primeiro Adão”, no Éden, não soube guardar
e valorizar. Jesus, com sua luta de quarenta anos no deserto, não tinha
conseguido superar, abandonando-se à murmuração contra Deus e à idolatria.
Atualizando
a Palavra
O
caminho dos discípulos, em todos os tempos, é o mesmo de Jesus.
Somente seguindo Jesus, se pode lutar,
com êxito, contra o egocentrismo e a procura de falso sucesso, quer na vida
pessoal, quer no exercício dos ministérios na Igreja, e chegar à intimidade do
jardim da ressurreição. A Quaresma nos indica o caminho certo e suas etapas.
O
batismo nos introduz no caminho do próprio Jesus, nos faz participar da mesma
ação do Espírito que o conduziu e sustentou na luta com o diabo no deserto e na
vitória sobre a morte na ressurreição. Animados pelo Espírito, temos a graça de
viver com a liberdade dos filhos e filhas de Deus. Temos a graça, como diz
Paulo, de viver como já “ressuscitados” (cf. CI 3,1-4), como partícipes da vida
nova em Cristo, não mais permitindo que o pecado determine a nossa maneira de
sentir, de pensar, de agir.
Com
a fé e o Batismo, passamos por uma transformação radical, que no acompanha por
toda a vida. A vida nova no Espírito Santo é semente que nos impele desde
dentro, cujo crescimento nós devemos favorecer. A graça não é magia, nem o
desenvolvimento das suas potencialidades é algo de automático. Cada dia o
Senhor solicita nossa disponibilidade no amor e nosso compromisso de obediência
filial.
A
vida do discípulo irradia a luz e a fecundidade da Páscoa, ao mesmo em que
continua a luta contra as contradições do pecado que sobem do coração, até que
seja reconstituído, em sua integridade, como o da criança.
O
“homem velho” e o “homem novo” ainda convivem dentro de nós, e às vezes, num
conflito que nos dilacera. Nossa salvação, afirma Paulo, é ainda objeto de
esperança e de luta (cf. Rm 8,24).
Temos
ainda a necessidade de cultivar a dinâmica de conversão e penitência, enquanto
vivemos da energia vital e da luminosidade da Páscoa.
Com
sábia pedagogia, cada ano a Igreja nos oferece novamente a luz da Páscoa e a
sóbria alegria da Quaresma, cm suas exigências de penitência e conversão.
O
tempo da Quaresma se apresenta como o tempo mais propício para celebrar a
purificação do coração fortalecer a caridade, mediante várias formas de ascese
e de oração íntima, de maneira especial com a celebração do sacramento da
Reconciliação, em forma individual ou comunitária.
Ligando
a Palavra com a ação eucarística
A
celebração da Eucaristia nos oferece a graça de celebrar a vida como um caminho
partilhado em comunidade. Ela nos tira da solidão de nossos vários desertos,
pelos quais ficamos prisioneiros de nós mesmos, por presunção ou por medo.
A
ilusão de se tornar protagonista absoluto do próprio destino, na qual caiu o
primeiro homem, deixa na Eucaristia lugar para o reconhecimento que a vida
recebe sua energia e sua fecundidade da relação com cristo, obediente e livre
até o dom da própria vida, e da relação de amor para com os irmãos.
O
original diálogo de amizade e de festa entre o Senhor e o homem no Éden acabou
com o homem tornando-se surdo e mudo se escondendo de Deus e de si próprio. A
Eucaristia, pela união com Cristo, nos dá a ousadia de nos apresentarmos na
casa do Pai, com humildade e confiança.
Pedimos
perdão, repetidas vezes, desde o início da celebração até ao momento de nos
aproximarmos à mesa do corpo e do sangue de Cristo. O sentido penitencial se
desdobra do ato penitencial ao início até a proclamação de fé: “Senhor, eu não
sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo”.
A presunção de nos
auto-orientarmos na vida, sem relação com o Senhor, cede lugar à humilde
invocação para que a Quaresma nos ajude a “progredir no conhecimento de Jesus
Cristo e corresponder a seu amor por uma vida santa” (oração do dia).
A
participação na dupla mesa da Palavra de Deus e do pão eucarístico os sustenta
na longa caminhada do deserto da vida, com suas lutas e suas experiências de
fome e de fraqueza. Estamos expostos à tentação de suprir por nós mesmos nossas
supostas necessidades – como o diabo sugere a Jesus – quando a espera do tempo
de Deus nos aparece insustentável. (oração depois da comunhão).
Sugestões para a celebração
Ø As
leituras do Ano A destacam a dimensão batismal da Quaresma. É importante
valorizar, neste ano, de maneira particular, tal dimensão, como sugere a Constituição
Sacrosanctum Concilium: “Utilizem-se com mais
abundância os elementos batismais próprios da liturgia quaresmal” (SC 109).
Se
estiver prevista a celebração de Batismo de crianças e, sobretudo de adultos,
na noite de Páscoa, é conveniente apresentá-los à comunidade durante a missa
deste primeiro domingo.
No
ato penitencial, podem ser repetidas ou cantadas algumas invocações do salmo 50
em forma responsorial, as acompanhando com a aspersão da água batismal.
- “Piedade, ó Senhor, tende piedade,
pois pecamos contra vós!”.
-
“Eu reconheço toda a minha iniqüidade, o meu pecado está sempre à minha
frente”.
-
“Criai em mim um coração que seja puro...”
-
“Daí-me de novo a alegria de ser salvo”.
Ø Sugerir
alguma forma de “jejum” na comida, bem como no uso dos meios de comunicação.
Sugerir cuidado com o silêncio e o recolhimento, para dedicar maior atenção e
devoção interior à leitura meditativa e rezada da Palavra de Deus e aprender,
por experiência, que “não se vive somente de pão, mas de toda palavra que sai
da boca de Deus”. (Mt 4,4).
Ø Seguindo
o espírito da campanha da fraternidade, sugerir a realização de alguma
iniciativa que possa ajudar uma pessoa a sair da solidão, da marginalização ou
de qualquer outra situação que a amarra e a entristece.
Ø Como
previsto nas normas litúrgicas, se pode abençoar e impor as cinzas durante a
missa do domingo, para ir ao encontro dos fiéis que não tiveram a oportunidade
de participar da celebração da Quarta-feira de Cinzas. Em tal caso se omite o
ato penitencial e se procede como na Quarta-feira de Cinzas.
Ø Na
despedida da assembleia, é conveniente enviar o povo o abençoando com a bênção
própria do tempo da Quaresma. (Missal Romano p. 521).
Ø Os
cantos para as celebrações quaresmais podem ser encontrados no CD da Campanha
da Fraternidade 2014: Hino da CF 2014 e cantos para a Quaresma Ano A.
Fonte:
Roteiros Homiléticos da Quaresma, Março e Abril– CNBB 2014 - Ano A
DOMINGO, 9 DE MARÇO DE 2014
Homilia do 1º Domingo da Quaresma,
por Pe. Paulo Ricardo
Homilia do 1º Domingo da Quaresma,
por Pe. Paulo Ricardo
Vamos, com grande alegria, com grande liberdade,
confiantes em Deus, dar os nossos passos. Se você ainda não deu o passo para a
primeira conversão, faça-o agora e entre na vida da graça. Se você já deu este
primeiro passo, então, continue lutando, para voar mais alto e tudo fazer por
amor a Deus. Lute o bom combate. Eis o tempo da conversão!
http://www.reflexoesfranciscanas.com.br/2014/03/homilia-do-1-domingo-da-quaresma-por-pe.html
09 03 2014
09 03 2014
1º Domingo da Quaresma
REFLEXÃO
Começamos a Quaresma com um texto que nos
possibilita refletir sobre o projeto de Deus a respeito do ser humano. O livro
do Gênesis nos apresenta o homem sendo criado como o ponto alto de toda a
criação, como imagem e semelhança de Deus. Exatamente por isso ele deverá
proceder como superior a tudo e não deixar-se influenciar por nenhuma qualidade
de qualquer coisa criada, deverá permanecer sempre livre!
É nesse exato momento que entra a perversão do Mal
ao provocar no homem o forte e imperioso desejo de experimentar a fruta
proibida, ao ponto de apequenar-se cedendo às qualidades olfativas e visuais da
fruta em detrimento da orientação do Criador.
Foi o primeiro ato em que o ser humano demonstrou
que abria mão de sua liberdade para satisfazer seus instintos, sua curiosidade
e, tragicamente, querer ser igual a Deus. Deixou de se reconhecer criatura,
homem, vindo da terra, do humus e querendo, com seu próprio poder chegar a ser
onipotente. O ser humano trocou a humildade pela soberba, eis o primeiro
pecado.
No Evangelho, Jesus, o Homem Perfeito, a verdadeira
imagem do Pai, vence o Mal ao manter-se submisso ao Pai e mostrar-se um homem
livre. Não será a comida, a satisfação de suas necessidades biológicas que irá
submetê-lo às propostas do Mal; nem a tentação do orgulho, da vaidade, do ser
renomado, do ser famoso, do prestígio irá fazê-lo aceitar a imposição de
Satanás e nem a sedução do poder o derrotará em sua fidelidade ao Pai.
Para nós, a ação de Jesus, sua postura, nos
interpela quando em nossa vida somos tentados a satisfazer nossas necessidades
naturais, nossos desejos de prestígio e nossa sede de poder. Olhemos para o
Homem Perfeito, a Imagem Visível do Deus Invisível, e suas respostas serenas às
perturbadoras tentações.
No trecho da Carta aos Romanos, São Paulo nos fala
sobre os modos de vida de Adão e de Cristo. O primeiro, como vimos no início de
nossa reflexão, mostrou-se fraco. Contudo, essa debilidade foi herdada por
todos nós, seus descendentes. Somos conscientes de que titubeamos e fracassamos
diante das tentações.
Em Cristo temos exatamente a realização da vocação
da natureza humana, ser superior a tudo sendo imagem de Deus, sendo livre!
Mais ainda, não podemos comparar a graça de Deus ao
pecado de Adão, nos fala o Apóstolo. Se “pela desobediência de um só homem a
humanidade toda foi estabelecida em uma situação de pecado, assim também, pela
desobediência de um só, toda a humanidade passará para uma situação de
justiça”, que é ser plenamente livre e plenamente unida a Deus.
Fonte
Cesar Augusto, SJ - Cidade do Vaticano (RV)
HOMILIA
OS TRÊS PPP DA VIDA DE JESUS
Estamos diante de um tripé de tentações que se
resumem em: Poder, Prazer e Posse. Depois que Jesus foi batizado pelo Batista,
foi levado ao deserto pelo Espírito para ser tentado pelo diabo. Que paradoxo!
Mas Deus Pai confirma a identidade do Seu filho, já o inimigo se aproxima e
logo em seguida desafia o Mestre colocando em dúvida sua divindade.
Como vimos neste texto, Jesus inicia seu ministério
com jejum, penitência e oração. Exercícios extenuantes e de grande esgotamento
o diabo aparece para tentá-lo. Podemos perceber aqui que esse momento não se
refere apenas em aflições normais do ministério. Há algo mais complexo que
creio eu que Jesus nos quer ensinar. Uma prova em particular. O dono da
salvação contra o pai da perdição. Vida contra a morte.
Essa guerra não foi só exterior, como vemos
relatado, mas também uma luta interior. Jesus não enfrentaria somente perdas
materiais, desprezos, oposições de religiosos, mas, também confrontos
espirituais.
A primeira tentação foi no deserto onde Satanás
sugere a Cristo que as pedras se transformem em Pão. Cristo teria poder de
fazer isto. Se Ele transformou água em vinho, andou sobre as águas, fez
paralíticos andar, ressuscitou mortos e acalmou tempestades, não poderia
transformar pedras em pães? Com certeza, sim! Mas isto incluiria obedecer a
Satanás e em segundo lugar teria “o alimento, o pão sem Deus”. Hoje isto
significa conseguir riquezas sem Deus, trabalho desonesto, jogos de azar,
burlar impostos, etc.
A segunda tentação foi a do Pináculo do templo onde
foi sugerido malignamente que saltasse dali e desse ordem aos anjos para que o
guardasse e isso com base num princípio bíblico. Satanás é sagaz e usa a Bíblia
também. Mas o grande erro seria usar as coisas divinas ao seu prazer. Adaptar a
Bíblia ao nosso gosto. “A fama ou prestígio sem Deus”. Um atalho para ser
aclamado. Um reconhecimento fora de ordem. Foi uma tentativa maligna de
“provar” o que não é necessária nenhuma prova.
A terceira tentação foi a do monte onde a glória
deste mundo foi mostrada e ofertada, mas não gratuita e sim negociada. Ele
poderia ter a glória deste mundo se prostrasse e adorasse a Satanás. Seria
“poder ou governo sem Deus”. Se Jesus aceitasse, seria a glória do mundo sem a
cruz, ou seja, sem salvação. Hoje seria ter autoridade, reinar, subjugar, mas
não sujeito a Deus e sim ao inimigo de Deus.
Mas Ele venceu as três tentações com três frases
“está escrito”. Não foi o que o físico, as emoções e o lado espiritual queriam,
mas sim o que o havia sido escrito. A primeira resposta foi nem só de pão
viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus. As
necessidades físicas não podem suplantar a obediência a Deus. A verdadeira vida
está na dependência divina.
A segunda resposta foi de não tentar a soberania do
Pai. “Não tentarás ao Senhor teu Deus”. Deus é bom demais para ser tentado por
nós. É muita petulância da nossa parte, tentar ser “senhor” de Deus e não seu
“servo”.
A terceira e última resposta nos coloca onde
devemos sempre estar que é ser um exclusivo adorador de Deus. “Só o Senhor
adorarás e só a Ele servirás”. Ele é único e exclusivo. Sua glória é
irrepartível. Somente no reconhecimento de Deus e no esvaziamento nosso é que
podemos encontrar a verdadeira vida espiritual.
Todo esse relato, se analisado nos mínimos detalhes
podemos perceber inúmeros ensinamento para nós. Ao cumprir o “IDE” do Mestre
com certeza seremos também provado. Jesus foi levado pelo Espírito ao deserto.
Isso mostra uma permissão da parte de Deus. O inimigo afronta Jesus com a
própria Palavra. Ele também conhece as Escrituras.
Nossa vida espiritual deve ter também uma
convalidação divina. Precisamos ter certeza de nossa missão no reino de Deus. A
preparação, a consagração (jejum) deve fazer parte de nossa vida espiritual.
Termos consciência de que seremos tentados pelo inimigo e que isso será
permitido por Deus. Em algum momento daremos de frente com ele e a Palavra de
Deus deverá estar presente em nós, bem forte para podermos vencer. Seremos
também levados ao deserto. Ou melhor, quando se trata de espiritual, vivemos no
deserto. Contra o príncipe das trevas, não ha diplomas, mestrados, doutorados,
grandes currículos que poderá nos salvar. Embora, nós seres humanos,
valorizamos muito isso, e não é errado, ao contrário se faz necessário. Mas
somente a certeza do que cremos e a palavra de Deus poderá nos livrar e dar a
vitória. Temos necessidades e fraquezas e é nas nossas fraquezas que o inimigo
virá para nos contrapor. É necessário então intimidade com Deus e com sua
Palavra.
A grande lição das tentações de Jesus é que o mal
sempre nos oferece “atalhos”. E são contra estes atalhos que devemos ter cuidado.
Prazer (alimento, bebidas, sexo e drogas), Posse (fama, prestígios, o ter bens
materiais) e Poder (governo) são coisas interessantes que mexe com o nosso
físico, a nossa alma e o nosso lado espiritual. No entanto, nada disso terá
valor para nós se for sem Deus. Qualquer coisa, por melhor que seja que nos
afaste do Senhor, deve ser abandonado. Somente com Deus, na Sua presença e para
a Sua glória, devemos viver. Jesus embora sendo o Filho de Deus, levava uma
vida constante de oração. Ele nos ensinou como devemos orar. É na oração que
alcançamos intimidade com Deus. Quanto mais oramos mais teremos certeza da sua
vontade.
Pai, como Jesus, quero ser fiel a ti, sem jamais
exigir manifestações extraordinárias de teu amor por mim. Basta-me estar ciente
de ser teu filho
Fonte Homilia Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
HOMILIA DIÁRIA
Somos conduzidos pelo Espírito Santo a
resistir às tentações
É preciso ter um espírito humilde, orante, firme na Palavra de Deus
para sermos firmes e resistentes à tentação! Nós somos hoje convidados por
Jesus e conduzidos pelo Espírito Santo a resistir às tentações deste mundo!
”Não
só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus.” (Mt 4,7)
Conduzido pelo Espírito Santo, Jesus foi ao deserto viver uma
profunda união com o Pai, fortalecer o Seu espírito com o Pai para o início da
Sua missão pública. Mas ao fim daqueles dias de jejum, Jesus foi tentado e
provado pelo demônio. As tentações de Jesus, ou as
provações de Nosso Salvador, refletem as tentações de cada um de nós que
caminhamos neste deserto da nossa vida.
No
fundo, dentro de nós, há algo nos impelindo a questionar, a duvidar e a colocar
Deus à prova. A sabedoria divina que nós, hoje, recebemos de Jesus, primeiro é
para nos ajudar a nos prevenirmos das tentações. Sim, a termos cautela com tudo
aquilo que nós questionamos ou buscamos na vida; porque não há problema em ser
tentado ou provado, o problema é sucumbir à tentação, é deixar que a tentação
domine a nossa vida, que ela comande os nossos instintos, a nossa vontade e
tudo aquilo que nós fazemos.
O
demônio pediu que Jesus transformasse as pedras em pães, mas o Senhor afirma
que “não só de pão vive o homem”, pois é preciso resistir à tentação de ceder
aos prazeres: o prazer do comer, do beber, o prazer da sensualidade; a própria
necessidade do instinto da sobrevivência humana. É preciso ter prudência na
relação com as coisas que nós temos, porque senão seremos dominados por elas.
Pois se por um lado há, na verdade, um contingente enorme, milhões de pessoas
por este mundo que ainda passam fome porque não têm o que comer; por outro lado
tambem há um outro contingente de pessoas que são dominadas pelo excesso de
comida, o excesso de bebida, o excesso dos prazeres.
Nós
somos hoje convidados por Jesus e conduzidos pelo Espírito Santo a resistir às
tentações deste mundo. A resposta que podemos dar à tentação da gula, da
bebedeira, entre outras, se chama sobriedade. Sobriedade naquilo que fazemos,
naquilo que adquirimos; sobriedade para não sucumbirmos a essa tentação.
Conduzidos
por Jesus, durante esses quarenta dias de Quaresma, nós sentiremos muitas
tentações. É preciso ter um espírito humilde, orante e firme na Palavra de Deus
para sermos firmes e resistentes à tentação!
Que
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
LEITURA ORANTE
Mt 4,1-11 - As três tentações de Jesus

Preparo-me para a Leitura orante,
invocando a Santíssima Trindade:
Em nome do Pai, do Filho e do
Espírito Santo.
Creio, Senhor Jesus, que sou parte de
seu Corpo.
Trindade Santíssima
- Pai, Filho, Espírito Santo -
presente e atuante na Igreja e na
profundidade do meu ser.
Eu vos adoro, amo e agradeço.
1. Leitura
(Verdade)
- O que a Palavra diz?
- O que a Palavra diz?
Tomo contato com o texto de hoje, lendo-o, na
Bíblia, em Mt 4,1-11.
Jesus foi conduzido
ao deserto pelo Espírito, para ser posto à prova pelo diabo. Ele jejuou durante
quarenta dias e quarenta noites. Depois, teve fome. O tentador aproximou-se e
disse-lhe: "Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em
pães!" Ele respondeu: "Está escrito: 'Não se vive somente de pão, mas
de toda palavra que sai da boca de Deus'". Então, o diabo o levou à Cidade
Santa, colocou-o no ponto mais alto do templo e disse-lhe: "Se és Filho de
Deus, joga-te daqui abaixo! Pois está escrito: 'Ele dará ordens a seus anjos a
teu respeito, e eles te carregarão nas mãos, para que não tropeces em alguma
pedra'". Jesus lhe respondeu: "Também está escrito: 'Não porás à
prova o Senhor teu Deus'!" O diabo o levou ainda para uma montanha muito
alta. Mostrou-lhe todos os reinos do mundo e sua riqueza, e lhe disse: "Eu
te darei tudo isso, se caíres de joelhos para me adorar". Jesus lhe disse:
"Vai embora, Satanás, pois está escrito: 'Adorarás o Senhor, teu Deus, e
só a ele prestarás culto'". Por fim, o diabo o deixou, e os anjos se
aproximaram para servi-lo.
O texto apresenta duas partes: as tentações de
Jesus e o início de sua evangelização. Inicia dizendo que o Espírito conduziu
Jesus fosse para o deserto. Todos os três evangelistas (Mateus, Lucas e Marcos)
têm como principal autor desse retiro no deserto o Espírito.
Jesus vai para o deserto. Deserto
significa lugar desabitado, solitário, desamparado, abandonado. No sentido
bíblico, deserto era terra da aridez, símbolo da privação de chuva e de
fertilidade. É o lugar da purificação e da pobreza.
No deserto Jesus ficou quarenta dias.
Este número recorda os quarenta anos do Povo de Deus no deserto, rumo à
libertação. Foram quarenta dias em que Moisés permaneceu no alto do Horeb
diante de Deus. para receber as tábuas da lei (Dt 9,9).
Sendo tentado pelo diabo, diz o
Evangelho. As tentações de Jesus eram para desviá-lo de sua missão messiânica.
E os anjos foram servi-lo. O
evangelho apresenta prova segura da existência dos anjos, não como mensageiros,
mas como seres que servem.
2.
Meditação(Caminho)
- O que a Palavra diz para mim?
Conversão. Eis o ponto central da
Boa-Nova de Jesus. Devo renovar minhas idéias sobre o Reino. O anúncio de Jesus
me chama à conversão que é colocar Deus em primeiro lugar na minha vida.
Tudo o mais me será dado por acréscimo: pão e o necessário para viver.
Agora, num instante de silêncio,
verifico se Deus tem o primeiro lugar na minha vida ou se devo me converter, em
vista desta prioridade.
3. Oração (Vida)
- O que a Palavra me leva a dizer a Deus?
- O que a Palavra me leva a dizer a Deus?
Rezo com toda
Igreja a
Oração da Campanha
da Fraternidade de 2014
Ó Deus, sempre ouvis o clamor do vosso povo
e vos compadeceis dos oprimidos e escravizados.
Fazei que experimentem a libertação da cruz
e a ressurreição de Jesus.
Nós vos pedimos pelos que sofrem
o flagelo do tráfico humano.
Convertei-nos pela força do vosso Espírito,
e tornai-nos sensíveis às dores destes nossos irmãos.
Comprometidos na superação deste mal,
vivamos como vossos filhos e filhas,
na liberdade e na paz.
Por Cristo nosso Senhor.
Amém!
Ó Deus, sempre ouvis o clamor do vosso povo
e vos compadeceis dos oprimidos e escravizados.
Fazei que experimentem a libertação da cruz
e a ressurreição de Jesus.
Nós vos pedimos pelos que sofrem
o flagelo do tráfico humano.
Convertei-nos pela força do vosso Espírito,
e tornai-nos sensíveis às dores destes nossos irmãos.
Comprometidos na superação deste mal,
vivamos como vossos filhos e filhas,
na liberdade e na paz.
Por Cristo nosso Senhor.
Amém!
4. Contemplação (Vida)
- Qual o meu novo olhar a partir da
Palavra?
Meu novo olhar será para priorizar Deus
em minha vida.
Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde.
Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Ir. Patrícia Silva, fsp
Oração Final
Pai
Santo, faze de todo o tempo da nossa existência uma quaresma, isto é, um tempo
de preparação para acolhermos em nós o teu Reino de Amor e partilhá-lo com os
companheiros do caminho. Ele nos foi trazido pelo Cristo Jesus, teu Filho que
se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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