17
de Março de 2014
A
medida certa
Lc 6,36-38
Comentário
do Evangelho

Deus
é misericordioso.
Nosso texto é parte do
que no evangelho segundo Lucas denomina-se “sermão da planície” (6,17-49); é a
sequência do chamado dos Doze sobre a montanha, onde Jesus passou a noite
inteira em oração (6,12-16). A nossa perícope é parte do trecho tematicamente dominado
pelo imperativo do amor aos inimigos (vv. 27-35). A primeira parte do v. 36
equivale ao que no evangelho segundo Mateus é o imperativo à perfeição (Mt
5,48). Em primeiro lugar, é preciso compreender que o imperativo se baseia no
que Deus é: misericordioso. Sua misericórdia se manifesta na sua bondade para
com todos, ingratos e maus (cf. v. 35). A misericórdia de Deus se exprime na
acolhida dada por Jesus aos pecadores (cf. Lc 5,29-32; 7,36-50; 15,1ss;
19,1-10). Cada um, independentemente de sua situação, pôde ou pode experimentar
a misericórdia de Deus em relação a si mesmo. É com essa mesma misericórdia que
se exige tratar os outros. O amor aos inimigos não é uma ideia; ele se
concretiza na renúncia a julgar, isto é, condenar alguém (v. 37a-37b), na disposição
permanente e renovada de perdoar (v. 37c) e de entregar-se a si mesmo (v. 38a),
como o Senhor se entregou para a salvação de toda a humanidade.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai,
dispõe meu coração para o perdão, pois este é o caminho pelo qual estabeleço
minha comunhão contigo.
FONTE: PAULINAS
Reflexão
A justiça de Deus é
muito diferente da justiça dos homens. A justiça dos homens parte de dois
pressupostos: o primeiro diz que a cada um deve ser dado o que lhe pertence, e
o segundo afirma que cada pessoa deve receber os méritos pelo bem que promovem
e os castigos pelos males que causa. A justiça divina é aquela que distribui
gratuitamente todos os bens e dá todas as condições para que o homem possa ser
feliz e ter uma vida digna e é por isso que Deus criou todas as coisas e as deu
gratuitamente para os homens que não viveram a gratuidade e se apossaram do
mundo segundo seus interesses. A justiça divina é aquela que não nos trata
segundo as nossas faltas, mas age com misericórdia e nos convida a fazer o
mesmo.
FONTE: CNBB
Recadinho
O Evangelho para o dia
de hoje é breve, mas se estende ao infinito! Misericórdia! Compaixão,
solidariedade, ternura, perdão, bondade, acolhida! Qual destas palavras mais
lhe toca o coração no momento? - Lembro-me do testemunho do bom samaritano? A
misericórdia não tem fronteiras! - No caminho de Emaús, à beira do lago da
Galileia, Jesus toma o pão, abençoa-o e o reparte. Tenho condições de partilhar
meus bens espirituais? E os materiais? - Os discípulos reconheceram Jesus. Eu o
reconheço em meus irmãos? - Meus irmãos o reconhecem em mim? - Como as pessoas
que cruzam meu caminho reconhecem que vivo uma vida cristã?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 -
santuario-nacional
18 de Março
de 2014
Jesus, os mestres da lei e os
fariseus.
Mt 23,1-12
Comentário do
Evangelho
A vida cristã é um
serviço.
Todo o capítulo 23 de Mateus é uma
dura crítica de Jesus aos escribas e fariseus em razão da hipocrisia deles. O
comportamento deles não corresponde à Lei que ensinam. Há uma distância entre o
que ensinam e o que fazem. O modo como eles ensinam e fazem praticar os
preceitos equivale a um fardo pesado posto sobre o ombro dos outros, fardo que
eles mesmos não carregam. A religião que praticam é hipocrisia, pura encenação,
expressão da vaidade que encerra o indivíduo em si mesmo; o coração deles não
está no que fazem, pois buscam ser vistos pelos homens (v. 5). A hipocrisia faz
com que eles busquem os seus próprios privilégios, esquecendo-se da
misericórdia a que estão obrigados. Para a comunidade cristã, a hipocrisia deve
ser rejeitada veementemente, e o comportamento dos escribas e fariseus não pode
se constituir em norma de conduta. Dos discípulos é exigido um comportamento
totalmente diferente, enraizado na própria vida e no ensinamento de Jesus. A
vida cristã é um serviço.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que os maus exemplos jamais me
influenciem, fazendo-me desviar de teu caminho. Seja teu Filho Jesus meu único
modelo de vida.
FONTE: PAULINAS
Reflexão
Dois elementos são importantes para nós a partir
da leitura do Evangelho de hoje. O primeiro é que nenhum ser humano pode ser
para nós modelo absoluto para a vivência do Evangelho, uma vez que todas as
pessoas são pecadoras. O segundo é que não podemos fazer da religião forma de
relação de poder e de promoção pessoal. As distinções que existem na vida
religiosa devem ser de cargos e funções, porque existem ministérios diferentes,
mas todos na Igreja têm uma dignidade igual: a de filhos e filhas de Deus.
Mesmo dentro da Igreja, a hierarquia só pode ser concebida à luz do Evangelho e
a partir do conceito de serviço.
FONTE: CNBB
19 de Março
de 2014
“Filho, por que agiste assim
conosco?
Mt 1,16.18-21.24ª
Comentário do
Evangelho
Era um homem justo
Celebramos, hoje, a festa de São
José. O Novo Testamento reserva a ele somente umas poucas linhas. Dele se diz,
fundamentalmente, que era um homem justo. Na linguagem bíblica “justo” é aquele
que vive em conformidade com a Lei do Senhor. Mateus, sobretudo, esclarece que
ele fez “tudo conforme o anjo lhe havia dito” (Mt 1,24; 2,13-14.19-23). O pouco
que dele se diz, no entanto, é suficiente para reconhecer a razão de sua
eleição de ser o pai do Filho de Deus segundo a carne, a saber, sua fidelidade
a Deus, sua docilidade em se deixar conduzir pelo desígnio de Deus. O evangelho
escolhido para este dia é a transição entre a infância e a idade adulta de
Jesus. É a idade da maturidade da fé, 12 anos, em que Jesus, assim como todos
os meninos da sua idade, se tornam “filhos do preceito”. Sua permanência no
Templo e o diálogo entre ele e seus pais servem, nesse momento importante de
sua vida de fé, para afirmar a que sua vida está referida e quem a move, de
fato. A vida de Jesus, desde a sua origem, está enraizada no Pai; toda a sua
vida se destina a realizar a vontade de Deus. Se por ora seus pais, segundo a
carne, não compreendem, é porque eles têm de percorrer o caminho do seu Filho,
para que à luz da ressurreição possam compreender a verdadeira identidade e missão
daquele que geraram.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Espírito que orienta nossa vida
para Deus, ajuda-me a crescer, cada dia, em sabedoria e graça, buscando, como
Jesus, adequar minha vida ao querer do Pai.
FONTE: PAULINAS
Reflexão
São José deve servir de modelo para todos nós. O
Evangelho de hoje nos mostra muitos pontos da sua pessoa que devem inspirar-nos
na vivência da fé e do compromisso com Deus e com a obra da Igreja. José
pertence à descendência de Davi, faz parte dos planos de Deus para a salvação
do mundo, como nós também fazemos parte dos planos de Deus para a nossa
salvação e das demais pessoas. José é definido como justo, que na tradição
bíblica corresponde à santidade, e nós devemos aspirar à santidade. Na dúvida,
José não fica preso nos seus planos, mas descobre e realiza a vontade de Deus.
Da mesma forma, nós devemos muitas vezes fazer um ato de humildade e procurar
realizar a vontade de Deus, e não a nossa.
FONTE: CNBB
OU
Jesus
adolescente no Templo
Lc 2,41-51ª
Comentário do Evangelho

Por que me procuráveis? Não sabíeis que devo estar na casa de meu Pai?”
O relato de Jesus no Templo, aos
doze anos, idade em que Jesus assume as obrigações legais tornando-se “filho do
preceito”, é a transição dos relatos da infância para o relato do seu batismo e
de toda a sua missão. Todo o episódio está centrado na primeira palavra de
Jesus que, por sua vez, está voltada para o futuro, e não para a sua infância:
“Por que me procuráveis? Não sabíeis que devo estar na casa de meu Pai?” (v.
49). Esta palavra confirma a mensagem do anúncio do nascimento de Jesus: “…
será chamado Filho de Deus” (1,35), e é prelúdio das revelações do evangelho.
Maria e José não compreenderam o que ele lhes
dissera, e sua mãe “guardava todas estas coisas no coração”. Maria, como também
José, terá que fazer a mesma peregrinação pela qual se chega à compreensão do
mistério da encarnação e do nascimento de Jesus. Será preciso acompanhar o
desenvolvimento do filho, passar a vida com ele, sofrer com ele a paixão,
experimentar a ruptura da morte, para que no advento da Luz da ressurreição ela
possa compreender o mistério daquele que ela gerou.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Espírito que orienta nossa vida
para Deus, ajuda-me a crescer, cada dia, em sabedoria e graça, buscando, como
Jesus, adequar minha vida ao querer do Pai.
FONTE: PAULINAS
Reflexão
São José deve servir de modelo para todos nós. O
Evangelho de hoje nos mostra muitos pontos da sua pessoa que devem inspirar-nos
na vivência da fé e do compromisso com Deus e com a obra da Igreja. José
pertence à descendência de Davi, faz parte dos planos de Deus para a salvação
do mundo, como nós também fazemos parte dos planos de Deus para a nossa
salvação e das demais pessoas. José é definido como justo, que na tradição
bíblica corresponde à santidade, e nós devemos aspirar à santidade. Na dúvida,
José não fica preso nos seus planos, mas descobre e realiza a vontade de Deus.
Da mesma forma, nós devemos muitas vezes fazer um ato de humildade e procurar
realizar a vontade de Deus, e não a nossa.
FONTE: CNBB
20 de Março
de 2014
A parábola do rico e de Lázaro
Lc 16,19-31
Comentário do
Evangelho
A Lei e os profetas são
dados para esta vida ...
O risco dos contemporâneos de
Jesus, que continua sendo o nosso, é viver a vida como se Deus não existisse e
o Senhor não nos tivesse dado o mandamento do amor ao próximo. A riqueza pode
cegar e a indiferença diante do sofrimento do outro revela o abandono do
mandamento de Deus, para além das aparências. Só da região dos mortos, onde a
situação do ser humano é irreversível, é que aquele rico anônimo compreende que
a obediência à Lei é o meio de entrar no Reino de Deus. Pela fala de Abraão,
todos os discípulos e com eles o leitor do evangelho é alertado de que o meio
para entrar no Reino de Deus está na meditação da Escritura, a quem se deve dar
ouvidos. Se esse meio é rejeitado, não há nada que poderá demover quem quer que
seja de sua má conduta. A todos nós Deus oferece os meios para viver a vida de
Deus. Esses meios estão consignados na Palavra de Deus, que é uma luz para o
nosso modo de proceder. A Lei e os profetas são dados para esta vida em vista
do Reino de Deus.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, não permitas que nada neste
mundo me impeça de ver o sofrimento de meu próximo e fazer-me solidário com ele.
FONTE: PAULINAS
Reflexão
O tempo santo da quaresma é tempo de conversão.
Quando falamos de conversão, precisamos pensar antes de tudo nas suas
motivações, pois delas depende a sua perseverança. O Evangelho de hoje nos
mostra um dos principais elementos que devemos levar em consideração no que diz
respeito à motivação para a conversão que é a questão dos valores. Para o homem
rico, os valores fundamentais eram a quantidade de bens materiais e os prazeres
do mundo. De nada lhe adiantaram Moisés e os Profetas porque, como não havia
comunhão de valores, estes se tornaram discursos vazios e a religião foi
reduzida a ritualismos. Nesta quaresma, precisamos assumir como próprios de
todos nós os valores do Evangelho para que de fato nos convertamos.
FONTE: CNBB
21 de Março
de 2014
A parábola da vinha
Mt 21,33-43.45-46
Comentário do
Evangelho
Forte apelo a reconhecer
em Jesus o dom de Deus.
A parábola não é o retrato fiel da
realidade. Ela visa transmitir uma mensagem cuja finalidade é levar a
compreender o mistério de Deus e adequar o comportamento do homem de fé com o
desígnio salvífico de Deus. No Antigo Testamento, a vinha é símbolo do povo de
Deus, povo que Deus criou e escolheu e que cuida com amor (cf. Is 5,1-7). Entre
os membros do povo de Deus, há aqueles que Deus escolheu para, em nome do
Senhor, cuidarem e protegerem o povo que a Deus pertence. A parábola denuncia,
em primeiro lugar, aqueles que, ao invés de cuidarem do povo, querem se apossar
da vinha do Senhor. Para isso, rejeitaram todos os que foram enviados por Deus
para alertá-los. É uma menção ao fim trágico de muitos profetas. Em segundo
lugar, e essa é a intenção mais importante da parábola, faz o leitor
compreender que a morte de Jesus foi premeditada e é fruto da ganância, da
maldade deliberada (cf. vv. 38-39). Apesar do v. 42, a parábola não possui um
juízo condenatório; ela é, isso sim, um forte apelo a reconhecer em Jesus o dom
de Deus, a viver em conformidade com esse dom e, nele, produzir bons frutos.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, no teu imenso amor, jamais
perdes a esperança de ver realizado o teu projeto de salvação. Que eu me deixe
tocar por teus apelos e me converta sinceramente para ti.
FONTE: PAULINAS
Reflexão
O Evangelho de hoje nos apresenta uma síntese de
toda a história da salvação. Deus formou o seu povo, representado por Jerusalém
que, nesta parábola, é simbolizado pela vinha. Aqueles que eram responsáveis
pela vida religiosa do povo não foram fiéis a Deus, que lhes enviou os profetas
para que voltassem ao caminho da justiça, mas os profetas não foram recebidos,
foram vítimas de toda espécie de violência e acabaram mortos. Por fim, Deus
enviou seu Filho ao mundo, mas ele também foi rejeitado e morto. Deus, então,
estabeleceu uma nova Aliança com o seu novo povo, a Igreja, que deve produzir
seus frutos no devido tempo.
FONTE: CNBB
22 de Março
de 2014
A parábola do Filho perdido.
Lc 15,1-3.11-32
Comentário do
Evangelho
Deus é rico em amor.
Não é a primeira vez que o autor
do evangelho observa que os fariseus e os escribas murmuram contra Jesus (cf.
Lc 5,30). A razão é a mesma, a saber, a boa acolhida que Jesus dá aos
pecadores. Depois, dos vv. 1-3 que dão o contexto e a motivação, Jesus conta
uma série de três parábolas de misericórdia. O tema da alegria no céu pela
conversão de um único pecador está presente nas três parábolas (vv.
7.10.23-24.31-32). A terra deve imitar o céu: se há alegria no céu pela
conversão de um único pecador, deve haver também na terra. Na terceira
parábola, a do “Pai misericordioso”, a alegria do Pai contrasta com a atitude
de raiva e murmuração do filho mais velho. Tem-se a impressão de que a parábola
identifica a atitude dos fariseus e dos escribas com a atitude do filho mais
velho. A acolhida ao filho mais novo não é aceitação do que ele fez; é perdão e
oferta de uma nova vida. As parábolas são resposta de Jesus à murmuração dos
seus opositores. Mas do leitor do evangelho é exigido imitar a atitude do Pai
que procura incansavelmente quem está perdido e acolhe no seu amor quem se
desgarrou e foi encontrado. Deus é rico em amor, amemo-nos uns aos outros como
o Senhor nos amou.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, coloca-me no caminho da vida,
banindo todo egoísmo que me afasta de ti, e não permitindo que eu jamais duvide
de teu amor.
FONTE: PAULINAS
Reflexão
A Igreja precisa se aproximar cada vez mais dos
pecadores e pecadoras para dar-lhes oportunidades reais de conversão e meios
concretos para que possam seguir o itinerário da fé e trilhar os caminhos da
santidade. Isso só é possível quando seguimos o exemplo de Jesus e acolhemos
todas as pessoas que vivem no pecado e que são marginalizadas por causa disso.
Se não nos dispomos a criar espaço nas nossas comunidades para essas pessoas e
não criamos mecanismos pastorais e evangelizadores eficazes, os pecadores e as
pecadoras não terão as melhores condições para corresponder à graça divina e
nós seremos responsáveis por isso.
FONTE: CNBB
23 de Março
de 2014
Jesus e a samaritana.
Comentário do
Evangelho
Iluminada e saciada, ela
se torna discípula.
Com o evangelho de hoje estamos,
certamente, diante de uma das páginas mais belas do evangelho. Aquela mulher
samaritana, ao redor do poço de Jacó, nasceu para a fé em Jesus Cristo, como
nós na fonte batismal fomos gerados para a vida de fé, a fim de vivermos como
um povo consagrado ao Senhor.
O trecho do livro do Êxodo nos recorda um momento
da longa travessia do povo de Deus pelo deserto, ao longo de quarenta anos. O
povo que empreendeu a travessia pôde experimentar, não obstante sua
infidelidade e suas resistências, a fidelidade de Deus, sua paciência, sua
generosidade, seu cuidado, sua ternura. O povo murmura porque não tem água. Nós
que ouvimos o evangelho, e renascemos nas águas do Batismo, sabemos que aquela
água que faltava ao povo e que lhe foi dada por Deus era a prefiguração da água
dada por Jesus Cristo, uma água que mata definitivamente a sede. Sem água a
vida está profundamente ameaçada. Não só a vida pessoal, mas a unidade do povo
de Deus. Queriam, diz o nosso texto, apedrejar Moisés. Diante da dificuldade,
duvidaram de Deus, da sua promessa e da sua fidelidade. Só põe em questão a
fidelidade e a lealdade de Deus quem não é capaz de ser fiel e leal. É preciso,
sustentados pelo cuidado de Deus que nos acompanha na travessia da história,
lutarmos contra o medo, o desespero, a murmuração.
Era meio-dia quando do encontro de Jesus com a
samaritana, ao redor do poço de Jacó, lugar de tantos encontros que
transformaram a vida das pessoas. Foi lá que Jacó se apaixonou por Raquel. A
observação da hora parece querer fazer o leitor compreender que, diante de
Jesus, estamos em plena luz do dia. Aquele que é a “luz do mundo” ilumina
também a Samaria, desprezada pelos outros judeus. O diálogo entre Jesus e
aquela mulher é catequético, cuja finalidade é despertar a fé, o desejo da água
que ela não podia recolher de nenhum poço; água que é dada somente pelo único
Senhor da vida. Dando ouvidos a Jesus, ela poderá exprimir o desejo pela água
que faz viver. O cântaro da purificação é superado pela água do Espírito Santo
derramado no coração dela, lei interna da caridade. Iluminada e saciada, ela se
torna discípula, testemunha de Jesus Cristo. Essa mesma água nos foi dada por
ocasião do nosso Batismo.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, em Jesus, tu nos destes um
dom precioso. Dá-me a graça de reconhecê-lo e acolhê-lo, cheio de fé, e deixar
minha vida ser transformada por ele.
FONTE: PAULINAS
24 de Março
de 2014
Jesus em Nazaré
Lc 4,24-30
Comentário do
Evangelho
Vocação do profeta
O evangelho de hoje é parte do
discurso programático de Jesus (Lc 4,16-30), na sinagoga de Nazaré. Trata-se da
resposta de Jesus à incredulidade e resistência dos seus concidadãos. A
evocação dos episódios dos profetas Elias e Eliseu permite estabelecer um
paralelo entre Israel e Nazaré. Nazaré passa a ser protótipo da rejeição de
Jesus por parte de todo Israel. Uma das temáticas dominantes de toda a primeira
parte do evangelho de Lucas é a identidade de Jesus. Jesus é verdadeiro profeta
num duplo sentido: é homem de Deus que recebe dele sua missão, e porque é
rejeitado. A rejeição é um critério que permite verificar a autenticidade de
sua vocação profética. A perseguição, a incompreensão, a vida ameaçada são
alguns dos traços presentes na vida de todo verdadeiro profeta. Para se manter
fiel à missão recebida de Deus, é preciso colocar-se inteiramente nas mãos do
Senhor. Por isso, não há nada, nem mesmo a ameaça de morte, nem ninguém que
possa impedir Jesus de prosseguir o seu caminho e realizar a vontade do Pai.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que eu saiba acolher Jesus e
reconhecê-lo como de Filho de Deus, de modo a tornar-me beneficiário de seu
ministério messiânico.
FONTE: PAULINAS

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