11 de Fevereiro
de 2014
ANO A

Jo 2,1-11
Comentário do
Evangelho
Jesus e Maria são solidários ao povo
Situado na parte do evangelho segundo João denominada “livro dos
sinais” (Jo 1–11), o relato das bodas de Caná é o “primeiro dos sinais” (v.
11). No centro do relato está a pessoa de Jesus que, com toda a sua vida,
terrestre e gloriosa, inaugura os tempos messiânicos. Característica do relato
das bodas de Caná é que se trata de uma narração simbólica que exige do leitor
o esforço de ultrapassar a materialidade do que é descrito e dito. As bodas
evocam a Aliança de Deus com o seu povo (cf. Os 2,18-21; Ez 16,8; Is 62,3-5),
Aliança passada e reiterada ao longo da história decorrida (Noé, Abraão,
Moisés) e a Aliança nova e definitiva em Jesus (cf. Mc 14,22-25; Mt 26,26-29;
Lc 22,19-20). O vinho, símbolo da alegria e da prosperidade (Sl 104,15; Jz
9,13; Eclo 31,27-28; Zc 10,7), oferecido por Jesus é melhor do que o primeiro.
Isso significa que, em Jesus Cristo, a Aliança atingiu a sua plenitude. A mãe
de Jesus, que ele mesmo no relato designa “mulher”, é símbolo de Israel que
espera, confia e vê realizada a promessa de salvação feita por Deus a seu povo.
Carlos Alberto
Contieri, sj
Oração
Pai, que o testemunho de Maria cale fundo
no meu coração, transformando-me em perfeito discípulo de Jesus. E que eu possa
conduzir muitas outras pessoas a crerem em teu Filho.
Vivendo a
Palavra
A
celebração de um casamento faz parte do cotidiano da vida. Ao realizar aí o seu
primeiro sinal, Jesus mostra que Deus está presente não só em ocasiões
extraordinárias, mas – especialmente – na rotina do dia-a-dia, na normalidade
da existência humana. É aí que devemos procurá-lo e que vamos encontrá-lo.
LEITURA ORANTE

Preparo-me para a Leitura Orante,
rezando com todos os que navegam pela web:
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Espírito Santo
que procede do Pai e do Filho,
tu estás em mim, falas em mim,
rezas em mim, ages em mim.
Ensina-me a fazer espaço à tua
palavra,
à tua oração,
à tua ação em mim
para que eu possa conhecer
o mistério da vontade do Pai.
Amém.
1. Leitura
(Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Jo 2,1-11- O casamento em Caná.
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Jo 2,1-11- O casamento em Caná.
Dois dias depois,
houve um casamento no povoado de Caná, na região da Galileia, e a mãe de Jesus
estava ali. Jesus e os seus discípulos também tinham sido convidados para o
casamento. Quando acabou o vinho, a mãe de Jesus lhe disse:
- O vinho acabou.
Jesus respondeu:
- Não é preciso que
a senhora diga o que eu devo fazer. Ainda não chegou a minha hora.
Então ela disse aos
empregados:
- Façam o que ele
mandar.
Ali perto estavam
seis potes de pedra; em cada um cabiam entre oitenta e cento e vinte litros de
água. Os judeus usavam a água que guardavam nesses potes nas suas cerimônias de
purificação. Jesus disse aos empregados:
- Encham de água
estes potes.
E eles os encheram
até a boca. Em seguida Jesus mandou:
- Agora tirem um
pouco da água destes potes e levem ao dirigente da festa.
E eles levaram.
Então o dirigente da festa provou a água, e a água tinha virado vinho. Ele não
sabia de onde tinha vindo aquele vinho, mas os empregados sabiam. Por isso ele
chamou o noivo e disse:
- Todos costumam
servir primeiro o vinho bom e, depois que os convidados já beberam muito,
servem o vinho comum. Mas você guardou até agora o melhor vinho.
Jesus fez esse seu
primeiro milagre em Caná da Galileia. Assim ele revelou a sua natureza divina,
e os seus discípulos creram nele.
Jesus, sua mãe e seus discípulos
participam de uma festa de casamento no povoado de Caná, na Galileia. O
casamento reúne muitas pessoas.
É neste ambiente que Jesus faz o seu
primeiro milagre. Por este sinal, diz o Evangelho, os discípulos crêem nele.
No Antigo Testamento, o
matrimônio era símbolo do amor de Deus pela comunidade; era símbolo
da união do Messias com a Igreja, como diz São Paulo: “Cristo amou a Igreja e
deu a vida por ela” (Ef 5,25). O vinho é dom do amor e símbolo do Espírito.
Acabar o vinho era um mal sinal. À preocupação de Maria – “O vinho acabou” -,
Jesus dá uma resposta que parece uma repreensão – “Não é preciso que a senhora
diga o que eu devo fazer”. Porém, passa a ideia de que não é preciso que Maria
diga o que ele deve fazer. Maria acredita nele, por isso, diz aos empregados:
“Façam o que ele mandar”. E assim foi feito. Os empregados, seguindo o conselho
de Maria, obedecem a Jesus. Enchem os seis potes de pedra de água. Ao levar ao
dirigente da festa um pouco da água destes potes, ela havia se transformado em
vinho. Esta mudança da água em vinho simboliza a passagem da velha à nova
economia. O vinho novo é melhor. Esta é missão de Maria: dar Jesus à humanidade
e levá-la até Jesus.
2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
A cena de Caná ilustra ainda hoje o papel de Maria na Igreja: dar Jesus ao mundo e apresentar o mundo a Jesus. Hoje também, Maria nos diz como disse aos servos: “Façam o que ele mandar”. Quem vai a Jesus por indicação de Maria não fica decepcionado.
Em Aparecida, os bispos afirmaram: “Com os olhos postos
em seus filhos e em suas necessidades, como em Caná da Galileia, Maria ajuda a
manter vivas as atitudes de atenção, de serviço, de entrega e de gratuidade que
devem distinguir os discípulos de seu Filho. Indica, além do mais, qual é a
pedagogia para que os pobres, em cada comunidade cristã, “sintam-se como em sua
casa”. Cria comunhão e educa para um estilo de vida compartilhada e solidária,
em fraternidade, em atenção e acolhida do outro, especialmente se é pobre ou
necessitado. Em nossas comunidades, sua forte presença tem enriquecido e
seguirá enriquecendo a dimensão materna da Igreja e sua atitude acolhedora, que
a converte em “casa e escola da comunhão” e em espaço espiritual que prepara
para a missão” (DAp 272).
É assim que assumo a Palavra de Deus?
Também eu me distingo pelo “estilo de vida compartilhada e solidária, em fraternidade,
em atenção e acolhida do outro, especialmente se é pobre ou necessitado”?
3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo e canto com o Pe. Zezinho, scj
Foi Maria de Nazaré que me ensinou
O segredo que mudou o pique do meu coração
Eu vivia sem me preparar, e Maria me segredou
Que pra festa não se acabar,
é preciso fazer o que Ele mandar
Foi Maria de Nazaré que me ensinou
O segredo que mudou o toque do meu coração
Eu vivia sem me questionar, e Maria me sugestionou
Que pra gente se realizar,
é preciso guardar o que Ele falou.
Cd 14 Cantigas Marianas, Pe. Zezinho, scj
4.Contemplação
(Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da
Palavra?
Meu novo olhar é como o de Maria voltado para as necessidades de meus irmãos e fixos em Jesus que é capaz de salvar a comunidade, a família, a Igreja de qualquer constrangimento, carência ou necessidade.
Bênção Bíblica
Meu novo olhar é como o de Maria voltado para as necessidades de meus irmãos e fixos em Jesus que é capaz de salvar a comunidade, a família, a Igreja de qualquer constrangimento, carência ou necessidade.
Bênção Bíblica
O Senhor nos abençoe e nos guarde!
O Senhor nos mostre seu rosto brilhante e tenha piedade de nós!
O Senhor nos mostre seu rosto e nos conceda a paz!’ (Nm 6,24-27)
Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Ir. Patrícia Silva, fsp
Oração Final
Pai
Santo, que a discrição de Maria – seu quase silêncio – sirva de moldura para
ressaltar seu pedido: «Façam o que Ele mandar.» E que nós, tua Igreja, sigamos
Maria pelos caminhos desta terra encantada, que já fazem parte do teu Reino de
Amor, junto com Jesus, o Cristo, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo
reina na unidade do Espírito Santo.
Mc 7,1-13
Reflexão
Jesus, citando o profeta Isaías, diz: 'Este povo
me honra com os lábios, mas seu coração está longe de mim'. Precisamos saber se
somos cristãos de palavras ou de coração. O cristão de palavras é aquele que
vive uma religiosidade de cumprimento de preceitos, normas e rituais, que em
nada difere dos rituais de alquimia e bruxaria que existem por aí; o que muda é
que no lugar de abracadabra, fala frases bonitas com efeitos especiais. O
cristão de coração é aquele que ama a Deus, ama os seus irmãos que são templos dele
e procura servir a Deus no serviço aos irmãos e irmãs, na valorização da pessoa
humana e promoção da sua dignidade. O cristão de coração fala pouco e nem
sempre sabe falar bonito, mas ama muito, é solidário, generoso e fraterno.
FONTE: CNBB
Recadinho

Falamos e agimos de modo bonito e agradável a Deus? - Ou somos especialistas apenas no falar? - Os simples e humildes são respeitados em sua dignidade? - Será que não há muita falsidade? - Somos solidários e fraternos?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Comentário do Evangelho
O PERIGO DA
EXTERIORIDADE
Os escribas e fariseus criticavam o
comportamento dos discípulos de Jesus, interpretado como desrespeito às
tradições religiosas do povo. Em última análise, culpavam o mestre Jesus, que
levava seus discípulos a agirem de maneira leviana e irresponsável. A tradição,
no parecer deles, merecia mais respeito. E ficavam escandalizados.
Jesus
os desmascarou, pois, atrás da veneração pela tradição, escondia-se uma enorme
hipocrisia. O respeito pela Lei era pura exterioridade, máscara para a
hipocrisia deles. Isso era pior do que a liberdade dos discípulos de comerem
sem lavar antes as mãos.
A
habilidade dos escribas e fariseus para encobrirem sua falta de consideração
pela tradição foi posta às claras. Eles eram hábeis para se eximirem de seu
cumprimento, quando isto lhes convinha. Sua submissão à tradição, portanto,
carecia de radicalidade.
Os
discípulos de Jesus eram formados de maneira diversa. Ao invés de se perderem
em detalhes e se escravizarem a interpretações meticulosas, eram exortados a se
orientarem pelo espírito da Lei. Isso não invalidava a letra da Lei, mas os
obrigava a ir fundo na busca do seu sentido, aquele correspondente à mente do
Pai. O respeito pela tradição, neste caso, não se resumia a ações previamente
determinadas. Antes, abria um espaço imenso para a criatividade. Era sempre
possível encontrar formas novas de vivenciar a Lei.
Oração
Senhor Jesus, afasta para
longe a hipocrisia que não deixa tua mensagem criar raízes em mim e viver o
projeto do Reino com autenticidade.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta,
Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste
Portal a cada mês)
Oração
Velai, ó Deus, sobre a
vossa família com incansável amor; e, como só confiamos na vossa graça,
guardai-nos sob a vossa proteção. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho,
na unidade do Espírito Santo.
REFLEXÕES DE HOJE

11
de FEVEREIRO - TERÇA
2 - “ESTE POVO ME HONRA COM OS LÁBIOS, MAS O SEU CORAÇÃO
ESTÁ LONGE DE MIM!” – Olívia Coutinho
3 - Os fariseus alteraram a Lei de Moisés-José Salviano
4 - Vós abandonais o mandamento de Deus para seguir a
tradição dos homens. Padre Queiroz
5 - Vós abandonais o mandamento de Deus para seguir a
tradição dos homens - Claretianos
HOMILIA
JESUS E A TRADIÇÃO
DOS JUDEUS Mc 7,1-13
Porque os preceitos humanos muitas
vezes esvaziam a Palavra de Deus, nós não nos podemos deixar enganar nem por
alguém nem por nada. E para que tenhamos rumo na vida, Jesus traz para nós o
caminho certo que nos possa orientar até Deus nosso Pai. Ele hoje chama a
atenção daqueles que seguem os preceitos humanos e deixam de lado os
ensinamentos da Lei de Deus. Os mandamentos nos foram dados para iluminar o
nosso caminhar, porém o homem tem substituído a orientação de Deus para seguir
as formalidades do mundo. O mandamento de Deus é o amor e Jesus veio nos
ensinar a amar com o mesmo amor que O Pai nos ama. Os nossos gestos, as nossas
expressões, o nosso comportamento deve ser pautado pelo amor de Deus.
As ações exteriores, as palavras
soltas, as atitudes falsas levam o homem a desviar-se do verdadeiro caminho e
assim perder a felicidade aqui na terra. Se, não concretizarmos o que falamos,
através da oferta do nosso coração, de nada valerá a nossa oferta exterior, os
ritos, as convenções, as práticas corriqueiras que seguem apenas o manual de
instrução do mundo.
Seguir a tradição dos homens é andar
conforme a onda do mundo até no que damos como oferta a Deus. Quando deixamos
de lado a nossa obrigação de filhos, de filhas, de pais e mães de família, de
irmãos de comunidade para impressionar as pessoas com o volume que oferecemos a
Deus caímos no erro de querer aparecer. E deixamos de agradar a Deus. Isto
porque Deus deve ser servido nos nossos irmãos e irmãs, a começar pelos
da minha casa. Não podemos nos desviar nem confundir as nossas oferendas: uma
coisa é o que se deve ao próximo, outra coisa é o que se deve a Deus. Alías São
João afirma: quem diz amar a Deus e odeia o seu irmão, este é mentiroso, porque
Deus é amor incondicional pelo irmão.
Você tem deixado de ajudar a alguém
na sua casa porque está ajudando na Igreja ou na Comunidade? – A quem você acha
que deve dar prioridade? – Quando você louva a Deus, você o faz de coração?
Você presta atenção nas suas palavras?- Qual é a sua atitude antes de ir para a
celebração Eucarística? Qual é seu pensamento? Como você vê as pessoas que você
encontra na Igreja?
Pai, coloca-me no caminho da
verdadeira piedade, a qual me leve a estar em perfeita sintonia contigo,
realizando aquilo que, de fato, é do teu agrado.
Fonte Homilia: Bantu Mendonça
Katchipwi Sayla
http://www.liturgiadapalavra.com/
HOMÍLIA DIÁRIA
Que nossa boca se cale e o nosso coração se
aproxime do Senhor!
A mesma boca que recebe a Comunhão, a
Eucaristia, é a mesma que difama, calunia e pratica aquilo que não é correto!
”Este povo me honra com os lábios, mas seu coração está longe de
mim. De nada adianta o culto que me prestam, pois as doutrinas que ensinam são
preceitos humanos” (Mc 7,
6-7).
Os fariseus estão, nesta passagem bíblica de hoje, preocupados,
juntamente com os mestres da Lei, com preceitos meramente humanos ao observarem
se Jesus lava ou não lava as mãos para comer o pão. Porque querem reparar,
querem criticar e, Jesus, por não ligar para preceitos humanos, por nos
querer ensinar que a verdadeira religião acontece no coração, o comeu sem lavar
as mãos; por isso os fariseus chamam o Senhor de ”impuro”. Sim, porque eles se
preocupam demais com esses preceitos e fazem questão de ficar um longo tempo
lavando a mão bem lavadinha, porque não estou falando de uma questão de higiene
não, tão necessária, tão importante, mas estou falando apenas de um preceito
meramente humano: a preocupação com as práticas externas da religião.
Sabem,
meus irmãos, é um perigo terrível, para nós, termos uma religião em que
cuidamos apenas do exterior e apenas nos preocuparmos com aquilo que as pessoas
vão ver e dizer. Desse modo, muitas pessoas vivem a sua religião somente da
boca para fora. Falam bonito, mas a prática não condiz com aquilo que a boca
está falando. O ”amém” para o Senhor, muitas vezes, corresponde a uma ofensa ao
próximo; um ”glória a Deus” não corresponde, muitas vezes, ao cuidar do próximo
e do necessitado. A mesma boca que recebe a Comunhão, a Eucaristia, é a mesma
que difama, calunia e pratica aquilo que não é correto!
Nós
não precisamos acusar o pecado de ninguém, mas nós não podemos viver uma
religião hipócrita, uma religião farisaica, uma religião em que nós temos
preceitos e leis e não vivemos a essência da Lei de Deus, não vivemos a
essência da religião.
Quer
viver a honestidade divina? Quer viver a observância da Lei Divina? Quer viver,
sobretudo, a caridade, o amor, o respeito para com o próximo? Que a minha, que
a sua, que a nossa religião não seja uma religião da boca para fora. Que
nós não sejamos como este povo que honra o Senhor com os lábios, canta, fala,
prega bonito, mas o coração está longe, muito longe de Deus! Que se cale nossa boca e que o nosso
coração se aproxime mais e mais do Coração do Senhor!
Deus
abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.Facebook Twitter

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