5 de Janeiro de
2014
ANO A

Mt 2,1-12
Comentário do
Evangelho
Vimos
sua estrela no Oriente
Com a solenidade da Epifania do Senhor, encerramos o ciclo do
Advento-Natal. Epifania é uma palavra de origem grega que significa, grosso
modo, “o que aparece”, “manifestação”. Na antiguidade cristã, no Oriente,
provavelmente em Alexandria, era a festa do nascimento de Jesus, celebrada no
dia 6 de janeiro, festa à qual se associou a festa do Batismo do Senhor.
O que era uma promessa feita no século VI a.C., de
que todos os povos seriam atraídos para a Luz (cf. Is 60,3), torna-se realidade
com o nascimento de Jesus Cristo. No Ocidente, a partir de uma forte devoção
desenvolvida na Idade Média, a Epifania passou a ser a “festa dos reis magos”,
motivando a origem da festa popular denominada de “folia de reis”.
Os magos são atraídos e conduzidos por sua
estrela. A solenidade da epifania, associada à visita dos magos do Oriente ao
recém-nascido, Jesus de Nazaré, é a festa da universalidade da salvação de
Deus. Desde todo o sempre, o Deus criador de todas as coisas quis atrair a si
todas as pessoas. O texto deste domingo, do profeta Isaías, é só um exemplo,
entre tantos outros. Com o nascimento daquele que é “o Sol de Justiça”,
plenitude e razão de toda a criação, Deus reúne em torno do seu Filho único
todos os povos. Em Jesus, o Senhor desperta nos povos o desejo de Deus. É essa
realidade que São Paulo afirma na carta aos Efésios: “os pagãos são admitidos à
salvação […], são beneficiários da mesma promessa” (Ef 2,6). Os “magos” são
astrólogos ou astrônomos que viam nos movimentos das estrelas o sinal de um
acontecimento importante. A evocação de Nm 24,17 é evidente na menção da
estrela seguida pelos magos. O astro ilumina, orienta, está presente em todos
os lugares e dá uma intensa alegria; alegria dada aos pastores, quando do
anúncio do nascimento de Jesus pelos anjos (cf. Lc 2,10). Olhando para a
estrela, chega-se a Deus feito homem. A inclinação diante do menino é o ato de
reconhecimento e submissão ao rei, não somente dos judeus, mas de toda a terra.
Os presentes oferecidos são a confissão da fé de todos os povos na divindade,
na realeza e no sacerdócio do Verbo que assumiu a nossa humanidade. Com São
Leão Magno podemos dizer: “instruídos nestes mistérios da graça divina,
celebremos com alegria o dia das nossas primícias e o princípio da vocação dos
gentios à fé e à salvação”.
Carlos Alberto Contieri, sj
ORAÇÃO
Pai, com discernimento e humildade, os magos deixaram-se guiar até Jesus. Concede-me as mesmas virtudes, para que eu siga o caminho que me leva a teu Filho.
Vivendo a Palavra
Aqueles magos do oriente estavam dispostos a
buscar o Rei esperado. E encontraram! Como está a nossa vigília? Ainda estamos
a caminho ou já encontramos o nosso Rei? Como Ele se mostra, hoje? Nós O
aceitamos nos pobres e sofredores? Temos sido capazes de partilhar com Ele
nosso tesouro?
Recadinho

Dê
alguma exemplo de como Deus se manifesta em sua vida. - Enumere alguns
presentes que você oferece a Deus. - Você espera que as graças de Deus venham
ou se movimenta em sua busca? - Você reza pedindo que Deus lhe manifeste seus
desejos a seu respeito? - Sua vida é uma manifestação da bondade de Deus ao
mundo?
Padre Geraldo
Rodrigues, C.Ss.R
Comentário do Evangelho
UMA PROCURA SINCERA
A simplicidade dos magos
na sua busca do Messias é desconcertante. Bastou uma estrela, identificada como
sendo dele, para que se pusessem a caminho. As dificuldades e os empecilhos
foram todos relativizados. A falta de pistas consistentes não os amedrontou,
nem o fato de terem de se dirigir a um país estrangeiro.
No
entanto, revelaram-se tão sinceros quanto ingênuos, pois, dirigiram-se,
precisamente, ao terrível rei Herodes, para informar-se sobre o rei dos judeus
que acabara de nascer. Este, intuindo tratar-se de um concorrente, poupou a
vida dos magos, para garantir uma pista que o levasse ao rei recém-nascido, seu
adversário.
Mas os
magos, absorvidos no seu projeto de encontrar o rei dos judeus, não perceberem
a trama de Herodes. Por isso, seguiram fielmente as informações recebidas. Não
importava.
A
chegada ao lugar onde estava o Menino Jesus foi o resultado de uma busca
sincera. A alegria, que lhes encheu o coração, brotava da consciência de terem
seguido a voz interior. Depois de longa caminhada, encontraram, finalmente, o
rei dos judeus, pobrezinho e desprovido de sinais exteriores de dignidade.
Mesmo assim, prostraram-se para adorá-lo.
Oração
Senhor
Jesus, coloca em meu coração o desejo de buscar-te sempre, e, embora em meio a
obstáculos, que eu seja conduzido a ti.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta,
Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste
Portal a cada mês)
Oração
Ó
Deus, que hoje revelastes o vosso filho às nações, guiando-as pela estrela,
concedei aos vossos servos e servas, que já vos conhecem pela fé,
contemplar-vos um dia face a face no céu. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso
Filho, na unidade do Espírito Santo.
REFLEXÕES DE HOJE

DOMINGO DIA 05 DE JANEIRO
VER TAMBÉM
Liturgia comentada
Vimos sua estrela... (Mt 2,1-12)
Eram outros tempos. Não havia mapas nem
GPS. Navegantes e viageiros orientavam-se pelos astros. Na imensidão do
deserto, era preciso contemplar as noites estreladas para encontrar um rumo. Ao
erguer os olhos para o alto, os viajantes definiam seu caminho terrestre.
O Concílio Vaticano II reconhece que,
ao longo da História humana, Deus irradiara uma luz que se reflete “em lampejos
daquela Verdade que ilumina a todos os homens”. (Nostra Aetate, 2.) É assim que
outros povos, fora do círculo estreito do Povo Escolhido, poderiam
perfeitamente ter alguma noção acerca de um Enviado de Deus à humanidade.
Se Israel era portador da Palavra de
Deus, que incluía os sonhos dos patriarcas e os oráculos dos profetas, os
gentios poderiam entrever luzes divinas refletidas na Criação (cf. Rm 1,19-20).
Assim, uma conjunção de astros celestes que se manifestava como uma estrela e
brilho excepcional, serviria de “sinal” aos magos que vieram do Oriente.
A reflexão teológica da Igreja sobre
este Evangelho sempre se fixou em um ponto central: a salvação que Deus nos
oferece em Jesus Cristo tem um caráter universal. Isto é, não é apenas ao Povo
Escolhido, ao Israel da Primeira Aliança, que o Filho de Deus é enviado.
Ao celebrar a Epifania do Senhor (termo
grego que traduzimos como “manifestação”), a Igreja exalta a dimensão universal
da salvação. Ninguém está excluído. Todo nacionalismo ou qualquer sonho de
superioridade étnica ou cultural é prontamente abandonado, pois o batismo
cristão lança por terra as diferenças humanas (cf. Rm 10,12; Gl 3,28)
Na abertura da Primeira Parte do
“Catecismo da Igreja Católica”, uma ilustração reproduz um afresco da catacumba
de Priscila, em Roma, do Séc. III. É uma das mais antigas imagens da arte
cristã, mostrando a Virgem Maria com o Menino ao colo. A seu lado, um profeta
aponta para a estrela com a mão direita, enquanto a esquerda traz um rolo: são
os dois “caminhos” de que dispomos para chegar à revelação de Deus – a Criação
e a Palavra revelada. Os pastores receberam a Palavra pelos anjos, os magos
acharam o caminho pela contemplação da estrela.
Assim, o Salvador está ao alcance de
todos. Sem exceção.
Orai sem cessar: “Senhor, em tua luz
vemos a luz!” (Sl 36,10)
Texto de Antônio Carlos Santini, da
Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
5 de janeiro – EPIFANIA DO SENHOR
AS NAÇÕES SE ENCAMINHAM PARA A LUZ
I. INTRODUÇÃO GERAL
Na
liturgia da solenidade de Maria, Mãe de Deus, o enfoque estava na humanidade de
Jesus; hoje celebramos a manifestação e o reconhecimento de sua divindade. O
que celebramos na liturgia é o que esperamos: que todos os povos reconheçam e
adorem em Jesus o Deus de Israel. A primeira leitura anuncia a vocação das
nações à fé no Deus vivo e verdadeiro. No evangelho, vemos em torno de Jesus os
magos (sábios do Oriente), como representantes de todos os povos, para
prestar-lhe homenagem e adoração. Na humildade do ambiente onde se encontra o
menino, deve-se reconhecer a luz da salvação oferecida por Deus a todos os
seres humanos. Também Paulo fala desse grandioso mistério que ele mesmo teve a
missão de anunciar: os gentios são chamados a formar o mesmo corpo, isto é, a
ser participantes da mesma promessa anteriormente destinada apenas a Israel. É
na luz de Jesus que caminham os cristãos e é para essa luz que deve se
encaminhar toda a humanidade.
II.
COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS
1.
Evangelho (Mt 2,1-12): Vimos sua estrela e viemos adorá-lo
Epifania
significa literalmente manifestação. Nesta solenidade, a liturgia nos apresenta
a manifestação da universalidade da salvação realizada em Cristo. Jesus, o rei
dos judeus, é adorado pelos magos (sábios do Oriente), representantes de todos
os povos. Isso significa que a promessa feita primeiramente a Israel atinge
agora a todos os que acolhem o Cristo.
Na
época em que foi escrito o Novo Testamento, os povos ainda eram politeístas
(adoravam muitos deuses). Por isso se usava a metáfora de que as nações
caminhavam nas trevas, enquanto Israel era orientado pela luz da Escritura.
Com a
entrada de Jesus na história, a palavra de Deus incultura-se. O evangelho
afirma que alguns sábios estrangeiros (do Oriente) viram a estrela e a
seguiram. Isso significa que Deus se valeu da admiração que os astros exerciam
sobre as nações politeístas e as guiou para o Cristo. Os sábios orientais
enfrentaram um caminho desconhecido e encontraram o menino, a verdadeira luz,
da qual a estrela era apenas um sinal. Os sábios se deixaram guiar e
encontraram um menino muito mais humilde e também mais importante do que
pensaram. Depois daquele encontro, eles percorreram outro caminho, não mais
guiados por um corpo estelar, mas pela estrela de Davi, o Messias. Seguiram o
caminho indicado por Deus, o caminho que é a verdade e a vida, o próprio Jesus.
O
evangelho afirma que os mestres (ou sábios) judeus tinham conhecimento até do
local onde deveria nascer o Messias descendente de Davi. Mas, apesar de serem
os primeiros destinatários das promessas de Deus, aqueles mestres de Jerusalém
não acolheram a luz verdadeira que é Jesus. Foi necessário que sábios
estrangeiros viessem do Oriente para lhes anunciar (orientar sobre) a chegada
do Messias de Israel, quando, ao contrário, Israel é que deveria orientar as
nações para Deus.
2.
I leitura (Is 60,1-6): As nações caminharão na tua luz
Quando
o povo de Israel foi expulso da Terra Prometida e se dispersou pelo mundo,
sentia-se mergulhado nas trevas das nações politeístas e violentas. Mas, apesar
dessas circunstâncias, o profeta vê um final glorioso: quando tudo parecer desmoronar
e dissolver-se na escuridão, a glória de Deus será refletida por meio de Israel
e iluminará as nações, que começarão a andar na luz do amanhecer de um novo
tempo.
O
profeta está convencido de que os judeus retornarão para a Terra Prometida e de
que as nações nas quais eles estavam dispersos verão a glória de Deus refletida
no povo de Israel e então também elas se encaminharão para Jerusalém. Israel
será como um oceano de luz para as nações antes imersas nas trevas do
politeísmo.
3.
II leitura (Ef 3,2-3a.5-6): Em Cristo, os gentios participam da promessa
Paulo
afirma ter recebido um encargo sagrado (v. 3): foi-lhe conferida a graça de
proclamar o evangelho aos gentios, ou seja, aos não judeus.
O
apóstolo insiste que sua atividade missionária entre os gentios não foi uma
decisão pessoal. Dar a conhecer o evangelho a todas as nações foi um ato
poderoso de Deus em seu plano eterno de salvação da humanidade. Coube a Paulo a
docilidade e a fidelidade ao chamado divino.
III.
PISTAS PARA REFLEXÃO
O
enfoque da liturgia de hoje não está na devoção aos magos, mas sim na
manifestação da divindade de Jesus e no apelo à missão.
Quem vê
a luz da estrela deve pôr-se a caminho. Solicitude e prontidão são as atitudes
dos magos e do apóstolo Paulo, que servem de exemplo aos cristãos de nosso
tempo.
No hoje
de nossa existência, faz-se necessário reconhecer a luz de Cristo numa
sociedade dividida na pluralidade de tantas luzes que apontam para várias
direções, mas nem sempre refletem a luz inextinguível que é o Cristo.
Para
que as pessoas de hoje possam adorar o Deus vivo e verdadeiro, é necessário que
os cristãos saiam do comodismo e individualismo e, por meio da missão e do
testemunho de vida, façam brilhar para o mundo a “estrela de Davi”, o Filho de
Deus.
Aíla Luzia Pinheiro Andrade
Graduada em Filosofia pela Universidade Estadual do Ceará e em Teologia pela
Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (Faje - BH), onde também cursou
mestrado e doutorado em Teologia Bíblica e lecionou por alguns anos.
Atualmente, leciona na Faculdade Católica de Fortaleza. É autora do livro Eis
que faço novas todas as coisas – teologia apocalíptica (Paulinas).
E-mail:
aylanj@gmail.com.
05 de janeiro –
Epifania do Senhor
13º ENCONTRO INTERECLESIAL DE CEBs
A Diocese do Crato, no Ceará, neste início de ano, é a anfitriã do 13º
Encontro Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs). O Juazeiro do
Norte, nas terras do Pe. Cícero e do Pe. Ibiapina, do beato Zé Lourenço e da
beata Maria de Araújo, acolhe todas as comunidades eclesiais de base vindas de
todos os cantos do Brasil, como também representantes das CEBs da América
Latina e do Caribe, da Europa, da Ásia e da África. Esses encontros acontecem
desde 1975 e têm como finalidade partilhar a vida, as experiências, as
reflexões que se fazem nas comunidades eclesiais. Ajudam no fortalecimento da
caminhada. Colaboram na articulação e interação entre as comunidades, à medida
que oferecem a oportunidade de conhecer os problemas, os desafios, as lutas e
as conquistas presentes na vida do povo.
Neste ano, estamos vivenciando o 13º Intereclesial das CEBs, no coração
do Nordeste. O tema – JUSTIÇA E PROFECIA A SERVIÇO DA VIDA – retoma a palavra
bíblica dos profetas e do próprio Jesus de Nazaré, indicando a necessidade de a
justiça ser aceita como dom de Deus, interiorizada pelas pessoas e vivida na
sociedade, para que haja vida abundante para todos (Jo 10,10), na grande
comunidade de vida. Esse tema expressa o grito que sai das manifestações de
rua, presente também na 5ª Semana Social Brasileira e no Grito dos Excluídos,
indicando a necessidade de buscar nova forma de convivência social com novo
papel do Estado, como a CNBB alerta em seu Documento n. 91: Reforma do
Estado com participação democrática.
O lema – CEBs, ROMEIRAS DO REINO, NO CAMPO E NA CIDADE – busca
aprofundar a missão das CEBs como anunciadoras de novo modelo de Igreja, tendo
a Palavra de Deus como fonte de sua espiritualidade. Elas, pelo seu compromisso
evangelizador e missionário no meio do povo, assumindo a opção preferencial
pelos pobres (DAp 179), possam contribuir na construção de um Brasil
economicamente justo, politicamente democrático, socialmente igualitário e
ecologicamente sustentável.
Pe. Benedito Ferraro
Assessor da Ampliada Nacional das CEBs
HOMILIA
OS VISITANTES DO ORIENTE Mt 2,1-12
Mateus introduz as narrativas da infância de Jesus antes do seu batismo.
Tais narrativas - de caráter teológico, com a forma literária do midraxe
judaico, na qual se busca o sentido de um acontecimento atual com base nos
textos sagrados do Primeiro Testamento - abrangem: a genealogia de Jesus; o
anúncio do anjo a José sobre a concepção de Maria por obra do Espírito Santo; a
adoração dos magos do Oriente, introduzida com a curta notícia do nascimento de
Jesus: "Tendo Jesus nascido em Belém da Judeia, no tempo do rei
Herodes"; a fuga da família para o Egito; a matança das crianças em Belém;
e o estabelecimento da família em Nazaré.
"Que presente eu devo levar para o grande rei dos judeus, que
acabou de nascer?" Esta pergunta deve ter ocupado a mente dos reis magos
antes da viagem que fizeram em busca da estrela.
Se eles não sabiam onde nasceria o rei, também não sabiam que ele era de
uma família pobre. Então devem ter pensado: "O que eu tenho de melhor para
oferecê-lo?"
Você já deve ter passado pela situação de sair para comprar um presente
para alguém que não conhece, ou que parece já ter tudo o que quer. Agora
imagine sair para comprar um presente para um rei que você não conhece, e que
teoricamente (por ser um rei), já tem tudo o que precisa! O que você daria?
Os reis magos saíram de suas casas com o melhor presente que poderiam
dar, preparados para encontrar um palácio ou uma mansão. Seguiram a estrela até
chegar ao lugar onde o rei dos judeus deveria nascer, e encontraram um
estábulo. Lá estava um jovem casal e um bebê recém-nascido. Os reis magos devem
ter parado por um momento para contemplar essa cena única na história da
humanidade. Naquele momento, eles estavam representando a cada um de nós, na
nossa vontade de prestar uma homenagem ao nosso rei, que acabara de nascer.
E os presentes: o melhor ouro, para simbolizar a realeza, o melhor
incenso, para simbolizar a divindade e a melhor mirra, para simbolizar a paixão
e morte que Ele haveria de sofrer. Observe que os reis magos não deram tudo o
que tinham, mas deram o melhor que tinham. E é para esse ponto que nós
voltamos: "O que eu posso dar de melhor para o meu Rei Jesus?" Só
você sabe o que tem de melhor. Quem merece o seu melhor? Você é criativo? Use
sua criatividade para presentear Jesus. Você é bonito? Use sua beleza para
presentear Jesus. Você é rico? Use sua riqueza para presentear Jesus. Você é
esperto? Use sua esperteza para presentear Jesus.
Pai, com discernimento e humildade, os magos deixaram-se guiar até
Jesus. Concede-me as mesmas virtudes, para que eu siga o caminho que me leva a
teu Filho.
Fonte Homilia: Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Deus Pai procura por novos adoradores
Adorar significa reconhecer que não somos nada, mas que Deus, em
nós, é tudo!
”Quando
entraram na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Ajoelharam-se diante dele,
e o adoraram” (Mateus 2, 11).
Nós
hoje celebramos a Epifania do Senhor, para alguns a Festa de Reis, pois
celebramos o dia em que aqueles três magos do Oriente saíram e foram ao
encontro do Senhor. Foram até Jerusalém, queriam saber quem era o Messias, ou
melhor, quem era o Rei dos judeus que acabara de nascer.
O
que buscavam aqueles magos? O que buscavam aqueles três homens guiados por uma
estrela? Eles buscavam o Rei! Eles buscavam uma luz, eles buscavam uma direção!
O fato de eles serem magos nos dá a certeza de que eles eram investigadores, de
que eles estudavam, e estudavam muito para conhecer os segredos da Terra, do
mar e de todas as coisas. Alguns hoje continuam estes estudos por intermédio da
astrologia; e também de outras coisas que não levam a nada, pois algumas
pessoas acreditam em horóscopo, algumas pessoas querem saber a sua sorte com a
ajuda do zodíaco. Tudo erro, tudo fantasia!
Os
magos do Oriente, hoje, nos mostram que é preciso deixar para trás tudo aquilo
que é engano e ilusão. E seguir uma única Estrela que há no céu, nos apontando
que só existe apenas uma Luz que nos pode salvar. Herodes tentou atrapalhar o
caminho desses homens, Herodes tentou atrapalhar o caminho da humanidade ao
fingir que, falsamente, iria adorar o Senhor. Mas esses três homens chegaram e
encontraram o Menino Jesus deitado em uma manjedoura, com Seu pai e com Sua
mãe. Ao virem o Senhor os três reis magos O contemplaram, prostraram-se diante
d’Ele e O adoraram.
Quando
nós adoramos verdadeiramente a alguém, no sentido pleno e profundo da palavra,
significa que não há outro, que não existe outro, somente este é Deus e Senhor,
somente Ele merece adoração e prostração; somente Ele nos dá a vida, salvação e
libertação. Toda a ciência que estes magos conheciam, naquele momento encontra
o sentido pleno na Pessoa de um Menino a quem eles adoram.
O
ato de adorar é o gesto místico e religioso mais profundo que existe. Adorar é
reconhecer a nossa pequenez, que não somos nada e que o Senhor é tudo! Adorar
significa reconhecer a grandeza de Deus e a nossa pequenez. Adorar significa
reconhecer que não somos nada, mas que Deus, em nós, é tudo!
Só
aqueles que têm humildade de coração, só aqueles que realmente encontram em
Deus o refúgio para suas vidas, e que reconhecem n’Ele o Senhor e o Salvador, é
que podem adorá-Lo em espírito e verdade. São esses os adoradores pelos quais o
Pai procura. E além de Maria e José e os pastores, naquele momento começam a
chegar os primeiros adoradores do Senhor: estes três homens que se prostram
diante do Senhor para reconhecê-Lo.
Eu
e você precisamos ser adoradores somente do Senhor! É hora de abandonarmos
ídolos, cultos a pessoas, ídolos do futebol, do rock, da música, ídolos de
qualquer espécie! É hora de abandonarmos as fantasias que se criaram em nós por
meio de astrologia, de falsas ciências, de falsas filosofias e reconhecer que
somente Jesus Cristo é o Senhor da nossa vida.
Adorado,
glorificado e exaltado seja o Senhor nosso Deus! Adorado seja o Menino Jesus,
Aquele que nasceu para ser o nosso Salvador! O Salvador de toda a humanidade!
Que
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.Facebook Twitter
LEITURA ORANTE
Mt 2,1-12 - A estrela aponta Jesus

Saudação
- A nós, a paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor
Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito
Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no
amor de Cristo!
Preparo-me para a Leitura, rezando:
Senhor, no teu presépio
quero ser aquela estrela de Belém.
Quando nasceste ela anunciou teu
nascimento e
guiou os três Reis Magos do ocidente
até o local onde estavas.
Quero ser a Estrela de Belém para
dizer a todos que és a luz do mundo.
Os reis disseram: “onde está o rei
dos judeus recém-nascido?
Vimos a sua estrela e viemos
adorá-lo" (Mt 2,1-2).
A estrela de Belém indicou o caminho
para os magos (Mt 2,2).
A estrela tornou-se o grande símbolo
do que aconteceu naquela noite.
A estrela aponta para Belém, local do
nascimento do menino Jesus.
A estrela aponta para a plenitude de
vida vinda ao mundo em Cristo.
Quero ser, Senhor, esta estrela
de Belém que aponta para Jesus.
1.
Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o
texto: Mt 2,1-12
Jesus nasceu na
cidade de Belém, na região da Judéia, quando Herodes era rei da terra de
Israel. Nesse tempo alguns homens que estudavam as estrelas vieram do Oriente e
chegaram a Jerusalém. Eles perguntaram:
- Onde está o menino que nasceu para ser o rei dos judeus? Nós vimos a estrela dele no Oriente e viemos adorá-lo.
Quando o rei Herodes soube disso, ficou muito preocupado, e todo o povo de Jerusalém também ficou. Então Herodes reuniu os chefes dos sacerdotes e os mestres da Lei e perguntou onde devia nascer o Messias. Eles responderam:
- Na cidade de Belém, na região da Judéia, pois o profeta escreveu o seguinte:
"Você, Belém, da terra de Judá,
de modo nenhum é a menor
entre as principais cidades de Judá,
pois de você sairá o líder
que guiará o meu povo de Israel."
Então Herodes chamou os visitantes do Oriente para uma reunião secreta e perguntou qual o tempo exato em que a estrela havia aparecido; e eles disseram. Depois os mandou a Belém com a seguinte ordem:
- Vão e procurem informações bem certas sobre o menino. E, quando o encontrarem, me avisem, para eu também ir adorá-lo.
Depois de receberem a ordem do rei, os visitantes foram embora. No caminho viram a estrela, a mesma que tinham visto no Oriente. Ela foi adiante deles e parou acima do lugar onde o menino estava. Quando viram a estrela, eles ficaram muito alegres e felizes. Entraram na casa e encontraram o menino com Maria, a sua mãe. Então se ajoelharam diante dele e o adoraram. Depois abriram os seus cofres e lhe ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra.
E num sonho Deus os avisou que não voltassem para falar com Herodes. Por isso voltaram para a sua terra por outro caminho.
- Onde está o menino que nasceu para ser o rei dos judeus? Nós vimos a estrela dele no Oriente e viemos adorá-lo.
Quando o rei Herodes soube disso, ficou muito preocupado, e todo o povo de Jerusalém também ficou. Então Herodes reuniu os chefes dos sacerdotes e os mestres da Lei e perguntou onde devia nascer o Messias. Eles responderam:
- Na cidade de Belém, na região da Judéia, pois o profeta escreveu o seguinte:
"Você, Belém, da terra de Judá,
de modo nenhum é a menor
entre as principais cidades de Judá,
pois de você sairá o líder
que guiará o meu povo de Israel."
Então Herodes chamou os visitantes do Oriente para uma reunião secreta e perguntou qual o tempo exato em que a estrela havia aparecido; e eles disseram. Depois os mandou a Belém com a seguinte ordem:
- Vão e procurem informações bem certas sobre o menino. E, quando o encontrarem, me avisem, para eu também ir adorá-lo.
Depois de receberem a ordem do rei, os visitantes foram embora. No caminho viram a estrela, a mesma que tinham visto no Oriente. Ela foi adiante deles e parou acima do lugar onde o menino estava. Quando viram a estrela, eles ficaram muito alegres e felizes. Entraram na casa e encontraram o menino com Maria, a sua mãe. Então se ajoelharam diante dele e o adoraram. Depois abriram os seus cofres e lhe ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra.
E num sonho Deus os avisou que não voltassem para falar com Herodes. Por isso voltaram para a sua terra por outro caminho.
Celebramos hoje a Epifania ou
Manifestação do Senhor a todos os povos.
São Mateus é o único dos evangelistas que faz a
narrativa da visita dos “magos”. Magos (do grego) significa grande, ilustre.
Esta solenidade nos comunica que a salvação é para todos. Os magos vinham do
Oriente à procura do Rei dos Judeus, indicado pela estrela. A estrela os conduz
e eles encontram o menino com Maria, sua Mãe. Diz o texto que eles ficaram
muito alegres! Oferecem de presente ao menino ouro, incenso e mirra. O ouro
simboliza a realeza de Jesus, o incenso, a sua divindade, e a mirra, a sua
humanidade.
2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
O que o texto diz para mim, hoje?
O texto me convida a respeitar
culturas e raças diferentes, me ensina a procurar a Deus de coração sincero.
Ensina-me ainda a não me deixar confundir por outros reinos. Todas as culturas
já trazem dentro de si "as sementes do Verbo". Lembram isso os bispos
em Aparecida, quando dizem: " O Evangelho
chegou a nossas terras em meio a um dramático e desigual encontro de povos e
culturas. As “sementes do Verbo”presentes nas culturas autóctones, facilitaram
a nossos irmãos indígenas encontrarem no Evangelho respostas vitais às suas
aspirações mais profundas: “Cristo era o Salvador que esperavam
silenciosamente”. (DAp 4).
3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Sendo o Dia dos Reis, recordamos a
religiosidade popular com a bela canção:
Que noite tão
bonita (4)
(tema de folia de Reis, recolhida por Ely Camargo, em Nova Resende, MG, em 1979)
(tema de folia de Reis, recolhida por Ely Camargo, em Nova Resende, MG, em 1979)
Ai, que hora tão solene, ai, ai, ai
Ai, que noite tão bonita, ai, ai, ai
Ai, que noite tão bonita, ai, ai, ai
Que o Menino foi nascido, ai, ai, ai
Numa pobre estrebaria, ai, ai, ai
Numa pobre estrebaria, ai, ai, ai
Quem podia ter nascido, ai, ai, ai
Num lençol de ouro fino, ai, ai, ai
Num lençol de ouro fino, ai, ai, ai
Foi pra dar exemplo ao mundo, ai, ai,
ai
Que nasceu pobre menino, ai, ai, ai
CD Cantigas do povo - Paulinas COMEP, Ely Camargo, Água da fonte, Ely Camargo
Que nasceu pobre menino, ai, ai, ai
CD Cantigas do povo - Paulinas COMEP, Ely Camargo, Água da fonte, Ely Camargo
4.Contemplação
(Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da
Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus. Vou me deixar guiar pela estrela da fé.
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus. Vou me deixar guiar pela estrela da fé.
Bênção paulina de
Alberione
Jesus Divino Mestre seja para ti:
a verdade que ilumina,
o caminho da santidade,
a vida plena e eterna.
Que ele te guarde e defenda.
Plenifique de todos os bens
a ti e a todos que amas.
Em nome do Pai, do Filho e do
Espírito Santo.
Amém.
Irmã Patrícia Silva, fsp


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