1 de Dezembro de 2013
ANO A
Mt 24,37-44
Comentário do
Evangelho
Atitude
de vigilância
O primeiro domingo do
Advento é o início do ano litúrgico. Para os cristãos, é o verdadeiro “ano
novo”, pois a nossa vida de fé é marcada e ritmada pela celebração do Mistério
de Deus. O Advento é tempo de preparação para o Natal; tempo que deve ser vivido
numa dupla atitude: intensificar a leitura e a meditação da Palavra de Deus e a
penitência.
O texto da liturgia de hoje é parte do discurso
escatológico de Jesus (Mt 24,1–25,46); discurso sobre o fim. Entenda-se fim não
como término, mas como aquilo que é definitivo para a existência humana.
Normalmente, a linguagem utilizada para este tipo de discurso é a apocalíptica,
que tem um tom um tanto dramático e, por vezes, causa certo medo nas pessoas
que não ultrapassam o sentido primeiro do texto. Em nosso caso, o discurso é
exortação aos discípulos a colocarem a sua confiança naquilo que não passa. O
precursor deste tipo de linguagem na Bíblia é o livro de Daniel (Dn 7–12),
escrito em meados do segundo século antes de Cristo.
A evocação do tempo de Noé e o dilúvio servem para
colocar os discípulos, destinatários do discurso (cf. Mt 24,1), de alerta e
para os convidar a uma atitude de engajamento e coerência com sua vocação
cristã. O dilúvio, como evento de purificação, é água divisora entre um antes e
um depois. Parece que o dilúvio os faz abrir os olhos quanto ao modo como
viviam: nada percebiam, “até que veio o dilúvio e arrastou a todos” (v. 39). A
vida do ser humano não se encerra nos limites da história, nem se resume em
comer e beber, nem em procurar “aproveitar a vida”. Na descrição sumária do
tempo de Noé, Deus não aparece; é como se ele não contasse para nada. A
excessiva preocupação com questões relativas à vida de cada dia e com o
bem-estar pode não só nos distanciar das coisas do céu, como também nos fazer
prescindir do próprio Deus ou até ignorar sua presença. A história do tempo de
Noé, antes do dilúvio, serve para ilustrar esta situação e interpelar os
discípulos a que mantenham a vida referida a Deus. A fé em Deus exige uma vida
conforme a sua vontade: “Nem todo aquele que me diz Senhor, Senhor!, entrará no
Reino dos céus, mas o que faz a vontade do meu Pai que está nos céus” (Mt
7,21). A vida de quem crê deve ser a expressão da fé que ele professa e do Deus
em quem ele põe a sua esperança e confiança. O principal é buscar o Reino de
Deus, que antecede todas as coisas, e por Deus o necessário é dado (ver: Lc
12,22-31).
A imprevisibilidade da vinda do Filho do Homem
exige uma atitude diferente das pessoas do tempo de Noé, anteriores ao dilúvio
(cf. v. 39b-41). A atitude requerida é a da vigilância (cf. v. 42). Vigilância
é trabalho de discernimento, é empenho na atividade cotidiana que engaja o
homem na sua missão, fruto do seguimento de Jesus Cristo. “É hora de
despertarmos do sono”, diz Paulo, “abandonemos as obras das trevas, e vistamos
as armas da luz; procedamos honestamente como em pleno dia […]. Revesti-vos do
Senhor Jesus Cristo” (Rm 13,11-14).
Carlos
Alberto Contieri, sj
ORAÇÃO
Pai, à chegada de teu
Filho que vem, quero encontrar-me preparado, por meio do amor gratuito a meu
semelhante.
Vivendo a Palavra
Comiam, bebiam, casavam-se... A vida
corria na aparente normalidade – assim como a nossa. Jesus nos adverte que o
fim acontecerá sem anúncio específico: devemos vigiar, para não cairmos nas
tentações, e orar sempre. Significa viver conscientes de que Deus, Pai
Misericordioso, está presente em nós e entre nós.
REFLEXÕES DE HOJE
01 de DEZEMBRO – DOMINGO
1 - ADVENTO: TEMPO DE NASCIMENTO E RENASCIMENTO – Olívia Coutinho
VEJA MAIS HOMILIAS DESTE DOMINGO
HOMILIA
VIGILÂNCIA Mt, 24,37-44
Neste
primeiro domingo do Advento, somos convidados a nos preparar para a vinda de
Jesus. Para a primeira vinda, que acontece no Natal, com o seu nascimento, mas
também para a segunda vinda, que irá marcar o fim dos tempos. Durante toda a
semana refletimos o capítulo 21 de Lucas, que trata desse assunto.
A embriaguez, a glutonaria e a luxúria são os sinais que Jesus dá para
descrever o estado daqueles que foram surpreendidos pelo dilúvio e dos que
serão surpreendidos pela vinda do Filho do Homem. Jesus enraíza assim a
vigilância espiritual numa atitude corporal. Se os que foram e serão
surpreendidos se entregavam à embriaguez, à glutonaria e à luxúria, como deve
ser a atitude dos que permanecem vigilantes? Eles devem agir opostamente; à
embriaguez devem opor a sobriedade, à glutonaria devem opor o jejum, à luxúria
devem opor a castidade.
A
figura paradigmática dessa atitude de vigilância é São João Baptista, ele que
não bebia bebida fermentada, comia apenas mel silvestre e gafanhotos e vivia só
no deserto. Por isso, Deus deu-lhe o dom de reconhecer em Jesus o Cordeiro de
Deus que tira o pecado do mundo. Estar acordado, desperto, com o espírito
atento aos sinais dos tempos para não sermos surpreendidos pelo Deus que
intervém na história para julgar com justiça para operar a divisão entre os que
o esperam e os que se entregam à embriaguez de espírito.
A
Igreja recorda-nos, particularmente no tempo do Advento, que a preparação para
esses tempos escatológicos é extremamente necessária. São Francisco de Sales
diz mesmo que nós deveríamos viver cada dia como se ele fosse o último da nossa
vida. A segunda vinda do Senhor não nos deve atemorizar, mas sim encher-nos de
confiança. Em primeiro lugar porque Cristo virá julgar com justiça colocando
ordem num mundo desordenado pelo pecado e o Bem vencerá finalmente o mal. Então
todos os povos subirão à montanha do Senhor e o grande banquete nupcial de
todos os povos começará. Por isso a Igreja suspira durante este tempo do
Advento dizendo: «Vem, Senhor Jesus»
Segundo João Paulo II o “Advento encoraja-nos a estar vigilantes e conscientes
de que o Reino de Deus se aproxima”. Com este primeiro domingo do Advento tem
início um novo ano litúrgico. A Igreja retoma o seu caminho e convida-nos a reflectir
mais intensamente sobre o mistério de Cristo, mistério sempre novo que o tempo
não pode esgotar. Cristo é o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. Graças a Ele,
a história da humanidade avança como uma peregrinação para o cumprimento do
Reino, que Ele próprio inaugurou com a sua encarnação e a sua vitória sobre o
pecado e a morte.
Por isso, Advento é sinônimo de
esperança: não a expectativa vã de um deus desprovido de rosto, mas a confiança
concreta e certa da vinda d'Aquele que já nos visitou, do «Esposo» que, com o
seu sangue, selou com a humanidade um pacto de aliança eterna. É uma esperança
que encoraja a estar vigilante, virtude característica deste singular tempo
litúrgico. Vigilância na oração, animada por uma expectativa amorosa;
vigilância no dinamismo da caridade concreta, consciente de que o Reino de Deus
se aproxima, onde os homens aprendem a viver como irmãos.
Com estes sentimentos, a comunidade cristã entra no Advento, mantendo o
espírito vigilante, para receber melhor a mensagem da Palavra de Deus. Hoje, na
liturgia é entoado o célebre e maravilhoso oráculo do profeta Isaías,
pronunciado num momento de crise da história de Israel. «No
fim dos tempos diz o Senhor acontecerá que o Monte do Templo do Senhor terá os seus
fundamentos no cume das montanhas e dominará as colinas. Acorrerão a ele todas
as gentes... que das suas espadas forjarão relhas de arados, e das suas lanças,
foices. Uma nação não levantará a espada contra outra nação, e não se
adestrarão mais para a guerra» (Is 2, 2-4).
Estas palavras contêm uma promessa de paz mais atual do que nunca para a
humanidade. Oxalá as palavras do profeta Isaías inspirem a mente e o coração
dos fiéis e dos homens de boa vontade e contribuam para criar no mundo um clima
mais calmo e solidário.
Que
Maria, Virgem vigilante e Mãe da esperança. Daqui a alguns dias celebraremos
com fé renovada a solenidade da Imaculada Conceição. Ela nos oriente por este
caminho, ajudando cada homem e nação a voltar o olhar para o «monte do Senhor»,
imagem do triunfo definitivo de Cristo e do advento do seu Reino de paz. Amém!
Fonte
Homilia: Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Liturgia comentada
Todos comiam e bebiam... (Mt 24,37-44)
Fique bem claro: o clima era de
festa... Prato cheio, vinhos finos, riso farto, gente descontraída. O
suficiente para esquecer qualquer preocupação. Como nas noites de nossas
sextas-feiras, quando vale qualquer recurso para esquecer as pressões do trabalho,
exigências da família e – óbvio – as necessidades do próximo. É o que chamamos
de “diversão”. Ou, se quiserem, “distração”.
Ao final da festa, todos hão de cair no
sono, di-vertidos e dis-traídos. Entretanto, a noite já está avançada e o
Senhor se aproxima. Ouvirão eles o grito agudo na escuridão? “O Senhor vem!”
Ora, dificilmente poderão ouvir a voz profética de João Batista, que clama por
con-versão. É outro o prefixo. É outra a realidade...
Todos os textos da liturgia de hoje –
já no tempo do Advento - estão orientados para a Vinda do Senhor. Fora da
festa, muita gente vive na expectativa de sua chegada. Atentos, em alerta
permanente, de olhos bem abertos, nem ousam piscar. Postados sobre a muralha,
eles vigiam a noite, atiçam a aurora, tentando apressar a Presença.
Este 1º Domingo do Advento é um
premente convite a sairmos do sono e acordar para a chegada do Desejado de
todas as nações. Lâmpadas acesas, os rins bem cingidos, ouviremos o toque da
trombeta e sairemos festivos ao encontro do Rei.
Outra coisa não é a vida cristã, senão
esse estado de vigília permanente que nos vacina contra toda dis-tração. Nada
nos des-centra do foco: Ele vem! Ele está às portas! Preparai-vos!
Como escreveu o teólogo Hans Urs von
Balthasar, “Deus faz irrupção na história a partir do alto, por assim dizer,
verticalmente: Ele vem para todos na hora em que não esperam; é justamente por
isso que devemos esperá-lo sem cessar”.
Já a turma daquela festa não espera por
nada. Por ninguém. Por isso é que eles têm necessidade de “matar o tempo” e
acabam adormecendo nos vapores do vinho. A noite deles custa a passar. A noite
é sempre longa quando não se espera por nada...
Nós, ao contrário, esperamos
ansiosamente pelo Senhor. A noite é curta para nós. A aurora já se anuncia. O
Senhor já vem!
Orai sem cessar: “O Espírito e a Esposa
dizem: ‘Vem!’” (Ap 22,17)
Texto de Antônio Carlos Santini, da
Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
1 de dezembro – 1º DOMINGO DO ADVENTO
A SALVAÇÃO ESTÁ PRÓXIMA

Carlos
Alberto Contieri, sj
ORAÇÃO
Pai, à chegada de teu
Filho que vem, quero encontrar-me preparado, por meio do amor gratuito a meu
semelhante.
Vivendo a Palavra
Comiam, bebiam, casavam-se... A vida
corria na aparente normalidade – assim como a nossa. Jesus nos adverte que o
fim acontecerá sem anúncio específico: devemos vigiar, para não cairmos nas
tentações, e orar sempre. Significa viver conscientes de que Deus, Pai
Misericordioso, está presente em nós e entre nós.
REFLEXÕES DE HOJE

01 de DEZEMBRO – DOMINGO
1 - ADVENTO: TEMPO DE NASCIMENTO E RENASCIMENTO – Olívia Coutinho
VEJA MAIS HOMILIAS DESTE DOMINGO
HOMILIA
VIGILÂNCIA Mt, 24,37-44
Neste
primeiro domingo do Advento, somos convidados a nos preparar para a vinda de
Jesus. Para a primeira vinda, que acontece no Natal, com o seu nascimento, mas
também para a segunda vinda, que irá marcar o fim dos tempos. Durante toda a
semana refletimos o capítulo 21 de Lucas, que trata desse assunto.
A embriaguez, a glutonaria e a luxúria são os sinais que Jesus dá para
descrever o estado daqueles que foram surpreendidos pelo dilúvio e dos que
serão surpreendidos pela vinda do Filho do Homem. Jesus enraíza assim a
vigilância espiritual numa atitude corporal. Se os que foram e serão
surpreendidos se entregavam à embriaguez, à glutonaria e à luxúria, como deve
ser a atitude dos que permanecem vigilantes? Eles devem agir opostamente; à
embriaguez devem opor a sobriedade, à glutonaria devem opor o jejum, à luxúria
devem opor a castidade.
A
figura paradigmática dessa atitude de vigilância é São João Baptista, ele que
não bebia bebida fermentada, comia apenas mel silvestre e gafanhotos e vivia só
no deserto. Por isso, Deus deu-lhe o dom de reconhecer em Jesus o Cordeiro de
Deus que tira o pecado do mundo. Estar acordado, desperto, com o espírito
atento aos sinais dos tempos para não sermos surpreendidos pelo Deus que
intervém na história para julgar com justiça para operar a divisão entre os que
o esperam e os que se entregam à embriaguez de espírito.
A
Igreja recorda-nos, particularmente no tempo do Advento, que a preparação para
esses tempos escatológicos é extremamente necessária. São Francisco de Sales
diz mesmo que nós deveríamos viver cada dia como se ele fosse o último da nossa
vida. A segunda vinda do Senhor não nos deve atemorizar, mas sim encher-nos de
confiança. Em primeiro lugar porque Cristo virá julgar com justiça colocando
ordem num mundo desordenado pelo pecado e o Bem vencerá finalmente o mal. Então
todos os povos subirão à montanha do Senhor e o grande banquete nupcial de
todos os povos começará. Por isso a Igreja suspira durante este tempo do
Advento dizendo: «Vem, Senhor Jesus»
Segundo João Paulo II o “Advento encoraja-nos a estar vigilantes e conscientes
de que o Reino de Deus se aproxima”. Com este primeiro domingo do Advento tem
início um novo ano litúrgico. A Igreja retoma o seu caminho e convida-nos a reflectir
mais intensamente sobre o mistério de Cristo, mistério sempre novo que o tempo
não pode esgotar. Cristo é o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. Graças a Ele,
a história da humanidade avança como uma peregrinação para o cumprimento do
Reino, que Ele próprio inaugurou com a sua encarnação e a sua vitória sobre o
pecado e a morte.
Por isso, Advento é sinônimo de
esperança: não a expectativa vã de um deus desprovido de rosto, mas a confiança
concreta e certa da vinda d'Aquele que já nos visitou, do «Esposo» que, com o
seu sangue, selou com a humanidade um pacto de aliança eterna. É uma esperança
que encoraja a estar vigilante, virtude característica deste singular tempo
litúrgico. Vigilância na oração, animada por uma expectativa amorosa;
vigilância no dinamismo da caridade concreta, consciente de que o Reino de Deus
se aproxima, onde os homens aprendem a viver como irmãos.
Com estes sentimentos, a comunidade cristã entra no Advento, mantendo o
espírito vigilante, para receber melhor a mensagem da Palavra de Deus. Hoje, na
liturgia é entoado o célebre e maravilhoso oráculo do profeta Isaías,
pronunciado num momento de crise da história de Israel. «No
fim dos tempos diz o Senhor acontecerá que o Monte do Templo do Senhor terá os seus
fundamentos no cume das montanhas e dominará as colinas. Acorrerão a ele todas
as gentes... que das suas espadas forjarão relhas de arados, e das suas lanças,
foices. Uma nação não levantará a espada contra outra nação, e não se
adestrarão mais para a guerra» (Is 2, 2-4).
Estas palavras contêm uma promessa de paz mais atual do que nunca para a
humanidade. Oxalá as palavras do profeta Isaías inspirem a mente e o coração
dos fiéis e dos homens de boa vontade e contribuam para criar no mundo um clima
mais calmo e solidário.
Que
Maria, Virgem vigilante e Mãe da esperança. Daqui a alguns dias celebraremos
com fé renovada a solenidade da Imaculada Conceição. Ela nos oriente por este
caminho, ajudando cada homem e nação a voltar o olhar para o «monte do Senhor»,
imagem do triunfo definitivo de Cristo e do advento do seu Reino de paz. Amém!
Fonte
Homilia: Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Liturgia comentada
Todos comiam e bebiam... (Mt 24,37-44)
Fique bem claro: o clima era de
festa... Prato cheio, vinhos finos, riso farto, gente descontraída. O
suficiente para esquecer qualquer preocupação. Como nas noites de nossas
sextas-feiras, quando vale qualquer recurso para esquecer as pressões do trabalho,
exigências da família e – óbvio – as necessidades do próximo. É o que chamamos
de “diversão”. Ou, se quiserem, “distração”.
Ao final da festa, todos hão de cair no
sono, di-vertidos e dis-traídos. Entretanto, a noite já está avançada e o
Senhor se aproxima. Ouvirão eles o grito agudo na escuridão? “O Senhor vem!”
Ora, dificilmente poderão ouvir a voz profética de João Batista, que clama por
con-versão. É outro o prefixo. É outra a realidade...
Todos os textos da liturgia de hoje –
já no tempo do Advento - estão orientados para a Vinda do Senhor. Fora da
festa, muita gente vive na expectativa de sua chegada. Atentos, em alerta
permanente, de olhos bem abertos, nem ousam piscar. Postados sobre a muralha,
eles vigiam a noite, atiçam a aurora, tentando apressar a Presença.
Este 1º Domingo do Advento é um
premente convite a sairmos do sono e acordar para a chegada do Desejado de
todas as nações. Lâmpadas acesas, os rins bem cingidos, ouviremos o toque da
trombeta e sairemos festivos ao encontro do Rei.
Outra coisa não é a vida cristã, senão
esse estado de vigília permanente que nos vacina contra toda dis-tração. Nada
nos des-centra do foco: Ele vem! Ele está às portas! Preparai-vos!
Como escreveu o teólogo Hans Urs von
Balthasar, “Deus faz irrupção na história a partir do alto, por assim dizer,
verticalmente: Ele vem para todos na hora em que não esperam; é justamente por
isso que devemos esperá-lo sem cessar”.
Já a turma daquela festa não espera por
nada. Por ninguém. Por isso é que eles têm necessidade de “matar o tempo” e
acabam adormecendo nos vapores do vinho. A noite deles custa a passar. A noite
é sempre longa quando não se espera por nada...
Nós, ao contrário, esperamos
ansiosamente pelo Senhor. A noite é curta para nós. A aurora já se anuncia. O
Senhor já vem!
Orai sem cessar: “O Espírito e a Esposa
dizem: ‘Vem!’” (Ap 22,17)
Texto de Antônio Carlos Santini, da
Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
1 de dezembro – 1º DOMINGO DO ADVENTO
A SALVAÇÃO ESTÁ PRÓXIMA
I. INTRODUÇÃO GERAL
O tema principal do Tempo do Advento é a espera por Jesus.
Anunciada pelo Antigo Testamento, a vinda do Messias instauraria um novo modo
de viver com consequências mundiais. A rotina das pessoas, seus afazeres mais
corriqueiros, seria motivada pela paz e pela concórdia. Os instrumentos da
discórdia, simbolizados pelas armas, não teriam mais nenhuma utilidade.
Na segunda leitura, Paulo chama a atenção para a espera da
parusia (segunda vinda de Cristo) como uma luta contra as forças das trevas, a
começar em cada um de nós mesmos, depois no mundo. A espera pelo Senhor é um
tempo de graça no qual todas as pessoas são chamadas a demonstrar em seus atos
cotidianos que configuram a própria vida à de Cristo.
E o evangelho nos exorta que a espera pela vinda do Senhor deve
ser marcada pela vigilância. O Senhor vem à semelhança de um ladrão. As pessoas
estarão em suas ocupações diárias e serão tomadas de surpresa. A motivação
interna com a qual realiza sua práxis é que determinará se a pessoa é cristã ou
não.
II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS
1. Evangelho (Mt 24,37-44): Ficai preparados
O texto do evangelho de hoje vem nos dar orientações sobre como
esperar a segunda vinda de Cristo. A parusia é um tema frequente nos discursos
de pregadores sensacionalistas com o intuito de comover as multidões. O Senhor
ensinou o que necessitamos para esperar esse tempo. Tudo o demais é especulação
inútil.
A vinda de Cristo será inesperada (vv. 37–39). E, para
esclarecer isso, o texto faz duas comparações:
1) Noé – nenhum sinal especial (vv. 37–41). Para ilustrar o fato
de que ninguém pode saber o dia e a hora (v. 36), Jesus cita o caso de Noé,
quando, de repente, o dilúvio caiu inesperadamente sobre as pessoas enquanto
cumpriam as rotinas diárias (vv. 37–39). A seguir descreve dois casos – um
masculino e outro feminino – como exemplos de como será a parusia de forma
totalmente inesperada (vv. 40, 41). As pessoas estarão em suas ocupações
habituais. Quando Cristo vier, o tipo de ocupação da pessoa não determina ser
escolhido ou não (vv. 40, 41; dos dois ocupados na mesma coisa um será
escolhido e o outro não). Significa que os cristãos não são diferentes dos
demais em suas ocupações, a diferença está na vivência dos valores do reino que
motiva suas opções.
2) O ladrão – vigilância (v.43). A vinda de Cristo está
anunciada e é certa, porém apenas Deus sabe quando será. O importante é estar
preparado. E aquele que vive uma autêntica práxis cristã espera com constância
a vinda de Cristo para instaurar o seu reino definitivo.
2. I Leitura (Is 2,1-5): Caminhai à luz do Senhor
Na primeira leitura de hoje, o profeta Isaías nos esclarece
sobre a importância de Jerusalém nos tempos messiânicos. Por causa do Messias,
o monte Sião, sobre o qual aquela cidade foi construída, se tornará o centro
espiritual para todas as nações. O profeta pensa no Messias como um rei de um
império mundial cuja capital seria Jerusalém. As nações do mundo inteiro,
governadas pelo Messias, abandonarão seus ídolos e adorarão o verdadeiro Deus
de Israel.
A Cidade Santa será o centro mundial de instrução e de
irradiação da Palavra de Deus. As nações se encaminharão para Jerusalém porque
reconhecerão que a Palavra de Deus (a Lei) é a fonte da verdade. Elas têm
desejo de se aproximar do Senhor. Elas decidirão andar nos caminhos de Deus
fazendo a vontade divina. Isso significa que as nações governadas pelo Messias
não serão obrigadas a servir ao Deus de Israel, elas decidirão livremente
adorá-lo.
Não haverá mais disputas, o rei da paz conciliará os povos e o
monte Sião, ou seja, Jerusalém, capital do reino messiânico, será o local a
partir do qual a paz e a justiça vão se propagar. As armas não terão mais
nenhuma utilidade, por isso serão transformadas em ferramentas de trabalho.
Isso mostra que a esperança messiânica do Antigo Testamento consistia
principalmente na espera por um novo modo de viver. As atividades cotidianas
permaneceriam, mas não teriam como motivação a discórdia e sim a paz. Numa
interpretação cristã desse texto podemos afirmar que o profeta vislumbra o
cristianismo, e se não constatamos esse estilo de vida nesses dois milênios de
fé cristã talvez seja porque não vivemos verdadeiramente como cristãos, por não
termos consciência do que seriam os tempos messiânicos instaurados por Jesus
Cristo.
A vida nova que o profeta vislumbra para a era messiânica deve
ser o mais profundo desejo dos seguidores do Cristo que aguardam a plenificação
de sua obra salvífica, quando se manifestar a Jerusalém celeste onde todos
viverão como irmãos na família de Deus. Ele será o sol da nova criação e todos
os povos andarão à sua luz.
3. II Leitura (Rm 13,11-14a): Revistamo-nos das armas da luz
Paulo exorta os cristãos a tomarem consciência de que já estão
vivendo na escatologia, ou seja, nos tempos finais, embora essa realidade ainda
não seja plena. Portanto, a existência cristã, nesse tempo da graça (kairós) deve estar em
conformidade com a vida de Cristo. Os cristãos são chamados a demonstrar
através de seu estilo de vida que são seguidores de Cristo.
Os cristãos não devem ficar inertes, à semelhança de quem está
dormindo, quando as circunstâncias exigem que lutem contra as trevas, a começar
em si mesmo.
Paulo elenca uma lista de vícios (bebedeiras, contendas, ciúmes
etc.) como exemplos do que seriam as obras das trevas (noite) em contraste com
as obras do dia (vida nova em Cristo ressuscitado).
O cristão já está revestido de Cristo pelo batismo, mas essa
identificação com Cristo deve dar frutos na vida cotidiana até que ele venha.
III. PISTAS PARA REFLEXÃO
O esclarecimento sobre a identidade do cristianismo foi sempre
uma preocupação desde os mais remotos tempos da era cristã. A Carta a Diogneto,
escrita no século II d.C. por um autor desconhecido, assim descreve a vida
cristã:
Os cristãos, de fato, não se distinguem dos outros homens, nem
por sua terra, nem por língua ou costumes. Com efeito, não moram em cidades
próprias, nem falam língua estranha, nem têm algum modo especial de viver. Sua
doutrina não foi inventada por eles, graças ao talento e especulação de homens
curiosos, nem professam, como outros, algum ensinamento humano. Pelo contrário,
vivendo em cidades gregas e bárbaras, conforme a sorte de cada um, e
adaptando-se aos costumes do lugar quanto à roupa, ao alimento e ao resto,
testemunham um modo de vida social admirável e, sem dúvida, paradoxal (Carta a
Diogneto 5,1-4).
A homilia deve dar um enfoque especial ao testemunho de vida
como elemento essencial da identidade cristã e esclarecer sobre grupos que se
apegam a aspectos superficiais distraindo as consciências da verdadeira vocação
do cristão.
Aíla Luzia Pinheiro
Andrade
Graduada em Filosofia pela Universidade Estadual do Ceará e em Teologia pela
Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (Faje - BH), onde também cursou
mestrado e doutorado em Teologia Bíblica e lecionou por alguns anos.
Atualmente, leciona na Faculdade Católica de Fortaleza. É autora do livro Eis
que faço novas todas as coisas – teologia apocalíptica (Paulinas).
E-mail:
aylanj@gmail.com.
1 de dezembro – 1º
Domingo do Advento
“Fiquem vigilantes”
NOSSO COMPROMISSO COM O MENINO JESUS
De 12 de outubro de 2012 a 24 de
novembro passado, um fato privilegiou o povo de Deus: o Ano da Fé, decretado
pelo papa Bento XVI, hoje emérito, para atender a urgentes necessidades do
mundo atual. Homens e mulheres, empolgados pelas conquistas da inteligência e
do trabalho, passam a acreditar mais na sua potencialidade do que na sabedoria
divina, distanciando-se sensivelmente daquele que é a fonte do saber. Pouco a
pouco se afastam de Deus, esquecem o seu projeto criador e vivem guiados por
uma suposta liberdade. A promulgação do Ano da Fé foi uma tentativa de
reaproximar do seu Pai filhos e filhas desorientados pelos ídolos da pós-modernidade.
A Igreja, qual rebanho dócil ao pastor, concretizou a intenção do papa
com uma sequência de atividades que objetivaram a conversão do ser humano a
Deus, na perspectiva de uma sociedade equilibrada entre os valores do mundo e
as propostas do reino.
Renovados pelas orações e reflexões do Ano da Fé, estamos capacitados
para fazer de 2014 um tempo rejuvenescido pela graça de Deus e pela ação de
cristãos conscientes de seu destino eterno e de sua vocação temporal.
O Natal é celebrado neste mês. Infelizmente, muitas pessoas
movimentam-se para festejá-lo com ritos que não têm nada que ver com o
nascimento de Jesus. Mas nós, enriquecidos por tantos dons do céu, vamos
assinar um compromisso com o menino Jesus: sermos parceiros seus na salvação
dos nossos irmãos e irmãs. No último contato que teve com os seres humanos,
antes de retornar à sua casa, Jesus ordenou-nos anunciar o evangelho a todas as
criaturas, garantindo-nos a força da sua presença. Não podemos desfazer o seu
projeto, mas, diante da gruta de Belém, em meio a tantos sinais de alegria, só
nos cabe dizer: Menino Jesus, reconhecemos nossas limitações, porém, confiando
na tua ajuda, estamos dispostos a lutar pela transformação do nosso mundo,
motivados pelas lições que o teu Natal nos dá. Queremos que ele seja um espaço
de fraternidade e uma pousada de paz.
Para todos os que utilizam o folheto O Domingo – Celebração da
Palavra de Deus, um abençoado Natal.
D. Geraldo Majella Agnelo
Cardeal Arcebispo Emérito de Salvador
1º de dezembro: 1º
domingo do Advento
SEMPRE VIGILANTES
A Igreja abre o tempo do Advento e o novo ano litúrgico (Ano A) com o
convite do Evangelho de Mateus para a vigilância: “Ficai atentos, porque não
sabeis em que dia virá o Senhor”. Para ilustrar isso, o evangelista usa algumas
figuras expressivas: o dilúvio, o trabalho no campo e o ladrão.
Ser vigilantes significa estar atentos aos sinais do tempo em que
estamos vivendo; em outras palavras, significa estar bem alertas e perceber os
sinais pelos quais Deus se manifesta no dia a dia, principalmente nesta época
de rápidas e grandes mudanças.
Diante das muitas possibilidades apresentadas pela sociedade atual, é
fundamental saber escolher os caminhos que conduzem à vida e à dignidade para
todos. O Documento de Aparecida nos
diz que os caminhos da vida verdadeira e plena “são aqueles abertos pela fé que
conduzem à plenitude de vida que Cristo nos trouxe: com esta vida divina também
se desenvolve em plenitude a existência humana, em sua dimensão pessoal,
familiar, social e cultural” (n. 13).
No agitado mundo em que vivemos, onde tudo é programado e calculado,
Cristo pode nos surpreender com suas visitas inesperadas e nos propor uma
mudança radical que quebre e transforme a rotina cotidiana. O encontro com ele
não pode ser programado, mas deve ser esperado a todo momento em face das
pessoas, dos fatos e dos acontecimentos. Nossa vida deve abrir espaço para a
sua presença.
No nosso agir cotidiano, não podemos negligenciar a possibilidade de
surpresas, pois é ali que Cristo se manifesta. Cabe-nos estar atentos ao
extraordinário de Deus no ordinário da vida. Vigiar é comunhão com Cristo e
compromisso com as pessoas com as quais convivemos. Somos chamados a viver o
tempo atual com os olhos dirigidos à frente, pois a vinda de Cristo no fim da
história determina a vida no presente.
Pe. Nilo Luza, ssp
Liturgia
de 01.12.2013
1º
Domingo do Advento
Vigiai!
Canal do youtube: Dermeval
Neves
I. INTRODUÇÃO GERAL
O tema principal do Tempo do Advento é a espera por Jesus.
Anunciada pelo Antigo Testamento, a vinda do Messias instauraria um novo modo
de viver com consequências mundiais. A rotina das pessoas, seus afazeres mais
corriqueiros, seria motivada pela paz e pela concórdia. Os instrumentos da
discórdia, simbolizados pelas armas, não teriam mais nenhuma utilidade.
Na segunda leitura, Paulo chama a atenção para a espera da
parusia (segunda vinda de Cristo) como uma luta contra as forças das trevas, a
começar em cada um de nós mesmos, depois no mundo. A espera pelo Senhor é um
tempo de graça no qual todas as pessoas são chamadas a demonstrar em seus atos
cotidianos que configuram a própria vida à de Cristo.
E o evangelho nos exorta que a espera pela vinda do Senhor deve
ser marcada pela vigilância. O Senhor vem à semelhança de um ladrão. As pessoas
estarão em suas ocupações diárias e serão tomadas de surpresa. A motivação
interna com a qual realiza sua práxis é que determinará se a pessoa é cristã ou
não.
II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS
1. Evangelho (Mt 24,37-44): Ficai preparados
O texto do evangelho de hoje vem nos dar orientações sobre como
esperar a segunda vinda de Cristo. A parusia é um tema frequente nos discursos
de pregadores sensacionalistas com o intuito de comover as multidões. O Senhor
ensinou o que necessitamos para esperar esse tempo. Tudo o demais é especulação
inútil.
A vinda de Cristo será inesperada (vv. 37–39). E, para
esclarecer isso, o texto faz duas comparações:
1) Noé – nenhum sinal especial (vv. 37–41). Para ilustrar o fato
de que ninguém pode saber o dia e a hora (v. 36), Jesus cita o caso de Noé,
quando, de repente, o dilúvio caiu inesperadamente sobre as pessoas enquanto
cumpriam as rotinas diárias (vv. 37–39). A seguir descreve dois casos – um
masculino e outro feminino – como exemplos de como será a parusia de forma
totalmente inesperada (vv. 40, 41). As pessoas estarão em suas ocupações
habituais. Quando Cristo vier, o tipo de ocupação da pessoa não determina ser
escolhido ou não (vv. 40, 41; dos dois ocupados na mesma coisa um será
escolhido e o outro não). Significa que os cristãos não são diferentes dos
demais em suas ocupações, a diferença está na vivência dos valores do reino que
motiva suas opções.
2) O ladrão – vigilância (v.43). A vinda de Cristo está
anunciada e é certa, porém apenas Deus sabe quando será. O importante é estar
preparado. E aquele que vive uma autêntica práxis cristã espera com constância
a vinda de Cristo para instaurar o seu reino definitivo.
2. I Leitura (Is 2,1-5): Caminhai à luz do Senhor
Na primeira leitura de hoje, o profeta Isaías nos esclarece
sobre a importância de Jerusalém nos tempos messiânicos. Por causa do Messias,
o monte Sião, sobre o qual aquela cidade foi construída, se tornará o centro
espiritual para todas as nações. O profeta pensa no Messias como um rei de um
império mundial cuja capital seria Jerusalém. As nações do mundo inteiro,
governadas pelo Messias, abandonarão seus ídolos e adorarão o verdadeiro Deus
de Israel.
A Cidade Santa será o centro mundial de instrução e de
irradiação da Palavra de Deus. As nações se encaminharão para Jerusalém porque
reconhecerão que a Palavra de Deus (a Lei) é a fonte da verdade. Elas têm
desejo de se aproximar do Senhor. Elas decidirão andar nos caminhos de Deus
fazendo a vontade divina. Isso significa que as nações governadas pelo Messias
não serão obrigadas a servir ao Deus de Israel, elas decidirão livremente
adorá-lo.
Não haverá mais disputas, o rei da paz conciliará os povos e o
monte Sião, ou seja, Jerusalém, capital do reino messiânico, será o local a
partir do qual a paz e a justiça vão se propagar. As armas não terão mais
nenhuma utilidade, por isso serão transformadas em ferramentas de trabalho.
Isso mostra que a esperança messiânica do Antigo Testamento consistia
principalmente na espera por um novo modo de viver. As atividades cotidianas
permaneceriam, mas não teriam como motivação a discórdia e sim a paz. Numa
interpretação cristã desse texto podemos afirmar que o profeta vislumbra o
cristianismo, e se não constatamos esse estilo de vida nesses dois milênios de
fé cristã talvez seja porque não vivemos verdadeiramente como cristãos, por não
termos consciência do que seriam os tempos messiânicos instaurados por Jesus
Cristo.
A vida nova que o profeta vislumbra para a era messiânica deve
ser o mais profundo desejo dos seguidores do Cristo que aguardam a plenificação
de sua obra salvífica, quando se manifestar a Jerusalém celeste onde todos
viverão como irmãos na família de Deus. Ele será o sol da nova criação e todos
os povos andarão à sua luz.
3. II Leitura (Rm 13,11-14a): Revistamo-nos das armas da luz
Paulo exorta os cristãos a tomarem consciência de que já estão
vivendo na escatologia, ou seja, nos tempos finais, embora essa realidade ainda
não seja plena. Portanto, a existência cristã, nesse tempo da graça (kairós) deve estar em
conformidade com a vida de Cristo. Os cristãos são chamados a demonstrar
através de seu estilo de vida que são seguidores de Cristo.
Os cristãos não devem ficar inertes, à semelhança de quem está
dormindo, quando as circunstâncias exigem que lutem contra as trevas, a começar
em si mesmo.
Paulo elenca uma lista de vícios (bebedeiras, contendas, ciúmes
etc.) como exemplos do que seriam as obras das trevas (noite) em contraste com
as obras do dia (vida nova em Cristo ressuscitado).
O cristão já está revestido de Cristo pelo batismo, mas essa
identificação com Cristo deve dar frutos na vida cotidiana até que ele venha.
III. PISTAS PARA REFLEXÃO
O esclarecimento sobre a identidade do cristianismo foi sempre
uma preocupação desde os mais remotos tempos da era cristã. A Carta a Diogneto,
escrita no século II d.C. por um autor desconhecido, assim descreve a vida
cristã:
Os cristãos, de fato, não se distinguem dos outros homens, nem
por sua terra, nem por língua ou costumes. Com efeito, não moram em cidades
próprias, nem falam língua estranha, nem têm algum modo especial de viver. Sua
doutrina não foi inventada por eles, graças ao talento e especulação de homens
curiosos, nem professam, como outros, algum ensinamento humano. Pelo contrário,
vivendo em cidades gregas e bárbaras, conforme a sorte de cada um, e
adaptando-se aos costumes do lugar quanto à roupa, ao alimento e ao resto,
testemunham um modo de vida social admirável e, sem dúvida, paradoxal (Carta a
Diogneto 5,1-4).
A homilia deve dar um enfoque especial ao testemunho de vida
como elemento essencial da identidade cristã e esclarecer sobre grupos que se
apegam a aspectos superficiais distraindo as consciências da verdadeira vocação
do cristão.
Aíla Luzia Pinheiro
Andrade
Graduada em Filosofia pela Universidade Estadual do Ceará e em Teologia pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (Faje - BH), onde também cursou mestrado e doutorado em Teologia Bíblica e lecionou por alguns anos. Atualmente, leciona na Faculdade Católica de Fortaleza. É autora do livro Eis que faço novas todas as coisas – teologia apocalíptica (Paulinas).
Graduada em Filosofia pela Universidade Estadual do Ceará e em Teologia pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (Faje - BH), onde também cursou mestrado e doutorado em Teologia Bíblica e lecionou por alguns anos. Atualmente, leciona na Faculdade Católica de Fortaleza. É autora do livro Eis que faço novas todas as coisas – teologia apocalíptica (Paulinas).
E-mail:
aylanj@gmail.com.
1 de dezembro – 1º
Domingo do Advento
“Fiquem vigilantes”
NOSSO COMPROMISSO COM O MENINO JESUS
De 12 de outubro de 2012 a 24 de
novembro passado, um fato privilegiou o povo de Deus: o Ano da Fé, decretado
pelo papa Bento XVI, hoje emérito, para atender a urgentes necessidades do
mundo atual. Homens e mulheres, empolgados pelas conquistas da inteligência e
do trabalho, passam a acreditar mais na sua potencialidade do que na sabedoria
divina, distanciando-se sensivelmente daquele que é a fonte do saber. Pouco a
pouco se afastam de Deus, esquecem o seu projeto criador e vivem guiados por
uma suposta liberdade. A promulgação do Ano da Fé foi uma tentativa de
reaproximar do seu Pai filhos e filhas desorientados pelos ídolos da pós-modernidade.
A Igreja, qual rebanho dócil ao pastor, concretizou a intenção do papa
com uma sequência de atividades que objetivaram a conversão do ser humano a
Deus, na perspectiva de uma sociedade equilibrada entre os valores do mundo e
as propostas do reino.
Renovados pelas orações e reflexões do Ano da Fé, estamos capacitados
para fazer de 2014 um tempo rejuvenescido pela graça de Deus e pela ação de
cristãos conscientes de seu destino eterno e de sua vocação temporal.
O Natal é celebrado neste mês. Infelizmente, muitas pessoas
movimentam-se para festejá-lo com ritos que não têm nada que ver com o
nascimento de Jesus. Mas nós, enriquecidos por tantos dons do céu, vamos
assinar um compromisso com o menino Jesus: sermos parceiros seus na salvação
dos nossos irmãos e irmãs. No último contato que teve com os seres humanos,
antes de retornar à sua casa, Jesus ordenou-nos anunciar o evangelho a todas as
criaturas, garantindo-nos a força da sua presença. Não podemos desfazer o seu
projeto, mas, diante da gruta de Belém, em meio a tantos sinais de alegria, só
nos cabe dizer: Menino Jesus, reconhecemos nossas limitações, porém, confiando
na tua ajuda, estamos dispostos a lutar pela transformação do nosso mundo,
motivados pelas lições que o teu Natal nos dá. Queremos que ele seja um espaço
de fraternidade e uma pousada de paz.
Para todos os que utilizam o folheto O Domingo – Celebração da
Palavra de Deus, um abençoado Natal.
D. Geraldo Majella Agnelo
Cardeal Arcebispo Emérito de Salvador
1º de dezembro: 1º
domingo do Advento
SEMPRE VIGILANTES
A Igreja abre o tempo do Advento e o novo ano litúrgico (Ano A) com o
convite do Evangelho de Mateus para a vigilância: “Ficai atentos, porque não
sabeis em que dia virá o Senhor”. Para ilustrar isso, o evangelista usa algumas
figuras expressivas: o dilúvio, o trabalho no campo e o ladrão.
Ser vigilantes significa estar atentos aos sinais do tempo em que
estamos vivendo; em outras palavras, significa estar bem alertas e perceber os
sinais pelos quais Deus se manifesta no dia a dia, principalmente nesta época
de rápidas e grandes mudanças.
Diante das muitas possibilidades apresentadas pela sociedade atual, é
fundamental saber escolher os caminhos que conduzem à vida e à dignidade para
todos. O Documento de Aparecida nos
diz que os caminhos da vida verdadeira e plena “são aqueles abertos pela fé que
conduzem à plenitude de vida que Cristo nos trouxe: com esta vida divina também
se desenvolve em plenitude a existência humana, em sua dimensão pessoal,
familiar, social e cultural” (n. 13).
No agitado mundo em que vivemos, onde tudo é programado e calculado,
Cristo pode nos surpreender com suas visitas inesperadas e nos propor uma
mudança radical que quebre e transforme a rotina cotidiana. O encontro com ele
não pode ser programado, mas deve ser esperado a todo momento em face das
pessoas, dos fatos e dos acontecimentos. Nossa vida deve abrir espaço para a
sua presença.
No nosso agir cotidiano, não podemos negligenciar a possibilidade de
surpresas, pois é ali que Cristo se manifesta. Cabe-nos estar atentos ao
extraordinário de Deus no ordinário da vida. Vigiar é comunhão com Cristo e
compromisso com as pessoas com as quais convivemos. Somos chamados a viver o
tempo atual com os olhos dirigidos à frente, pois a vinda de Cristo no fim da
história determina a vida no presente.
Pe. Nilo Luza, ssp
Liturgia
de 01.12.2013
1º
Domingo do Advento
Vigiai!
Canal do youtube: Dermeval
Neves
O melhor caminho é estarmos atentos e
vigilantes
Não sabemos nem o dia nem a hora que o Senhor
virá, nem quando nós iremos ao encontro d’Ele. Como não sabemos, o melhor
caminho é estarmos atentos e vigilantes.
“Portanto, ficai atentos, porque não sabeis em que dia virá o
Senhor” (Mt
24,42).
Meus queridos irmãos e irmãs em nosso Senhor e Salvador Jesus
Cristo, nós, hoje, começamos o tempo da graça chamado “Advento”. É o tempo que
nos prepara para o Senhor que vem. Eu sei que em nossa cabeça, em nosso
imaginário, muitos estão acostumados a pensar que o tempo do Advento é somente
para o Natal de Jesus. É também um aspecto do Advento nos fazer recordar a
primeira vinda do Senhor nessa data. Quando Ele veio a primeira vez, veio na
fragilidade humana. Ele nasceu pequeno, uma criança frágil como qualquer um de
nós, nasceu no relento, em meio ao sofrimento, no frio.
O Nosso Salvador se fez carne e habitou no meio de nós. A
primeira vinda do Senhor, na fragilidade humana, nos aponta em direção à
segunda vinda gloriosa do Senhor. Por isso, não se assuste porque as leituras
destes dias, destes tempos, nos falam muito sobre essa segunda vinda do Senhor,
para que nós, Igreja, e, para a Igreja, que é a esposa d’Ele, estejamos sempre
preparados, pois o seu Noivo está às portas, o Noivo está por vir e a Igreja se
prepara para esperar o Sacerdote.
Nós devemos esperar de que forma? Atentos, vigilantes, porque
não sabemos nem o dia nem a hora que o Senhor virá, nem quando nós iremos ao
encontro d’Ele.
Como não sabemos, o melhor caminho é estarmos atentos, o melhor
caminho é estarmos vigilantes, o melhor caminho é não “dormirmos no ponto”. É
não vivermos a vida de qualquer jeito, como se não tivéssemos que prestar
contas a Deus ou irmos ao encontro do Senhor, nem Ele vir ao nosso
encontro.
Esse tempo do Advento, que se inicia hoje, chama a atenção de toda
a Igreja, chama a atenção de todos nós, para que vivamos a espiritualidade da
vigilância. Vigiar nossos atos, nossas atitudes, a nossa postura. As pessoas estão se preparando para o
Natal, árvores, presentes, decorações, tudo isso é o sentido externo; o Advento
nos prepara para aquele Natal que acontece todos os dias em nossa vida, no
coração puro, purificado, vigilante para receber o Senhor que está sempre vindo
ao nosso encontro.
Nós teremos, um dia, que ir ao encontro definitivo com o Senhor.
É por isso que a casa tem de estar preparada, é por isso que o nosso coração,
com a ajuda da vigilância e da oração, tem de estar em constante espera do
Senhor que virá ao nosso encontro.
Que Deus abençoe você.
O melhor caminho é estarmos atentos e
vigilantes
Não sabemos nem o dia nem a hora que o Senhor
virá, nem quando nós iremos ao encontro d’Ele. Como não sabemos, o melhor
caminho é estarmos atentos e vigilantes.
“Portanto, ficai atentos, porque não sabeis em que dia virá o
Senhor” (Mt
24,42).
Meus queridos irmãos e irmãs em nosso Senhor e Salvador Jesus
Cristo, nós, hoje, começamos o tempo da graça chamado “Advento”. É o tempo que
nos prepara para o Senhor que vem. Eu sei que em nossa cabeça, em nosso
imaginário, muitos estão acostumados a pensar que o tempo do Advento é somente
para o Natal de Jesus. É também um aspecto do Advento nos fazer recordar a
primeira vinda do Senhor nessa data. Quando Ele veio a primeira vez, veio na
fragilidade humana. Ele nasceu pequeno, uma criança frágil como qualquer um de
nós, nasceu no relento, em meio ao sofrimento, no frio.
O Nosso Salvador se fez carne e habitou no meio de nós. A
primeira vinda do Senhor, na fragilidade humana, nos aponta em direção à
segunda vinda gloriosa do Senhor. Por isso, não se assuste porque as leituras
destes dias, destes tempos, nos falam muito sobre essa segunda vinda do Senhor,
para que nós, Igreja, e, para a Igreja, que é a esposa d’Ele, estejamos sempre
preparados, pois o seu Noivo está às portas, o Noivo está por vir e a Igreja se
prepara para esperar o Sacerdote.
Nós devemos esperar de que forma? Atentos, vigilantes, porque
não sabemos nem o dia nem a hora que o Senhor virá, nem quando nós iremos ao
encontro d’Ele.
Como não sabemos, o melhor caminho é estarmos atentos, o melhor
caminho é estarmos vigilantes, o melhor caminho é não “dormirmos no ponto”. É
não vivermos a vida de qualquer jeito, como se não tivéssemos que prestar
contas a Deus ou irmos ao encontro do Senhor, nem Ele vir ao nosso
encontro.
Esse tempo do Advento, que se inicia hoje, chama a atenção de toda
a Igreja, chama a atenção de todos nós, para que vivamos a espiritualidade da
vigilância. Vigiar nossos atos, nossas atitudes, a nossa postura. As pessoas estão se preparando para o
Natal, árvores, presentes, decorações, tudo isso é o sentido externo; o Advento
nos prepara para aquele Natal que acontece todos os dias em nossa vida, no
coração puro, purificado, vigilante para receber o Senhor que está sempre vindo
ao nosso encontro.
Nós teremos, um dia, que ir ao encontro definitivo com o Senhor.
É por isso que a casa tem de estar preparada, é por isso que o nosso coração,
com a ajuda da vigilância e da oração, tem de estar em constante espera do
Senhor que virá ao nosso encontro.
Que Deus abençoe você.
Padre Roger Araújo
Preparo-me
para a Leitura Orante, fazendo
uma rede de comunicação
e comunhão em torno da Palavra com
todas as pessoas que se neste ambiente
virtual.
Rezamos ao terminar um Ano Litúrgico e iniciar outro, nossa oração de
agradecimento.
Em nome do
Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém
Nós te agradecemos
porque tu és o Senhor, nosso Deus,
e o Deus de nossos pais.
Nós te agradecemos por nossa vida
entregue em tuas mãos,
por nossas almas confiadas a ti,
pelos prodígios que dia após dia operas em nós,
pelas coisas maravilhosas e pelas obras de bondade
que realizas em cada tempo, à tarde, de manhã e ao meio-dia.
(oração judaica)
1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto, na minha Bíblia: Mt 24,37-44.
A vinda do Filho do Homem será como aquilo que aconteceu no tempo de
Noé. Pois, antes do dilúvio, o povo comia e bebia, e os homens e as mulheres
casavam, até o dia em que Noéentrou na barca. Porém não sabiam o que estava acontecendo,
até que veio o dilúvio e levou todos. Assim também será a vinda do Filho do
Homem.
- Naquele dia dois homens estarão trabalhando na fazenda: um será
levado, e o outro, deixado. Duas mulheres estarão no moinho moendo trigo: uma
será levada, e a outra, deixada. Fiquem vigiando, pois vocês não sabem em que
dia vai chegar o seu Senhor. Lembrem disto: se o dono da casa soubesse quando
ia chegar o ladrão, ficaria vigiando e não deixaria que a sua casa fosse
arrombada. Por isso vocês também fiquem vigiando, pois o Filho do Homem chegará na hora em que
vocês não estiverem esperando.
Jesus fala de
vigiar e ser fiel ao Projeto de
Deus. Sobre a fidelidade, como exigência para o discípulo de Jesus, também os
bispos falaram, em Aparecida: “Nossa fidelidade ao
Evangelho, exige que proclamemos a verdade sobre o ser humano e sobre a
dignidade de toda pessoa humana em todos os espaços públicos e privados do
mundo de hoje e a partir de todas as instâncias da vida e da missão da
Igreja." (DAp 390).
2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim?
Os bispos, na Conferência de
Aparecida, lembraram: “No exercício de nossa liberdade, às vezes recusamos
a vida nova (cf. Jo 5,40) ou não
perseveramos no caminho (cf. Hb 3,12-14). Com o pecado, optamos por um caminho de morte. Por isso, o
anúncio de Jesus sempre convoca à conversão, que nos faz participar do triunfo
do Ressuscitado e inicia um caminho de transformação!”(DAp 351).
E eu me interrogo:
no exercício da
minha liberdade, acolho a vida nova?
3.Oração (Vida)
O que o
texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, com salmos e concluo com a oração
Senhor
Jesus Cristo,
viestes
até nós
para levar
à plenitude
a obra da
criação.
Concedei à
vossa Igreja
a graça de
contribuir
para que
todas as pessoas
vivam de
acordo
com os
valores do Evangelho
e
participem da vossa missão.
Vós que
sois Deus com o Pai,
na unidade
do Espírito Santo.
Amém.
4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu
novo olhar a partir da Palavra?
Sinto-me discípulo/a de Jesus.
Meu olhar deste dia será
iluminado pela presença de Jesus Mestre Verdade, Caminho e Vida. Terei no
coração a esperança de que Deus vem a nós a cada instante.
Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde.
Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso
Pai e
Filho e Espírito Santo. Amém.
Ir.Patrícia
Silva, fsp
Oração Final
Pai Santo, que nos concedes
iniciar mais um ano litúrgico em nossa existência, dá-nos sabedoria, coragem e
força para utilizarmos esse tempo que desponta para fazermos o bem a todos os
irmãos de caminhada, anunciando o teu Reino de Amor. Pelo Cristo Jesus, teu
Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

Preparo-me
para a Leitura Orante, fazendo
uma rede de comunicação
e comunhão em torno da Palavra com
todas as pessoas que se neste ambiente
virtual.
Rezamos ao terminar um Ano Litúrgico e iniciar outro, nossa oração de
agradecimento.
Em nome do
Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém
Nós te agradecemos
porque tu és o Senhor, nosso Deus,
e o Deus de nossos pais.
Nós te agradecemos por nossa vida
entregue em tuas mãos,
por nossas almas confiadas a ti,
pelos prodígios que dia após dia operas em nós,
pelas coisas maravilhosas e pelas obras de bondade
que realizas em cada tempo, à tarde, de manhã e ao meio-dia.
(oração judaica)
porque tu és o Senhor, nosso Deus,
e o Deus de nossos pais.
Nós te agradecemos por nossa vida
entregue em tuas mãos,
por nossas almas confiadas a ti,
pelos prodígios que dia após dia operas em nós,
pelas coisas maravilhosas e pelas obras de bondade
que realizas em cada tempo, à tarde, de manhã e ao meio-dia.
(oração judaica)
1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto, na minha Bíblia: Mt 24,37-44.
A vinda do Filho do Homem será como aquilo que aconteceu no tempo de
Noé. Pois, antes do dilúvio, o povo comia e bebia, e os homens e as mulheres
casavam, até o dia em que Noéentrou na barca. Porém não sabiam o que estava acontecendo,
até que veio o dilúvio e levou todos. Assim também será a vinda do Filho do
Homem.
- Naquele dia dois homens estarão trabalhando na fazenda: um será
levado, e o outro, deixado. Duas mulheres estarão no moinho moendo trigo: uma
será levada, e a outra, deixada. Fiquem vigiando, pois vocês não sabem em que
dia vai chegar o seu Senhor. Lembrem disto: se o dono da casa soubesse quando
ia chegar o ladrão, ficaria vigiando e não deixaria que a sua casa fosse
arrombada. Por isso vocês também fiquem vigiando, pois o Filho do Homem chegará na hora em que
vocês não estiverem esperando.
Jesus fala de
vigiar e ser fiel ao Projeto de
Deus. Sobre a fidelidade, como exigência para o discípulo de Jesus, também os
bispos falaram, em Aparecida: “Nossa fidelidade ao
Evangelho, exige que proclamemos a verdade sobre o ser humano e sobre a
dignidade de toda pessoa humana em todos os espaços públicos e privados do
mundo de hoje e a partir de todas as instâncias da vida e da missão da
Igreja." (DAp 390).
2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim?
Os bispos, na Conferência de
Aparecida, lembraram: “No exercício de nossa liberdade, às vezes recusamos
a vida nova (cf. Jo 5,40) ou não
perseveramos no caminho (cf. Hb 3,12-14). Com o pecado, optamos por um caminho de morte. Por isso, o
anúncio de Jesus sempre convoca à conversão, que nos faz participar do triunfo
do Ressuscitado e inicia um caminho de transformação!”(DAp 351).
E eu me interrogo:
no exercício da
minha liberdade, acolho a vida nova?
3.Oração (Vida)
O que o
texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, com salmos e concluo com a oração
Senhor
Jesus Cristo,
viestes
até nós
para levar
à plenitude
a obra da
criação.
Concedei à
vossa Igreja
a graça de
contribuir
para que
todas as pessoas
vivam de
acordo
com os
valores do Evangelho
e
participem da vossa missão.
Vós que
sois Deus com o Pai,
na unidade
do Espírito Santo.
Amém.
4.Contemplação (Vida e Missão)
4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu
novo olhar a partir da Palavra?
Sinto-me discípulo/a de Jesus.
Meu olhar deste dia será
iluminado pela presença de Jesus Mestre Verdade, Caminho e Vida. Terei no
coração a esperança de que Deus vem a nós a cada instante.
Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso
Pai e
Filho e Espírito Santo. Amém.
Ir.Patrícia
Silva, fsp
Oração Final
Pai Santo, que nos concedes
iniciar mais um ano litúrgico em nossa existência, dá-nos sabedoria, coragem e
força para utilizarmos esse tempo que desponta para fazermos o bem a todos os
irmãos de caminhada, anunciando o teu Reino de Amor. Pelo Cristo Jesus, teu
Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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