18 de Novembro de 2013
Ano C

Lc 18,35-43
Comentário do Evangelho
Por onde Jesus passa suscita fé e vida.
Lucas
tomou de Marcos (Mc 10,46-52), com poucas modificações, o relato da cura do
cego. Marcos informa que o nome do cego era Bartimeu – o filho de Timeu (Mc
10,46).
“Jesus Nazareno está passando”, dizem ao cego (v.
37). Jesus está se aproximando de Jerusalém, passando por Jericó, um verdadeiro
oásis em meio ao deserto da Judeia. Jesus está sempre de passagem, é um Messias
itinerante. Por onde passa desperta interesse e atrai as pessoas: querem
ouvi-lo, ser tocados por ele e tocá-lo, pois dele “saía uma força que curava a
todos” (Lc 6,19). Por onde passa ele faz viver, ele suscita a fé na vida. Ao
ouvir que era Jesus quem estava passando, o cego insistentemente grita por
compaixão e exprime confiança no Messias davídico: “Jesus, filho de Davi, tem
compaixão de mim!” (v. 38; cf. Jr 33,15; Ez 34,23-24; 37,24). A insistência em
ser ouvido revela a sua confiança em poder receber a visão (cf. v. 39). Na sua
passagem Jesus para, como no episódio em Naim (cf. Lc 7,11-17), pois ele é
compassivo; como Deus, ouviu o clamor do seu povo escravo no Egito (cf. Ex
3,7-9).
“Jesus perguntou: ‘Que queres que eu te faça?’”
(v. 41), ao que o cego respondeu: “Que eu veja, Senhor” (v. 41). Ele exprime o
que todo discípulo devia desejar ver. Mas de que visão se trata? “Vê, a tua fé te
salvou” (v. 42). Trata-se da iluminação pela fé que faz ver. O cego é, aqui,
modelo do discípulo que, iluminado pela fé, segue Jesus (v. 43).
Carlos Alberto Contieri,sj
ORAÇÃO
Pai, infunde em mim uma fé profunda como a do pobre cego, cujo desejo de ser curado por Jesus levou-o a se abrir para a verdadeira visão que leva à salvação.
Vivendo a Palavra
Para qualquer um de nós tudo pareceria
tão óbvio, o cego deveria querer ver... Mas Jesus quis respeitá-lo e procura
saber dele próprio qual era o seu desejo maior. Sigamos o Mestre no
relacionamento com os companheiros de jornada, procurando dar-lhes aquilo que
desejam e não o que está sobrando para nós.
Reflexão
Jesus passou toda a sua vida fazendo o
bem para manifestar o amor de Deus para conosco. Quando Jesus realiza curas,
quer mostrar que o amor de Deus pelos homens faz com que as pessoas não fiquem
à margem do caminho pedindo esmolas, mas com que cada um tenha condições de
seguir o seu próprio caminho. É por isso que ele tem compaixão do cego e o
cura. Após o processo de libertação, todos são convidados a seguir o próprio
caminho, sendo que alguns, como é o exemplo do cego do Evangelho de hoje,
resolvem seguir o caminho de Jesus. Quando Jesus cura, não tira a liberdade da
pessoa. Aqueles que depois de curados resolvem seguí-lo, o fazem de livre e
espontânea vontade, mas tornam-se um motivo para que todos glorifiquem a Deus.
Recadinho

Será que não me faço de cego diante de tantos problemas que acontecem ao
meu redor? - Ou procuro estar de olhos abertos e atentos às necessidades de
minha comunidade, de meu próximo? - Compreendemos que a vida não é fácil. Mas
que lugar dou para Deus nela, para que minha cruz seja menos pesada? - Se tenho
limitações em minha vida, procuro me adaptar sentindo a presença e ação de Deus
em tudo? - A cura do cego simboliza a fé. De olhos abertos para nova maneira de
ver e agir, ele segue a Jesus. Não fiquemos sentados à beira da estrada da
vida! Sejamos como o cego de Jericó! Paremos, escutemos e gritemos como o cego:
Senhor, eis-me aqui, para te servir em meus irmãos!
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
REFLEXÕES DE HOJE

18 DE NOVEMBRO - SEGUNDA
Reflexão
Jesus
passou toda a sua vida fazendo o bem para manifestar o amor de Deus para
conosco. Quando Jesus realiza curas, quer mostrar que o amor de Deus pelos
homens faz com que as pessoas não fiquem à margem do caminho pedindo esmolas,
mas com que cada um tenha condições de seguir o seu próprio caminho. É por isso
que ele tem compaixão do cego e o cura. Após o processo de libertação, todos
são convidados a seguir o próprio caminho, sendo que alguns, como é o exemplo
do cego do Evangelho de hoje, resolvem seguir o caminho de Jesus. Quando Jesus
cura, não tira a liberdade da pessoa. Aqueles que depois de curados resolvem
seguí-lo, o fazem de livre e espontânea vontade, mas tornam-se um motivo para
que todos glorifiquem a Deus.
HOMILIA
UM
"ITINERÁRIO DE LUZ" Lc 18,35-43
Na
subida a Jerusalém, Jesus aproxima-se de Jericó. À beira do caminho,
marginalizado, há um cego pedindo esmola. O sistema de poder que o subjuga
tirou-lhe a visão e sua compreensão da vida. Quando Jesus passa, grita por ele,
com o título de Filho de Davi. A sua cegueira e a sua indigência estão
atreladas à ideologia de poder davídico-judaica.
Jesus
o chama, e quando lhe pergunta: "Que queres que eu te faça?", o cego
responde: "Senhor, que eu veja". A fé em Jesus faz com que o cego se
liberte de sua cegueira e veja Jesus com novos olhos, passando a segui-lo. Na
narrativa, o cego simboliza, também, os discípulos que trazem, ainda, marcas da
ideologia do poder do sistema do templo e da sinagoga. No momento da humilhação
e morte de Jesus em Jerusalém, estes discípulos se confundirão e ficarão
inseguros. Suas visões, aos poucos, vão-se clareando.
A
cegueira quer seja física, quer espiritual, é um mal indolor. A perda da vista,
apesar de nos impedir de nos guiarmos nos espaços físicos segundo nossas próprias
deliberações e usando de nossa autonomia, inclina-nos à humildade e submissão
aos outros, a confiar em seu auxílio. Por isso, quando bem aceita, ela pode ser
um excelente meio de santificação. Muito pelo contrário, a cegueira espiritual
priva-nos de elementos fundamentais para nossa salvação - como são as
misericórdias que desprezamos - e nos faz correr terríveis riscos, enquanto
acumulamos as iras de Deus.
A Bartimeu lhe faltava um dos elementos essenciais para enriquecer-se, por isso
caiu inevitavelmente na pobreza passando a viver de esmolas. Ao cego de Deus,
entretanto, é possível fazer fortuna; porém, debaixo deste ponto de vista, é
ele ainda mais digno de pena: quando se fecharem definitivamente para a luz do
dia seus olhos carnais, os espirituais de imediato se abrirão, mas quão tarde
será, para ele, ver a grande dimensão de sua real miséria em todo o seu horror.
E, tomara, não seja essa a hora do desespero.
Se ao analisar-me, com toda a honestidade de consciência, não encontrarei no
fundo de minha alma alguma sombra onde a luz do sobrenatural não chega, um ou
outro refolho onde não penetra a voz de Deus? Esse é o momento de eu imitar o
pobre Bartimeu. O próprio Jesus continua aqui, nos tabernáculos das igrejas.
Por que não aproveitar uma ocasião para d’Ele me aproximar e pedir-Lhe o
milagre? Devo temer a Jesus que passa e não volta, e bradar continuamente,
porque Ele ouve melhor os desejos abrasados.
Tenhamos por certo este princípio: sempre que um cego de Deus abraça o caminho
da conversão, “a multidão” tenta dissuadi-lo de prosseguir, fazendo todo o
possível para lhe criar obstáculos. Infelizmente, a essa “multidão” de mundanos
se associa a multidão de seus próprios pecados e paixões, para fazê-lo
silenciar. Também aqui é oportuno imitar a atitude de Bartimeu, ou seja, não
somente não ceder às pressões, como até, pelo contrário, redobrar em ardor,
esperança e desejos. Dessa forma, não tardará a comprovar a realidade.
“Senhor, que eu veja!”, deve ser o pedido de quem esteja imerso na tibieza e,
sobretudo, de quem é cego de Deus. Bartimeu não pediu a fé, porque já a
possuía. Sua cegueira era simplesmente física. Examinemos nossas necessidades
espirituais e peçamos tudo a Jesus. Sem duvidar, aguardemos até mesmo o
milagre, pois Ele nos assegura: “Tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, Eu o
farei” (Jo 14, 13).
O número dos que sofrem de cegueira física, no mundo, é insignificante, em
comparação com os cegos espirituais. A cegueira de coração atinge uma
quantidade assustadora de pessoas em nossos dias. A fé vai se tornando
privilégio de minorias. Há cegos não só nos caminhos da salvação, mas até mesmo
nas vias da piedade. Estes levam uma vida pseudo-tranquila, submersos nos
perigos da tibieza; cometem faltas, mas conseguem muitas vezes, através de
inúmeros sofismas, adormecer suas consciências, não experimentando mais os
benéficos remorsos. Confessam- se por pura rotina, comungam sem dar o devido
valor à substância do Sacramento Eucarístico, rezam sem devoção…
E - quem diria? - há cegos entre os que abraçaram o caminho da
perfeição, mas deixaram de aspirar a ela, contentando-se com uma
espiritualidade medíocre, esquálida e infrutuosa. Eles nada fazem para
atingi-la, procurando-a onde ela jamais se encontra.
Enfim, para não ser
cego de Deus, é preciso ser puro de coração. Uma das principais causas da
cegueira de nossos dias é a impureza. Nosso Senhor diz no Sermão da Montanha:
“Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus” (Mt 5, 8). Não se
trata exclusivamente da virtude da castidade, mas, muito, da reta intenção de nossos
desejos. Tanto uma quanto a outra vão-se tornando raras a cada novo dia, nesta
era de progressiva cegueira de Deus.
São essas algumas das razões pelas quais a humanidade necessita voltar-se
urgentemente para a Mãe de Deus, apresentando por meio d’Ela, ao Divino
Redentor, o mesmo pedido de Bartimeu: “Senhor, que eu veja!”
Fonte
Homilia: Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Liturgia comentada
E se pôs a segui-lo... (Lc 18, 35-43)
Um cego na beira da
estrada. Toda uma vida de humilhação e dependência. Seguramente, já ouvira
falar daquele estranho Rabi da Galileia que limpava os leprosos e animava os
paralíticos. É quando passa a multidão. Ouvindo o burburinho, o cego se informa
e fica sabendo que Jesus está passando. É hora de gritar...
Foi Santo Agostinho
quem escreveu: “Timeo Iesum praetereuntem et non redeuntem” – isto é, “temo a
Jesus que passa e não volta”. Temo perder a hora da graça. A oportunidade imperdível!
Por isso mesmo, o cego de Jericó ergue o seu berreiro: “Jesus, Filho de Davi,
tem piedade de mim!” Tentam fazê-lo calar, mas ele insiste. Até que Jesus para
e o atende. A uma palavra de Jesus, o cego recobra a vista. Com brados de
louvor a Deus, ele se põe a seguir Jesus. Isto é, torna-se seu discípulo.
Cabe aqui uma
reflexão. Qual a intenção profunda de nossas orações? Quando pedimos a Deus
saúde e emprego, dinheiro e cura das enfermidades, que é mesmo que estamos
buscando? Pode ser que estejamos apenas em busca de segurança material,
sossego, alívio das dores. Não é uma forma de egoísmo? O cego de Jericó podia
ter obtido a visão de volta, agradecia a Jesus e seguia sua estrada para cuidar
da própria vida. Mas, não... Ele se põe a seguir o médico que o havia curado.
Só tem olhos para Jesus... Outra vez, quando Jesus curou dez leprosos, somente
um – o estrangeiro – voltou para dar graças. Os outros estavam satisfeitos com
a própria cura e nada mais queriam, exceto o atestado de saúde a ser obtido com
os sacerdotes do Templo. Egoístas, não?
Se nós queremos
cura para servir aos irmãos, ótimo! Se queremos saúde para trabalhar pelo
Reino, tudo bem! Mas se queremos emprego só para ter dinheiro no banco,
hum-hum... Se queremos passar no vestibular só para “subir na vida”, sei não...
Nossas intenções não são das melhores...
É verdade que –
como diz o povo simples – Deus não dá asa a cobra. Pode ser que nossa oração
não seja ouvida porque Deus avalia nossas intenções e antevê que acabaríamos
prejudicados com aquilo que pedimos. Fechados em nosso pequeno mundo, teríamos
em mãos mais recursos para nossa perdição.
Se Deus atendesse
às nossas preces, nós o seguiríamos?
Orai sem cessar:
“Só uma coisa pedi ao Senhor: morar na casa do Senhor todos os dias de minha
vida.” (Sl 27, 4)
Texto de
Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
http://www.nsrainha.com.br/capela/?pag=liturgia&dia=2013-11-18

Ir. Patrícia Silva, fsp
Voltemos a enxergar aquilo que perdemos de
vista
Que a nossa fé venha em nosso socorro para
abrir “os olhos do nosso coração”, que nós voltemos a enxergar aquilo que
perdemos de vista.
“Então o cego gritou: ‘Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!’” (Lc 18,38).
A Palavra de Deus vem nos chamar à atenção do quanto a cegueira
é ruim para nossa vida. Não estou falando da cegueira física, daqueles que
nasceram cegos ou que se tornaram cegos por um incidente da vida.
Muitas vezes, a pessoa que é cega enxerga até melhor do que nós
que temos dois olhos bem abertos. Existe uma cegueira espiritual que envolve a
nossa mente, o nosso coração, que não nos permite ver as coisas como de fato
elas são; aquela cegueira de sermos enganados, iludidos, de vivermos no mundo
de fantasias, no mundo que não é real. Aquela cegueira que todo mundo vê onde
está o mal e só nós não conseguimos enxergar, aquela cegueira de conseguir
enxergar o problema da vida de todo mundo, menos o seu próprio problema.
Enxerga os defeitos do vizinho, das pessoas que estão ao seu lado, mas não
consegue ver os seus próprios.
O problema é que nós não nos enxergamos, pois a cegueira nos
envolve e não nos permite abrir os olhos. Nós precisamos, hoje, como o cego do
Evangelho, gritar com toda a insistência: “Jesus, Filho de Davi, tem piedade de
mim! Abra meus olhos, Senhor, deixa eu enxergar de novo ou deixa-me enxergar
aquilo que eu nunca enxerguei. Por favor, Senhor, não deixe que eu morra na
cegueira, na ilusão, no engano, na mentira, mas abra os meus olhos para que eu
Te veja. Para que eu contemple aquilo que, de fato, sou, aquilo que, na
verdade, eu vivo, para que eu saia da vida mentirosa, que, muitas vezes, eu
estou submersa nela”.
Por que este cego foi insistente? Ele disse: “Senhor, eu quero
enxergar de novo!”. Jesus lhe disse: “Enxerga, pois, de novo, porque a tua fé
te salvou!”.
Meus irmãos, que a nossa fé venha em nosso socorro para abrir
“os olhos do nosso coração”, que nós voltemos a enxergar aquilo que perdemos de
vista.
Às vezes, dentro da nossa casa, nós enxergávamos nossos irmãos,
o marido enxergava a mulher e ela o enxergava; antes, eramos capazes de viver
com mais simplicidade e pureza. Hoje, no entanto, perdemos essa pureza. Só o
Senhor, abrindo os nossos olhos, apontando-nos a direção para que possamos
novamente enxergar a estrada da vida, o caminho para a salvação, a seta que nos
aponta o caminho para o qual nós devemos caminhar.
Que a Palavra de Deus anunciada venha trazer a luz da vida, que
é Jesus, para abrir os nossos olhos, para que possamos enxergar a verdade que
está em nós.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.Facebook Twitter
LEITURA ORANTE
Lc 18,35-43 - Um "itinerário de luz"

Preparo-me para a Leitura Orante,
fazendo uma rede de comunicação
e comunhão em torno da Palavra com
todas as pessoas que se encontram neste ambiente
virtual. Rezamos em sintonia com a
Santíssima Trindade.
Em nome do Pai, do Filho e do
Espírito Santo. Amém
Ficai conosco, Senhor,
quando ao redor da nossa fé católica surgem as névoas da dúvida,
cansaço ou da dificuldade;
vós, que sois a própria Verdade como revelador do Pai,
iluminai nossas mentes com a vossa Palavra;
ajudai-nos a sentir a beleza de crer em vós.
quando ao redor da nossa fé católica surgem as névoas da dúvida,
cansaço ou da dificuldade;
vós, que sois a própria Verdade como revelador do Pai,
iluminai nossas mentes com a vossa Palavra;
ajudai-nos a sentir a beleza de crer em vós.
Ó Jesus Mestre, Verdade,
Caminho,Vida, tem piedade de nós.
1. Leitura
(Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Lc 18,35-43.
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Lc 18,35-43.
Jesus já estava
chegando perto da cidade de Jericó. Acontece que um cego estava sentado na
beira do caminho, pedindo esmola. Quando ouviu a multidão passando, ele
perguntou o que era aquilo.
- É Jesus de Nazaré
que está passando! - responderam.
Aí o cego começou a
gritar:
- Jesus, Filho de
Davi, tenha pena de mim!
As pessoas que iam
na frente o repreenderam e mandaram que ele calasse a boca. Mas ele gritava
ainda mais:
- Filho de Davi,
tenha pena de mim!
Jesus parou e
mandou que trouxessem o cego. Quando ele chegou perto, Jesus perguntou:
- O que é que você
quer que eu faça?
- Senhor, eu quero
ver de novo! - respondeu ele.
Então Jesus disse:
- Veja! Você está
curado porque teve fé.
No mesmo instante o
homem começou a ver e, dando glória a Deus, foi seguindo Jesus. E todos os que
viram isso começaram a louvar a Deus.
A cura do cego de Jericó é carregada
de simbolismo. No meio da multidão, mesmo cego, ele descobre Jesus. Depois,
reconhece, com seu grito, o Messias. Isto contrasta com a cegueira dos
discípulos que não conseguem dizer o mesmo. A cura que Jesus realiza
devolvendo-lhe a visão é bastante significativa. Expressiva também é a
confissão do cego, em três momentos. Primeiro reconhece o Messias. Depois chama
Jesus de "Senhor". No terceiro momento, dá glória a Deus e segue
Jesus. Estes três passos são um "itinerário de luz" para quem se
converte. Ainda podemos pensar que para seguir Jesus é preciso estar com os
olhos abertos, em constante discernimento. Depois, ter disposição para seguir
Jesus e não outro caminho.
2.
Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Identifico-me com o cego de Jericó?
Sou capaz de encontrar Jesus no meio da multidão do mundo de hoje?
Vivo o
itinerário de luz do homem curado por Jesus?
Os bispos na Conferência de Aparecida
lembraram: "O discípulo
sabe que sem Cristo não há luz, não há esperança, não há amor, não há
futuro"(DAp 146).
3.Oração
(Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, com salmos e
concluo com a oração :
Ficai conosco, Senhor,
acompanhai-nos,
ainda que nem sempre tenhamos sabido reconhecer-vos.
Ficai conosco,
porque as sombras vão se tornando densas ao nosso redor,
e vós sois a Luz;
em nossos corações se insinua a desesperança,
e vós nos fazeis arder com a certeza da Páscoa.
Estamos cansados do caminho,
mas vós nos confortais na fração do pão
para anunciar aos nossos irmãos que na verdade vós ressuscitastes
e nos destes a missão de ser testemunhas da vossa ressurreição. (DAp)
acompanhai-nos,
ainda que nem sempre tenhamos sabido reconhecer-vos.
Ficai conosco,
porque as sombras vão se tornando densas ao nosso redor,
e vós sois a Luz;
em nossos corações se insinua a desesperança,
e vós nos fazeis arder com a certeza da Páscoa.
Estamos cansados do caminho,
mas vós nos confortais na fração do pão
para anunciar aos nossos irmãos que na verdade vós ressuscitastes
e nos destes a missão de ser testemunhas da vossa ressurreição. (DAp)
4.Contemplação
(Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da
Palavra?
Sinto-me discípulo/a de Jesus.
Meu olhar deste dia será iluminado
pela presença de Jesus Cristo.
Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde.
Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se
compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê
a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso,
Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Ir. Patrícia Silva, fsp
Oração Final
Pai Santo, dá-nos a mesma certeza que
tinha o cego de Jericó: que vejamos de novo! – E nós, que nos deixamos cegar
pela sedução do mundo de consumo e egoísmo, redescubramos o caminho da
fraternidade com o Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo
reina na unidade do Espírito Santo.

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