18 de
Agosto de 2013
Ano C

Lc
1,39-56
Comentário do Evangelho
A festa da vitória de Deus
A
solenidade da Assunção da Mãe de Deus é, em primeiro lugar, a festa da vitória
de Deus e do seu Cristo sobre o mal e a morte. Deus é o Senhor da vida. “Por um
só homem a morte entrou no mundo, também por um só homem vem a ressurreição dos
mortos. Assim como todos morrem em Adão, em Cristo todos receberão a vida”
(1Cor 15,21-22).
A festa da Assunção da Mãe de Deus é a festa da
Páscoa do ser humano, da participação da nossa humanidade na Páscoa de Cristo.
O trecho do livro do Apocalipse é uma visão, uma
revelação de um grande sinal. Como se trata de um sinal, ele precisa ser
interpretado e bem compreendido. Este grande sinal é o da Igreja triunfante, na
eternidade (“lua debaixo dos pés – v. 1), vitoriosa (“coroa de doze estrelas” –
v. 1), iluminada com a luz do Cristo Ressuscitado (“vestida com o sol” – v. 1),
pronta para dar à luz (v. 2); a Igreja fiel ao seu Senhor gera, pela fé, novos
filhos. É ameaçada pelo Dragão (vv. 3-4), e protegida, ela e seu filho (v.
5-6). Essa imagem não foi aplicada imediatamente a Maria, somente mais tarde e
como fruto do amadurecimento da fé da Igreja na ressurreição de Jesus Cristo. A
mãe de Deus é modelo do discípulo que, não obstante a perseguição e o
sofrimento, guarda fielmente a palavra de Cristo. O texto do Apocalipse tem
como finalidade manter viva a esperança da Igreja peregrina e sustentar o seu
testemunho. A mãe do Senhor é ícone da Igreja.
O dogma da Assunção, defendido em 1950 pelo Papa
Pio XII, afirma que Maria foi “elevada à glória celeste”. Não se trata de um
deslocamento espacial. Não se afirma uma nova localização, mas a transfiguração
do corpo e a passagem de sua condição terrestre para a condição gloriosa da
totalidade de sua pessoa (= corpo e alma).
A festa da Assunção é a festa do destino do ser
humano: destinado à plenitude da felicidade – isto é, à “glória celeste”. A
vida de Maria, como a nossa vida, não se encerra nos limites desta história,
mas tende plenamente para Deus, por quem ela é atraída desde sua concepção. A
Assunção de Maria é sinal concreto de esperança para todo o gênero humano; é
sinal da dignidade presente e futura do homem criado e redimido por Deus.
Carlos Alberto Contieri, sj
ORAÇÃO
Senhor Jesus, que a
contemplação da assunção de tua mãe santíssima me inspire a viver em comunhão
com Deus, servindo-o como servo humilde.
Vivendo a Palavra
A certeza de que Maria está junto do
Pai gozando a plenitude do Reino de Amor nos conforta e alegra. Nossa Mãe, que
proclamou em vida a grandeza do Senhor e se alegrou em Deus, nosso salvador, já
está na gloria do Céu e zela por nós, que somos hoje a Igreja de seu Filho
neste planeta jardim.
Reflexão
O encontro de Maria com Isabel nos
mostra um pouco do que deve ser um encontro de verdadeiro amor entre duas
pessoas. Por um lado, vemos Maria, que vai ao encontro de Isabel assim que sabe
da sua situação, vai para servir, fazer com que seu amor se transforme em gesto
concreto. Quando encontra Isabel, a saúda, pois valoriza aquele momento de
encontro e também a pessoa com quem se encontra. Por outro lado, vemos Isabel
que, ao ver sua prima, exalta imediatamente todos os seus valores como mãe do
seu Senhor, assim como as suas virtudes. E este encontro termina com um cântico
de exaltação ao amor de Deus.
Meditação
Como você encara o dever
para com seus irmãos de sangue? - Como você manifesta humildade? - Que lugar
Nossa Senhora ocupa em sua vida? - Qual o ato de devoção a Nossa Senhora que
mais lhe agrada? - Você se considera uma pessoa de bom coração?
Padre
Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Comentários do Evangelho

1 - “BENDITA ÉS TU ENTRE AS MULHERES E BENDITO É O FRUTO DO
TEU VENTRE! - Olívia Coutinho - ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA - 18 de Agosto de 2013 - Evangelho Lc 1, 39-56
Com muita alegria, celebramos hoje, a
solenidade da Assunção de Nossa Senhora!
É importante não confundirmos assunção com
ascensão. A assunção, é de Nossa Senhora, vem nos falar, que ela foi
levada ao céu, não subiu por si mesma e sim, pelo poder de
Deus! Enquanto que a ascensão, é de Nosso Senhor, vem nos falar da
sua subida ao céu, Ele sim, sendo o próprio Deus, subiu ao céu pelo
seu próprio poder!
A festa de hoje, nos convida a
refletir, sobre o sentido da nossa vida, o para “quê” viemos ao mundo e
como devemos conduzir a nossa vida. Maria, com o seu testemunho, nos ensina,
que só alcançaremos a nossa realização plena, se nos deixarmos conduzir,
pela vontade de Deus!
Maria foi puro amor e doação, ela
se entregou por inteira à serviço do Reino de Deus, abrindo
mão de todos os seus projetos pessoais, para viver o projeto de
Deus, que tem como fundamento o amor!
A solenidade deste
domingo, nos apresenta Maria como modelo de vida
cristã, um modelo a ser seguido por todos nós! Nossa vida, se pautada
no exemplo desta grande mulher, com certeza, será uma vida fecunda!
Deus cativou Maria e ela se deixou cativar
por Ele, se entregando por inteira à seu serviço!
Assim que recebeu do Anjo, o anuncio
de que ela seria a mãe de Jesus, Maria ficou sabendo também da
gravidez de sua prima Isabel. Movida pelo o amor ao próximo, ela não hesitou,
se pôs à caminho, indo ao auxílio de Isabel, que certamente necessitaria de
maiores cuidados devido a sua idade avançada. Com este gesto abnegado de
amor e entrega, Maria nos dá um grande exemplo de solidariedade, nos
ensinando que o amor é mais do que sentimento, mais do que palavras: o amor é gesto concreto, é decisão de ir ao
encontro do outro, de inteirar-se de suas necessidades.
Subindo montanhas, levando Jesus no
seu ventre, Maria tornou-se a primeira pessoa a levar Jesus ao
outro, ou seja, a primeira discípula de Jesus!
O evangelho de hoje, narra dois
encontros marcantes, o encontro de duas mães: Maria e Isabel, uma se
alegrando com a alegria da outra, e juntas agradecendo a Deus
pelo dom da fecundidade, mostrando-nos que o poder de Deus é infinito!
Neste encontro de mães, acontece também o encontro de duas crianças, que
estavam sendo gestadas no ventre destas duas mulheres distintas, um
encontro invisível, porém sentido! No ventre da jovenzinha de Nazaré,
crescia Jesus, àquele que seria O Salvador do mundo. E no ventre,
antes estéril de Isabel, crescia João Batista, àquele que seria o
grande profeta, o precursor que iria preparar o caminho para a entrada de Jesus
na historia da salvação.
Ao se entregar totalmente à serviço de
Deus, Maria participou da historia da libertação da humanidade, enfrentando
todos os desafios, desde a concepção de Jesus, até a sua morte de cruz! E mesmo
com o coração transpassado de dor, Maria manteve-se de pé, aos pés da
cruz.
Maria é a voz que grita na defesa dos pobres, de todos aqueles que buscam
nela, força e coragem para lutar e vencer os “poderosos!”
No canto do magnificat, o coração de Maria
manifesta de modo transbordante a sua gratidão pela imensidão de
maravilhas que Deus realizou em sua vida! Realizações, que Ela
reconhecia não serem somente em seu favor, mas em favor de toda
humanidade, uma vez que, pelo seu Filho Jesus, a salvação entrou na humanidade!
Maria nos ensina que as maravilhas que
Deus realiza em nós, é em favor de todos!
O MAGNIFICAT é um canto de amor e de
humildade, em que Maria reconhece o poder, a majestade do Senhor e se
submete humildemente à sua vontade, proclamando-se bem aventurada.
Com Maria aprendemos que a humildade nos
aproxima da perfeição e que ao dizermos "sim" a Deus, Ele nos
transforma em “grandes” mesmo na nossa pequinês!
Podemos também, assim como Maria, louvar a
Deus, dizendo: A minha alma engrandece o Senhor, porque olhou para a humildade
de seu servo ( a) “ O Todo
Poderoso fez grandes coisas em meu favor...”
O canto de Maria, diante do Seu
Senhor, ecoa no coração de cada um de nós, nele está expresso a confiança
total no Deus misericordioso!
Que nossos corações estejam sempre
iluminados com a luz da bondade que iluminou o coração de Maria, a grande
defensora dos pobres e sofredores.
Estimado Leitor (a): Agradeço do fundo do
meu coração, a todos vocês, que dispõe do seu precioso tempo na leitura destas
minhas reflexões, em especial, aos que deixam seus comentários, os quais
me incentivam a continuar nesta caminhada missionária.
QUE DEUS CONTINUE ABENÇOANDO A TODOS: Olívia Coutinho
FIQUE NA PAZ DE JESUS!
2 - ASSUNÇÃO DE MARIA-José
Salviano - FESTA DA ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA - Solenidade. - 18 de Agosto - Evangelho - Lc
1,39-56
Hoje celebramos a
solenidade da Assunção de Maria em corpo e alma aos Céus. E foi pela
Constituição Apostólica Munificentíssimus Deus, de 1 de
novembro de 1950, que o papa Pio XII proclamou a Assunção da Virgem Maria
como dogma de fé. Porém é bom lembrar que a devoção em homenagem a
Nossa Senhora Assunta aos Céus já existia bem antes da proclamação desse
dogma. E o ponto mais alto dessas devoções, ocorreu na Idade Média, sendo na
França o principal palco das devoções marianas, principalmente da sua Assunção.
O reconhecimento popular daquela que abrigou por nove meses o Filho de Deus e
em seguida o entregou ao mundo, foi algo muito marcante na Europa medieval,
principalmente entre os franceses.
Maria cheia da graça
de Deus, a mais feliz de todas as mulheres do mundo, até o momento em que viu o
bendito fruto do teu ventre crucificado por nossos pecados. Essa é uma história
de dupla entrega, uma história do mais puro amor que mostra a fusão entre
o divino e o humano na pessoa daquela jovem pura, para realizar o plano de Deus
de salvar a humanidade inteira.
Lamentavelmente nem
todos os homens e mulheres da humanidade aceitaram a pessoa de Maria Virgem e
Mãe puríssima do Filho de Deus pela força do Espírito Santo. Nem todos os
humanos a reconheceram como a mãe de Deus! Fato lamentável que aconteceu e
acontece com os participantes de outra religião não criada por Jesus, mas sim
por um homem.
Nós, os católicos,
festejamos a pessoa de Maria, porque reconhecemos n'ela a mãe de
Nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho unigênito, que provou ser o próprio Deus,
através de mais de mil milagres, sendo que somente 51 deles estão registrados
nos Evangelhos.
A figura de Maria
incomoda muito alguns dos nossos irmãos separados na fé, os quais têm por ela
verdadeira aversão, para não dizer, ódio. Como podemos ser salvos pelo
Filho se rejeitamos e não reconhecemos a sua mãe?
Meus irmãos. Quando
nós incomodamos, devemos ficar felizes por que estamos atingindo o
objetivo. Percebo que às vezes eu incomodo alguns leitores, quando boto o
dedo em certas feridas. como: Celibato x pedofilia, mãe solteira, redução da
maioridade penal, entre outras coisas que não deveriam estar acontecendo em
nossa sociedade, mas, infelizmente estão aí. E por fazermos vistas grosas
diante de tais fatos é que eles estão aumentando. Não podemos fechar os
olhos diante dessa realidade! Por que na qualidade de imitadores de
Cristo, temos de denunciar as imperfeições sociais, mesmo que isso não agrade a
alguns. Foi o que Jesus fez com os erros dos líderes judaicos, enfrentando-os
sem nenhum medo: "Fariseus hipócritas" "Sepulcros
caiados"...
E é importante deixar
claro, que denunciar o erro não tem nada a ver com discriminação. Jesus
odiava o erro, o pecado. Mais amava aqueles que erravam, ao ponto de perdoá-los
publicamente, como foi o caso daquela mulher, que conhecemos pelo nome de
Madalena, que jogaram em seus pés, por ser pega em flagrante de
adultério. Discriminar, é uma coisa, denunciar é outra.
O CATEQUISTA NÃO É
AQUELE QUE DIZ O QUE OS OUVINTES OU LEITORES QUEREM OUVIR (PALAVRAS BRANDAS,
ELOGIOS), MAS SIM AQUELE QUE DIZ O QUE ELES PRECISAM OUVIR! O CATEQUISTA,
É AQUELE QUE NOS TRÁS O RECADO DE JESUS CRISTO, SEM MEIAS PALAVRAS, SEM RECEIO
DE ESTAR MELINDRANDO, COMO CRISTO FEZ COM OS DOUTORES DA LEI E FARISEUS. O
CATEQUISTA É AQUELE QUE DENUNCIA OS NOSSOS DEFEITOS, E DEPOIS NOS PERDOA, COMO
O FÊS JESUS!
Maria, mãe imaculada,
exemplo de castidade e de obediência a Deus, é o nosso espelho da pura vivência
na fé.
Nós temos de nos
apegar a ela, a Mãe puríssima, Mãe castíssima, Mãe imaculada, para que
nos ajude intercedendo junto ao seu Filho como no dia do seu primeiro milagre
em Caná, para que tenhamos forças para viver diante de Jesus em estado de
graça, em plena castidade. Porque o mundo que aí está faz de tudo para que
sejamos promíscuos, pedófilos, violentos, desonestos, impuros...
Você já reparou que os
filmes nos dão a impressão que a sociedade não pensa em outra coisa senão no
prazer sexual. Por que os personagens ou estão fazendo sexo, ou estão se
preparando para isso, ou estão falando sobre esse assunto. Você já reparou
nisso? Toda essa enxurrada em cima da cabecinha de nossos jovens, os faz pensar
que isso é algo normal e sem a menor conseqüência, isso os faz desistir de
qualquer proposta que lhes fazemos a respeito do Reino de Deus!
Maria é como a lua,
ela não tem brilho próprio, mas nos reflete o brilho da luz de Jesus. Maria é
aquela que intercede por nós junto a seu Filho e este intercede por nós junto
ao Pai...
Jesus se fez homem
para sentir na pele os nosso problemas, porém, Maria, não se fez, ela era
humana. E assim, como qualquer um de nós, ela é capaz de sentir as nossas
dores, nossos sofrimentos com a mesma intensidade que nós.
É claro que
Jesus, enquanto homem, pode viver a nossa realidade, porém o seu lado divino
estava sempre presente, o resgatando nas horas difíceis, como nas tentações do
deserto, por exemplo. Não estamos desmerecendo a capacidade de Cristo assumir a
nossa dura realidade, porém, na verdade, Maria já era uma de nós, de carne e
osso, sem nenhum lado divino... Se estou errado nessa colocação, que alguém
mais preparado do que eu me corrija, e humildemente aceitarei a crítica...
Porque criticar é
mostrar os dois lados: o certo e o errado. O certo é a solução. Criticar
por criticar é fruto de inveja. A crítica construtiva, a crítica como correção
fraterna, mostra o seu lado bom, depois mostra o seu erro e em seguida a
solução, para que você se corrija e não caia mais no erro.
Santa Maria mãe de
Deus, rogai por nós e por todos aqueles que não te reconhecem como a Mãe do
Salvador!
Tenha um santo
domingo.
3 - “aquela que acreditou ”- Helena Serpa - 18 de agosto - Evangelho - Lc 1,39-56 - Postado por JOSÉ MARIA MELO
1ª. Leitura – Apocalipse
11,19;12,1.3-6.10 – “O sinal no céu”
No Livro das Revelações São João descreve a visão
que teve de um grande sinal no céu: a figura de uma mulher vestida de sol, com
uma coroa de doze estrelas, sendo perseguida por um dragão. Esta figura
representa para nós Maria a Mãe de Jesus que é também a Mãe da Igreja e o
dragão, o inimigo de Deus que persegue a Igreja de Jesus Cristo. Esta revelação
nos mostra também como Maria foi preservada por Deus que lhe preparou um lugar
na Sua glória, como afirma a Tradição da Igreja, sendo ela assunta ao céu pelos
merecimentos do Seu Filho Jesus Cristo.
– Se você quiser saber mais sobre a Assunção de N. Sra. acesse o site www.lepanto.com.br.
Salmo 44 – “À vossa direita se encontra a rainha com veste esplendente de ouro
de Ofir”.
O salmo canta a figura da rainha que se encontra à
direita do rei, “tal se nos mostra Maria na glória celestial É a mesma glória
que envolve o Filho e a Mãe! Ele nos aparece tão belo! E ela como se nos
apresenta suave e terna em seu sorriso de Mãe, estendendo-nos os braços, num
convite amoroso, para que vamos a Ela e possamos um dia partilhar de sua
bem-aventurança!” (trecho retiro do site). – Qual a imagem que você tem de
Maria
2ª. leitura - ! Cor 15, 20-27 – “quando Jesus vier
em glória”
São Paulo esclarece para nós como será a nossa
ressurreição quando Jesus vier em glória e nos encontrar cheios de fé esperando
a Sua volta. Todos nós enquanto aqui estamos devemos manter firme a esperança
da vinda de Jesus, pois é promessa Dele. Em Adão todos morrem, em Cristo todos
reviverão! Esta é uma verdade que nos garante a Ressurreição daqueles que
acreditam em Jesus Cristo o primeiro a ressuscitar dos mortos. Deus já concedeu
a vitória ao Seu Filho e com Ele nós também somos vitoriosos. “O último inimigo
a ser destruído é a morte, diz São Paulo”. Nesse dia não haverá mais morte,
pois Jesus reinará no meio de nós. Os que ainda estiverem aqui serão
testemunhas da vinda de Jesus. Os que já tiverem partido ressurgirão e haverão
de se juntar a Jesus numa nova terra. Por isso, também acreditamos no
privilégio de que Maria não passou pela morte, ela apenas adormeceu e foi
assunta ao céu pelo poder de Deus e lá está junto de Jesus. – Você já meditou
sobre isso? – Você mantém firme a esperança de se encontrar com Jesus? – Você
crê na ressurreição dos mortos?
Evangelho – Lucas 1, 39-56 – “aquela que acreditou”
Maria não reteve nada para si! Entregue ao Espírito
Santo ela se determinou a servir a Deus. Não perdeu tempo e, se oferecendo para
ser serva do Senhor, correu para ajudar Isabel, sua prima, que precisava da sua
ajuda. A visita de Maria a sua prima Isabel e o canto do Magnificat retratam
para nós a sua humildade e submissão à vontade do Pai. Mesmo reconhecendo a sua
pequenez, ela assumiu a missão de Mãe do Salvador, e não ficou nos lauréis que
o título lhe conferia. O Espírito Santo confirmou-a como mãe do Senhor quando
João Batista pulou no ventre de Isabel e esta exclamou: “Bendita és tu entre as
mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!” E completou, dizendo: “Bem
aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido o que o Senhor lhe
prometeu”. Como para confirmar toda a graça que recebeu de Deus Pai e inspirada
nos livros do Antigo Testamento Maria cantou o Magnificat assumindo ser bem
aventurada pelos prodígios que nela aconteciam. Por isso, afirmou: “doravante
todas as gerações me chamarão bem aventuradas, porque o Todo-poderoso fez
grandes coisas em meu favor”. Assim como Maria, somos também bem aventurados,
porque acreditamos nas promessas do Senhor e cheios (as) do Espírito Santo
sentimos a presença de Jesus que nos motiva a ir ao encontro das Isabel que
hoje estão à nossa espera. Nossa Senhora é nosso modelo, por isso, agradecidos,
nós também dizemos quando rezamos o rosário: “Bendita és tu entre as mulheres e
bendito é o fruto do teu ventre!” – Você acredita que Nossa Senhora está no céu
ao lado de Jesus e que intercede por nós? – Você tem Nossa Senhora também como
sua mãe? – Como é a sua devoção para com Maria? – Você costuma rezar o terço e
pedir a sua benção? – Ore hoje com Maria e sinta o carinho e a ternura dela,
como sua mãe, rainha do céu e da terra!
Helena Serpa
No Livro das Revelações São João descreve a visão que teve de um grande sinal no céu: a figura de uma mulher vestida de sol, com uma coroa de doze estrelas, sendo perseguida por um dragão. Esta figura representa para nós Maria a Mãe de Jesus que é também a Mãe da Igreja e o dragão, o inimigo de Deus que persegue a Igreja de Jesus Cristo. Esta revelação nos mostra também como Maria foi preservada por Deus que lhe preparou um lugar na Sua glória, como afirma a Tradição da Igreja, sendo ela assunta ao céu pelos merecimentos do Seu Filho Jesus Cristo.
– Se você quiser saber mais sobre a Assunção de N. Sra. acesse o site www.lepanto.com.br.
Salmo 44 – “À vossa direita se encontra a rainha com veste esplendente de ouro de Ofir”.
O salmo canta a figura da rainha que se encontra à direita do rei, “tal se nos mostra Maria na glória celestial É a mesma glória que envolve o Filho e a Mãe! Ele nos aparece tão belo! E ela como se nos apresenta suave e terna em seu sorriso de Mãe, estendendo-nos os braços, num convite amoroso, para que vamos a Ela e possamos um dia partilhar de sua bem-aventurança!” (trecho retiro do site). – Qual a imagem que você tem de Maria
São Paulo esclarece para nós como será a nossa ressurreição quando Jesus vier em glória e nos encontrar cheios de fé esperando a Sua volta. Todos nós enquanto aqui estamos devemos manter firme a esperança da vinda de Jesus, pois é promessa Dele. Em Adão todos morrem, em Cristo todos reviverão! Esta é uma verdade que nos garante a Ressurreição daqueles que acreditam em Jesus Cristo o primeiro a ressuscitar dos mortos. Deus já concedeu a vitória ao Seu Filho e com Ele nós também somos vitoriosos. “O último inimigo a ser destruído é a morte, diz São Paulo”. Nesse dia não haverá mais morte, pois Jesus reinará no meio de nós. Os que ainda estiverem aqui serão testemunhas da vinda de Jesus. Os que já tiverem partido ressurgirão e haverão de se juntar a Jesus numa nova terra. Por isso, também acreditamos no privilégio de que Maria não passou pela morte, ela apenas adormeceu e foi assunta ao céu pelo poder de Deus e lá está junto de Jesus. – Você já meditou sobre isso? – Você mantém firme a esperança de se encontrar com Jesus? – Você crê na ressurreição dos mortos?
Evangelho – Lucas 1, 39-56 – “aquela que acreditou”
Maria não reteve nada para si! Entregue ao Espírito Santo ela se determinou a servir a Deus. Não perdeu tempo e, se oferecendo para ser serva do Senhor, correu para ajudar Isabel, sua prima, que precisava da sua ajuda. A visita de Maria a sua prima Isabel e o canto do Magnificat retratam para nós a sua humildade e submissão à vontade do Pai. Mesmo reconhecendo a sua pequenez, ela assumiu a missão de Mãe do Salvador, e não ficou nos lauréis que o título lhe conferia. O Espírito Santo confirmou-a como mãe do Senhor quando João Batista pulou no ventre de Isabel e esta exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!” E completou, dizendo: “Bem aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido o que o Senhor lhe prometeu”. Como para confirmar toda a graça que recebeu de Deus Pai e inspirada nos livros do Antigo Testamento Maria cantou o Magnificat assumindo ser bem aventurada pelos prodígios que nela aconteciam. Por isso, afirmou: “doravante todas as gerações me chamarão bem aventuradas, porque o Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor”. Assim como Maria, somos também bem aventurados, porque acreditamos nas promessas do Senhor e cheios (as) do Espírito Santo sentimos a presença de Jesus que nos motiva a ir ao encontro das Isabel que hoje estão à nossa espera. Nossa Senhora é nosso modelo, por isso, agradecidos, nós também dizemos quando rezamos o rosário: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!” – Você acredita que Nossa Senhora está no céu ao lado de Jesus e que intercede por nós? – Você tem Nossa Senhora também como sua mãe? – Como é a sua devoção para com Maria? – Você costuma rezar o terço e pedir a sua benção? – Ore hoje com Maria e sinta o carinho e a ternura dela, como sua mãe, rainha do céu e da terra!
Helena Serpa
4 - "O CÉU DE MARIA!" - Diac. José da Cruz - ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA - 18/08/2013
Evangelho Lucas 1, 39-56 - "O CÉU DE
MARIA!"
.
Maria foi assunta ao céu,
elevada para junto de Deus em corpo e alma. Se Jesus nos abriu as portas do céu
que estavam fechadas, Maria foi o primeiro ser vivente a entrar por ela. Na
verdade, em Maria os Filhos degredados de Eva puderam sentir o “gostinho” da
volta ao Paraíso e viver de novo na plenitude da comunhão com Deus, como era
antes do pecado original. Na vida de Maria, desde o seu nascimento, até a sua
“dormição” como preferem denominar o término da sua vida terrena os católicos
ortodoxos, a gente vai aprendendo que o céu, dom de Deus, é também uma
conquista do homem.
A partir de Jesus nos
tornamos todos combatentes “Pois é preciso que ele reine, até que todos os seus
inimigos estejam debaixo dos seus pés. O último inimigo a ser derrotado é a
morte” afirma o apóstolo Paulo na segunda leitura desse domingo em 1Cor 15,
20-27, mostrando-nos que a conquista do céu vai acontecendo na medida em que,
em nossa caminhada vamos combatendo e destruindo as forças do mal, que querem
nos levar à morte, para longe de Deus e do seu Paraíso, que é o nosso destino
glorioso.
É assim que a vitória de
Cristo vai sendo confirmada, pois quando falamos que o céu é dom que Deus nos
concede, estaríamos sendo ingênuos se imaginarmos que podemos conquistá-lo sem
nenhum esforço. Mas o que mais nos surpreende nessa liturgia Mariana é a bela
visão apocalíptica de João na primeira leitura, que vê no céu o sinal de uma
mulher Guerreira, destemida e Vitoriosa, imagem que a Igreja atribuiu a Maria,
pois para chegar vitoriosa no céu, Maria foi também vitoriosa na terra, aliás,
a partir da obra que Deus realizou em Maria, o céu desceu a terra. “Uma mulher
vestida de sol, tendo a lua debaixo dos pés, e sobre a cabeça uma coroa de doze
estrelas”.
A visão do mal sempre é
aterradora, mesmo em uma linguagem simbólica e figurativa como a de João “Um
Dragão de sete cabeças e dez chifres, e sobre a cabeça sete coroas” Quem é que
não se assusta diante de um bicho feio como este, com tanta força e poder?! Quem
é que não se assusta com o mal hoje presente no mundo, marcado por tanta
violência, medo, insegurança e o terror? Mas no espaço do céu, que é o lugar de
Deus, esse mal tem o poder limitado. “Sua cauda varria apenas um terço das
estrelas, atirando-as sobre a terra”, ou seja, a força do bem presente em
Maria, consegue neutralizar as forças avassaladoras do mal. Mas quem é essa
mulher ousada e vitoriosa, que chamamos de Mãe?
No evangelho festivo da
Festa da Assunção, na catequese de Lucas percebemos algo encantador, que faz a
diferença na vida de Maria, e que faz a diferença nossa vida também: A Força do
Espírito de Deus! Prestemos atenção nas expressões verbais colocadas por Lucas,
e que indicam uma ação imediata: Maria partiu – dirigindo-se apressadamente –
entrou na casa e cumprimentou Isabel. Maria, essa mulher Guerreira e Vitoriosa,
deixa-se mover no dinamismo do Espírito de Deus. Sua vida pacata na pequena
Nazaré passa por uma “sacudida”, a partir de então, ela se moverá a partir do
Espírito de Deus presente nela e que irá impulsioná-la a sair de Nazaré e a
sair de si mesma, abrindo-se cada vez mais para Deus e os irmãos e Maria diante
da revelação do anjo descobre a sua vocação de servir “Eis aqui a serva do
Senhor...”
Tudo começou quando ela
se fez pequena diante de Deus, é aí que o céu já começa a acontecer em sua
vida. Quando os homens descobrem nessa vida a vocação para o amor, o céu já se
faz presente. A entrada de Maria no céu, na Festa da Assunção, é apenas uma
referência de sua glória, esta glória do Senhor que a envolveu totalmente,
fazendo-a viver para Deus, sem deixar de viver para os irmãos. E quais são as
conseqüências, na vida de Maria e em nossa vida, quando nos deixamos mover pelo
Espírito Santo presente em nós? Isso é fácil de perceber nessa catequese de
Lucas, olhando para a reação de Isabel - “Logo que a sua saudação chegou aos
meus ouvidos, a criança pulou de alegria em meu ventre”. Quem é de Deus e a ele
pertence e se entrega, transmite a paz verdadeira, o Shalon que traz alegria.
Quando o evangelho narra
que Maria saudou Isabel, não foi uma saudação costumeira de Bom Dia ou Boa
Tarde, mas sim a saudação desejando a Paz. Maria é anunciadora da Paz e
portadora da Salvação, pois ali, naquela região montanhosa em casa de Israel, o
Espírito de Deus transbordante em Maria, preenche também a Isabel e lhe revela:
Chegou o Salvador, Deus já está entre vós! João dá cambalhotas no ventre de sua
mãe e com ele a humanidade inteira pode pular e cantar, dançar e extravasar sua
alegria: Jesus já chegou! Chegou através dos pobres e pequenos como Maria e
Isabel.
Nossos sonhos e esperança
de chegar a esse céu das plenitudes como Maria, já começa a se tornar feliz
realidade quando descobrimos a nossa vocação para o amor e o serviço,
tornando-nos também portadores dessa Paz e alegria, que vem do Espírito de Deus
presente em nós. SALVE MARIA! ( Festa da Assunção –LUCAS 1, 39-5)
5 - O Todo poderoso fez grandes
coisas por mim.-Claretianos - Domingo, 18 de agosto de 2013 - Assunção de Nossa Senhora
Primeira leitura: Apocalipse
11, 19; 12,1.3-6.10 - Uma mulher vestida como sol, tendo a lua sob os pés.
Salmo responsorial: 44 - À vossa direita se encontra a
rainha, com veste esplendente de ouro de Ofir.
Segunda leitura: 1 Coríntios 15, 20-27 - Primeiro Cristo, que é
as primícias, depois os que pertencem a Cristo.
Evangelho: Lucas 1, 39-56 - O Todo poderoso fez grandes
coisas por mim.
Na
metade do mês de agosto, explode a alegria na liturgia da Igreja. No hemisfério
norte, coincide, ou se fez coincidir, com as festas ancestrais da canícula do
verão boreal. À já celebrada alegria das colheitas acrescenta-se agora uma
plenitude de alegria ainda maior ao celebrar a Assunção da Virgem Maria. Ela, a
mãe de Jesus, é a “primeira cristã”, deveria ser também a primeira a chegar até
Jesus. A fé da igreja quis ver nela a confirmação definitiva de que nossa
esperança tem sentido. De que esta vida, ainda que nos pareça ferida de morte,
está na realidade grávida de vida, de uma vida que se manifesta já em nós e que
devemos celebrar já aqui e agora e, em primeiro lugar, Maria, Mãe de Jesus e
Mãe nossa.
Na primeira
leitura encontramos um combate frontal entre a debilidade de uma mulher a
ponto de dar a luz e a crueldade de um monstro perverso e poderoso que se
apropria de uma boa parte do mundo, além de querer arrebatar-lhe o filho. O
Apocalipse faz um relato precioso em simbologia na qual as comunidades cristãs
podem estar representadas pela mulher, reconhecendo que um setor do
cristianismo dos primeiros tempos teve um alto influxo da pessoa de Maria e da
presença feminina em seu meio, como sustentáculos da fé e da radicalidade. Por
outra parte, o monstro é um sinônimo do aparato imperial. Com suas respectivas
cabeças e chifres, representa os tentáculos do poder civil, militar, cultural,
econômico e religioso, empenhado em eliminar o cristianismo, por sua ação
profética, já que se tornou incômodo para os poderosos da terra.
A segunda
leitura abre com uma bela metáfora da ressurreição de Cristo como primeiro
fruto da colheita e logo classifica como todos os que em Cristo vivem, em
Cristo morrem, também em Cristo vão ressuscitar. Trata-se de uma afirmação da
vida plena para os que assumem o projeto de Jesus como próprio e nesse sentido
se fazem partícipes da Glória da ressurreição.
No evangelho, o
canto de alegria de Maria, proclamado no evangelho, se faz nosso canto. Temos
poucos dados sobre Maria nos evangelhos. Os estudiosos nos dirão que,
certamente, este cântico, o Magnificat, não foi pronunciado por Maria, mas que
é uma composição do autor do evangelho de Lucas. Porém, não resta dúvida que,
ainda que não seja histórico, recolhe o autêntico sentir de Maria, seus sentimentos
mais profundos diante da ação de Deus. Louvar e dar graças. Não se sente grande
nem importante por ela mesma, mas pelo que Deus está fazendo através dela.
“Minha
alma engrandece ao Senhor”. Maria goza dessa vida em plenitude.
Sua fé a fez viver já em sua vida a vida nova de Deus. Há um detalhe
importante. O que nos conta o evangelho não acontece nos últimos dias da vida
de Maria, quando já supomos que havia experimentado a ressurreição de Jesus,
mas antes do nascimento de seu Filho. Já então Maria estava tão plena de fé que
confiava totalmente na promessa de Deus. Maria tinha a certeza de que algo novo
estava nascendo. A vida que ela levava em seu seio, ainda em embrião, era o
sinal de que Deus se havia colocado a caminho e havia começado a agir em favor
de seu povo.
Mais
uma vez, em algumas ditaduras, este canto de Maria foi considerado
revolucionário e subversivo, por isso censurado. Certamente é revolucionário e
sua mensagem tende a virar do avesso a ordem estabelecida, a ordem que os
poderosos tentam manter a todo custo. Maria, cheia de confiança em Deus,
anuncia que ele se colocou a favor dos pobres e deserdados deste mundo. A ação
de Deus muda totalmente a ordem social do nosso mundo: derruba do trono os
poderosos e enaltece os humildes. Não é o isso que estamos acostumados a ver em
nossa sociedade. Tampouco no tempo de Maria.
A
vida de Deus é oferecida a todos, porém somente os humildes, os que sabem que a
salvação somente vem de Deus, estão dispostos a acolhê-la. Os que se sentem
seguros com o que têm, esses perdem tudo. Maria soube confiar e estar aberta à
promessa de Deus, confiando e crendo mais além de toda esperança. Hoje Maria
anima nossa esperança e nosso compromisso de transformação deste mundo para
torná-lo mais de Deus: um lugar de fraternidade, onde todos tenhamos um lugar à
mesa que Deus nos preparou.
Porém,
neste dia Maria anima sobretudo nosso louvor e ação de graças. Maria nos
convida a olhar a realidade com olhos novos e descobrir a presença de Deus,
talvez em embrião, porém já presente, ao nosso redor. Maria nos convida a
cantar com alegria e proclamar, com ela, as grandezas do Senhor.
Nota
crítica: A estas alturas, é importante não falar da Assunção de Maria
simplesmente como quem dá por suposto uma viagem quase sideral de Maria ao céu.
Não é necessário deter-se mais uma vez na análise do tema dos “dois pisos” da
cosmovisão religiosa clássica... Porém, é necessário, ainda que seja como uma
simples indicação, lembrar os ouvintes de que não estamos descrevendo uma
assunção sideral, um translado físico, mas uma expressão metafórica, para que
não se entenda mal tudo o que com uma bela estética bíblico-litúrgica podemos
dizer a respeito.
Oração: Ó Deus, nosso Pai, que levaste Maria a alcançar junto de ti a mesma
plenitude de vida de Jesus Cristo; nós te pedimos que nos concedas que, sento
como ela, fieis no cumprimento da tua vontade, cheguemos a participar também
nós da gloria da ressurreição.
Primeira leitura: Apocalipse
11, 19; 12,1.3-6.10 - Uma mulher vestida como sol, tendo a lua sob os pés.
Salmo responsorial: 44 - À vossa direita se encontra a
rainha, com veste esplendente de ouro de Ofir.
Segunda leitura: 1 Coríntios 15, 20-27 - Primeiro Cristo, que é
as primícias, depois os que pertencem a Cristo.
Evangelho: Lucas 1, 39-56 - O Todo poderoso fez grandes
coisas por mim.
Na
metade do mês de agosto, explode a alegria na liturgia da Igreja. No hemisfério
norte, coincide, ou se fez coincidir, com as festas ancestrais da canícula do
verão boreal. À já celebrada alegria das colheitas acrescenta-se agora uma
plenitude de alegria ainda maior ao celebrar a Assunção da Virgem Maria. Ela, a
mãe de Jesus, é a “primeira cristã”, deveria ser também a primeira a chegar até
Jesus. A fé da igreja quis ver nela a confirmação definitiva de que nossa
esperança tem sentido. De que esta vida, ainda que nos pareça ferida de morte,
está na realidade grávida de vida, de uma vida que se manifesta já em nós e que
devemos celebrar já aqui e agora e, em primeiro lugar, Maria, Mãe de Jesus e
Mãe nossa.
Na primeira
leitura encontramos um combate frontal entre a debilidade de uma mulher a
ponto de dar a luz e a crueldade de um monstro perverso e poderoso que se
apropria de uma boa parte do mundo, além de querer arrebatar-lhe o filho. O
Apocalipse faz um relato precioso em simbologia na qual as comunidades cristãs
podem estar representadas pela mulher, reconhecendo que um setor do
cristianismo dos primeiros tempos teve um alto influxo da pessoa de Maria e da
presença feminina em seu meio, como sustentáculos da fé e da radicalidade. Por
outra parte, o monstro é um sinônimo do aparato imperial. Com suas respectivas
cabeças e chifres, representa os tentáculos do poder civil, militar, cultural,
econômico e religioso, empenhado em eliminar o cristianismo, por sua ação
profética, já que se tornou incômodo para os poderosos da terra.
A segunda
leitura abre com uma bela metáfora da ressurreição de Cristo como primeiro
fruto da colheita e logo classifica como todos os que em Cristo vivem, em
Cristo morrem, também em Cristo vão ressuscitar. Trata-se de uma afirmação da
vida plena para os que assumem o projeto de Jesus como próprio e nesse sentido
se fazem partícipes da Glória da ressurreição.
No evangelho, o
canto de alegria de Maria, proclamado no evangelho, se faz nosso canto. Temos
poucos dados sobre Maria nos evangelhos. Os estudiosos nos dirão que,
certamente, este cântico, o Magnificat, não foi pronunciado por Maria, mas que
é uma composição do autor do evangelho de Lucas. Porém, não resta dúvida que,
ainda que não seja histórico, recolhe o autêntico sentir de Maria, seus sentimentos
mais profundos diante da ação de Deus. Louvar e dar graças. Não se sente grande
nem importante por ela mesma, mas pelo que Deus está fazendo através dela.
“Minha
alma engrandece ao Senhor”. Maria goza dessa vida em plenitude.
Sua fé a fez viver já em sua vida a vida nova de Deus. Há um detalhe
importante. O que nos conta o evangelho não acontece nos últimos dias da vida
de Maria, quando já supomos que havia experimentado a ressurreição de Jesus,
mas antes do nascimento de seu Filho. Já então Maria estava tão plena de fé que
confiava totalmente na promessa de Deus. Maria tinha a certeza de que algo novo
estava nascendo. A vida que ela levava em seu seio, ainda em embrião, era o
sinal de que Deus se havia colocado a caminho e havia começado a agir em favor
de seu povo.
Mais
uma vez, em algumas ditaduras, este canto de Maria foi considerado
revolucionário e subversivo, por isso censurado. Certamente é revolucionário e
sua mensagem tende a virar do avesso a ordem estabelecida, a ordem que os
poderosos tentam manter a todo custo. Maria, cheia de confiança em Deus,
anuncia que ele se colocou a favor dos pobres e deserdados deste mundo. A ação
de Deus muda totalmente a ordem social do nosso mundo: derruba do trono os
poderosos e enaltece os humildes. Não é o isso que estamos acostumados a ver em
nossa sociedade. Tampouco no tempo de Maria.
A
vida de Deus é oferecida a todos, porém somente os humildes, os que sabem que a
salvação somente vem de Deus, estão dispostos a acolhê-la. Os que se sentem
seguros com o que têm, esses perdem tudo. Maria soube confiar e estar aberta à
promessa de Deus, confiando e crendo mais além de toda esperança. Hoje Maria
anima nossa esperança e nosso compromisso de transformação deste mundo para
torná-lo mais de Deus: um lugar de fraternidade, onde todos tenhamos um lugar à
mesa que Deus nos preparou.
Porém,
neste dia Maria anima sobretudo nosso louvor e ação de graças. Maria nos
convida a olhar a realidade com olhos novos e descobrir a presença de Deus,
talvez em embrião, porém já presente, ao nosso redor. Maria nos convida a
cantar com alegria e proclamar, com ela, as grandezas do Senhor.
Nota
crítica: A estas alturas, é importante não falar da Assunção de Maria
simplesmente como quem dá por suposto uma viagem quase sideral de Maria ao céu.
Não é necessário deter-se mais uma vez na análise do tema dos “dois pisos” da
cosmovisão religiosa clássica... Porém, é necessário, ainda que seja como uma
simples indicação, lembrar os ouvintes de que não estamos descrevendo uma
assunção sideral, um translado físico, mas uma expressão metafórica, para que
não se entenda mal tudo o que com uma bela estética bíblico-litúrgica podemos
dizer a respeito.
Oração: Ó Deus, nosso Pai, que levaste Maria a alcançar junto de ti a mesma
plenitude de vida de Jesus Cristo; nós te pedimos que nos concedas que, sento
como ela, fieis no cumprimento da tua vontade, cheguemos a participar também
nós da gloria da ressurreição.
Liturgia comentada
Mãe do meu Senhor... (Lc 1, 39-56)
Na solenidade da Assunção da Bem-aventurada Virgem Maria aos céus,
elevada e assumida por Deus em corpo e alma, a Igreja atualiza antiga tradição
que remonta ao Séc. VI, quando a liturgia bizantina já celebrava a festa da
“Dormição da Mãe de Deus” (em grego, “koimésis tes Theotokou”). Os ícones
orientais mostram os apóstolos reunidos em torno do ataúde de Maria, enquanto,
em segundo plano, Jesus Cristo abraça a alma da Virgem Mãe, sob a forma de uma
criança de colo. No alto, cercada de anjos, Maria, viva, sobre aos céus.
Desde o Concílio de Éfeso (431 d.C.), ao condenar a heresia de Nestório,
a Igreja reconheceu a Virgem Maria como “Mãe de Deus” – “não porque o Verbo de
Deus tirou dela sua natureza divina, mas porque é dela que ele tem o corpo
sagrado dotado de uma alma racional, unido ao qual, na sua pessoa, se diz que o
Verbo nasceu segundo a carne”. Aliás, a Igreja sempre ensinou que toda a
grandeza da Virgem Maria deriva de sua missão única, ao ser escolhida por Deus
para gerar na carne o Salvador.
Como Evangelho para a liturgia da solenidade de hoje, a Igreja escolheu
o episódio da Visitação a Isabel. Esta, cheia do Espírito Santo, ao receber a
visita de Maria, pergunta: “De onde me vem esta honra de vir a mim a Mãe do meu
Senhor?” Ora, o Senhor de Isabel, filha do povo de Israel, era Adonai, o único
Deus. Assim, quando a Igreja invoca a Maria com o título de Mãe de Deus,
reconhece o seu papel insuperável na encarnação da Segunda Pessoa da Trindade,
por obra do Espírito Santo.
De fato, a Bem-aventurada Virgem Maria é a ponte (S. Bernardo de
Claraval usa o termo “aqueduto”) pela qual Deus se uniu à humanidade. Jesus
Cristo, ao mesmo tempo Deus verdadeiro e Homem verdadeiro, unindo duas
naturezas – humana e divina – em sua única Pessoa, realiza em si mesmo a antiga
promessa de uma Aliança entre Deus e os homens. A partir de sua encarnação, a
família humana entrou em consórcio com a Família divina. Assim, o Pai do Filho
é nosso Pai. O Filho é nosso irmão. O Espírito do Pai e do Filho habita em nós.
E Maria é a Mulher especial, preparada por Deus para sua insigne missão.
Como espelho e modelo da Igreja, a Mãe de Deus nos ensina e nos anima a ser
ponte entre Deus e a humanidade, gerando Cristo para o mundo de hoje e
estendendo pontes entre o Senhor e todos os povos e nações. Depois de tudo
isso, a Virgem Mãe tem plena razão ao exclamar: “O Senhor fez em mim
maravilhas!”
Orai sem cessar: “Bendito é o fruto do teu ventre, Jesus!” (Lc 1, 42)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
18 de agosto – 20º DOMINGO DO TEMPO COMUM / ASSUNÇÃO DE N. SENHORA - A MÃE GLORIOSA E A GRANDEZA DOS HUMILDES
I. INTRODUÇÃO GERAL
Em 1950, o papa Pio XII proclamou o dogma da Assunção de Nossa Senhora ao céu.
Um dogma é um marco referencial de nossa fé, por trás do qual ela não pode
retroceder e sem o qual ela não é completa. Proclamamos que Maria, no fim de
sua vida, foi acolhida por Deus no céu “com corpo e alma”, ou seja, coroada,
plena e definitivamente, com a glória que Deus preparou para os seus santos.
Assim como ela foi a primeira a servir Cristo na fé, é a primeira a participar
na plenitude de sua glória, a “perfeitissimamente redimida”. Maria foi
acolhida, completamente, de corpo e alma, no céu, porque ela acolheu o céu nela
– inseparavelmente.
A presente festa é uma grande felicitação de Maria por parte dos fiéis, que
nela veem, a um só tempo, a glória da Igreja e a prefiguração da própria
glorificação. A festa tem uma dimensão de solidariedade dos fiéis com aquela
que é a primeira a crer em Cristo e por isso, também, é a mãe de todos os
fiéis. Daí a facilidade com que se aplica a Maria o texto do Apocalipse, na
primeira leitura, originariamente uma descrição do povo de Deus, que deu à luz
o Salvador e depois se refugiou no deserto. Na segunda leitura, a assunção de
Maria ao céu é considerada como antecipação da ressurreição dos fiéis, que
serão ressuscitados em Cristo. Observe-se, portanto, que a glória de Maria não
a separa de nós, mas a torna unida a nós mais intimamente.
Merece consideração, sobretudo, o texto do evangelho, o Magnificat, que hoje
ganha nova atualidade, por traduzir a pedagogia divina: Deus recorre aos humildes
para realizar suas grandes obras. Esse pensamento pode ser o fio condutor da
celebração. Na homilia, convém que se repita e se faça entrar no ouvido e no
coração esse pensamento ou uma frase do Magnificat que o exprima.
II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS
1. I leitura (Ap 11,19a;
12,1.3-6a.10ab)
O sinal da Mulher, no Apocalipse, aplica-se em primeiro lugar ao povo de Deus
do qual nasce o Messias: à Igreja do Novo Testamento, nascida dos que seguem o
Messias. Aparece no céu a Mulher que gera o Messias; as doze estrelas indicam
quem ela é: o povo das doze tribos, Israel – não só o Israel antigo, do qual
nasce Jesus, mas também o novo Israel, a Igreja, que, no século I d.C., quando
o livro foi escrito, precisava esconder-se da perseguição, até que, no fim
glorioso, o Cristo se possa revelar em plenitude. Ao ouvir esse texto, a
liturgia pensa em Maria. Maria assunta ao céu sintetiza em si, por assim dizer,
todas as qualidades desse povo prenhe de Deus, aguardando a revelação de sua
glória.
2. II leitura (1Cor 15,20-27a)
No quadro da glória celestial, a segunda leitura evoca a visão da vitória de
Cristo sobre a morte (presente também na liturgia da festa de Cristo Rei no ano
A). O sinal da vitória definitiva de Cristo é a ressurreição, seu triunfo sobre
a morte. Essa vitória se realizou na sua própria morte e se realizará também na
morte dos que o seguem. Maria já está associada a Jesus nessa vitória
definitiva; nela, a humanidade redimida reconhece sua meta.
3. Evangelho (Lc 1,39-56)
O evangelho de hoje é o Magnificat. O quadro narrativo é significativo: Maria
vai ajudar sua parenta Isabel, grávida, no sexto mês. Ao dar as boas-vindas à
prima, Isabel interpreta a admiração dos fiéis diante daquilo que Deus operou
em Maria. Esta responde, revelando sua percepção do mistério do agir divino: um
agir de pura graça, que não se baseia em poder humano; pelo contrário,
envergonha esse poder, ao elevar e engrandecer o pequeno e humilhado, porém
dedicado ao serviço de sua vontade amorosa. O amor de Deus se realiza por meio
não da força, mas da humilde dedicação e doação. E nisso manifesta sua grandeza
e glória.
O Magnificat, hoje, ganha nova atualidade, por traduzir a pedagogia divina:
Deus recorre aos humildes para realizar suas grandes obras. Ele escolhe o lado
de quem, aos olhos do mundo, é insignificante. Podemos ler no Magnificat a
expressão da consciência de pessoas “humildes” no sentido bíblico: rebaixadas,
humilhadas, oprimidas. A “humildade” não é vista como virtude aplaudida, mas como
baixo estado social mesmo, como a “humilhação” de Maria, que nem tinha o status
de casada, e de toda a comunidade de humildes, o “pequeno rebanho” tão
característico do Evangelho de Lucas (cf. 12,32, texto peculiar de Lc). Na
maravilha acontecida a Maria, a comunidade dos humildes vê claramente que Deus
não obra por meio dos poderosos. É a antecipação da realidade escatológica, na
qual será grande quem confiou em Deus e se tornou seu servo (sua serva), não
quem quis ser grande pelas próprias forças, pisando os outros. Assim,
realiza-se tudo o que Deus deixou entrever desde o tempo dos patriarcas (as
promessas).
A glorificação de Maria no céu é a realização dessa perspectiva final e
definitiva. Em Maria são coroadas a fé e a disponibilidade de quem se torna servo
da justiça e da bondade de Deus; impotente aos olhos do mundo, mas grande na
obra que Deus realiza. É a Igreja dos pobres de Deus que hoje é coroada.
A celebração litúrgica deverá, portanto, suscitar nos fiéis dois sentimentos
dificilmente conjugáveis: o triunfo e a humildade. O único meio para unir esses
dois momentos é pôr tudo nas mãos de Deus, ou seja, esvaziar-se de toda glória
pessoal, na fé em que Deus já começou a realizar a plenitude das promessas.
Em Maria vislumbramos a combinação ideal da glória e da humildade: ela deixou
Deus ser grande na sua vida.
III. PISTAS PARA REFLEXÃO
A mãe gloriosa e a grandeza dos pobres: O Magnificat de Maria é o resumo da
obra de Deus com ela e em torno dela. Humilde serva – faltava-lhe o status de
mulher casada –, foi “exaltada” por Deus para ser mãe do Salvador e participar
de sua glória, pois o amor verdadeiro une para sempre. Sua grandeza não vem do
valor que a sociedade lhe confere, mas da maravilha que Deus nela opera.
Aconteceu um diálogo de amor entre Deus e a moça de Nazaré: ao convite de Deus
responde o “sim” de Maria, e à doação dela na maternidade e no seguimento de
Jesus responde o grande “sim” de Deus, com a glorificação de sua serva. Em
Maria, Deus tem espaço para operar maravilhas. Em compensação, os que estão
cheios de si mesmos não o deixam agir e, por isso, são despedidos de mãos
vazias, pelo menos no que diz respeito às coisas de Deus. O filho de Maria
coloca na sombra os poderosos deste mundo, pois, enquanto estes oprimem, ele
salva de verdade.
Essa maravilha só é possível porque Maria não está cheia de si mesma, como os
que confiam no seu dinheiro e status, mas “cheia de graça”. Ela é serva, está a
serviço – também de sua prima, grávida como ela – e, por isso, sabe colaborar
com as maravilhas de Deus. Sabe doar-se, entregar-se àquilo que é maior que sua
própria pessoa. A grandeza do pobre é que ele se dispõe para ser servo de Deus,
superando todas as servidões humanas. Ora, para que seu serviço seja grandeza,
o fiel tem de saber decidir a quem serve: a Deus ou aos que se arrogam
injustamente o poder sobre seus semelhantes. Consciente de sua opção, quem é
pobre segundo o espírito de Deus realizará coisas que os ricos e os poderosos,
presos na sua autossuficiência, não realizam: a radical doação aos outros, a
simplicidade, a generosidade sem cálculo, a solidariedade, a criação de um
homem novo para um mundo novo, um mundo de Deus.
A vida de Maria, a “serva”, assemelha-se à do “servo”, Jesus, “exaltado” por
Deus por causa de sua fidelidade até a morte (cf. Fl 2,6-11). De fato, o amor
torna as pessoas semelhantes entre si. Também na glória. Em Maria realiza-se,
desde o fim de sua vida na terra, o que Paulo descreve na segunda leitura: a
entrada dos que pertencem a Cristo na vida gloriosa concedida pelo Pai, uma vez
que o Filho venceu a morte.
Congratulando Maria, congratulamo-nos a nós mesmos, a Igreja. Pois, mãe de
Cristo e mãe da fé, Maria é também mãe da Igreja. Na “mulher vestida de sol”
(primeira leitura) confundem-se os traços de Maria e os da Igreja. Sua
glorificação são as primícias da glória de seus filhos na fé.
No momento histórico em que vivemos, a contemplação da “serva gloriosa” pode
trazer uma luz preciosa. Quem seria a “humilde serva” no século XXI, século da
publicidade e do sensacionalismo? Sua história é: serviço humilde e glória
escondida em Deus. Não se assemelha a isso a Igreja dos pobres? A exaltação de
Maria é sinal de esperança para os pobres. Sua história também joga luz sobre o
papel da mulher, especialmente da mulher pobre, “duplamente oprimida”. Maria é
“a mãe da libertação”.
Pe. Johan Konings, sj
Nascido na Bélgica, reside há muitos anos no Brasil, onde leciona desde 1972. É
doutor em Teologia e licenciado em Filosofia e em Filologia Bíblica pela
Universidade Católica de Leuven (Lovaina). Atualmente é professor de Exegese
Bíblica na Faje, em Belo Horizonte. Entre outras obras, publicou: Descobrir a
Bíblia a partir da liturgia; A Palavra se fez livro; Liturgia dominical:
mistério de Cristo e formação dos fiéis – anos A - B - C; Ser cristão;
Evangelho segundo João: amor e fidelidade; A Bíblia nas suas origens e hoje.
E-mail: konings@faculdadejesuita.edu.br
18 de agosto – ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA
ASSUNÇÃO, FRUTO DA FÉ QUE MARIA DEMONSTROU
Estamos
acostumados a falar do grande privilégio de Maria. De fato, não há como nos
furtar a falar do grande privilégio de ter sido assunta, de ter subido ao céu
em corpo e alma. Hoje poderíamos buscar aprofundar-nos nesse caminho bonito,
devoto e já bem conhecido de todos, mas nosso objetivo é enfocar algo mais
próximo de nosso cotidiano.
Em
sua primeira carta aos Coríntios, o apóstolo Paulo afirma que “o último inimigo
a ser destruído é a morte”. Nos dias atuais, com a crescente tensão entre os
Estados Unidos e a Coreia do Norte, por exemplo, em um e em outro país haverá
quem considere o lado contrário como o derradeiro inimigo a enfrentar e
destruir; outros enxergam na grande quantidade de impostos que os cidadãos são
obrigados a pagar todo ano o supremo antagonista a ser batido; alguns, ainda,
elegerão a precariedade do serviço de saúde pública de nosso país como o maior
vilão de nossos tempos. Mas, na verdade, não são esses os últimos inimigos a
serem vencidos. Qualquer um desses pode até ser vitorioso, mas o inimigo maior
já foi vencido.
É
com base nesse ponto que muitos veem no cristianismo uma religião muito difícil
de se praticar. Com efeito, quando fazia minha graduação em pedagogia, tinha um
amigo que se dizia ateu. E de uma maneira impressionante dava as razões de ser
ateu. Razões essas que penso serem sérias. Ele não aceitava o credo cristão
porque, a seu ver, a fé cristã promete muito. “É muita coisa que ela oferece a
seus adeptos; se fosse uma fé que prometesse algo simples, como um saboroso
pote de sorvete em um dia quente, seria fácil ser cristão”. E perguntava: “Como
se pode aceitar uma religião que afirma constantemente que a pessoa nunca
deixará de existir? Ou que vai vencer a morte?” E concluía assim: “É muita
informação para minha cabeça; não consigo acreditar”.
Mal
sabe ele que é este o verdadeiro desafio do cristão: acreditar mesmo diante de
um mundo onde tudo pareça contrário às palavras e ensinamentos de Jesus. E é
aqui que encontramos o sentido da festa da Assunção de Nossa Senhora.
Maria
não era uma pessoa que questionava pelo simples gosto de questionar, não era
alguém que fizera algum tipo de especialização teórica para ostentar um título.
Provavelmente, era uma jovem analfabeta. Mas Maria acreditou! Ela confiou nas
palavras do anjo Gabriel, não vacilou.
Dizer
que Maria foi assunta, elevada em corpo e alma, ou seja, que subiu ao céus em
sua totalidade; que ela é agora plenitude, é vida, é esplendor e nos antecipou,
pode ser demais, não cabe em nossa cabeça de intelectuais. Como dizia meu
amigo: “É muita promessa”. Realmente, para nosso orgulho, é difícil aceitar que
uma mulher simples e provavelmente sem instrução nos supere, nos anteceda em
tão grande graça.
Jorge A. Luiz,ssp
Maria, glorificada por Deus em corpo e alma
Que beleza contemplarmos a Bem-aventurada
sempre Virgem Maria sendo glorificada por Deus em corpo e alma.
“Então, apareceu no céu um grande sinal: uma mulher vestida de
sol, tendo a lua debaixo dos pés e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas” (Ap 12,1).
Hoje, nós celebramos, no Brasil, a solenidade da Assunção de
Nossa Senhora ao Céu. Que beleza contemplarmos a Bem-aventurada sempre Virgem
Maria sendo glorificada por Deus em corpo e alma.
Por que a Maria coube tamanho privilégio e tamanha graça? Por
tudo aquilo que Deus fez nela, assim como ela cantou no Magnificat: “O
Todo-poderoso fez por mim grandes coisas, santo seja o Seu nome”.
Ela foi concebida sem a mancha do pecado original em vista dos
méritos de Jesus Cristo nosso Senhor e Salvador, pelo fato de ter sido
concebida e a sua vida ter sido preservada do pecado. A Maria foi guardada e
reservada a graça primeira de ser assunta ao Céu em corpo e alma.
Nossa Senhora para nós é a primeira a ser glorificada e exaltada
pelo Senhor nosso Deus, ela é um sinal de que devemos também ser santos de
corpo, alma e espírito. Que todo nosso ser seja entregue ao mistério do amor de
Deus. Não podemos nos deixar corromper pelo pecado que obscurece a nossa mente,
o nosso corpo e, assim, nos tornamos vítimas da maldade que há no mundo.
Maria foi preservada e manteve-se fiel ao desígnio de Deus para
sua vida; é por isso que hoje celebramos, de forma tão festiva, esse mistério
maravilhoso do amor divino da Bem-aventurada, sempre Virgem Maria.
Nós olhamos para o Céu e a contemplamos na presença do Pai,
exaltada e coroada como Rainha do Céu e da Terra, pedimos que ela interceda por
nós, peça por nós para que, um dia, também possamos participar da glória de
Deus.
Que Maria nos ajude na caminhada aqui na Terra para continuarmos
olhando para o Céu que nos espera.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.Facebook Twitter
XX
Domingo do tempo comum
Amigos aqui deixo uma reflexão, para a liturgia do XX Domingo
do tempo comum. Em Portugal a Solenidade de Nossa Senhora da Assunção é
celebrada no próprio dia, ou seja 15 de Agosto. Acho que no Brasil esta
solenidade é celebrada no domingo seguinte.
Bênçãos.
Domingo XX do tempo comum
LEITURA I
Jer 38, 4-6.8-10
LEITURA II
Hebr 12, 1-4
EVANGELHO
Lc 12, 49-53
Às
vezes o Evangelho parece contradizer-se. A liturgia deste domingo apresenta-nos
um caso evidente. Sabemos que Cristo veio para dar-nos a paz. “Deixo-vos a paz,
dou-vos a minha paz”, assegura Ele no Evangelho de São João. No entanto, na
passagem evangélica de hoje, Cristo avisa que não veio trazer a paz na terra.
“Eu vos digo que vim trazer a divisão”. A divisão afectará inclusive as
relações dentro das próprias famílias. “Estarão divididos o pai contra o filho
e o filho contra o pai”.
Mas
então será que Cristo veio para semear a divisão entre os homens, empurrando-os
irremediavelmente em visões do mundo incompatíveis? À luz desta situação, não
seria melhor propor às religiões, e especialmente ao cristianismo, que
relativizem mais os seus conteúdos, de modo que possamos alcançar mais
facilmente um certo entendimento entre os homens? Penso que estas perguntas
escondem uma certa ingenuidade. Com efeito, o relativismo que as sociedades
ocidentais parecem defender não é um caminho para a paz. Ao contrário, favorece
grandemente a exploração do homem pelo homem, o domínio despótico dos fortes,
que já nem sequer temem ter de dar conta um dia dos seus actos ao Criador. Não
bastam vagos princípios religiosos. Necessitamos verdades religiosas, verdades
“fortes” e últimas que protegem o homem; senão o caminho está aberto para todo
tipo de abusos.
Na
verdade, Cristo veio dar a paz, mas é uma paz tal, que quem não a aceita opta
mais decididamente pela escuridão. Rejeitar Deus é sempre nocivo, mas rejeitar
um Deus que morre por nós na cruz, com amor infinito, é pior ainda. A paz, que
nos dá Cristo, não é despótica, não é fruto de uma violência ou coacção. Esta
paz é uma opção oferecida ao homem. E por isso, não é realmente Cristo que
divide os homens. É o homem que se divide. E em primeiro lugar, esta divisão se
dá interiormente, se dá no coração daquele que não aceita, por egoísmo, o amor
de Deus, pois não segue o grito da sua consciência. E depois se propaga nas
relações entre os homens.
A
primeira leitura, de Jeremias, é um exemplo claro disso. O profeta anuncia a
destruição iminente de Jerusalém se os judeus não se decidirem a abandonar os
próprios caminhos, e a enveredar por aqueles do Senhor. Então o profeta é
rejeitado por grande parte do povo e termina por ser lançado num poço, onde
acabaria por morrer, se o Senhor não o protegesse. O homem, que recusa o Deus
do amor, é mais vulnerável às seduções da violência e à tentação de enfrentar
com crueldade quem lhe diz a verdade sobre a sua vida.
Os
judeus do tempo de Jeremias, que pensavam ser talvez muito religiosos, não
adoravam autenticamente o Deus verdadeiro e, por isso, era mais fácil não lhes
importar enviar para um poço quem os incomodava. Mas não se davam conta que
rejeitar Deus desta forma leva à destruição. O seu fim, de facto, era iminente
e a destruição de Jerusalém por Nabucodonosor havia de ser terrível e de uma
crueldade sem limites. Basta dizer que, sem qualquer sentimento de compaixão e
contra todas as regras de nobreza, Nabucodonosor pediu que furassem diante dele
os olhos de Sedecias, rei de Jerusalém.
Sendo
realistas, segundo o modo como Deus nos ensina a ser realistas – através da
Bíblia – devemos reconhecer que, quando nos afastamos de Deus, se estabelece
uma secreta conivência com as forças do mal e, então, o caminho dos povos
dirige-se insensivelmente ao abismo. Peçamos muito a Deus que as sendas da
nossa civilização ocidental se abram à paz que vem de Deus. Para isso, muitos
olhos fechados têm se abrir, muitos corações confundidos, devem buscar a
simplicidade de Deus. A nossa oração pode alcançar grandes graças. Que ela
também nos possa guiar na realização de uma corajosa acção evangelizadora, não
segundo as nossas concepções humanas, mas segundo os caminhos do Senhor. Não há
que perder tempo.
FONTE: Pe. ulrish pais (Google+)
Sacerdote de Lisboa
LEITURA ORANTE
ORAÇÃO
INICIAL
- A
todos nós que nos encontramos neste ambiente virtual,
paz
de Deus, nosso Pai,
a
graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no
amor e na comunhão do Espírito Santo.
-
Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de
Cristo!
Preparo-me
para a Leitura, rezando:
Jesus Mestre, que
dissestes:
"Onde dois ou
mais estiverem reunidos em meu nome,
eu aí estarei no meio
deles", ficai conosco, aqui reunidos, pela grande rede da internet,
para melhor meditar e
comungar com a vossa Palavra.
Sois o Mestre e a
Verdade: iluminai-nos, para que melhor
compreendamos
as Sagradas Escrituras.
Sois o Guia e o
Caminho: fazei-nos dóceis ao vosso seguimento.
Sois a Vida:
transformai nosso coração em terra boa,
onde a Palavra de Deus
produza frutos
abundantes de
santidade e missão.
(Bv. Alberione)
1.
LEITURA (VERDADE)
O que diz o texto?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto Lc 1,39-56.
No episódio da Visitação, Maria e Isabel viveram uma experiência inédita de si
mesmas, quando uma se abriu para a experiência da outra, para a habitação de
Deus na outra.
No momento, elas conseguiram assumir em si a outra pessoa, ou outro projeto de
Deus. Elas se visitaram enquanto mães. Elas se reconheceram enquanto pessoas
amadas e chamadas por Deus. Elas vibraram de alegria e se abençoaram enquanto
foram capazes de escutar uma outra voz, capazes de agradecer, e de rezar.
Os bispos do Brasil, nas Novas Diretrizes da Igreja (2011-2015) apontam para a
gratuidade e missionariedade, sempre a "partir de Cristo". É o que
vivem Maria e Isabel.
A solidariedade é uma resposta ao chamado de Deus e, de qualquer maneira que
ela seja vivida, constitui sempre uma forma ativa de compromisso, é um serviço
recíproco.
2 – MEDITAÇÃO (CAMINHO)
2 – MEDITAÇÃO (CAMINHO)
O que o texto diz para mim, hoje?
Convida-me a ser uma pessoa solidária. Recordamos as palavras dos bispos na
Conferência de Aparecida: “Agora, desde Aparecida, Maria convida-os a lançar as
redes ao mundo, para tirar do anonimato aqueles que estão submersos no
esquecimento e aproximá-los da luz da fé. Ela, reunindo os filhos, integra
nossos povos ao redor de Jesus Cristo.” (DAp 265).
No episódio da Visitação é difícil dizer qual das duas mulheres precisava da outra, qual delas auxiliava e servia a outra. Nós estamos acostumados a dizer que Maria foi ao encontro de Isabel para servi-la: isso por força do hábito, e que empreendeu uma viagem para ver a outra. Mas a dinâmica desse episódio não é assim tão simples. A obrigação que motivou a visita de Maria a Isabel, segundo nos informou Lucas, não era uma obrigação de caráter material, de serviços práticos, desses auxílios caseiros que Isabel poderia receber sem problema algum por outras vias. Era uma necessidade que elas tinham de se confrontar na fé.
3 – ORAÇÃO (VIDA)
No episódio da Visitação é difícil dizer qual das duas mulheres precisava da outra, qual delas auxiliava e servia a outra. Nós estamos acostumados a dizer que Maria foi ao encontro de Isabel para servi-la: isso por força do hábito, e que empreendeu uma viagem para ver a outra. Mas a dinâmica desse episódio não é assim tão simples. A obrigação que motivou a visita de Maria a Isabel, segundo nos informou Lucas, não era uma obrigação de caráter material, de serviços práticos, desses auxílios caseiros que Isabel poderia receber sem problema algum por outras vias. Era uma necessidade que elas tinham de se confrontar na fé.
3 – ORAÇÃO (VIDA)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Faço minha oração pessoal e rezo a Maria:
Odogitria Pan-Haghia
Odogitria Pan-Haghia
Pe. Zezinho, scj
OdogitriaMostra-nos, Maria, os caminhos de Jesus
OdogitriaMostra-nos, Maria, os caminhos de Jesus
Odogitria
Mostra-nos, Maria, o caminho pra Jesus
Pan haghia, toda santa és Maria
Pan haghia, toda santa és Maria
Sabes conduzir
Sabes conduzir ao teu Jesus
Quem procura uma luz
CD Quando Deus se calou, Pe. Zezinho, scj
http://bit.ly/jfrWG0
4 – CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus e o coração de Maria, reconhecendo as graças que Ele nos concede a cada instante.
BÊNÇÃO
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Ir. Patrícia Silva, fsp
Mostra-nos, Maria, o caminho pra Jesus
Pan haghia, toda santa és Maria
Pan haghia, toda santa és Maria
Sabes conduzir
Sabes conduzir ao teu Jesus
Quem procura uma luz
CD Quando Deus se calou, Pe. Zezinho, scj
http://bit.ly/jfrWG0
4 – CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus e o coração de Maria, reconhecendo as graças que Ele nos concede a cada instante.
BÊNÇÃO
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Ir. Patrícia Silva, fsp
Oração Final
Pai Santo, nós te
pedimos que o exemplo de Maria não só nos encante, mas nos encoraje a segui-la
nesta vida com doçura e humildade, amando e servindo aos homens e mulheres que
Tu, Pai amado, colocaste em nossa vida. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso
Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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