11 de Agosto de
2013
Ano C

Lc 12,32-48
Comentário do
Evangelho
O
Reino de Deus é o tesouro!
O Senhor sobe para
Jerusalém. Não nos esqueçamos de que a subida tem uma função didática: enquanto
sobe para a sua morte (cf. Lc 9,51), Jesus ensina e instrui os discípulos.
Subindo para sua morte ele vai, por seus gestos e palavras, semeando a vida.
É bastante provável que o “atraso da parúsia”
tenha criado na comunidade cristã primitiva um clima de desânimo e de laxismo.
Isto pode ser verificado pela insistência e pelo espaço que o tema da
vigilância ocupa no relato (vv. 35.40.43). Nosso texto é constituído por uma
série de conselhos que Jesus dá aos discípulos; compreenda-se que eram os
responsáveis pela vida da comunidade.
Trata-se de agir em conformidade com a vontade de
Deus – isto é o essencial para a comunidade cristã. A história, nosso caminho
para a pátria celeste, é o lugar do testemunho dos cristãos.
Antes de tudo é preciso ter presente que o Reino é
dom de Deus e que, por isso mesmo, ninguém pode tirá-lo ou se apropriar dele
como sendo seu. Daí que não há o que temer. Da comunidade é exigido não se
dispersar, nem ser assimilada pelos bens terrenos, mas viver o valor
fundamental de sua vocação: buscar o Reino de Deus. Este é o seu tesouro! Esta
busca exige “vigilância” e, como toda busca, empenho para buscar, encontrar e
realizar a vontade de Deus.
A comunidade cristã deve ser caracterizada pela
disponibilidade cultivada pela iluminação da Palavra de Deus: “Ficai de
prontidão, com o cinto amarrado e as lâmpadas acesas” (v. 35). O Senhor vem
continuamente ao encontro do seu povo. A imprevisibilidade desse encontro exige
a atitude religiosa da vigilância. É ela que possibilita viver a expectativa e
o desejo permanentes desse encontro vital para a vida e o testemunho cristão.
Vivendo a Palavra
Jesus mais uma vez pede que não tenhamos medo. A
fé, que é o jeito de vivermos sem medo, se manifesta na fraternidade, na
generosa partilha dos bens que recebemos do Pai Misericordioso, no cuidado e
respeito que temos com os irmãos que Ele colocou em nosso caminho.
Meditação
Como você trabalha com a
realidade da morte? - Qual foi o último familiar seu que morreu? Como você
encarou a realidade? Você se considera disponível e serviçal? É daquelas
pessoas que procura ser útil ou foge das ocasiões? Você reza pedindo uma boa
morte?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R

XIX DOMINGO COMUM - Lc
12,32-48
Uma das coisas mais difíceis que temos que
aprender durante a nossa caminhada cristã é ter fé em Deus e acreditar que Ele
realmente caminha connosco lado a lado nos auxiliando; hoje, isso tem se
tornado mais difícil porque o mundo actual, principalmente a ciência ateia,
quer impor a ideia de que se deve acreditar só naquilo que é evidente, que se
pode pegar, difundindo cada vez com mais força a não necessidade de Deus.
Mas,
apesar de actuar com força essa ciência ateia, temos ainda belos testemunhos de
fé entre os cientistas em geral, como o biólogo americano Francis Collins,
director do projecto genoma e autor do livro “A Linguagem de Deus”: “é nosso
dever levar em consideração todo o poder das perspectivas científica e
espiritual para entendermos tanto aquilo que enxergamos quanto aquilo que não
enxergamos...a integração entre estas duas perspectivas”. Collins já foi várias
vezes criticado e continua sendo por seus colegas de pesquisa.
Mas
como dizia um certo líder espiritual indiano, “o cientista” no fundo não
acredita em Deus porque não acredita que exista alguma coisa no interior do ser
humano. Porque toda a sua formação impõe que ele acredite somente nos objectos
que pode ver, que pode examinar minuciosamente, observar, compor, criar,
desfazer a criação, descobrir seus componentes básicos.
Toda a
sua mente é orientada para o objecto e a subjectividade não é um objecto.
Assim, se ele quiser colocar a subjectividade diante dele, sobre uma mesa, isso
não será possível. Isso não é da natureza da subjectividade. E dessa forma, o
cientista continua descobrindo tudo no mundo, excepto a si próprio.
Quando
se corta uma pedra em pedaços. O que encontramos? Mais pedras. Podemos
continuar cortando em pedaços menores, chegaremos às moléculas, aos átomos, aos
eléctron, mas ainda assim, nunca chegaremos a alguma coisa mais interna. Eles
todos são objectos. O cientista também gostaria que a vida fosse descoberta
dessa maneira, e porque ele não consegue descobrir a vida dessa maneira, ele
começa a negá-la, a rejeitá-la.
Acreditar
é justamente tomar como verdadeiro aquilo que não se vê. Também para o ateu a
fé tem que ser uma atitude essencial. Estamos o todo tempo acreditando e confiando
em coisas que não vemos: acredito no amor das pessoas por mim, acredito que a
pessoa que preparou o alimento para mim não colocou nenhum veneno, acredito no
motorista que dirige o metro que eu vou tomar, acredito nos médicos que vão me
operar. Acreditar e confiar são atitudes indispensáveis a nossa vida.
O
nosso dia-a-dia contradiz a expressão tantas vezes usada por nós: eu só
acredito vendo!
Não
podemos viver neste mundo sem confiar uns nos outros. A fé em Deus é
semelhante: cada um de nós é empurrado pelo testemunho dos outros a encontrar a
face de Deus. E travamos esta busca trabalhosa da fé, que poderá durar toda a
nossa vida.
Um
grande exemplo para nós foi Abraão. Como são belos estes versículos da II
leitura sobre Abraão: ele viveu pela fé, partiu da sua terra seguindo uma
intuição, um chamado interior, sem saber para onde ia; foi pela fé, que sua
mulher Sara engravidou, sendo estéril e já de idade avançada; foi pela fé, que
sendo provado, não vacilou quando estava para oferecer seu filho Isaque, tanto
que ele é considerado pelas três grandes religiões monoteístas como o pai da fé.
Na
nossa vida, acontecem muitas experiências, relações, catástrofes, doenças,
misérias, provações; acontecimentos que tentam nos dominar e imaginar um Deus
longe e fraco. Corremos o risco de nos cansarmos, a ponto de nossa ligação com
Deus ficar cada vez mais fraca e ter cada vez menos valor na nossa vida até o ponto
de irmos em outras direcções fazendo uso da astrologia, das simpatias, de
outras crenças que não são compatíveis com a nossa fé cristã.
No
Evangelho de hoje, Jesus quer nos alertar contra este perigo; e, ao mesmo
tempo, mostra o que o Senhor dá para aqueles que permanecem vigilantes e fiéis.
Antes de tudo, ele encoraja os seus discípulos a não temerem, mesmo sendo um
grupo pequeno, pois eles têm Deus como Pai, o qual lhes deu uma herança
magnífica: o seu Reino, a plena e eterna comunhão com Deus. Este tesouro deve
ser conhecido por eles na fé e deve preencher o coração deles, os quais, devem
usar os bens terrenos como instrumentos necessários para a vida, mas o seu
coração não devem apegar-se a eles.
O
ponto-chave para a interpretação das parábolas é a ausência do patrão. Quer
mostrar como deve se comportar o servo durante esta sua ausência. A primeira
coisa é estar vigilante e preparado. Segundo o costume daquele tempo, tirar o
cíngulo e levar a túnica solta, indicava que o servo já havia acabado o trabalho.
Colocar o cíngulo (cingir-se) é sinal de quem está pronto para trabalhar ou
para viajar. A lâmpada indica que aquela actividade possa acontecer mesmo
durante a noite. Portanto, requer-se prontidão em todos os momentos. A
comparação com a vinda de um ladrão mostra isso: o improvisa e inesperada que
pode ser a vinda do Senhor.
A
ausência do patrão traz como consequência quase necessária que o vínculo com
ele enfraqueça. Nós os seres humanos temos necessidade da presença do outro, do
encontro contínuo com ele, se quisermos que uma relação permaneça forte e viva.
O constante pedido na parábola à vigilância e prontidão indica a orientação
intensa e viva para com o Senhor. Mesmo que ele esteja longe dos nossos olhos,
nosso coração deve estar pleno dele.
A reacção
do patrão para com os seus servos é descrita de um modo totalmente novo. Ele
assume a tarefa de servo e os trata como seus patrões. Ele os faz sentar a mesa
e os serve. Ele, porém, continua sendo o patrão; por isso mesmo, o seu serviço
é tão significativo. E os servos continuam como tal, por isso, a honra que
recebem é tão grande. Esta relação patrão-servo não é desumana nem impessoal,
pelo contrário, mostra que o patrão deseja que seus servos estejam unidos a ele
de modo pessoal e cordial, e sabe valorizar tal comportamento de modo muito
pessoal. Os servos devem ter no coração o patrão ausente e devem deixar-se
guiar pela sua vontade, mas podem também estar seguros que o patrão tem um
coração para eles.
Todos
os servos devem estar acordados quando o patrão vier. Todavia, há servos que
têm uma responsabilidade particular. A eles, o patrão confiou uma função de
guia para com os outros servos. Isto pode mostrar um perigo, pois eles são só
administradores, não são chefes por direito próprio. Estes devem tomar conta
deles mesmos e servir aos outros servos. Se aproveitarem da sua posição e
tratarem com opressão os seus companheiros, serão punidos duramente. Se, ao
invés, se demonstram confiantes, o patrão manifestará a eles o seu
reconhecimento e a sua confiança.
Enfim,
na nossa vida cristã é indispensável a nossa comunhão constante com Deus e
fidelidade à missão que ele nos confiou. Isto deve ser vivido, mesmo com as
dificuldades que surgem pelo fato de que a presença do patrão seja pouco
visível. A fé é um modo de já possuir o que ainda se espera, é a convicção
acerca de realidades que não se vêem.
Sacerdote de Lisboa
Comentários do Evangelho

1 - “O FILHO DO HOMEM VAI CHEGAR NA HORA EM QUE MENOS O ESPERARDES.”- Olívia Coutinho - XIX DOMINGO DO TEMPO COMUM
O mundo atual, não pensa mais encima de valores humanos, religiosos e familiares, a pessoa não é mais vista pelo que é, e sim pelo que tem!
O homem, na sua insensatez, ignora a presença de Jesus no seu meio, busca a felicidade fora do plano de Deus, optando por caminhos incertos que não o faz chegar a lugar nenhum.
O ter, o poder, o prazer, o
enlouquece, dando-lhe uma falsa alegria, uma alegria que mascara a pior doença
da atualidade: a indiferença ao amor de Deus!E mesmo com tantas respostas
ingratas a este amor sem limites, Deus não desiste do humano, não cansa de
esperar pela sua conversão!
Estamos sempre em busca de
algo que nos satisfaça de imediato, queremos tudo pronto, não temos paciência
de construir, de esperar pelo tempo de Deus! E no desejo de adquirir “tudo”
muito rápido, não adentramos no caminho de Deus, preferimos um caminho mais
curto, o caminho do mundo, caminho que nos desvirtua dos bens
eternos!
O evangelho que a liturgia de
hoje nos apresenta, nos convida a refletir quanto à consciência que
devemos ter do nosso tempo de vida terrena, e conscientizarmos de que o
nosso tempo presente deve ser um tempo útil à nossa caminhada rumo à
eternidade. É importante aproveitamos bem este tempo, pois ele é o único
tempo que possuímos como espaço sagrado que Deus nos concede para
construirmos o nosso tesouro no céu.
O texto vem nos acordar para uma
realidade que ninguém pode fugir: a certeza da transitoriedade da vida terrena,
a vida que passa! Quanto ao dia e hora da nossa passagem, Deus preferiu
ocultar de nós, só nos deu uma pista: se trata de algo
surpreendente, inesperado, o que pode nos deixar apreensivos. No entanto,
para quem vive dentro do plano de Deus, o dia e a hora não importa, o
importante é estar o tempo todo em sintonia com Deus, ciente de
que, há uma vida melhor por vir, uma vida em plenitude: a
vida eterna!
No início do evangelho, Jesus
encoraja os discípulos, assegurando-lhes que embora, sendo um pequeno
grupo para uma missão tão grande, eles não precisariam temer nada,
pois no exercício desta missão grandiosa, eles estariam munidos da
força do alto.
Jesus convidou os discípulos de
ontem e hoje, convida a todos nós, a abrir mão dos bens terrenos,
condição, para tomarmos posse dos bens eternos! Convidou-nos, a abandonar
a mentalidade do mundo, para vivermos a dinâmica do reino,
que tem como ponto de partida a entrega da vida!
Vós também ficai preparados!
Porque o Filho do homem vai chegar na hora em que menos o esperardes!”Jesus
compara este “ficar preparado,” com a postura de um empregado, que
mesmo sem saber a hora que o patrão irá chegar, está sempre preparado: pronto
para servi-lo!
Jesus nos alerta sobre a
importância de estarmos atentos, vigilantes o tempo todo, o que não
significa ficar parado, pelo contrário, devemos esperar por esta sua
vinda, no exercício da nossa missão, no lugar onde fomos plantados por
Deus, para servir!
“Que vossos rins estejam
cingidos e as lâmpadas acesas.” No contexto do tempo de Jesus, estar com
os rins cingidos, significava colocar sobre as vestes largas, um cinto ou uma
corda na cintura para facilitar os movimentos do corpo, favorecendo a agilidade
no trabalho.
Rins cingidos, falavam de
serviço, foi o que o próprio Jesus fez; cingiu-se para lavar os pés dos
apóstolos, numa atitude de humildade, de entrega, de serviço!
Manter as lâmpadas acesas, fala
de vigilância, uma vigilância permanente, dia e noite, ou seja, todo o tempo de
nossa vida terrena.
Ao longo do texto, Pedro, o discípulo que não guardava dúvida, pergunta à Jesus: “Senhor tu contas essa parábola para nós ou para todos? Jesus responde com outro pergunta; “ Quem é o administrador que o senhor vai colocar à frente do pessoal de sua casa para dar comida a todos na hora certa?” Ao que parece, aquela parábola, dentro daquele contexto, era primeiramente endereçada aos discípulos (pequeno rebanho), especialmente a Pedro, que mais tarde, seria o administrador à serviço do povo de Deus.
Hoje, esta parábola, é para cada um de nós; discípulo missionário, todos nós, somos administradores do que é de Deus, exercemos algum tipo de liderança, e como tal, precisamos nos conscientizar de que ser líder, não é sinal de privilégio, ser líder é missão, é sinal de serviço!
O desafio de quem busca a
eternidade, é não desanimar e nem se isolar. É servindo ao outro, é
partilhando a vida, que estaremos preparados para o nosso encontro
definitivo com o Pai!
Em Jesus encontramos força e coragem para enfrentar e superar as adversidades da vida! Com Ele, em vez de medo, cultivamos em nossos corações, a semente da esperança, fruto da fé!
FIQUE
NA PAZ DE JESUS! - Olívia
http://liturgiadiariacomentada2.blogspot.com.br/2013/08/o-filho-do-homem-vai-chegar-na-hora-em.html
2 - VENDEI VOSSOS BENS E DAI ESMOLA - José Salviano - Vós também ficai preparados!
“Vendei vossos bens e dai esmola.” Você já reparou em
quantas coisas que você possui e que não usa nem vai usar mais? Essas
coisas estão bem guardadas, pois você deve ter pensado: Deixa aí. Quem guarda
tem quando precisa. São coisas que você comprou porque estava com muito
dinheiro, ou porque achou bonita, ou, sei lá, para satisfazer aquela criança
que existe em seu interior, que lhe diz sempre lá no supermercado: é meu!
Eu quero!
São coisas que foram usadas uma única vez ou mesmo que ainda não foram
usadas. E o tempo foi passando, passando, e tudo isso que está sobrando,
entulhando a sua casa, está faltando na casa do seu irmão pobre.
Então eu vou dar para os pobres. É a primeira coisa que nos ocorre. Mas
nem sempre a urgência primeira daquele que tem pouco é esse aparelho de som que
você precisa descartar, por exemplo. O que seu irmão precisa mesmo é
matar a fome! Foi por isso que Jesus disse: “Vendei vossos bens e dai esmola.”
Seu irmão precisa é de dinheiro para comprar o que ele mais precisa mais.
Comida!
Mas se eu der dinheiro ele vai comprar cachaça! Ele é vagabundo, não quer
trabalhar! Essas são as desculpas de quem não gosta de dar esmola! São as
evasivas mais fáceis para se livrar do irmão inoportuno que nos aborda na rua.
Você pode se embebedar de cerveja, socialmente, é claro! Mas aquele coitado, um
excluído, não tem o direito de fugir da sua dura realidade por uns minutos, se
embriagando com um copo de pinga!
Ele não quer trabalhar! Não é bem assim. Ele não conseguiu trabalhar com
sucesso como você e todos os demais. Porque ele tem inteligência curta, e não
tem culpa disso. Ele não conseguiu vencer na vida, e teve de morar na rua, e
saiba que ele não está nem um pouco feliz com isso!
Ah! Então a culpa é de Deus! Eu sabia!
Veja meu irmão. Deus permite a existência dos mendigos para
que você possa treinar, exercitar, praticar a caridade e construir um tesouro
nos Céus. Onde os ladrões não podem pegar.
“Fazei bolsas que não
se estraguem, um tesouro no céu que não se acabe; ali o ladrão não chega nem a
traça corrói.”
Nós temos a mania de acumular bens materiais. E esta é a causa principal
de continuar guardando as coisas que temos, mesmo que não precisamos mais
delas. Mesmo porque não temos tempo de usar tudo que possuímos,
continuamos guardando. É o trabalho, o cansaço, as festas, os amigos,
cuidar da família, enfim, não sobra tempo para desfrutar de tudo o que compramos,
tudo que o dinheiro pode nos dar.
Na verdade, nos ocupamos mais daquele bem que adquirimos recentemente,
mais é só por uns tempos. É o novo carro, a nova moto, o novo
iate... E a nossa mente fica ligada neles. O nosso pensamento dominante,
as nossas emoções estão apontadas para o nosso novo bem material recentemente
adquirido, o nosso tesouro.
“Porque onde está o
vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.”
E assim, a nossa vida vai passando, e nos limitamos a construir tesouros
na Terra, sem pensar que estamos aqui de passagem e que o melhor é construirmos
tesouros no Céu, e isso, segundo Jesus, se faz através da caridade,
especialmente a esmola. Esse é o melhor investimento da nossa vida terrena!
Todos os demais investimentos, tudo o que adquirimos, principalmente o
dinheiro, vai ficar para os outros. O tesouro no céu é aquele que nos
guarda para a eternidade, nos garante a vida eterna, como o prometeu o próprio
Jesus.
Meus irmãos, minhas irmãs! Neste Evangelho, Jesus nos recomenda a pensar
um pouco mais na nossa partida, a qual acontecerá de modo inesperado. Porém,
enquanto somos jovens e cheios de saúde, não acreditamos que a nossa vida pode
terminar de modo inesperado. Até esbanjamos saúde, pisamos fundo no
acelerador, abusamos da bebida, do repouso, enfim. Sentimo-nos imortais.
No momento em que escrevo esta homilia, estou prestes a morrer a qualquer
momento. Meu coração está dilatado, ou inflamado devido a pressão alta
continuada durante anos. Quando me esforço, devido à insuficiência cardíaca, a
pressão arterial sobe de forma brutal, e vem aquela agonia de morte. E eu vejo
a morte nos olhos como costumamos dizer.
Mas não devemos ter medo de nos despedir desta vida. Apesar de vez por
outra nos sentirmos deprimidos diante dessa realidade, o cristão não deve ter
medo da morte. A morte é a libertação da alma do corpo, e seu translado para a
vida eterna, assim o esperamos, se Deus quiser.
É comum o catequista ou outro cristão seguidor de Cristo achar que o Céu
já está garantido. Assim pensavam os doutores da Lei, escribas e
fariseus. Pensavam que eles já estavam salvos, só pelo fato de cumprirem
a Lei. Caridade que é boa mesmo eles não praticavam. Caridade que é a virtude
mais importante para quem quer se preparar para merecer a vida eterna.
É essa a nossa tendência. Trabalhamos paro Reino, e portanto, achamos que
já estamos salvos, achamos que a vida eterna já está garantida. Muito
cuidado com isso! A conversão é diária. E nós também, mesmo os escolhidos,
precisamos estar preparados, nos esforçar diariamente para cada dia colocar um
tijolo na construção do nosso tesouro no Céu.
Vós também ficai
preparados!
Viu? Somos escolhidos, os nossos nomes podem até estar escritos no Céu
como Jesus disse aos apóstolos, mas não podemos nos descuidar, relaxar na
prática da caridade e da espiritualidade diariamente. Aliás, devemos ser
os primeiros a dar o bom exemplo, somos os que precisam mais levar a sério,
fazer tudo certinho pois:
“A quem muito foi
dado, muito será pedido; a quem muito foi confiado, muito mais será exigido!
Quanto mais saibamos, quanto mais conhecemos as escrituras, e por mais
que praticamos a nossa fé, temos que ser os primeiros na observância dos
ensinamentos de Cristo. Pois o saber, o conhecer a palavra, aumenta mais a
nossa responsabilidade. Além disso, todos que nos conhecem esperam de nós o
melhor desempenho que podemos dar. Nós que conhecemos a vontade do Pai e não a
praticamos, seremos mais cobrados no Juízo Final do que aqueles que não
conheciam direito as escrituras, e as transgrediram.
Caríssimos. Vivamos pois na presença de Cristo, fazendo sempre a vontade
do Pai. E quando por desventura não conseguimos, quando caímos em tentações,
procuremos o representante de Deus para nos absolver dos nossos pecados,
levantamos pois e continuamos, e não sejamos como aquele
empregado que, conhecendo a vontade do Senhor, nada preparou, nem agiu conforma
a sua vontade! Esse, com certeza,
responderá pela sua indiferença!
Vai e faça o mesmo. Salva a tua alma! Bom domingo.
José Salviano..
3 - A comunidade dos
discípulos de Jesus-Professor Isaías da Costa
ENTENDENDO O EVANGELHO
A comunidade dos discípulos de Jesus ainda é
pequena em tamanho e fragilidade. Porém, o amor de Deus está com eles e isso os
impulsiona a seguir o seu caminho. Por isso é afirmado “Não temais, pequeno
rebanho, porque foi do agrado de vosso Pai dar-vos o Reino”. E neste amor Jesus
quer que seus discípulos vigiem.
A vigilância é necessária por isso requer de
nós que estejamos sempre atentos a vinda de Cristo. Toda a vigilância deve
estar precedida pela fé. É o nosso acreditar na vinda de Cristo que nos fará autênticos
cristãos. Mas o que podemos entender o que seja a fé? A fé uma confiança total
e absoluta em Deus. É uma experiência pessoal que parte da confiança interna
que temos no que nos transcende.
Todos os exemplos usados por Jesus neste
Evangelho têm como objetivo nos preparar para a sua vinda. São exemplos da sua
realidade que simplesmente dizem que confiança e fé fazem parte da vida do
cristão.
VIVENDO O EVANGELHO
Olá amados leitores! Como é bom compartilhar
cada palavra do evangelho com vocês. É por isso que a nossa Fé nos une. Ao
falarmos de Fé no remetemos para muitos momentos de nossa vida. Quantas
inúmeras vezes achávamos que estava tudo perdido, mas uma confiança extrema em
Deus fez com que aquele nosso pedido fosse alcançado. Isso é Fé. Isso é
Confiança.
Acreditar em Deus é algo que brota do mais
íntimo do nosso coração e esta é uma tarefa que deve ser feita por você. É um
caminho pessoal que deve ser trilhado por você.
E ligado à Fé, está o nosso vigiar. Jesus é
bem claro ao falar da vigilância. Ao servo não saberás qual será o horário que
o senhor ire chegar. Assim também, somos nós. Não sabemos quando o Senhor irá
chegar. Por isso, temos que estar sempre atentos!
O que temos feito de nossa vida? Como têm sido
os nossos passos durante nossa caminhada? Esses e outros questionamentos devem
ser feitos diariamente, para que possamos entender o projeto de Jesus e
sabermos se estamos de acordo com ele.
Você é um homem ou uma mulher de Fé? Então,
mande um e-mail para mim dizendo quais foram os momentos em que você achava que
tudo estava acabado. Mas com a sua confiança em Deus tudo ocorreu bem.
Lembre-se: tudo o que é bom deve ser divulgado!
4 - Estejam preparados
-Claretianos
Primeira leitura: Sabedoria 18,6-9 - Castigavas aos inimigos e nos honravas chamando-nos a
ti.
Os israelitas,
oprimidos no Egito, experimentaram que o Senhor era seu salvador na noite em
que morreram os primogênitos dos egípcios. Por isso, aquela noite teve um
significado transcendental para a historia dos hebreus. Recordava as promessas que
Deus havia feito a seus pais, que desde então Israel foi um povo livre e
consagrado ao Senhor.
A
primeira ceia do cordeiro pascal serve de modelo ao que havia de
ser co centro da vida religiosa e cultural. A participação em um
mesmo sacrifício simbolizava a união solidaria de um povo em um destino comum.
A celebração pascal recorda que Deus não cessa de escolher seu povo entre os
justos e castigar os ímpios.
Hoje,
toda esta imagem de Deus, por mais que a tenhamos escutado e venerado durante
milênios, desde sempre, aparece como profundamente inadequada e inaceitável.
Que classe de Deus é esse que opta por um povo, que o elege e lhe dá uma terra
ocupada por outros povos, dá poder a seu povo eleito para que os expulse e os
destrua? É verossímil esta imagem de Deus? Não é uma imagem própria dos tempos
tribais, onde as tribos imaginam que tem seu Deus protetor que as defende das
demais?
Segunda Leitura - Hebreus
11,1-2.8-19 - Esperava a cidade cujo arquiteto seria Deus.
A fé de Abraão e dos patriarcas serve de
exemplo. Para estimular a perseverança na fé que leve à salvação, a carta aos
Hebreus aduz uma serie de testemunhos. Abraão, o mesmo dos hebreus do século I,
conheceu a emigração, a ruptura a respeito do meio familiar e nacional e a
insegurança das pessoas excluídas. Porém, nessas provas Abraão encontrou motivo
para exercer um ato de fé na promessa de Deus.
A
fé ensina a não se dar por satisfeitos com os bens tangíveis nem com as
esperanças imediatas. Abraão acreditou para além da ameaça de morte. Sofreu os
efeitos da esterilidade de Sara e a falta de descendência. Esta prova
foi para ele a mais angustiante porque o patriarca se aproximava da morte sem
ter recebido o fruto da promessa. Aqui se faz realidade a última qualidade da
fé: aceitar a morte sabendo que não poderia deixar fracassar o desígnio de
Deus.
Mais
que o sofrimento, é a morte o sinal por excelência da fé da entrega de uma
pessoa a Deus. Abraão acreditou em um “mais além da morte”, acreditou que lhe
seria concedida uma posteridade, inclusive em um corpo já apagado
(desfalecido), porque lhe havia sido prometida. Esta fé constitui o essencial
da atitude de cristo diante da cruz. Também se entregou ao Pai e à realização
do desígnio divino, porém teve que enfrentar o fracasso total de seu
empreendimento: para congregar toda a humanidade, encontra isolado, porém
confiado acima da morte que sua ressurreição ia colocar de manifesto.
Evangelho - Lucas 12,32-48 -
Estejam preparados, com as lâmpadas acesas.
O evangelho de hoje nos apresenta algumas
recomendações que tem relação com a parábola do rico avarento. Os exegetas
divergem quanto à estrutura que apresenta o texto e não determinam
a unidade de sua composição. A atitude de confiança com a qual inicia
o texto não deveria omitir-se “não temas, pequeno rebanho meu, porque o Pai
teve por bem dar-lhes o reino”. Esta exortação à confiança, ao
estilo veterotestamentario e que é do gosto de Lucas, expressa a
ternura e proteção que Deus oferece a seu povo, porém expressa também
a auto-compreensão das primeiras comunidades: conscientes de sua
pequenez e impotência, viviam, contudo, a certeza da vitoria. A
bondade de Deus, em seu amor desmedido, nos deu de presente o Reino. A partir
daqui precisamos entender as exortações seguintes: Se o Reino é um presente,
tudo o mais é supérfluo (bens materiais). Recordemos os sumários de Lucas no
livro dos Atos dos Apóstolos.
Lucas
convida à vigilância, consciente da ausência de seu Senhor, a uma comunidade
que espera seu regresso, porém não de maneira iminente como acontecia nas
comunidades de Paulo (Cf 1Ts 5-5). A igreja em Lucas sabe que vive nos
últimos dias que o homem acolhe ou rejeita, de forma definitiva, a salvação
gratuitamente oferecida. Cristo veio, há de vir; está fora da historia, porém
age nela. A historia presente, de fato, é o tempo da igreja, tempo de
vigilância. Fitzmyer ilustra esta afinada concepção da historia,
aparecem varias recomendações no que pode ser considerado como os “retazos” de
uma hipotética parábola.
O
importante será descobrir em qual dessas recomendações centramos a chegada que
se deve esperar de maneira vigilante. A pregação histórica de Jesus tem estas
máximas sobre a vigilância e a confiança. Agora, neste texto se reveste de
caráter escatológico. O ponto chave reside no convite “estejam preparados”; o
que é o mesmo, o importante é o hoje. À luz de uma certeza sobre o futuro, fica
determinado o presente. Esta é a compreensão da historia de Lucas: “cumpriu-se
hoje” (4,21), “está entre vós” (17,20-21) e “há de vir” (17,20).
O
Reino é, ao mesmo tempo, presente e por vir. Daqui a dupla atitude que se exige
ao cristianismo: desprendimento e vigilância. É necessário desprender-se dos
cuidados e dos bens deste mundo, dando assim testemunho de que
se buscam as coisas do céu. A vigilância cristã é mencionada constantemente
por Cristo (Mc 14,38; Mt 25,13). A vida do cristão deve ser toda ela
uma preparação para o encontro com o Senhor. A morte que provoca tanto medo
naquele não que não acredita, para o cristão é uma meditação: marca o fim da
prova, o nascimento da vida imortal, o encontro com Cristo que conduz
à casa do Pai.
O
convite de Pedro demonstra que a exortação de Jesus sobe o significado de agir
e perseverar na vigilância é, em primeiro lugar referido àqueles que são a
“cabeça” da comunidade, ou melhor, para os que “estão a serviço” da Comunidade.
A ressurreição para a vida depende do modo como exercitaram esse serviço.
Oração: Ó Deus, nosso Pai, dá-nos um coração grande e forte, capaz de ver com
claridade que, mais além dos desejos e tentações da vida, os valores
verdadeiros são os valores do Reino, e que dar a vida por eles é o que mais
pode alegrar e pacificar nosso coração, tal como nos ensinou Jesus, nosso irmão
maior. Amém.
5 - Numa competição sempre vence a
equipe melhor preparada - Diac. José da Cruz
Todos
sabemos que em uma competição sempre vence a equipe melhor preparada, a que
treinou mais, se dedicou mais aos exercícios, aprimorou o condicionamento
físico, consumiu alimentação balanceada, não fez extravagâncias, dormiu cedo e
acordou cedo. Em uma equipe profissional os atletas são submetidos a uma
disciplina rígida e que por isso mesmo, requer deles desapegos e renúncias. De
vez em quando aparece no grupo um mau atleta que sai de noite para ir para a
“Gandaia”, esses não tem futuro e logo a sua má fama será do conhecimento de
todas as equipes.
Participar
do Reino de Deus não é muito diferente da vida de um atleta dedicado e que leva
a sério sua missão e seu trabalho. A primeira condição é não ter medo. Imaginem
um atleta ter medo de entrar em campo porque o adversário é muito forte. O
Cristão deve ser destemido, principalmente no confronto com as forças do mal,
pois o projeto é de Deus e o Reino a ele pertence.
Em
segundo lugar fala do tesouro no Céu, para alertar que, o Cristão nunca pode
perder o Foco da sua missão e do seu objetivo. Ele não luta por coisas efêmeras
que passam, não são essas coisas ilusórias que devem nortear a sua caminhada,
seu modo de pensar e de agir, mas sim as coisas do alto, valores que são uma
fortuna e um tesouro incalculável, perto das “quinquilharias” que muitas vezes
em nossa jornada corremos atrás, desviando nossa atenção do foco principal que
é o Reino.
Depois
o evangelho fala dos imprevistos que podem ocorrer na missão onde ninguém pode
fazer “corpo mole”. Imaginem um atleta que só “enrola”, não treina, não faz exercícios
físicos, não se prepara, achando que basta entrar em campo e fazer o trivial.
Os treinamentos são justamente para que o atleta supere qualquer marca e exceda
as expectativas. Há cristãos que não vigiam, isso é, se acomodam em uma Vida de
Fé que não exige muito esforço. Time que entra em campo na condição de
Favorito, muitas vezes “pipoca” e acaba surpreendido pelo adversário, por
excesso de confiança. Assim também os Cristãos que se julgam já salvos, justos,
perfeitos, não precisam fazer muita coisa pois afirmam que têm o Galhardão
garantido. Quanto engano!
E
finalmente uma palavra chave que aparece no final do evangelho, diante da
pergunta de São Pedro, se o assunto era só com eles ou para todos. É a Palavra
Administrar, estar á frente, ser o responsável diante das pessoas. Pode ser uma
comunidade ou uma Família, uma equipe, uma pastoral. Não importa. O Cristão que
descobriu a sua missão de evangelizar e ser testemunho no mundo recebe a Graça
de Deus e deve administrá-la com toda responsabilidade, empenho e eficácia,
dando sempre o melhor de si para beneficiar aos outros. A Graça se expande,
motiva, alimenta, renova as pessoas com quem o cristão interage e se relaciona.
Produzo essa reflexão nos dias em que está ocorrendo a JMJ em nosso País e fico
pensando em nosso Administrador Sábio e Fiel que é o Papa Francisco, que
poderia ficar acomodado no Vaticano sem expor-se á riscos na visita as Nações,
no confronto com os poderosos deste mundo, que muitas vezes são contrários aos
ensinamentos do Evangelho.
Fazer-se
pequeno para poder melhor servir, parece ser este o lema do Papa Francisco, é
esse o perfil do Rebanho que Jesus envia no evangelho de hoje. Aos pequenos ele
confia o seu tesouro. Tal qual o atleta que citamos ao início, quanto mais
fizermos e irmos fundo nessa experiência com Jesus, mais agraciados seremos.
Veja aqui mais homilias:
11 de agosto – 19º DOMINGO DO
TEMPO COMUM - A VIGILÂNCIA ESCATOLÓGICA
I. INTRODUÇÃO GERAL
A vigilância é uma atitude bíblica. A liturgia de hoje nos lembra a noite em
que Deus libertou seu povo da escravidão do Egito – quando o anjo exterminador
visitou as casas dos egípcios, enquanto os israelitas, de pé e cajado na mão,
celebravam o Senhor pela refeição pascal. Estavam prontos para seguir seu único
Senhor, que os conduziria através do mar Vermelho até o deserto (primeira
leitura). Segundo o evangelho, a vigilância é também a atitude do cristão que
espera a volta de “seu senhor”, o qual, encontrando seus servos a vigiar, os
fará sentar à mesa e os servirá. Pois já fez uma vez assim, na ceia que
precedeu o dom de sua vida (cf. Lc 22,27). Jesus é o Senhor servo.
Convém, portanto, abrir os olhos para a realidade que está ainda escondida por
trás do horizonte, mas é decisiva para a nossa vida. Sintetizando o espírito da
liturgia de hoje, poderíamos dizer: o mundo nos é confiado não como uma
propriedade, mas como um serviço a um “Senhor” que está “escondido em Deus”,
porém, na hora decisiva, se revelará ser nosso amigo e servo de tanto que nos
ama, a nós e os que confiou à nossa solicitude vigilante. “Minha vida não é
propriedade a que me apegar, mas dom a serviço de todos” poderia ser um lema
adequado para esta celebração.
II.
COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS
1. I leitura (Sb 18,6-9)
Segundo Ex 12,42, Deus passou a noite em vigília para libertar Israel e por
isso Israel lhe dedica a vigília pascal. Na primeira leitura de hoje, ouvimos a
meditação do livro da Sabedoria sobre essa memória do povo. Sb 10,19 descreve a
atuação da divina Sabedoria na história de Israel. Na “noite” (Sb 18,6) do
êxodo, Deus castigou o Egito, fazendo morrer seus primogênitos; foi o juízo de
Deus, para salvar Israel (Sb 18,14-19; cf. Ex 12,12.29). O texto lembra que os
“pais” (os antigos israelitas) preparavam-se para essa noite (Ex 11,4-6), a
noite da vigilância (Ex 12,42), celebrando Javé no escondido (Sb 18,9). Tal
vigilância e fidelidade são tarefa para todas as gerações, até a libertação
final.
2.
Evangelho (Lc 12,32-48)
O evangelho “atualiza” a lembrança da vigília de Israel no tema da vigilância
escatológica. A comunidade cristã era uma minoria vulnerável, um “pequeno
rebanho” (12,32). Porém, a ela pertence o Reino, a comunhão com Deus. Nisso
entram diversas considerações. Lembrando o ensino de Jesus sobre a riqueza (Lc
12,33-34; cf. domingo passado), o evangelho ensina que o discípulo deve estar
livre, procurando só o que está guardado ou depositado (a tradução diz
“tesouro”) junto a Deus. Os versos seguintes, Lc 12,35-48, ensinam então a
vigilância (cf. primeira leitura): perceber o momento! Os servos devem estar
prontos para a volta do seu Senhor, pois essa volta será o juízo tanto sobre os
que estiverem atentos quanto sobre os despreocupados. E essa vigilância
consiste na fidelidade no serviço confiado a cada um (cf. Mt 24,43-51; 25,1-13;
Mc 13,35).
Lucas nos faz ver nossa vida em sua dimensão verdadeira. Vivendo no ambiente
mercantilista do império romano, o evangelista vê constantemente o mal causado
pelas falsas ilusões de riqueza e bem-estar, além do escândalo da fome (cf.
16,19-31). Se escrevesse hoje, não precisaria mudar muito. Ensina-nos a
vigilância no meio das vãs ilusões.
A leitura continua com outras sentenças e parábolas referentes à parusia. Elas
explicam, de maneira prática, o que a vigilância implica. Com a imagem do
administrador sensato e fiel (12,42), Lucas ensina a cuidar do bem de todos os
que estão em casa. Pela pergunta introdutória de Simão Pedro (12,41), parece
que isso se dirige sobretudo aos líderes da comunidade. A vigilância não
significa ficar de braços cruzados, esperando a parusia acontecer, mas assumir
o bem da comunidade (cf. 1Ts 5). Lucas fala também da responsabilidade de cada
um (12,47-48). Quem conhecia a vontade do Senhor e, contudo, não se preparou
será castigado severamente, e o que não conhecia essa vontade se salva pela
ignorância; a quem muito se deu, muito lhe será pedido; a quem pouco se deu,
pouco lhe será pedido.
O importante dessa mensagem é que cada um, ao assumir no dia a dia as tarefas
e, sobretudo, as pessoas que Deus lhe confiou, está preparando sua eterna e
feliz presença junto a Cristo, que é, conforme Lc 13,37 e 22,27, “o Senhor que
serve” (o único que serve de verdade). Cristo ama efusivamente a gente que ele
confia à nossa responsabilidade. Não podemos decepcionar a esperança em nós
depositada.
A visão da vigilância como responsabilidade mostra bem que a religião do
evangelho não é ópio do povo, como Marx a chamou. A fé, vista na perspectiva do
evangelho de hoje, implica até a conscientização política, quando, solícito
pelo bem dos irmãos, se descobre que bem administrar a casa não é passar de vez
em quando uma cera ou um verniz nos móveis, mas também, e sobretudo, mexer com
as estruturas tomadas pelos cupins…
Tal vigilância escatológica não é uma atitude fácil. Exige que a gente enxergue
mais longe que o nariz. É bem mais fácil viver despreocupado, aproveitar o
momento… Pois, afinal, “quem sabe quando o patrão vai voltar?” (cf. Lc 12,45).
3.
II leitura (Hb 11,1-2.8-19)
Para sustentar a atitude de ativa vigilância e solicitude pela causa do Senhor,
precisamos de muita fé. Nesse sentido, a segunda leitura vem sustentar a
mensagem do evangelho. Traz a bela apologia da fé de Hb 11: A fé é a esperança
daquilo que não se vê. A fé é como que possuir antecipadamente aquilo que se
espera; é uma intuição daquilo que não se vê (11,1).
Hb 11-12 é dedicado ao tema da fé. A fé olha para o futuro, como Abraão, como
os israelitas no tempo do êxodo, como o discípulo que espera a vinda do Senhor;
é esperança. Não deixa a pessoa instalar-se no presente. Este mundo não é o
termo do caminho do ser humano. Deus preparou-lhe uma pátria melhor. O cristão
é um estrangeiro neste mundo. Decerto leva este mundo a sério, mas isso se
exprime exatamente no fato de ficar livre diante dele (o que não exclui o
compromisso com os filhos de Deus neste mundo!).
Quando concebida como esperança vigilante, percebe-se o teor escatológico da
fé. Ela não é, em primeira instância, a adesão da razão a verdades inacessíveis,
mas o engajamento da existência no que não é visível nem palpável, porém tão
real que pode absorver o mais profundo do meu ser. Hebreus cita toda uma lista
de exemplos dessa fé, pessoas que se empenharam por aquilo que não se
enxergava. O caso mais marcante é a obediência de Abraão e sua fé na promessa
de Deus (11,8-19; cf. Gn 15,6). O texto continua: muitos deram a vida por essa
fé, que fez Israel peregrinar qual estrangeiro neste mundo (11,35b-38). Mas o
grande exemplo fica reservado para o próximo domingo: Jesus mesmo.
Se se procura uma leitura mais afinada com a primeira e o evangelho, pode-se
considerar Ef 6,13-18, sobre “a armadura da fé”.
III. PISTAS PARA
REFLEXÃO
Viver para aquilo que é
definitivo: O fim para
o qual vivemos reflete-se em cada uma de nossas ações. A cada momento pode
chegar o fim de nossa vida. Que esse fim seja aquilo que vigilantes esperamos,
como os hebreus vigiaram na noite da libertação, preparados para sair da
escravidão; então não será uma noite de morte e condenação, como foi para o
empregado malandro surpreendido pela volta inesperada de seu patrão.
Preparemo-nos para o definitivo de nossa vida, aquilo que permanece, mesmo
depois da morte. Essa é uma mensagem difícil para o nosso tempo de imediatismo.
Muitos nem querem pensar no que vem depois; contudo, a perspectiva do fim é
inevitável. Já outros veem o sentido da vida na construção de um mundo novo,
ainda que não seja para si mesmos, mas para seus filhos ou para as gerações
futuras. Assim como os antigos judeus depositavam sua esperança de
sobrevivência nos filhos, essas pessoas a depositam na sociedade do futuro. É
nobre. Mas será suficiente?
Jesus abre uma perspectiva mais abrangente: um “tesouro” no céu, uma vida
guardada junto a Deus. Até lá não chega a desintegração a que diariamente
assistimos. Mas será que olhar para o céu não desvia nosso olhar da terra? Não
leva à negação da realidade histórica, desta terra, da nova sociedade que
construímos? Ou será, pelo contrário, uma valorização de tudo isso? Com efeito,
mostrando como são provisórias a vida e a história, Jesus nos ensina a usá-las
bem, para produzir o que ultrapassa a vida e a história: o amor, que nos torna
semelhantes a Deus. Esse é o tesouro do céu, mas ele precisa ser granjeado aqui
na terra.
Tal visão cristã acompanha os que se empenham pela construção de um mundo novo,
solidário e igualitário, a fim de suplantar a atual sociedade, baseada no lucro
individual. Contudo, não basta simplesmente manter-se nesse nível material, por
mais que ele dê realismo ao empenho do amor e da justiça. A visão cristã
acredita que a solidariedade exercida aqui e agora, na história, é confirmada
para além dela. Ultrapassa nosso alcance humano. É a causa de Deus mesmo,
confirmada por quem nos chamou à vida e nos faz existir. À utopia histórica, a
visão cristã acrescenta a fé, “prova de realidades que não se veem”. A fé,
baseada na realidade definitiva que se revelou na ressurreição de Cristo,
dá-nos a firmeza necessária para abandonar tudo em prol da realização última –
a razão de nosso existir.
Pe. Johan Konings, sj
Nascido na Bélgica, reside há muitos anos no Brasil, onde leciona desde 1972. É
doutor em Teologia e licenciado em Filosofia e em Filologia Bíblica pela
Universidade Católica de Leuven (Lovaina). Atualmente é professor de Exegese
Bíblica na Faje, em Belo Horizonte. Entre outras obras, publicou: Descobrir a
Bíblia a partir da liturgia; A Palavra se fez livro; Liturgia dominical:
mistério de Cristo e formação dos fiéis – anos A - B - C; Ser cristão;
Evangelho segundo João: amor e fidelidade; A Bíblia nas suas origens e hoje.
E-mail: konings@faculdadejesuita.edu.br
11 de agosto – 19º DOMINGO COMUM
É TEMPO DE FAZER O BEM!
O evangelho que ouvimos hoje fala da
volta do Filho do homem, a qual muitas pessoas associam com o fim dos tempos.
Quando será o fim do mundo? Quando será o meu último dia de vida? A resposta
mais sensata que alguém poderia dar a essas perguntas seria: “Não sei”. E o
fato de não saber não deve deixar muito preocupada a pessoa que segue Jesus.
Quem o segue não precisa se preocupar, mas sim se ocupar em fazer o bem sempre.
É essa a vigilância que devemos ter. Ser vigilante não é ser desesperado ou
pessimista, nem querer descobrir sinais nos céus, nas estrelas ou em qualquer
outro lugar a respeito do futuro, mas é olhar o presente e aí ver a melhor
maneira de fazer o bem, de ser solidário, de ser justo e honesto. Como repete a
sabedoria popular, o futuro a Deus pertence. O tempo que temos é hoje. Não o
desperdicemos, lamentando o passado ou cultivando ilusões de sucesso sem
esforço.
Nada perdemos ao fazer bem aquilo que
temos para fazer. Nada perdemos ao cuidar das pessoas e do mundo que Deus criou
para o bem de todos, para a vida em abundância para todos. Até em situações em
que, aos olhos dos outros, tomamos prejuízo, se trabalhamos pelo evangelho,
estamos crescendo em gratuidade. Estar alertas, esperando o Senhor que vem, é
saber servir com desapego, é educar o coração para sentir as coisas de acordo
com o olhar de Deus, é exercitar a misericórdia e a compaixão. Estejamos
alertas para não desperdiçar as oportunidades de praticar o amor e, se por
acaso não formos tão fiéis como gostaríamos de ter sido, não nos desesperemos,
pois Deus nos chama para participar de seu convívio, de seu reinado, de forma
gratuita, generosa. Participar de seu reino é entrar no mesmo espírito de
generosidade e gratuidade, gastando nossas forças, nossos recursos e o nosso
tempo com aquilo que vale a pena verdadeiramente. Não nos deixemos prender por coisas
ou sentimentos que nos afastam das pessoas, que causam sofrimento inútil. Se
vivermos ocupados em fazer o bem e evitar o mal, não precisaremos nos preocupar
com a hora da chegada do Senhor, porque ele já está chegando, já está habitando
em nós, dando-nos vida nova em abundância.
Pe. Claudiano Avelino dos Santos, ssp
Aprenda a viver com o necessário
Vamos aprender a viver com o necessário,
porque, ao nosso lado, tem sempre alguém
passando necessidade. Se, no mundo de hoje, há pessoas que pouco têm, é porque
outras têm em excesso.
Jesus disse: “Porque, onde está o vosso
tesouro, aí estará também o vosso coração. Que vossos rins estejam cingidos e
as lâmpadas acesas” (Lc 12,34-35).
Um sermão maravilhoso Jesus faz ao nosso coração, chamando-nos
de “pequenino rebanho”. Não tenhais medo, mas ao contrário, tenhais confiança
no Senhor, e não vos preocupeis em ter muitos bens, ao contrário, olhai os
nossos bens, dai esmolas aos pobres, não deixe que se estrague nada em sua casa
(cf. Lc 12,32-33).
Chamo à atenção de todos nós que gostamos de acumular coisas,
que temos medo de passar necessidade ou que, simplesmente por vaidade, vamos
tendo muito isso, muito aquilo.
A mulher até se orgulha de dizer que tem muitas bolsas, muitos
cintos, mas para quê? Se, hoje, você fosse prestar contas a Deus da sua vida,
os seus cintos seriam uma vergonha, as bolsas que você vem acumulando seriam
uma vergonha!
Tenha apenas o necessário, apenas aquilo de que vai precisar;
nada de ter excessos, nada de ter coisas a mais. Vamos aprender a viver com o
necessário, porque, ao nosso lado, tem sempre alguém passando necessidade. Se,
no mundo de hoje, há pessoas que pouco têm, é porque outras têm em
excesso.
Os cristãos, de todas as formas e maneiras, precisam aprender a
viver e a fazer a partilha. Isso não só na época do Natal ou em ocasiões
especiais, pois tudo que nós temos precisa ser partilhado.
Que ninguém passe fome, que ninguém passe necessidade e que não
sejamos melhores do que ninguém, porque temos isso ou porque temos aquilo.
Saibamos partilhar o que é nosso com os outros e o nosso tesouro não será nada
do que possuímos, o nosso tesouro será o Senhor.
Quem tem bens, quem tem tesouros, vive com o coração preso aos
bens que tem. Mas quem é livre, despojado, tem o coração para o Reino de Deus,
para sentir o Reino do Senhor, para poder vibrar com as coisas d’Ele.
Aprendamos estar com os rins cingidos, com as lâmpadas acessas.
Aprendamos a ser vigilantes, ter o necessário; e tudo que for acúmulo, saibamos
partilhar com o nosso próximo.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.Facebook Twitter
LEITURA ORANTE
Lc 12,32-48 - Ficar de prontidão!

- A nós, que nos encontramos nesta
rede virtual, em torno da Palavra, a paz de Deus, nosso Pai, a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo, no
amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus
que nos reuniu no amor de Cristo!
Preparo-me para a Leitura,
rezando:
Jesus Mestre, que dissestes:
"Onde dois ou mais estiverem
reunidos em meu nome,
eu aí estarei no meio deles",
ficai conosco,
aqui reunidos (pela grande rede da
internet),
para melhor meditar
e comungar com a vossa Palavra.
Sois o Mestre e a Verdade:
iluminai-nos, para que melhor
compreendamos
as Sagradas Escrituras.
Sois o Guia e o Caminho:
fazei-nos dóceis ao vosso seguimento.
Sois a Vida:
transformai nosso coração em terra
boa,
onde a Palavra de Deus produza frutos
abundantes de santidade e missão.
(Bv. Alberione)
1. Leitura
(Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Lc 12,32-48, e observo pessoas, palavras, relações, lugares.
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Lc 12,32-48, e observo pessoas, palavras, relações, lugares.
“Não tenhas medo,
pequeno rebanho, pois foi do agrado do vosso Pai dar a vós o Reino. Vendei
vossos bens e dai esmola. Fazei para vós bolsas que não se estraguem, um
tesouro no céu que não se acabe; ali o ladrão não chega nem a traça corrói.
Pois onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração. Ficai de prontidão,
com o cinto amarrado e as lâmpadas acesas. Sede como pessoas que estão
esperando seu senhor voltar de uma festa de casamento, para lhe abrir a porta,
logo que ele chegar e bater. Felizes os servos que o Senhor encontrar acordados
quando chegar. Em verdade, vos digo: ele mesmo vai arregaçar sua veste, os fará
sentar à mesa e passará para servi-los. E caso ele chegue pela meia-noite ou já
perto da madrugada, felizes serão, se assim os encontrar!
Ficai certos: se o
dono da casa soubesse a que horas viria o ladrão, não deixaria que fosse
arrombada sua casa. Vós também ficai preparados! Pois na hora em que menos
pensais, virá o Filho do Homem.” Então Pedro disse: “Senhor, é para nós ou para
todos que contas esta parábola?” O Senhor respondeu: “Quem é o administrador
fiel e atento, que o senhor encarregará de dar à criadagem a ração de trigo na
hora certa? Feliz aquele servo que o senhor, ao chegar, encontrar agindo assim!
Em verdade, vos digo: ele lhe confiará a administração de todos os seus bens.
Ora, se um outro servo pensar: ‘Meu senhor está demorando’ e começar a bater
nos criados e nas criadas, a comer, beber e embriagar-se, o senhor daquele
servo chegará num dia inesperado e numa hora imprevista, ele o excluirá e lhe
imporá a sorte dos infiéis. O servo que, conhecendo a vontade do senhor, nada
preparou, nem agiu conforme a sua vontade, será chicoteado muitas vezes. O
servo, porém, que não conhecendo essa vontade fez coisas que merecem castigo, será
chicoteado poucas vezes. Portanto, todo aquele a quem muito foi dado, muito lhe
será pedido; a quem muito foi confiado, dele será exigido muito mais!”
Jesus continua recomendando
vigilância e fidelidade. O ladrão costuma vir à noite. A surpresa, normalmente,
é seu recurso. Pedro fica em dúvida se a parábola é só para os discípulos ou é
para todos. Na verdade, embora a vigilância seja coletiva (da casa), aplica-se
a cada pessoa. Na parábola do texto de hoje, Jesus fala do empregado
encarregado da casa e dos outros empregados. Poderá ser fiel ou abusar de seu
cargo, sendo autoritário com seus dependentes e agindo com permissividade. O
desconhecimento das ordens do patrão é atenuante: “será castigado com poucas
chicotadas”. O que sabe qual é a vontade do patrão e não se prepara, nem
faz o que ele quer, será castigado. Podemos concluir que ele próprio se
condena.
2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Qual palavra mais me toca o coração?
Entro em diálogo com o texto.
Minha
vida reflete o que o texto diz ou há contradições?
O meu Projeto de vida é o do
Mestre Jesus Cristo?
Os bispos, em Aparecida, falaram da fidelidade a Jesus
Mestre e de como o encontrá-lo: "Também o encontramos de um modo
especial nos pobres, aflitos e enfermos (cf. Mt 25,37-40), que exigem nosso
compromisso e nos dão testemunho de fé, paciência no sofrimento e constante
luta para continuar vivendo. Quantas vezes os pobres e os que sofrem realmente
nos evangelizam! No reconhecimento desta presença e proximidade e na defesa dos
direitos dos excluídos encontra-se a fidelidade da Igreja a Jesus Cristo. O
encontro com Jesus Cristo através dos pobres é uma dimensão constitutiva de
nossa fé em Jesus Cristo. Da contemplação do rosto sofredor de Cristo
neles e do encontro com Ele nos aflitos e marginalizados, cuja imensa dignidade
Ele mesmo nos revela, surge nossa opção por eles. A mesma união a Jesus Cristo
é a que nos faz amigos dos pobres e solidários com seu destino." (DAp 257).
3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a
Deus?
Rezo ao Mestre Jesus, neste mês
dedicado a ele:
Jesus, divino Mestre,
nós vos adoramos, Verbo feito carne,
enviado pelo Pai,
para ensinar aos homens a verdade que
dá a vida.
Sois a verdade incriada, o único
Mestre.
"Somente vós tendes palavras de
vida eterna".
Nós vos louvamos e agradecemos,
porque nos concedestes
a luz da inteligência e da fé
e nos chamastes à luz da glória.
Nós cremos e abrimos nossa
inteligência e todo o nosso ser
para aceitar e viver a vossa palavra
tudo o que nos ensinais por meio da
Igreja.
Mostrai-nos, ó Senhor e Mestre,
os tesouros da vossa sabedoria.
Fazei que conheçamos o Pai
e sejamos vossos discípulos
autênticos.
Aumentai nossa fé,
para que vos possamos contemplar
eternamente no céu.
4.Contemplação
(Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus. Vou assumir uma atitude de prontidão e atenção às manifestações de Deus.
Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Ir. Patrícia Silva, fsp
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus. Vou assumir uma atitude de prontidão e atenção às manifestações de Deus.
Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Ir. Patrícia Silva, fsp
Oração Final
Pai Santo, ajuda-nos a discernir o verdadeiro
tesouro – aquele pelo qual vale a pena viver e lutar – e nos dá coragem e
grandeza de alma para reparti-lo com o nosso próximo. Faze-nos agradecidos, te
pedimos Pai amado, pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo
reina na unidade do Espírito Santo.

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