
Santo Eduardo
1003-1066
1003-1066
Na história da humanidade, a palavra rei quase
sempre está associada à palavra tirano. Mas na história do catolicismo, rei
muitas vezes vem junto da palavra santo. É o caso exemplar de Eduardo, rei da
Inglaterra. Seu avô era o santo rei e mártir Edgar, e esse exemplo de santidade
norteou também a sua vida no seguimento de Cristo.
Eduardo nasceu em Oxford, no ano 1003, num período em que a Inglaterra sofreu a
invasão dos pagãos dinamarqueses. Seus pais, junto com toda a família real,
tiveram de abandonar o país, indo refugiar-se na Corte da Normandia, norte da
França, de parentes cristãos. No exílio, Eduardo freqüentou e estudou nas mais
renomadas cortes da Europa, adquirindo uma educação primorosa e fundamentada no
cristianismo. Recusou várias vezes tomar o trono à força, pois não queria
derramamento de sangue. Em 1042, com a morte de seu meio-irmão, que governava a
Inglaterra, ele finalmente assumiu o trono.
Seu reinado foi um dos mais felizes para o povo inglês. Mesmo sentindo-se um
pouco "estrangeiro", fez a pátria retomar seu caminho correto dos
princípios cristãos, afastando a influência nefasta dos anos de domínio pagão e
trazendo paz e prosperidade para seus súditos. Logo passou a ser chamado de
"o santo homem" e os escritos registram vários prodígios de cura
operados por sua intercessão em favor de pessoas simples do reino. Curou um
doente de câncer com um sinal da cruz. E um paralítico que se movia penosamente
na rua ele ajudou a chegar a uma igreja, onde, por meio de orações, o curou,
além de outros fatos narrados pelos historiadores.
A política do Estado exigia que ele se casasse e, pelo bem do reino, Eduardo o
fez. Casou-se com Edith, filha do conde Godwin, um dos seus adversários
políticos. Gentil e elegante, por tratar-se de um acordo, prometeu viver com
ela em estado de castidade, sem união corporal. Manteve sua palavra. O casal
não teve filhos. Ela se tornou uma grande rainha e irmã, participando das obras
de caridade, ajudando a restaurar e fundar igrejas e conventos por todo o país.
Valorizando o lado espiritual da vida, viviam em perfeita ordem e harmonia.
Tornaram-se exemplo de reis cristãos, piedosos e caridosos, amados e aclamados
como "pais" pelos súditos e respeitados por todas as cortes.
Após quase sessenta e quatro anos de vida de penitência, oração, mortificação
dos sentidos e luxos, no reto seguimento de Cristo, o rei Eduardo morreu no dia
5 de janeiro de 1066. Pouco tempo depois de ter assistido a consagração da
igreja da Abadia de Westminster, totalmente restaurada, o mais antigo símbolo
da aspiração e das lutas religiosas da Inglaterra, onde foi sepultado.
Venerado em vida, imediatamente o povo passou a celebrá-lo como santo. Quase
quarenta anos após a sua morte, o seu corpo foi exumado e encontrado intacto, o
que para o povo não causou nenhuma surpresa. Em 1161, o papa Alexandre III
canonizou-o. A sua festa litúrgica é celebrada no dia 13 de outubro, mas os
devotos ingleses costumam lembrá-lo também no dia de sua morte.
Santo Eduardo, Confessor
Depois do abandono, as lutas e a opressão durante o reinado
dos dois soberanos dinamarqueses, Harold Harefoot e Artacanuto, o povo inglês
acolheu com júbilo ao representante da antiga dinastia inglesa, Santo Eduardo,
Confessor. As qualidades que mereceram a Eduardo ser venerado como santo,
referiam-se mas bem a sua pessoa que a sua administração como soberano pois era
um homem piedoso, amável e amante da paz.
Eduardo era filho do Eteredo e da normanda Ema.
Durante a época da supremacia dinamarquesa, foi enviado à Normandia quando
tinha 10 anos e retornou a sua pátria em 1042 quando foi eleito rei. À idade de
42 anos contraiu matrimônio com o Edith, a filha do Conde Godwino, a maior
ameaça para seu reino. A tradição diz que Santo Eduardo e sua esposa guardaram
perpétua continência por amor a Deus e como um meio pró alcançar a perfeição.
A administração justa e eqüitativa de Santo
Eduardo o fez muito popular entre seus súditos. A perfeita harmonia que reinava
entre ele e seus conselheiros se converteu mais tarde no sonho dourado já que
durante o reinado de Eudardo, os barões normandos e os representantes do povo
inglês exerceram uma profunda influência na legislação e o governo. Um dos atos
mais populares do reinado de Santo Eduardo foi a supressão do imposto para o
exército; os impostos arrecadados de casa em casa na época do santo foram
repartidos entre os pobres.
Durante o desterro na Normandia, Santo Eduardo
tinha prometido ir em peregrinação ao sepulcro de São Pedro em Roma, se Deus se
dignasse pôr fim às desventuras de sua família. Depois de sua ascensão ao
trono, convocou um concílio e manifestou publicamente a promessa com que se
ligou. Entretanto, a Assembléia manifestou que com sua partida se abriria o
caminho às dissensões no interior do país e os ataques das potências
estrangeiras. O rei decidiu submeter o assunto a julgamento do Papa São Leão
IX, que sugeriu repartir o dinheiro que teria gasto na viagem entre os pobres,
e construir um mosteiro em honra a São Pedro.
O último ano de vida do santo viu-se atormentado
pela tensão entre o Conde Tostig Godwinsson da Nortumbría e seus súditos;
finalmente o monarca teve que desterrar o conde. Faleceu em 1065. A canonização
de Santo Eduardo teve lugar em 1161, e dois anos depois de que seu corpo se
mantinha incorrupto, foi transladado por Santo Tomás Becket a uma capela do
coro da abadia de Westminster, da qual Santo Eduardo foi seu promotor, em 13 de
outubro, data em que se celebra atualmente sua festa.
São Eduardo | |
Nascimento | No ano de 1004 |
Local nascimento | Próximo a Oxford (Inglaterra) |
Ordem | Rei |
Local vida | Normandia e Inglaterra |
Espiritualidade | Filho do rei Etelfredo II e neto do rei também santo, "Eduardo o mártir", são Eduardo III tornou-se também rei da Inglaterra. Dedico a invasão armada dos dinamarqueses, seus pais tiveram que fugir da Inglaterra e refugiar-se nos castelos da Normandia: Eduardo tinha, nessa época, 10 anos de idade e ali viveu até seus 31 anos. Após os dinamarqueses serem expulsos da Inglaterra, Eduardo retornou à Pátria onde foi solenemente coroado como rei, até a sua morte. Seu espírito cheio de mansidão e generosidade, extremamente polido, jamais mostrou um só gesto de ira nem para com seus súditos. Editou leis que passaram para história como "as leis de santo Eduardo". Ao subir no trono, foi obrigado a casar-se. Sua esposa se chamava Edite Godwin, filha de um Barão que se he mostrava favorável mas depois revelou-se como grande opositor, pois, dando sua filha em casamento planejava tirar vantagens do reinado da Inglaterra. Mas o casal tornou-se profundamente amigos, oravam juntos e não tiveram filhos pois, de comum acordo, conservaram-se em perfeita castidade. Conhecido como "administrador justo e generoso" e "o bom rei" soube utilizar- se de sua fortuna não apenas para regalias mas muito mais, melhorar as condições de vida de seu povo, principalmente dos mais humildes. Restaurou a Abadia de Westminster sem jamais empregar a força e sim em concessões pacíficas, dizendo; "Não desejo obter um reino a custa de sangue humano". Em vida, fez vários milagres e sua festa é celebrada hoje e não na data de sua morte, pois passaram a comemorá-la no dia do traslado de seu corpo e que ocorreu neste dia, para a igreja de São Tomás de Canterbury, venerado por sua piedade e intenso espírito de caridade. |
Local morte | Inglaterra |
Morte | 5 de janeiro de 1066, aos 62 anos de idade |
Fonte informação | Santo Nosso de cada dia, rogai por nós |
Oração | Bendito sejais Deus, que concedestes ao rei Eduardo da Inglaterra a graça da santidade. Dai também a nós, o espírito de tranqüilidade e amor por vós. Concedei-nos hoje e sempre a firmeza da fé. Santo Eduardo, rogai por nós. |
Devoção | Caridade, piedade, generosidade |
Padroeiro | Dos governantes |
Outros Santos do dia | Outros santos do dia: Fauto, Januário, Marçal, Florência, Colmano (márts); Teófilo, Rômulo, Imperto e Bertoaldo (bispo); Celedônia (virgem); Canfo, Geraldo, Leobon (er); Daniel, Ângelo, Samuel e Comps (márts de Ceuta). FONTE: ASJ |
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