
Pietrelcina, Itália, 25 de maio de 1887. Nascia
aquele que um dia tornaria-se grande por sua humildade, simplicidade, dons e
amor ao próximo: Francisco. Um servo de Deus. A família pobre, os pais
analfabetos e sete filhos, sendo que quatro morreram cedo. Não sabemos muito
sobre a infância do pe. Pio; conhecemos porém, o suficiente para perceber que
já era diferente dos outros, era alguém a quem, desde criança, o Senhor demonstrou ter desígnios extraordinários.
A vida do Padre Pio (nome colocado quando tornou-se frade) foi uma luta
contínua contra o demônio; assaltava o padre e procurava impedi-lo de salvar as
almas. Frequentemente havia uma luta; por vezes, o assalto era exterior. E
quando o sacerdote, cansado e exausto, cheio de ferimentos, nódoas negras e
pancadas, era, por fim, socorrido pelos seus confrades, frquentemente
confessava: " Graças ao auxílio celeste, fui sempre eu a vencer" Este
episódio foi uma antecipação muito significativa do que seria o resto da vida
do Pe. Pio. Um gigantesco combate na luta pela salvação de muitas almas. Estava
sempre em Oração. O Rosário entre os dedos. Recitava frequentemente. Confessava
horas a fio multidões que vinham do mundo inteiro atraídos pela fama de
santidade. Recebeu os estigmas de Cristo e foi muito perseguido, inclusive por
membros da Igreja, que desconfiados dos dons extraordinários que padre tinha,
atormentavam o Padre (que, com muita humildade também se surpreendia de tais
dons) Tudo ele suportou em silêncio e profunda humildade, confiando em Cristo
até o fim. Jamais proferindo palavra contra a caridade... Havia também a
Primeira Grande Guerra Mundial. O Padre foi chamado para servir em batalhas,
mas caiu doente com febre de 48 graus, arrebentando os termômetros que os
médicos lhe colocavam. Os médicos entravam em crise, não sabendo como explicar
tal situação.
Foram bem tristes os primeiros meses de 1918. A Guerra e a gripe espanhola
tinham provocado a perda de muitas vidas entre a população e nos conventos. Não
podemos deixar de recordar, dentre as vítimas daquela epidemia, dois dos três
videntes de Fátima: Jacinta e Francisco. O Convento de Santa Maria das Graças
ficou reduzido a três frades: Pe. Paulino, o superior; frei Nicola, que era
quem fazia o peditório pelas aldeias e o padre Pio, que também apanhou a gripe
espanhola, mas de uma forma mais leve. Ficaram também um pequeno grupo de
fradinhos.
Estigmas:
Na manhã de sexta-feira, dia 20 de setembro, festa dos estigmas de São
Francisco de Assis, o Padre Pio reza sozinho no coro. De repente é tomado por
suave torpor e sensação de paz. O Crucifixo a sua frente deita sangue
abundantemente, deixando o padre transtornado. Perante aquela visão, sente-se
dilacerado nas mãos, nos pés e no coração e arrasta-se até sua cela, onde
procura enfaixar as feridas ( das quais exalava suave perfume).
Mais tarde, escreverá ao seu diretor espiritual os sentimentos que experimentou
e que continua a experimentar: dilaceração, condenação, humilhação, confusão.
Não consegue ter paz; não sabe como comportar-se com os confrades, com os
outros. Em võa, suplica ao Senhor com todas as suas foças: " Deixa-me a
dor, aumenta-a se quiseres, mas tira as chagas visíveis. Concede-me a graça de
não se verem"
Sentia-se oprimido por uma confusão insuportável. Viveu dias " horríveis e
tristes"; sentia-se "um monstro revoltante e odioso" perante
Deus. E, no entanto, apesar destas súplicas e lágrimas, nunca retirou o seu sim
a Deus.
Como bem se vê, não são os sentimentos de uma pessoa que foi á procura das
chagas; nem muito menos de alguém que as tenha feito artificialmente... E foram
precisamente essas as primeiras suspeitas e acusações na época.
As chagas desapareceram após cinquenta anos, em 1968.
Fonte: Padre Pio - Breve História de um santo - Gabriele Amorth
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