
Roma é considerada pelos católicos como sinal visível do Sacramento Universal da Salvação, a Igreja; porém, para que isto ocorresse, muitos mártires deram a vida para "comprarem" com o sangue a vitória do Cristianismo sobre o Império Romano, que em 381 dobrou os joelhos diante do verdadeiro Deus e verdadeiro homem: Jesus Cristo.
São Maurício e companheiros faziam parte da tropa dos valentes guerreiros e mártires do Senhor, que estiveram envolvidos no massacre da Legião Tebana. O imperador Diocleciano, precisando combater as tropas que ameaçavam o Império no Oriente, foi ao amigo Maximiano para que o mesmo organizasse um forte exército. Tendo feito progresso, o imperador mandou que o exército parasse para descansar e oferecer sacrifícios aos deuses em sinal de agradecimento.
Imediatamente os soldados cristãos se opuseram a tal ordem: "Somos teus soldados e não menos servidores de Deus. Sabemos perfeitamente a nossa obrigação como militares, mas não nos é lícito atraiçoar o nosso Deus e Senhor. Estamos prontos a obedecer a tudo que não contrarie a lei de Jesus Cristo."
Começaram a matar parte deste grupo e o oficial Maurício com seus companheiros foram os que mais se destacaram pois acolheram, por amor e fé em Jesus Cristo, a palma do martírio, dando assim, o mais perfeito testemunho.
Providencialmente, ou seja, como sinal da grande fidelidade destes cristãos, o local à beira do Rio Ródano ficou conhecido como Martigny, nome que deriva de mártir. Este fato ocorreu por volta do ano 286, e é certo que no século seguinte foi elevada uma basílica no lugar da execução e que, no ano 520, Sigismundo, rei da Borgonha, construiu lá um mosteiro que subsiste ainda e deu origem à cidade de São Maurício na Suíça.
São Maurício e companheiros, rogai por nós!
São Maurício e companheiros

São Maurício e companheiros
séc. III-IV
séc. III-IV
Diocleciano, assim que foi aclamado imperador, no
ano 284, imediatamente nomeou Maximiano Hercúleo governador do Ocidente, com a
incumbência de entrar em combate contra os gálios, agora chamados franceses, os
quais já haviam dado início à luta armada para vingarem-se da morte de Carino,
filho do até então imperador, que fora assassinado pelo sanguinário Diocleciano
por ocasião da sua tomada do poder.
No alto Egito, foi recrutado um batalhão de soldados cristãos, conhecidos como
"a legião de soldados cristãos da Tebaida", chefiados pelo comandante
Maurício. Apesar do ódio que Maximiano nutria pelos cristãos, a incorporação de
tais soldados em seu exército não era nenhum acontecimento especial ou
extraordinário, uma vez que o próprio imperador Diocleciano, na época, era
simpatizante confesso deles. Até mesmo confiava-lhes cargos administrativos
importantíssimos no Império. Nesse período, ele ainda não via ou citava os cristãos
como uma ameaça ao Império Romano.
Depois de muitas batalhas, durante um período de descanso de três dias em
Octodorum, por ordem do imperador haveria três dias de comemorações e grandes
festas religiosas, nas quais os deuses pagãos seriam homenageados pela vitória
conseguida sobre o inimigo. É claro que os soldados cristãos da legião tebaica
recusaram-se a participar de tal festa.
Então, decidiram levantar acampamento e seguiram para Agaunum, uma aldeia a
cinco quilômetros de distância da cidade. Esse ato irritou o governador
Maximiano, que ordenou o retorno imediato do batalhão cristão, para que se
aliassem ao restante do exército, nas solenidades aos deuses.
Comandados por Maurício e com o apoio, principalmente, de Exupério, Cândido,
Vitor, Inocêncio e Vital, todos os soldados da tropa de Tebaida recusaram-se,
novamente, a participar dos festejos. A irritação de Maximiano aumentou ainda
mais, e a tal ponto, que imediatamente deu ordem a seu exército para marchar
contra eles.
Maurício e seus companheiros foram, então, massacrados pelos soldados pagãos. O
campo ficou forrado de sangue e cadáveres. Naquele lugar e naquela época, foi
erguida uma igreja em honra e culto a esses santos mártires do cristianismo,
encontrada somente por volta do ano 1893. A maioria das relíquias dos corpos
dos soldados cristãos da legião tebaica, atualmente, são veneradas no Convento
de São Mauricio de Agaunum, na região do Valese, atual Suíça. Especialmente no
dia 22 de setembro, determinado pelo calendário oficial da Igreja de Roma.
São Maurício e companheiros | |
Nascimento | Séc. III |
Local nascimento | Teba |
Ordem | Leigos Mártires |
Local vida | Teba |
Espiritualidade | Maurício comandava a célebre Legião Tebana, constituída por cristãos egipcios. Por volta do ano 286, no reinado de Diocleciano, a divisa onde estavam estava servindo em território da atual Suíça, quando o comandante supremo, Maximiano, ordenou que todos os soldados oferecessem sacrifícios aos deuses pagãos. Os membros da Legião Tebana se recusaram e foram todos mortos por amor a Jesus Cristo. Pelo que se conta, toda uma corte de legionários (cada corte contava com milhares de soldados) foi executada juntamente com são Maurício. |
Local morte | Teba |
Morte | Séc. III |
Fonte informação | Santo Nosso de cada dia, rogai por nós |
Oração | Ó Deus, Senhor dos Exércitos, transforma-me pela ação do Espírito Santo, pois somente tu teus a força e o poder de converter meu interior e romper as cadeias do egoísmo. Amém. Santos Maurício e companheiros, rogai por nós. |
Devoção | Fidelidade a Nosso Senhor Jesus Cristo |
Padroeiro | Dos perseguidos |
Outros Santos do dia | Outros santos do dia: Enmerano (bispo); Digna, Emérita, Iraides (virgens); Jonas (presb.); Exupério, Inocência, Vidal, Muricio, Cândido, Vítor(márts); Félix IV (papa), Sétimo, Santino, Laudo (bispo); Landelino (er). FONTE: ASJ |
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