29 de Julho de 2012

João 6,1-15
Faço a leitura lenta e atenta do texto da Palavra do dia na minha Bíblia:
Seguro alguma coisa que não quero partilhar, dividir?
Os bispos, em Aparecida, disseram:
"Diante da exclusão, Jesus defende os direitos dos fracos e a vida digna de todo ser humano. De seu Mestre, o discípulo tem aprendido a lutar contra toda forma de desprezo da vida e de exploração da pessoa humana. Só o Senhor é autor e dono da vida. O ser humano, sua imagem vivente, é sempre sagrado, desde a sua concepção até a sua morte natural; em todas as circunstâncias e condições de sua vida. Diante das estruturas de morte, Jesus faz presente a vida plena. "Eu vim para dar vida aos homens e para que a tenham em abundância" (Jo 10,10). Por isso, cura os enfermos, expulsa os demônios e compromete os discípulos na promoção da dignidade humana e de relacionamentos sociais fundados na justiça."
Meu coração já está em sintonia com o coração de Jesus.
Vivo este momento em silêncio. Depois, concluo com a canção
Meu novo olhar é de fé, para os outros, para as pessoas que encontrar no dia de hoje. Minhas mãos vão estar abertas como as do menino do Evangelho.
Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde.
Comentário do Evangelho
Novo
mandamento de Jesus, a partilha
No evangelho de João, na narrativa da última ceia
de Jesus em Jerusalém, não há menção à partilha eucarística do pão. A grande
ação de Jesus nesta ceia é o lavar os pés dos discípulos, como exemplo de
serviço para eles. Este gesto de partilha se realiza neste momento de encontro
com a grande multidão no alto da montanha e tem um caráter universalista, pois
aí estavam presentes gentios da Galileia e de territórios vizinhos.
Foi no alto de uma montanha que Deus deu os
dez mandamentos a Moisés. Agora é o novo mandamento de Jesus, mandamento da
partilha, do amor. O personagem central é um menino (paidárion, jovem escravo),
com cinco pães de cevada e dois peixes. Jesus dá graças (eukharistésas) pela
partilha, e ela acontece a partir dos mais humildes. Somos convidados a viver a
eucaristia como partilha concreta do pão e da vida.
Nesta narrativa é destacada, logo de início, a
grande multidão de excluídos que segue Jesus e que merece sua atenção. Vemos
aí, também, uma contraposição entre este encontro de Jesus com a multidão e
"a Páscoa, a festa dos Judeus". Nesta Páscoa celebrava-se a morte dos
egípcios, que eram oprimidos pelo faraó, e a saída do povo de Israel do Egito
para a invasão e o extermínio dos povos de Canaã. Em oposição a esta celebração
da violência, Jesus revela o Deus da vida e do amor. Sempre no meio da
multidão, Jesus comunica a vida.
A expressão "festa dos judeus"
aparece cinco vezes no evangelho de João, ao referir-se às festas religiosas
celebradas em Jerusalém, nas quais Jesus se fez presente. Com esta expressão
João quer indicar que Jesus não se identifica com estas festas, mas vai a
Jerusalém para criticar o sistema do Templo e para fazer seu anúncio da vontade
do Pai ao povo que para aí acorre. Agora, no alto da montanha, o povo participa
da verdadeira festa que é o banquete do Reino, caracterizado pela partilha,
pelo amor e pela fraternidade.
O evangelho de João apresenta sete sinais de Jesus,
que correspondem aos milagres, nos sinóticos. São sinais da realidade maior que
é a presença do Deus de amor no mundo e na história. Esta cena da partilha dos
pães é o quarto sinal.
Os três evangelhos sinóticos, Marcos, Mateus e
Lucas, também narram esta partilha dos pães. Suas narrativas foram colhidas da
tradição das primeiras comunidades cristãs que se inspiravam na narrativa da
partilha do pão feita pelo profeta Eliseu (primeira leitura).
A solução do problema da fome e das carências
humanas não está na economia de mercado, no vender e no comprar em vista do
lucro. É pela partilha dos bens deste mundo, do pão, da terra, da cultura, que
se pode satisfazer a todos e ainda há de sobrar em abundância. É pela partilha
que se chega à unidade desejada por Deus, superando-se a divisão entre ricos e
pobres, formando-se um só corpo e um só Espírito, no vínculo da Paz (segunda
leitura).
José Raimundo Oliva
Vivendo a Palavra
As
leituras de hoje falam de desprendimento, generosidade e partilha, gestos
abençoados pelo Pai com o sinal da multiplicação do alimento. Assim é a nossa
vida. O Pai prolonga e atualiza seu Amor, que nos criou, dando-nos o alimento
que nos mantém vivos. Aprendamos a valorizar o grande mistério da Vida!
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1."JESUS, O PÃO DOS POBRES"
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Convoquei meu grupo de “teólogos” para refletir esse evangelho da multiplicação dos pães, pois com o evangelista João, todo cuidado é pouco, já que o seu escrito é rebuscado e nem sempre o ensinamento é o que parece. O “Mota”, que é aposentado na área administrativa e auxilia a nossa secretaria, abriu um enorme sorriso quando viu o texto “Está na cara que Jesus faz uma dura crítica ao capitalismo, é preciso repartir o pouco que se tem, para matar a fome de todos, sempre soube que esse Jesus é dos nossos....” concluiu Mota, que defende de unhas e dentes o socialismo, e briga quando se fala sobre a CEBs. Neste momento, o João Ernesto que trabalha de encarregado em uma grande empresa, balançou a cabeça e respondeu “Olhe, se for prá discutir nessa visão, eu desisto, o Mota pensa que só ele sabe de tudo”. Calma pessoal... Não vamos censurar o Mota, pois esse evangelho realmente nos faz a olhar questão da fome, e se não tocarmos nesse ponto, estaremos sendo omissos - comentei, tentando apaziguar os ânimos dos debatedores que começaram bastante exaltados.
Em uma visão bem simples, parece que o evangelho ensina que Jesus estando por perto, ninguém vai passar fome. “Ué, mas não é isso? Tinha só cinco pães e dois peixes, não ia dar nem pro cheiro, daí Jesus deu a bênção e mandou servir, todos comeram a vontade e ainda sobrou...” – exclamou Maneco, ao que Dona Maria, a doméstica, aparteou “Gente, isso me lembra dum ditado popular, o pouco com Deus é muito, mas o muito sem Deus é nada”.
“Vocês ficam brabos quando eu falo em CEBs, mas é um trabalho onde se valoriza muito a partilha e a comunhão de vida, exatamente como Jesus ensinou.” – retrucou Mota com mais calma, sem intenção de disparar farpas.
“Eu sei Mota, todos aqui sabem disso, mas é que você fala como se a CEBs representasse a salvação do mundo, e isso não é verdade” respondeu Roseli, nossa catequista, que continuou “A CEBs é uma eclesiologia, uma maneira de ver as coisas, mas não é a única, no cristianismo existe uma essência que é o eixo de tudo, perguntemos, por exemplo, qual a missão de Jesus entre nós, será que foi para resolver o problema da fome que ele veio? E se foi, por que não resolveu?”.
Roseli é muito inteligente e sabe como provocar o grupo, um rei que tivesse o poder de multiplicar os alimentos e saciar a fome de uma multidão, estava de bom tamanho para aquele povo, aliás, no final do evangelho é exatamente isso que quiseram fazer, mas Jesus “pulou fora”. A Salvação que ele oferece não se restringe a deixar o homem com a “barriga cheia”, saciado da fome material. É muito mais que isso!
“Mas a vida plena que ele veio nos dar, como diz em João, supõe o homem em sua totalidade, inclusive com suas necessidades vitais onde a fome é uma delas” - argumentou Mota. “Está certo, mas temos outras necessidades que não se encontram por aí em supermercados, como os alimentos.”. - retrucou Roseli.
“Esse João é um danado, escreveu uma coisa, mas no fundo está querendo dizer outra” – comentou o Maneco em sua simplicidade, acertando na “mosca”. Os milagres narrados por João são “iscas” para nos convencer de algo que está por trás de cada um deles.
O homem sempre terá necessidade de algo que lhe é essencial, e que somente Jesus de Nazaré poderá lhe oferecer. Todos os problemas humanos, consequentes do pecado, poderão de fato ser resolvidos, se o homem se dispuser a receber a Salvação que Jesus oferece, então é exatamente nesse sentido que está o ensinamento da multiplicação dos pães e peixes, Jesus apresenta o problema, Filipe alega que não têm recursos para resolvê-lo, o irmão de Simão Pedro diz que há um recurso, mas que ele é insuficiente em relação as necessidades da multidão. Na vida em comunidade acabamos sendo influenciados pela sociedade consumista que se move a partir do valor econômico, onde sempre é preciso ter “muito” para poder ser feliz, se esse conceito fosse verdadeiro, apenas uma minoria da população, considerada rica, seria feliz, mas sabemos que ao contrário, há pessoas pobres, muito felizes com a v ida que têm, enquanto por outro lado, há ricos infelizes, que às vezes recorrem até ao suicídio, insatisfeitos com o que são e têm. Isso mostra o quanto tal premissa é enganosa e falsa.
O acúmulo de bens financeiros e patrimoniais nas mãos de poucos, é no fundo uma tremenda ilusão, primeiro porque alimentam a mentira de que, com o dinheiro e a riqueza a gente tem tudo, e em segundo, porque da noite para o dia toda essa fortuna pode ir água abaixo se mal administrada, basta ver os grandes impérios econômicos que ruíram, e no demais, no final da vida, o rico irá descobrir que a morte o espera, para separá-lo eternamente de todos os seus bens, daí toda a sua riqueza de nada valerá.
Já os que são saciados pelo amor de Deus, manifestado na salvação que Jesus traz, podem esperar muito mais, os doze cestos que sobraram prenunciam a vida plena do novo povo de Deus, que se tornará perene -no exato momento em que, ao término da existência terrena, tudo parece ser um trágico fim. Sou então obrigado a concordar com a Dona Maria, que nos dizia lá no início da reflexão “O pouco com Deus é muito, e ainda sobra para a vida nova que Jesus nos deu, mas o “muito” que esta vida nos oferece, é nada, se a humanidade teimar em menosprezar a Salvação, da qual somente Jesus, o Filho de Deus, é portador. (17º. Domingo do Tempo Comum)
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail cruzsm@uol.com.br
2. Novo mandamento de Jesus, a partilha
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)
VIDE ACIMA
Oração
Pai, que a Páscoa de Jesus renove em mim a consciência de pertencer a teu povo, cuja existência deve se pautar pela caridade e pela partilha solidária.
3. O SINAL DA PARTILHA
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
O Evangelho de João apresenta sete sinais de Jesus, que correspondem aos milagres nos sinóticos. Esta cena da partilha dos pães é o quarto sinal. Os três Evangelhos sinóticos, Marcos, Mateus e Lucas, também narram esta partilha dos pães. Nestes sinóticos, diante da grande multidão Jesus ensina e cura. Contudo, João se refere apenas à partilha dos pães e peixes, fazendo predominar na narrativa o seu caráter de sinal.
O evangelista João, ao mencionar a Páscoa como "a festa dos judeus", coloca-se a si próprio, bem como a Jesus, fora desta celebração tradicional de Israel. Assim também, no Evangelho de João, a última ceia de Jesus, em Jerusalém, não é realizada no dia da Páscoa, mas na sua véspera. Na Páscoa celebrava-se a morte dos egípcios e a saída do povo de Israel do Egito, para a invasão e o extermínio dos povos de Canaã. Contudo, Jesus revela o Deus da vida e do amor. Sempre no meio da multidão, ele comunica a vida.
João, em seu Evangelho, não menciona a partilha dos pães por Jesus na última ceia. Este gesto de partilha se realiza neste momento de encontro com a grande multidão e tem um caráter universalista, pois aí estavam presentes gentios da Galiléia e de territórios vizinhos. Os evangelistas narram este episódio baseados na tradição das primeiras comunidades, a qual se inspirava na narrativa da partilha do pão feita pelo profeta Eliseu. Esta narrativa sobre Eliseu nos é apresentada hoje na primeira leitura. A solução do problema da fome e das carências humanas não está na economia de mercado, no vender e no comprar em vista do lucro.
É pela partilha dos bens deste mundo, do pão, da terra, da cultura, que se pode satisfazer a todos e ainda há de sobrar em abundância.
É pela partilha que se chega à unidade desejada por Deus, superando-se a divisão entre ricos e pobres e formando-se um só corpo e um só Espírito, no vínculo da paz (segunda leitura).
29.07.2012
17º Domingo do Tempo Comum — ANO B
(VERDE, GLÓRIA, CREIO – I SEMANA DO SALTÉRIO)
__ "Eucaristia: dom da inefável caridade de Deus" __
17º Domingo do Tempo Comum — ANO B
(VERDE, GLÓRIA, CREIO – I SEMANA DO SALTÉRIO)
__ "Eucaristia: dom da inefável caridade de Deus" __
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29 de julho:
17º DOMINGO COMUM
ALIMENTAR OS FAMINTOS
O problema da fome no mundo – em que pese o avançado estágio atual da
técnica – continua a ceifar muitas vidas e constitui um desafio para as
autoridades, as instituições e a sociedade toda. A Igreja não deve se isentar
dessa preocupação. Jesus envolve os discípulos na solução do problema: “Fazei
sentar as pessoas”. Os quatro evangelhos narram seis multiplicações de pães, o
que mostra a importância que a Igreja primitiva dava ao assunto. A Igreja
encontra a sua verdadeira identidade à medida que as necessidades dos outros se
tornam assunto dela.
Alimentar os famintos é uma das “obras de caridade” – certamente uma das mais
nobres. Dar comida a quem tem fome não deve ser visto apenas como gesto de
assistencialismo. Quem tem fome não pode esperar. Tal ação deve representar
também e principalmente uma preocupação com políticas públicas em favor dos
famintos e empobrecidos, voltadas à distribuição de renda, à criação de
emprego…
A desproporção constatada por André – cinco pães para cinco mil homens – é a
imagem mais provocadora de uma Igreja pobre e modesta, composta de gente que
“não conta”. A desproporção se anula quando o pouco é distribuído, partilhado.
Preocupar-se com os famintos não é pedir a Jesus que transforme as pedras em
pães. Significa, antes, aceitar que ele transforme nosso coração de pedra em
coração de carne, capaz de saciar as pessoas com nosso serviço e nossa solidariedade,
superando a cultura do individualismo.
A questão do pão material está intimamente ligada à eucaristia. Não nos é
permitido celebrá-la com a consciência tranquila enquanto houver alguém
passando fome. Quando comungamos o pão eucarístico, devemos estar dispostos a
partilhar também o pão material com os irmãos e irmãs necessitados. Quem não se
dispõe a isso, como pode se aproximar de Cristo partilhado em alimento? Dividir
o pão eucarístico é tarefa da Igreja tanto quanto a solidariedade e a partilha
com os que sofrem a fome de pão material, síntese de todas as necessidades
básicas da pessoa.
Pe. Nilo Luza, ssp
Compaixão para servir os pobres e necessitados
Postado por: homilia
julho 29th, 2012
Jesus sabe que o caminho dos homens é longo e que eles são fracos. Podem desfalecer enquanto caminham pelo mundo afora. É o que vemos no Evangelho de hoje: Jesus tem compaixão daquele povo que já estava cansado e com fome. Assim, compadecido em despedi-los neste estado, realiza o portentoso milagre da multiplicação dos pães.
A multidão seguia Jesus, “porque via os sinais que Ele operava a favor dos doentes”. No entanto, o Senhor tinha para com eles um zelo e um olhar de quem via todas as suas necessidades. Assim foi que, logo ao enxergar a multidão que vinha ao Seu encontro, Cristo lembrou-se de que eles deveriam estar com fome e precisavam se alimentar. Jesus aproveitava todas as oportunidades para instruir os Seus discípulos e para dar testemunho da bondade do Pai. Por isso, Ele os punha à prova a fim de medir a generosidade daqueles que caminhavam com Ele.
O Senhor sabia que a multidão faminta não poderia aprender os mistérios do Pai e, ao mesmo tempo, exercitava os Seus discípulos a não se omitirem diante dos desafios e a se colocarem sob a Providência Divina: “Onde vamos comprar pão para que eles possam comer?”
Assim foi que – questionados sobre o que teriam de fazer – apareceu André que lhe deu a notícia de alguém que tinha cinco pães e dois peixes. São lições que, hoje, servem para a nossa vida: Como alimentar tanta gente tendo tão pouco? O que fazer? O que pensar? Desistir, resmungar, murmurar?
“Fazei sentar as pessoas”, diz Jesus. O que isto pode significar para nós? Quando nos sentamos em família e em comunidade, colocamos o pouco que temos nas mãos de Deus e juntamos os nossos poucos dons e os oferecemos ao Senhor, o milagre acontece. Cada um de nós tem seu papel no diálogo, na compreensão, na serenidade, na partilha do amor. Quando nos colocamos nas mãos do Pai e nos dispomos a partilhar o que temos, com amor, Ele multiplicará Suas graças de provisão e nunca nos faltará nada.
Você tem vivido isso na sua família? Já percebeu, na sua casa, o que cada um tem para oferecer? Costuma sentar-se para fazer uma avaliação das suas possibilidades colocadas nas mãos de Deus? E o que é feito do milagre? Ele já aconteceu? Todo milagre é possível, porque Jesus se despiu de Sua glória, tornou-se ser humano e habitou entre nós.
Vemos, neste texto, que Jesus estava sempre próximo da multidão, dando-lhes acesso por meio de Sua convivência na sociedade. Jesus vivia no meio do povo: religiosos e pecadores, fariseus, sacerdotes, prostitutas, romanos, samaritanos, judeus, fenícios, ricos, pobres, fazendeiros, agiotas, lavradores, coletores de impostos, militares, pescadores, revolucionários, leprosos, cegos, aleijados, loucos, possessos, homens e mulheres.
Jesus encontrava as pessoas onde elas estavam: seja um cego à beira da estrada, uma mulher no poço, um agiota desiludido caminhando. Ele sempre aceitava o convite para passear, jantar, ir à casa dos outros, conhecer uns amigos, visitar doentes, ler a Bíblia, beber um copo de vinho numa festa etc. Assim, você deve, hoje, “sair do templo” e conviver com as pessoas. Vá ao encontro delas, porque você precisa ser o milagre entres os povos.
Este era o contexto, anterior ao milagre da multiplicação de pães e peixes, ao qual Jesus estava inserido: a) O dia havia sido exaustivo; b) Jesus recebe a notícia do assassinato de João Batista; c) Ele sabe que Herodes perguntava por Ele. O Senhor respirava ameaças de morte. d) Ele recebe Seus discípulos contando tudo que tinham feito e ensinado, após serem enviados dois a dois. e) Jesus não teve tempo de almoçar nem de descansar. f) Mas, diante da multidão necessitada, reviu Sua agenda. Ele permitiu que a necessidade do povo carente se impusesse à d’Ele.
A compaixão venceu o luto, a ameaça de morte, o cansaço e a fome. A compaixão é o instrumento de Deus para nos fortalecer, para servir os pobres e os necessitados. Fuja do ativismo religioso que prioriza templo, coisas, programações. Priorize sempre as pessoas.
“Quem não serve para servir, não serve para viver”. Pregue o Evangelho para todo mundo. Para falar de amor, eu tenho de aprender a repartir o pão, chorar com os que choram e me alegrar com os que se alegram.
Lembro-lhe que o serviço acontece como uma ponte que liga a Palavra do Evangelho anunciada e a necessidade humana. E nós, discípulos de Cristo, somos os construtores dessa ponte para transformar vidas e salvar almas.
Padre Bantu Mendonça
Leitura Orante
Jo 6,1-15 - O pão foi multiplicado e todos comeram
Preparo-me para este momento mais importante do meu dia, invocando o Espírito Santo para mim e para todos e todas que fazem esta mesma oração, aqui na rede da internet.
Vinde, Espírito Santo, e dai-nos o dom da sabedoria, para que possamos avaliar todas
as coisas à luz do Evangelho e ler nos acontecimento da vida os projetos de amor do Pai.
Dai-nos o dom do entendimento, uma compreensão mais profunda da verdade,
a fim de anunciar a salvação com maior firmeza e convicção.
Dai-nos o dom do conselho, que ilumina a nossa vida e
orienta a nossa ação segundo vossa Divina Providência.
Dai-nos o dom da fortaleza. sustentai-nos, no meio de tantas dificuldades, com vossa coragem,
para que possamos anunciar o Evangelho.
Dai-nos o dom da Ciência, para distinguir o único necessário das coisas meramente importantes.
Dai-nos o dom da piedade, para reanimar sempre mais nossa íntima comunhão convosco.
E, finalmente, dai-nos o dom do vosso santo temor, para que, conscientes de nossas fragilidades,
reconheçamos a força de vossa graça.
Vinde, Espírito Santo, e dai-nos um novo coração. Amém.
1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto?
Vinde, Espírito Santo, e dai-nos o dom da sabedoria, para que possamos avaliar todas
as coisas à luz do Evangelho e ler nos acontecimento da vida os projetos de amor do Pai.
Dai-nos o dom do entendimento, uma compreensão mais profunda da verdade,
a fim de anunciar a salvação com maior firmeza e convicção.
Dai-nos o dom do conselho, que ilumina a nossa vida e
orienta a nossa ação segundo vossa Divina Providência.
Dai-nos o dom da fortaleza. sustentai-nos, no meio de tantas dificuldades, com vossa coragem,
para que possamos anunciar o Evangelho.
Dai-nos o dom da Ciência, para distinguir o único necessário das coisas meramente importantes.
Dai-nos o dom da piedade, para reanimar sempre mais nossa íntima comunhão convosco.
E, finalmente, dai-nos o dom do vosso santo temor, para que, conscientes de nossas fragilidades,
reconheçamos a força de vossa graça.
Vinde, Espírito Santo, e dai-nos um novo coração. Amém.
1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto?
Faço a leitura lenta e atenta do texto da Palavra do dia na minha Bíblia:
Jo 6,1-15
Jesus ficou sabendo que queriam levá-lo à força para o fazerem rei; então voltou sozinho para o monte.
A reflexão e os cálculos dos apóstolos são muito racionais e funcionalistas.
Jesus faz o milagre, a partir de um menino que coloca em comum tudo o que tem - cinco pães e dois peixes. Com certeza, o gesto de desprendimento do menino, que nada segurou para si, permitiu a realização do milagre! O pão foi multiplicado, todos comeram e ainda sobrou! É a lógica da gratuidade, do amor, do olhar mais para o outro do que para si mesmo, o olhar da fé.
2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Jesus ficou sabendo que queriam levá-lo à força para o fazerem rei; então voltou sozinho para o monte.
A reflexão e os cálculos dos apóstolos são muito racionais e funcionalistas.
Jesus faz o milagre, a partir de um menino que coloca em comum tudo o que tem - cinco pães e dois peixes. Com certeza, o gesto de desprendimento do menino, que nada segurou para si, permitiu a realização do milagre! O pão foi multiplicado, todos comeram e ainda sobrou! É a lógica da gratuidade, do amor, do olhar mais para o outro do que para si mesmo, o olhar da fé.
2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Seguro alguma coisa que não quero partilhar, dividir?
Minha lógica e do acúmulo, da centralização, do cada um por si ou e a lógica de Jesus, da partilha, da mão que se abre?
É a atitude da fé?
Os bispos, em Aparecida, disseram:
"Diante da exclusão, Jesus defende os direitos dos fracos e a vida digna de todo ser humano. De seu Mestre, o discípulo tem aprendido a lutar contra toda forma de desprezo da vida e de exploração da pessoa humana. Só o Senhor é autor e dono da vida. O ser humano, sua imagem vivente, é sempre sagrado, desde a sua concepção até a sua morte natural; em todas as circunstâncias e condições de sua vida. Diante das estruturas de morte, Jesus faz presente a vida plena. "Eu vim para dar vida aos homens e para que a tenham em abundância" (Jo 10,10). Por isso, cura os enfermos, expulsa os demônios e compromete os discípulos na promoção da dignidade humana e de relacionamentos sociais fundados na justiça."
(DAp 112).
3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Meu coração já está em sintonia com o coração de Jesus.
Vivo este momento em silêncio. Depois, concluo com a canção
(que pode ser rezada):
TEM GOSTO DE DEUS
Pe. Zezinho, scj
Pe. Zezinho, scj
Tem gosto de Deus
O pão que a gente parte e reparte
Tem gosto de céu
O pão que se ganhou com suor
Tem gosto de paz
O pão que o povo não desperdiçou
Tiveste pena do povo
Mandaste dar de comer
Alguém falou que era pouco
Tu nem quiseste saber
Mandaste o povo sentar
Mandaste alguém começar
Alguém te obedeceu
Foi milagre, foi milagre, o milagre aconteceu!
Tem gosto de amor
P pão que a gente come lá em casa
Tem gosto de fé
O pão que a gente come no altar
Tem gosto de luz
O pão e o vinho que dão Jesus!
Tem gosto de dor
O pão que vale mais que o salário
Tem gosto de mel
O pão que o meu trabalho ganhou
Tem gosto de fel
O grão de trigo que o país perdeu!
(CD Quando a gente encontra Deus, Paulinas COMEP)
4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
O pão que a gente parte e reparte
Tem gosto de céu
O pão que se ganhou com suor
Tem gosto de paz
O pão que o povo não desperdiçou
Tiveste pena do povo
Mandaste dar de comer
Alguém falou que era pouco
Tu nem quiseste saber
Mandaste o povo sentar
Mandaste alguém começar
Alguém te obedeceu
Foi milagre, foi milagre, o milagre aconteceu!
Tem gosto de amor
P pão que a gente come lá em casa
Tem gosto de fé
O pão que a gente come no altar
Tem gosto de luz
O pão e o vinho que dão Jesus!
Tem gosto de dor
O pão que vale mais que o salário
Tem gosto de mel
O pão que o meu trabalho ganhou
Tem gosto de fel
O grão de trigo que o país perdeu!
(CD Quando a gente encontra Deus, Paulinas COMEP)
4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar é de fé, para os outros, para as pessoas que encontrar no dia de hoje. Minhas mãos vão estar abertas como as do menino do Evangelho.
Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde.
Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós.
Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz.
Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso,
- Abençoe-nos Deus misericordioso,
Pai e Filho e Espírito Santo.
Amém.
Irmã Patrícia Silva, fsp
Irmã Patrícia Silva, fsp
Oração Final
Pai Santo, nós damos graças pelos alimentos que
nos dás tão generosamente e pedimos que o teu Espírito nos ensine o desapego e
a coragem para partilhá-los fraternalmente com os companheiros de jornada neste
mundo. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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