ANO C
Lc 24,35-48
Comentário do Evangelho
O Crucificado é o Ressuscitado
O evangelho de hoje é a sequência do relato dos discípulos de Emaús. A comunicação espiritual da experiência do Ressuscitado é ocasião em que o próprio Senhor se faz presente (cf. v. 36). Mas sua presença não é evidente a todos e nas mesmas circunstâncias (cf. v. 37). A presença do Ressuscitado não é desvario ou ilusão; ela é real. A experiência que faz sentir uma alegria que perdura para além de um momento aprazível é o modo de conhecer que o Senhor está presente. Nosso texto de hoje afirma uma identidade diferenciada: o Crucificado é o Ressuscitado. Essa é a mensagem contida no convite a olhar as mãos e os pés que trazem a marca da crucifixão. Embora o seu corpo traga as marcas de sua paixão, trata-se de um corpo glorioso para o qual não há lugar onde não possa estar. É um modo de presença que ultrapassa os limites do visível e do imediatamente perceptível. Exige fé. A vida, paixão morte e ressurreição de Jesus Cristo são indissociáveis. A presença do Ressuscitado aguça a memória, convida a reler a história e oferece a hermenêutica que possibilita compreender, na sua finalidade, as Escrituras.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Senhor Jesus, que tua paz aconteça na minha vida e na vida das comunidades cristãs, para sermos, assim, testemunhas da tua Ressurreição.
Fonte: Paulinas em 24/04/2014
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
A paz esteja convosco!
Nesta semana da Oitava da Páscoa ouvimos o testemunho dos Onze e de seus companheiros. Eles o viram, tocaram nele, deram-lhe um peixe assado para comer e ouviram dele uma explicação das Escrituras. No início se assustaram e depois ficaram muito alegres. Jesus mesmo lhes diz que eles são as testemunhas de tudo o que estava acontecendo. O seu testemunho chega até nós hoje. Esta passagem de Lucas será lida novamente no terceiro domingo da Páscoa.
Cônego Celso Pedro da Silva,
Fontes: Catequisar e Comece o Dia Feliz em 04/04/2024
Vivendo a Palavra
O espírito perturbado e o coração cheio de dúvidas... A ressurreição de Jesus não está ao alcance do nosso entendimento, mas cabe inteirinha dentro da nossa fé. Entreguemo-nos ao Pai e Ele nos dará o encantamento que precisamos viver diante do seu Dom Maior – o Cristo Jesus que, ressuscitado dos mortos, nos conduz já nesta terra pelos caminhos do Reino do Céu.
Fonte: Arquidiocese BH em 24/04/2014
VIVENDO A PALAVRA
A melhor resposta que podemos dar ao Senhor que se oferece sempre para o encontro conosco é retomarmos o caminho de volta para a nossa comunidade, como fizeram os discípulos de Emaús. Unidos aos irmãos, aguardaremos a volta do Cristo Jesus, trazendo a Paz prometida aos homens de Boa Vontade.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/04/2018
VIVENDO A PALAVRA
É muito bom e necessário que vivamos intensamente a Paixão e a Morte de Jesus de Nazaré. Mas é imprescindível que nos conscientizemos que Ele ressuscitou e continua vivo, conforme prometeu, em nós e no nosso meio. Proclamemos que o Reino do Céu já chegou e, ainda que não em sua plenitude, ele está dentro de nós!
Fonte: Arquidiocese BH em 25/04/2019
VIVENDO A PALAVRA
O espírito perturbado e o coração cheio de dúvidas… A ressurreição de Jesus não está ao alcance do nosso entendimento, mas cabe inteirinha dentro da nossa fé. Entreguemo-nos ao Pai e Ele nos dará o encantamento que precisamos viver e irradiar diante do seu Dom Maior – o Cristo Jesus que, ressuscitado dos mortos, nos conduz já nesta terra pelos caminhos do Reino do Céu.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/04/2020
Reflexão
Quando a comunidade está reunida, realiza-se a experiência pascal, a experiência da presença do Ressuscitado. Esta presença é a manifestação do Deus da Paz, o Deus real, o Deus vivo e verdadeiro, do Deus que é solidário com os homens e está sempre participando de suas vidas, mesmos que eles não sejam capazes de perceber isso. Não é a manifestação de um fantasma qualquer. Esta experiência comunitária da presença do Ressuscitado faz com que a comunidade se torne evangelizadora, testemunha de todos os valores pelos quais Jesus morreu e ressuscitou, se torne testemunha de que de fato Jesus é o Filho do Deus vivo, que cumpriu plenamente a vontade do Pai.
Fonte: CNBB em 24/04/2014
Reflexão
Os “Onze e seus companheiros” (Lc 24,33), reunidos, comentam a respeito de uma informação que estremece a todos: Jesus ressuscitou. Eles, porém, continuam desconfiados, críticos, e exigem provas. Ao entrar na sala, após a saudação pascal, Jesus tira da confusão mental seus discípulos, que pensavam estar vendo um fantasma. Jesus lhes diz: “Sou eu”. Com essa expressão, usada repetidas vezes nos evangelhos, ele revela sua identidade. Ele é o Messias. Ele é o Filho de Deus. O Crucificado e sepultado que ressurgiu dos mortos e está vivo no seio da sua comunidade. Jesus conclui na terra sua missão; doravante caberá às comunidades cristãs dar testemunho de Jesus e, em seu nome, anunciar o arrependimento e o perdão dos pecados “a todas as nações”, a partir de Jerusalém.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 05/04/2018
Reflexão
Os discípulos têm dificuldades para crer que o Ressuscitado é o mesmo Jesus que foi crucificado. Para ajudá-los a dar um passo na fé, Jesus mostra os sinais da paixão e morte, deixa-se tocar por eles e come um pedaço de peixe assado. Após desejar-lhes a paz, abre a inteligência deles para compreenderem a missão do Messias, que devia morrer e ressuscitar dos mortos. Os apóstolos e os discípulos de Emaús sentem-se investidos de uma missão: serão as autênticas testemunhas do Ressuscitado. Aqueles que viviam fechados no medo vão percorrer o mundo para anunciar o Evangelho. A ressurreição de Jesus é salvação para todos. Salvação que se realiza mediante “o arrependimento para o perdão dos pecados”.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 25/04/2019
Reflexão
Os “Onze e seus companheiros” (Lc 24,33), reunidos, comentam a respeito de uma informação que estremece a todos: Jesus ressuscitou. Eles, porém, continuam desconfiados, críticos, e exigem provas. Ao entrar na sala, após a saudação pascal, Jesus tira da confusão mental seus discípulos, que pensavam estar vendo um fantasma. Jesus lhes diz: “Sou eu”. Com essa expressão, usada repetidas vezes nos evangelhos, ele revela sua identidade. Ele é o Messias. Ele é o Filho de Deus. O Crucificado e sepultado que ressurgiu dos mortos e está vivo no seio da sua comunidade. Jesus conclui na terra sua missão; doravante caberá às comunidades cristãs dar testemunho de Jesus e, em seu nome, anunciar o arrependimento e o perdão dos pecados “a todas as nações”, a partir de Jerusalém.
Oração
Ó Cristo ressuscitado, aos teus discípulos reunidos cumprimentas com o dom da paz: “Paz para vocês!” Em seguida, exiges deles a fé em tua pessoa. Enfim, tu os convidas a serem tuas testemunhas pelo mundo afora. Queremos te seguir e testemunhar, Senhor, por toda parte e em qualquer circunstância. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 16/04/2020
Reflexão
A paixão e a morte conduziram Jesus à ressurreição. Agora, depois de ter estado em Emaús com dois discípulos, o Ressuscitado aparece no local onde os demais discípulos estão reunidos. Percebemos no texto uma grande mistura de sentimentos, sensações e percepções; afinal, o evento que eles estão testemunhando é novidade absoluta. O que vivem não é algo que seja de fácil compreensão; é preciso que passos sejam dados e que se volte às Escrituras, por exemplo, a fim de que se recolham luzes que clarifiquem essa experiência de encontro com aquele que literalmente venceu a morte e retomou a vida. A experiência vivida pelos discípulos de Jesus é, de algum modo, a nossa experiência diante da ressurreição do Filho de Deus e de muitas realidades que nos desafiam a perceber que a vida tem a última palavra. Somos, como diz o final do texto, testemunhas de um novo tempo, tempo de graça.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)
Fonte: Paulus em 21/04/2022
Reflexão
Os discípulos têm dificuldades para crer que o Ressuscitado é o mesmo Jesus que foi crucificado. Para ajudá-los a dar um passo na fé, Jesus mostra os sinais da paixão e morte, deixa-se tocar por eles e come um pedaço de peixe assado. Após desejar-lhes a paz, abre a inteligência deles para compreenderem a missão do Messias, que devia morrer e ressuscitar dos mortos. Os apóstolos e os discípulos de Emaús sentem-se investidos de uma missão: serão as autênticas testemunhas do Ressuscitado. Aqueles que viviam fechados no medo vão percorrer o mundo para anunciar o Evangelho. A ressurreição de Jesus é salvação para todos. Salvação que se realiza mediante “o arrependimento para o perdão dos pecados”.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)
Fonte: Paulus em 13/04/2023
Reflexão
Os “Onze e seus companheiros” (Lc 24,33), reunidos, comentam a respeito de uma informação que estremece a todos: Jesus ressuscitou. Eles, porém, continuam desconfiados, críticos, e exigem provas. Ao entrar na sala, após a saudação pascal, Jesus tira da confusão mental seus discípulos, que pensavam estar vendo um fantasma. Jesus lhes diz: “Sou eu”. Com essa expressão, usada repetidas vezes nos Evangelhos, ele revela sua identidade. Ele é o Messias. Ele é o Filho de Deus. O Crucificado e sepultado que ressurgiu dos mortos e está vivo no seio da sua comunidade. Jesus conclui na terra sua missão; doravante, caberá às comunidades cristãs dar testemunho de Jesus e, em seu nome, anunciar o arrependimento e o perdão dos pecados “a todas as nações”, a partir de Jerusalém.
(Dia a dia com o Evangelho 2024)
Fonte: Paulus em 04/04/2024
Reflexão
«A paz esteja convosco»
Rev. D. Joan Carles MONTSERRAT i Pulido
(Cerdanyola del Vallès, Barcelona, Espanha)
Hoje, Cristo ressuscitado saúda os discípulos, novamente, com o desejo da paz: «A paz esteja convosco» (Lc 24,36). Assim afasta os temores e pressentimentos que os Apóstolos acumularam durante os dias de paixão e de solidão.
Ele não é um fantasma, é totalmente real, mas, às vezes, o medo na nossa vida vai tomando corpo como se fosse a única realidade. Em ocasiões é a falta de fé e de vida interior o que vai mudando as coisas: o medo passa a ser a realidade e Cristo vai-se desbotando da nossa vida. Por outro lado, a presença de Cristo na vida do cristão afasta as dúvidas, ilumina a nossa existência, especialmente os recantos que nenhuma explicação humana pode esclarecer. São Gregório de Nazianzo exorta-nos: «Deveríamos envergonharmo-nos ao prescindir da saudação da paz, que o Senhor nos deixou quando ia sair do mundo. A paz é um nome e uma coisa saborosa, que sabemos provem de Deus, segundo diz o Apóstolo aos filipenses: “A paz de Deus”; e que é de Deus o mostra também quando diz aos efésios: “Ele é a nossa paz”».
A ressurreição de Cristo é o que dá sentido a todas as vicissitudes e sentimentos, o que nos ajuda a recuperar a calma e a serenarmos nas trevas da nossa vida. As outras pequenas luzes que encontramos na vida só têm sentido nesta Luz.
«Era necessário que se cumprisse tudo o que está escrito sobre mim na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos». Então «ele abriu a inteligência dos discípulos para entenderem as Escrituras» (Lc 24, 44-45), como já o havia feito com os discípulos de Emaús. Também quer o Senhor abrir-nos a nós o sentido das Escrituras para a nossa vida; deseja transformar o nosso pobre coração num coração que seja também ardente, como o seu: com a explicação da Escritura e a fração do Pão, a Eucaristia. Por outras palavras: a tarefa do cristão é ir vendo como a sua história Ele a quer converter em história de salvação.
Pensamentos para o Evangelho de hoje
- «Oh amor exuberante para os homens! Cristo foi quem recebeu os cravos nas suas mãos e pés imaculados, sofrendo grandes dores, e a mim, sem sentir nenhuma dor ou angústia, me foi dada a salvação pela comunhão com as suas dores» (São Cirilo de Jerusalém)
- «O conteúdo do testemunho cristão não é uma teoria, mas uma mensagem de salvação, um acontecimento concreto, aliás, uma Pessoa: é o Cristo ressuscitado, vivo e único Salvador de todos» (Francisco)
- «A morte redentora de Jesus deu cumprimento sobretudo à profecia do Servo sofredor. O próprio Jesus apresentou o sentido da sua vida e da sua morte à luz do Servo sofredor. Após a sua ressurreição, deu esta interpretação das Escrituras aos discípulos de Emaús e depois aos próprios Apóstolos» (Catecismo da Igreja Católica, nº 601)
Fonte: Evangeli - Evangelho - Feria em 13/04/2023 e 04/04/2024
Reflexão
A Tradição
Rev. D. Antoni CAROL i Hostench
(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)
Hoje estamos —de novo— no cenáculo, onde Jesus havia instituído a Eucaristia durante a Páscoa. Ali mesmo —escondidos por medo aos judeus— reuniam-se os Apóstolos e lhes apareceu Jesus Cristo ressuscitado. Deseja-lhes a paz, mostra-lhes o seu Corpo e lembra-lhes que as Escrituras antecipam profeticamente aqueles fatos. E, o mais importante: faz que sejam testemunhos destes acontecimentos.
Depois da Ascensão, os Apóstolos anunciaram o que haviam visto de primeira mão. Eles entregaram às seguintes gerações este testemunho. Fizeram-no oralmente, quer dizer de viva voz: isso é a Tradição. Mais tarde estas formas de ensinar foram postas por escrito, formando o Novo Testamento. Tradição e Sagrada escritura formam o caudal de um único “rio” (a Revelação) que durante séculos não parou de fluir e influir no coração de muitos homens.
—Espírito Santo, ilumina-me para conhecer e compreender o tesouro da Revelação, com o que a Igreja me guia e protege a minha consciência.
Fonte: Evangeli - Evangelho Master - Feria em 04/04/2024
Recadinho
Você procura sentir Deus presente em todos os momentos de sua vida? Mesmo em meio às cruzes e angústias? - Jesus é sempre seu companheiro de caminhada? - Jesus traz a paz! Você vive nesta paz de Deus? - Você se considera um portador de paz a seu ambiente de vida? - Sua presença é sempre alegria?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 24/04/2014
Meditação
“Vós sereis testemunhas de tudo isso.” Os discípulos não tiveram simples visões, mas “aparições” em que Jesus ressuscitado inseria-se na vida real, fazendo-os perceber que a ressurreição não era simples ideia, mas uma realidade concreta. Mesmo assim, precisavam da graça de Jesus em seu coração, para entender o sentido do que estavam vivendo. Só assim podiam tornar-se testemunhas de Jesus diante de todos.
Oração
Ó Deus, que reunistes povos tão diversos no louvor do vosso nome, concedei aos que renasceram nas águas do batismo ter no coração a mesma fé e na vida a mesma caridade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: a12 - Reze no Santuário - Deus Conosco em 13/04/2023
Meditação
Espanto, medo, incerteza... Os discípulos precisavam de ajuda para entender e assimilar o que acontecera na sua vida e na vida de Jesus. Só ele, o Mestre, podia ajudá-los. Deve ter falado muito tempo com eles, mas o mais importante é que lhes abriu o coração para que pudessem entender. E tudo começou a ter sentido, desde os primeiros encontros até os últimos acontecimentos terríveis. A fé autêntica não volta atrás, mesmo nas dificuldades e incertezas.
Oração
Ó DEUS, que reunistes povos tão diversos na proclamação do vosso nome, concedei aos renascidos na fonte do Batismo ser concordes na fé e justos nas ações. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
Fonte: a12 - Reze no Santuário - Deus Conosco em 04/04/2024
Comentário sobre o Evangelho
Jesus ressuscitado aparece aos apóstolos: «A paz esteja convosco»
Hoje estamos celebrando ainda a ressurreição de Jesus. Agora vemos que Ele se apresenta aos Apóstolos que estavam ainda com medo e escondidos em uma casa. O Senhor os saúda desejando-lhes a paz. Pede-lhes que creiam Nele: —Olhai, tenho carne e ossos, não sou um fantasma! Inclusive come diante deles. Despois lhes dirige umas palavras para instruir suas inteligências e dar-lhes coragem.
—Medo? Por quê? Deus vive, Deus nos vê, Deus nos fala, Deus nos acompanha… Fale com ele!
Fonte: Family Evangeli - Feria em 04/04/2024
Meditando o evangelho
RECONHECIDO AO PARTIR O PÃO
A vida em comunidade foi de suma importância no processo de consolidação da fé dos primeiros cristãos. Superada a tentação de dispersar-se, reconheceram ser fundamental manter-se unidos, fiéis às instruções recebidas do Mestre.
A celebração eucarística – conhecida como fração do pão – era um momento privilegiado de partilha da fé. A leitura das Escrituras, reinterpretadas à luz do mistério pascal, a recordação da vida de Jesus e a percepção dos sinais de sua presença no meio dos discípulos serviam de suporte para a fé dos discípulos, em fase de afirmação.
Afinal, a ressurreição deixara-os perturbados, cheios de interrogações. Eles confundiam o Ressuscitado com uma espécie de espírito errante, a vagar pela Terra. Alguns recusavam-se a compreender que o Ressuscitado era o mesmo Jesus que havia sido crucificado. Outros já não se recordavam que o Mestre os prevenira a respeito de seu destino de sofrimento, morte e ressurreição, como também nem se lembravam da missão que lhes havia sido confiada, qual seja, a de pregar a penitência para a remissão dos pecados a todas as nações, a começar por Jerusalém.
Somente os que permaneciam unidos aos demais conseguiam entender tudo o quanto se referia a Jesus. O individualismo e a fuga eram os piores inimigos da fé. A descoberta do Ressuscitado devia ser feita em comunidade.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, faze-me a compreender a importância da comunidade na dinâmica da consolidação de minha fé no Senhor ressuscitado.
Fonte: Dom Total em 25/04/2019
Meditando o evangelho
A PAZ ESTEJA CONVOSCO
Os encontros do Ressuscitado com os discípulos começavam, muitas vezes, com o augúrio de paz. O desejo de que houvesse paz entre eles não era pura formalidade. Antes, a saudação de Jesus adquiria uma consistência especial.
Para os discípulos, perturbados com a ressurreição, essa paz consistia em estabelecer um relacionamento correto com o Ressuscitado. Tratava-se de superar o medo, a perplexidade, o espanto, a perturbação, a dúvida, a incredulidade, a desconfiança, e acolher, na fé, o Ressuscitado presente no meio deles. Todos estes sentimentos revelam ausência de paz. Eis por que Jesus é apresentado como quem se esforça por fazer a paz acontecer no coração dos discípulos, em forma de abertura para a fé, de capacidade para reconhecê-lo como o Mestre de outrora, de iluminação da inteligência para penetrar o sentido das Escrituras, de superação da dureza de coração.
Portanto, sem a paz, no sentido querido por Jesus, eles não poderiam abrir-se para a novidade da ressurreição. Só na paz, os discípulos estariam em condições de reconhecer Jesus ressuscitado, e experimentar a comunhão com ele. Este era o primeiro passo a ser dado pelo discípulo no processo de concretizar sua fé no Senhor.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de paz, coloca, em meu coração, as disposições adequadas para que eu viva a comunhão com o Ressuscitado.
Fonte: Dom Total em 24/04/2014, 05/04/2018, 16/04/2020 e 21/04/2022
Oração
Ó Deus, que reunistes povos tão diversos no louvor do vosso nome, concedei aos que renasceram nas águas do batismo ter no coração a mesma fé e na vida a mesma caridade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 24/04/2014
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. Jesus lhes disse: A paz esteja convosco!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
Nesta semana da Oitava da Páscoa ouvimos o testemunho dos Onze e de seus companheiros. Eles o viram, tocaram nele, deram-lhe um peixe assado para comer e ouviram dele uma explicação das Escrituras. No início se assustaram e depois ficaram muito alegres. Jesus mesmo lhes diz que eles são as testemunhas de tudo o que estava acontecendo. O seu testemunho chega até nós hoje. Esta passagem de Lucas será lida novamente no terceiro domingo da Páscoa.
Fonte: NPD Brasil em 05/04/2018
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. VÓS SEREIS MINHAS TESTEMUNHAS!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Certa vez um amigo solicitou minha ajuda para atuar como testemunha a seu favor em um processo trabalhista, antes tive de passar pelo advogado, que sendo um ótimo profissional quis saber em detalhes tudo o que eu iria dizer diante do juiz, caso fosse necessário. Um bom testemunho é feito com firmeza, convicção e clareza de idéia, pois naquele momento a palavra é dele, e o advogado, promotor, juiz, júri, e as partes envolvidas, apenas o ouvem, uma palavra errada ou mal colocada, poderá por a perder todo o processo.
O papel de uma testemunha é convencer quem não presenciou o fato, de que o ocorrido é verdadeiro e não há nenhuma outra interpretação, por isso, se Jesus fosse como um advogado altamente profissional e rigoroso, nem os discípulos e muito menos nós, seríamos constituídos suas testemunhas. No evangelho de hoje, para início de conversa o confundiram com um fantasma, e olhe que já era praticamente a terceira aparição do Senhor, à comunidade. Os dois que iam para Emaús o confundiram com um forasteiro, na comunidade, as duas primeiras reuniões foram com as portas fechadas, por medo dos judeus, e ele já tinha aparecido uma vez, no evangelho de hoje, mesmo ouvindo o depoimento dos discípulos de Emaús, e vendo Jesus aparecer diante deles, ficaram assustados e cheios de medo, Jesus falou com eles, mostrou as mãos e os pés, deixou-se tocar, ainda assim não acreditaram, a ponto do próprio Senhor lhes censurar porque estavam preocupados e tinham dúvidas no coração. Em uma audiência diante de um tribunal, essas testemunhas seriam no mínimo desastrosas, dá até para imaginar o diálogo “Vocês viram Jesus ou não?”. “Não sabemos Meritíssimo, se realmente era ele, parecia um fantasma, a gente o viu e o tocou, ele até comeu um peixe assado, pode ser que seja ele mesmo”. Que “belo testemunho”, não afirma e nem confirma...
No final do evangelho Lucas afirma que Jesus abriu a inteligência dos discípulos, para entenderem as escrituras. O pensamento humano tem uma tampa, um limite aonde chega a lógica humana depois de investigar e estudar muito alguma questão, mas dali para frente, há um mistério que só pode ser compreendido por aquele que crê, ou seja, ler as escrituras apenas com a nossa inteligência, fechada no horizonte humano, não vamos entender coisa alguma, mas se lermos na perspectiva de Jesus de Nazaré, sua vida, sua história, sua morte e ressurreição, iremos compreender o sentido da vida, porque nele encontramos o nosso verdadeiro DNA, a nossa origem e o nosso fim, em Cristo mergulhamos ao encontro daquele que é a Vida em toda sua plenitude, pois nele fomos recriados, mudou-se a referência, herdamos sim, o pecado original de Adão e Eva, mas agora já sabemos a verdade, não há possibilidade da serpente nos enganar, conhecemos aquele que é mais Poderoso e Sábio do que a serpente, conhecemos aquele que esmagou o mal com a sua morte e ressurreição, não há duas alternativas, só uma e apenas uma, para quem desejar a Salvação: Jesus Cristo, o Filho de Deus!
Adão e Eva não sabiam o que iria lhes acontecer, não tinham ainda uma referência. Nós temos! Jesus é alguém da Trindade que se fez homem, que se faz ouvir, que se deixa tocar, que senta conosco em uma mesa e faz uma refeição, coloca todas as cartas na mesa, abre o jogo, nada esconde como o tentador e enganador. Joga as claras, ele é a luz do mundo, o único caminho e a única verdade, ele só não pode decidir por nós, por isso o seu reino e o seu projeto de vida nos são apresentados como uma proposta, cabe a nós usarmos o livre arbítrio para aceita-lo ou recusá-lo.
É esse Jesus Cristo Alfa e ômega, princípio e fim, Senhor absoluto da História e Salvador do Homem, que nos congrega como igreja, que nos lava de nossas culpas e nos redime dos nossos pecados, que faz de nossas comunidades um pedacinho do céu prometido, mais ainda, conhecendo nossas fraquezas e limites, sabendo que temos muitas dúvidas no coração, nos alimenta com a eucaristia, fala em sua santa palavra, abrindo a nossa inteligência com o seu espírito que vem do alto.
Embora não sejamos confiáveis para serem suas testemunhas, ele mesmo nos qualifica, nossas palavras nunca caem no vazio, pois é ele próprio que fala, e tocados pela graça da eucaristia, conseguimos superar os limites na nossa relação com o próximo, e se quisermos, o nosso amor será sem limites como o de Jesus, basta aceitar e querer, isso se chama santidade de vida, que permite o entrelaçamento em nós, do humano e divino, aquele que é santo, aceita participar da nossa vida, mesmo com os seus limites e fragilidades.
Uma vez encarnado em Maria de Nazaré, Jesus se encarna de novo em cada homem, e em cada mulher, que esteja disposto a acolhê-lo, para fazê-lo nascer nos corações de outros homens e mulheres, que ainda não o conhecem, é aí que acontece o testemunho, onde o amor é imprescindível! “Nisso reconhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros”. Qualquer outro testemunho ou revelação, que não trouxer a exigência do amor a Deus e ao próximo, é falso e não será digno sequer de atenção.
2. Tocai em mim e vede!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
Os discípulos viram Jesus ressuscitado, puderam tocar em seu corpo, sentir que era ele mesmo. Viram as chagas nos seus pés e nas suas mãos, podendo constatar que estavam com aquele que tinha sido crucificado. E nos transmitiram por escrito sua primeira experiência. Não contaram uma fábula nem elaboraram uma teoria. Ao contrário, transmitiram, ainda com dúvidas, porque não podiam acreditar, tanta era a sua alegria. Não inventaram a ressurreição. Antes, ficaram surpresos, e não entendiam perfeitamente o que estava acontecendo. Também nós não entendemos, mas cremos e aguardamos confiantes o dia da ressurreição da carne e a entrada na vida eterna. O corpo ressuscitado de Jesus parece ter propriedades que não tinha antes. Surge no meio dos discípulos sem precisar abrir as portas e ao mesmo tempo come com eles. Ou parecia comer, como disse o anjo Rafael a Tobias: “Pareceu-lhes que eu comia, mas foi só aparência”. O que importa é que ele está vivo. Como é a ressurreição, saberemos um dia.
Fonte: NPD Brasil em 25/04/2019
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Duvidar não é pecado...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Duvidar não é pecado, mas faz parte do processo da caminhada de Fé e nos ajuda a nos abrir mais para a Revelação Divina, que o diga os discípulos de Jesus naqueles primeiros tempos da caminhada da comunidade. Não há nenhum momento no relato do evangelho, em que os discípulos estão tranquilos, muito conscientes de tudo o que aconteceu, e sobre a missão que têm pela frente, com toda segurança possível. Nos relatos pós-pascais eles sempre estão com medo, inseguros, espantados, demonstrando incerteza sobre o futuro.
A Comunidade primitiva não era formada por super-homens e super-mulheres, mas por pessoas exatamente iguais aos irmãos e irmãs de nossas comunidades, que faziam a experiência profunda da presença do Senhor, a partir da Fé, mas que nem por isso tornaram-se especiais, seguros de tudo o que faziam... Fé é confiar em Deus e caminhar, como fez Abraão, que não exigiu um relatório pormenorizado do que seria sua conturbada relação com Deus, mas simplesmente aceitou aquilo que veio.
Jesus está ali no meio deles, lhes deseja o Shalon da Paz, mas eles o confundem com um espírito, isso é, com uma visão fantasmagórica. Há aqui algo que precisamos entender, é o processo de continuidade e descontinuidade que ocorre na morte Biológica, continuaremos a ser a pessoa que construímos em nossa Vida em uma continuidade surpreendente, entretanto, será de uma forma e de um jeito diferente, um jeito novo de Ser. Claro que Jesus é diferente de nós, pois nele há a união hipostática das duas naturezas, a humana e a Divina, e nós apenas a humana, entretanto, o processo da morte é o mesmo e a pessoa será revelada naquilo que realmente ela é, a pessoa que somos e o corpo que temos são coisas diferentes pois a matéria chegará a sua finitude.
Os discípulos estão espantados e com medo, essa é uma realidade nova para eles, para mostrar que é igual a eles e que não se trata de um fantasma, Jesus se deixa tocar, e depois pede algo para comer. O evangelho em sua conclusão quer esclarecer as primeiras comunidades e a todos nós, que tudo o que aconteceu com Jesus não foi uma fatalidade e Deus nunca perdeu controle da situação, tanto é que quando tudo parecia perdido com a morte de Jesus, Deus age e reverte o quadro, apagando o "The End" da História da Salvação, que agora vai recomeçar com mais força porque prenuncia que o Mal nunca mais dominará o homem que se tornou novo em Jesus de Nazaré, que restitui-lhe a liberdade e a possibilidade de percorrer novo caminho, rumando para um novo céu e uma nova terra...
2. Jesus apareceu no meio deles e lhes disse: A paz esteja convosco! - Lc 24,35-48
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
Ele vive, ele está vivo, toquem nele! Somos testemunhas de que ele sofreu, morreu e ressuscitou. Hoje ele nos envia a todas as pessoas, para que mudem o rumo de suas vidas, perdoem e sejam perdoadas. Deus dá e perdoa. Deem vocês também para que lhes seja dado. Perdoem para serem perdoados. A medida que usarmos para compreender e perdoar será aplicada a nós para nos perdoar. A medida que aplicarmos para dar, será aplicada a nós no céu para nos recompensar.
Fonte: NPD Brasil em 16/04/2020
HOMILIA
JESUS ESTÁ PRESENTE
Depois de Jesus se ter aparecido a Maria Madalena e ter dado ordens para que os seus discípulos partam para a Galileia e depois do incidente do encontro de Jesus Ressuscitado com os dois discípulo na estrada de Emáus, aparece finalmente ao grupo reunido para lhes decepar as dúvidas e fortalecer-lhes a fé. Pois a comunidade estava vacilando na sua fé – as perseguições estão no horizonte, ou até acontecendo; o primeiro entusiasmo diminuiu, os membros estão cansados da caminhada e perdendo de vista a mensagem vitoriosa da Páscoa. Parece mais forte a morte do que a vida, a opressão do que a libertação, o pecado do que a graça. E, então Jesus aparece e lhes diz: A PAZ ESTEJA CONVOSCO.
Prova-lhes a Sua autêntica Ressurreição e lhes confirma na paz. Ele é a paz em plenitude, a paz da participação na vida eterna do Pai, para todos. E para que suas palavras não fiquem somente no ar, mostra-lhes as mãos, o peito e os pés rasgados. Vede minhas mãos e meus pés; porque eu mesmo sou! Apalpai-me e vede que um espírito carne e ossos não tem, como me vedes tendo. Estas palavras indicam que Jesus se apresentou como um homem normal com a mesmas características que tinha na vida mortal que os discípulos tão bem conheciam. Daí que podemos traduzir livremente por sou o mesmo que vocês conhecem, não é outra pessoa a que estais vendo. E em vista disso, anima-lhes a apalpar seu corpo e a ver mãos e pés que estavam com os sinais das chagas.
Se estas palavras têm algum sentido histórico, ele é o de manifestar que Jesus está vivo, que a morte não o venceu, que a vida do além pode ter momentos em que se parece com a vida anterior como se esta seguisse e aquela fosse uma continuação. Sobre o modo de pensar de alguns teólogos que dizem que a ressurreição é uma forma de vida só espiritual, vemos como Jesus se manifesta em corpo vivo e que não existe sentido em afirmar que só o espírito vive e o corpo como que se destrói e não alcança a nova vida.
Como diz o catecismo é impossível interpretar a ressurreição de Cristo fora da ordem física e não reconhecê-la como um fato histórico. Pois o corpo ressuscitado é o mesmo que foi martirizado e crucificado, ele traz as marcas de sua Paixão. Não constitui uma volta à vida terrestre como foi o caso de Lázaro, visto que seu corpo possui propriedades novas que o situam além do tempo e do espaço. Ele passa de um estado de morte para uma outra realidade. Ele participando da vida divina no estado de sua glória de modo que Paulo pode chamar a Cristo de o Homem Celeste. É por isso que Ele tem o poder de transmitir para você e eu a verdadeira Paz. Assim como ontem, Jesus continua dizendo: A PAZ ESTEJA CONVOSCO!
O convite a tocar e não só ver indica que o corpo presente diante deles tinha aspectos físicos ou que podiam se conformar às leis físicas, à vontade do ressuscitado. As feridas muito mais do que o rosto eram as marcas que determinavam em definitivo a realidade da pessoa na frente deles. Se faltar alguma prova para se certificar de que aquilo era real, comeu uma porção de peixe. Parece que o evangelista queria refutar toda dúvida possível. Mesmo assim existe muitos como Tomé é aqui evocado, não como apóstolo, mas como incrédulo. Por isso, podemos afirmar que existem muitos Tomé que não acreditam porque não têm visto.
Diante do escândalo da cruz que na época era muito maior do que nos dias de hoje, além da sua presença era necessário que Ele provasse ser tudo conforme às Escrituras. Os caminhos de Deus consistem, como afirmava Paulo, em mostrar sua sabedoria e fortaleza no que é loucura e fraqueza para os homens (1 Cor 1, 25). Daí que a maior esperança seja a de ouvir as Palavras e a presença do mestre novamente entre os discípulos, não, mas com um corpo humano, mas sim glorioso embora aparente um Jesus histórico que toque coma e entre dentro de uma experiência íntima com Ele. E diz: A PAZ ESTEJA CONVOSCO!
Fonte: Liturgia da Palavra em 24/04/2014
REFLEXÕES DE HOJE
QUINTA
Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 24/04/2014
HOMILIA DIÁRIA
A Palavra de Deus ilumina o nosso caminhar e a nossa vida!
Não basta conhecer a Palavra, é preciso entendê-la. Nós precisamos de um auxílio do alto para que possamos entender a Palavra de Deus para melhor vivê-La em nossa vida!
”Então Jesus abriu a inteligência dos discípulos para entenderem as Escrituras, e lhes disse: ‘Assim está escrito: o Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia´.” (Lucas 24, 45-46)
Jesus Ressuscitado se manifestou diversas vezes, em diversas ocasiões, aos Seus discípulos para fazê-los se recordarem de tudo aquilo que Ele já havia anunciado a eles antes da Sua Morte, durante o tempo em que caminhou com eles.
Sabem, por mais que escutemos a Palavra de Deus, por mais que Deus fale ao nosso coração, nossa mente, muitas vezes, fica fechada, esquecida. Nós, muitas vezes, somos movidos por um entusiasmo momentâneo; achamos que o que experimentamos em determinado momento foi maravilhoso e o que escutamos na Missa foi muito bom. Mas quem é que se recorda e quem é que grava no coração aquilo que Deus está dizendo para nós?
Nós, muitas vezes, temos uma participação muito passiva e estática na compreensão e na participação daquilo que é o mistério de Deus. Nós escutamos aquilo que Deus fala a nós e nos entusiasmamos, mas depois tudo cai no esquecimento. Por isso, muitas vezes, andamos como esses discípulos do Evangelho: de cabeça baixa, sem entender o que se passa conosco e por que estamos sofrendo tudo isso. Mas se tivéssemos, no depósito do nosso coração, guardado e meditado sobre as palavras que Deus lança ao nosso coração, nós iríamos exorcizar esses demônios, que nos atormentam, deixando o nosso coração triste, desanimado, sem perspectiva de vida, sem esperança, e nunca nos acharíamos os maiores sofredores da Terra. Porque a Palavra de Deus nos dá uma perspectiva nova, ilumina o nosso caminhar e a nossa vida.
Jesus Ressuscitado aparece a Seus discípulos não só para recordá-los dos ensinamentos das Sagradas Escrituras, mas também a fim de abrir a inteligência deles para que possam também entender, compreender e tomar posse da Palavra de Deus.
Permitamos, hoje, que Jesus abra a nossa inteligência; peçamos realmente que o Espírito Santo venha em socorro à nossa fraqueza, para que possamos abrir a nossa mente a fim de entendermos o que Deus quer de nós, o que Ele nos ensina e nos impele a viver, para que tenhamos a luz do alto, para que sejamos testemunhas, em toda a Terra, em todos os lugares em que estamos, da ressurreição gloriosa de Jesus.
Não basta conhecer a Palavra, é preciso entendê-la. Nós precisamos do auxílio do alto para que possamos compreender a Palavra de Deus para melhor vivê-la em nossa vida!
Uma feliz e santa Páscoa para você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 24/04/2014
HOMILIA DIÁRIA
A paz do Ressuscitado está entre nós
Temos a paz do Ressuscitado para enfrentarmos todas as situações atribuladas e difíceis da vida
“Ainda estavam falando, quando o próprio Jesus apareceu no meio deles e lhes disse: ‘A paz esteja convosco!’.” (Lucas 24,36)
O grande dom do Ressuscitado no meio de nós chama-se “paz”. A paz que vem de Deus cura os nossos medos, as nossas inquietações e vence toda a ansiedade do nosso coração. Precisamos da paz que vem de Deus, é por isso que Ele nos dá a paz.
A paz não é apenas uma saudação: “A paz esteja contigo”; a paz é um dom, é aquilo que vem do mais profundo do coração de Deus. Quem está em Deus, vive em paz.
Talvez você possa pensar: “Como vou ter paz em meio a tantas chateações, problemas, dificuldades, tormentos, situações dolorosas, enfermidades, dificuldades?”. Poderíamos enumerar tantas coisas negativas, mas no meio de tantas coisas obscuras da vida, a luz de Deus traz paz para enfrentarmos as adversidades que estão na nossa frente.
A questão é que nos deixamos perturbar, deixamos os problemas falarem mais alto, as situações obscuras tomarem conta dos nossos sentimentos, porém, precisamos da paz de Jesus para enfrentarmos todas as situações da vida.
Só somos derrotados pelas situações emblemáticas da vida, porque nos deparamos diante dessas circunstâncias com agressividade e não com a paz que é necessária para enfrentá-las. Às vezes, somos agressivos, nos agitamos, nos perturbamos, nos desesperamos.
O desespero é perder a esperança, e, quem não tem esperança, não tem paz. A nossa esperança está n’Ele. Uma vez que Jesus é a nossa esperança, Ele acalenta, acalma e silencia o nosso coração. Ele coloca ordem nas coisas que estão bagunçadas dentro de nós para que, movidos pela paz, instruídos e plenos da paz, tenhamos a serenidade para enfrentar as dificuldades e tormentos da nossa vida.
Pode ser que os tormentos da nossa vida até aumentem, alguns até dizem: “Deus está me castigando”. Entretanto, Deus está nos abençoando, pois, temos a paz do Ressuscitado para enfrentarmos todas as situações atribuladas e difíceis da vida.
Que a paz do Ressuscitado esteja em nós para que, semeemos a paz e sejamos cheios da paz que transforma o nosso coração e a nossa vida.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 05/04/2018
HOMILIA DIÁRIA
Por meio da Palavra, encontramos a paz de Jesus
“Então, Jesus abriu a inteligência dos discípulos para entenderem as Escrituras.” (Lucas 24,45)
O Ressuscitado se manifesta aos Seus, que ainda estão assustados, cheios de medo; e quando viram Jesus, pensaram que fosse um fantasma.
As nossas limitações humanas, o nosso próprio coração endurecido não consegue, de uma vez só, captar, compreender e experimentar a dimensão da presença de Deus na nossa vida, da presença de Jesus ressuscitado entre nós. É preciso que a pedagogia de Deus aconteça nos diversos acontecimentos da nossa vida.
Os discípulos de Emaús reconheceram Jesus por dois passos: primeiro, pelo Senhor caminhando com eles, porque, enquanto Jesus caminhava, Ele falava das Escrituras, e o coração deles começava a se abrir. Segundo, quando Jesus partiu o pão, e eles reconheceram que era o Senhor.
Jesus está presente quando partimos o pão. Primeiro, Ele está presente de forma viva e sacramental, quando partimos o pão da Eucaristia, porque é o próprio Corpo e Sangue do Senhor.
Talvez, muitos olhem para a Eucaristia e não consigam distinguir ou reconhecer a presença de Jesus, mas não é por causa d’Ele, mas sim da experiência de fé. Não é a nossa experiência de fé que vai determinar se Jesus está ou não, mas a nossa fé, que precisa O alcançar. Ele está ali, Ele se reparte e se dá a nós, e nós nos alimentamos d’Ele.
Todas as vezes que nos colocamos diante da Palavra e nela encontramos o Ressuscitado, a paz vem ao nosso coração
Os discípulos não compreenderam, mas estavam fazendo a experiência da presença eucarística de Jesus, por isso, o Ressuscitado, Aquele que, na Última Ceia, deu Seu Corpo e Seu Sangue, agora reparte o pão, e eles vão aos poucos reconhecendo que no pão repartido, no pão fracionado o próprio Senhor está presente.
Jesus está presente e vivo no meio de nós quando também partimos o nosso pão, partimos o nosso alimento, quando repartimos o que temos com o outro, porque, em todo gesto de amor e caridade, o Senhor se faz presente.
Quando abrimos o nosso coração para o outro, quando abrimos o nosso coração para que Jesus entre, de fato, Ele se faz presente. O mais importante é deixar que Jesus abra a nossa inteligência para que possamos compreender a Sua Palavra.
Jesus Ressuscitado abre a nossa capacidade de compreensão quando nos colocamos com atenção diante da Sua presença. A maravilha que experimento é que o Ressuscitado que age nas Escrituras, vai curando os nossos medos, vai depurando e curando a nossa ansiedade, porque todas as vezes que nos colocamos diante da Palavra e nela encontramos o Ressuscitado, a paz vem ao nosso coração. Se nos falta a paz, o Ressuscitado é o Senhor da paz e O encontramos no Pão sagrado e repartido, encontramos o Ressuscitado na Palavra celebrada, ruminada e meditada onde Ele vem ao nosso coração.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 25/04/2019
HOMILIA DIÁRIA
O Ressuscitado nos traz o dom da paz
“Ainda estavam falando, quando o próprio Jesus apareceu no meio deles e lhes disse: “A paz esteja convosco! Eles ficaram assustados e cheios de medo.” (Lucas 24,36)
O Ressuscitado nos traz o dom da paz. Quanto precisamos de paz e como ansiamos pela paz! O quanto o nosso coração tem sede da paz que só Deus pode nos dar. Somos aniquilados pelos medos da vida, pela ansiedade dos tempos e pelos nossos temores; somos aniquilados de um lado e de outro pelas frustrações, pelas derrotas. E, por não sabermos lidar com as situações adversas da vida, nós nos inquietamos; perdemos a paz, o sono, a tranquilidade, a naturalidade e, muitas vezes, nos tornamos pessoas duras, agressivas, egoístas e orgulhosas.
Precisamos do Ressuscitado para ressuscitar os verdadeiros sentimentos da alma e do coração. Precisamos que Cristo Ressuscitado venha trazer a vida nova para dentro da nossa alma e para o nosso interior.
Os discípulos quando viram a Jesus ficaram assustados e cheios de medo. Estavam tão acostumados com toda aquela situação pavorosa que até a paz de Deus os assustou. Estamos tão assustados com tudo o que vivemos, passamos e enfrentamos que até a presença de Deus nos assusta.
Permitamos que a luz do Ressuscitado possa trazer vida nova para a nossa alma e para o nosso coração
É preciso vencer o medo; é preciso exorcizar da nossa vida tudo aquilo que o medo provoca e destrói dentro de nós. Mas, somente o nosso encontro pessoal, a cada dia com Jesus Ressuscitado, aniquila o desastre que o medo provoca em nossa vida.
Todos nós passamos por tempos difíceis em nossa vida, a humanidade passa por uma terrível calamidade, mas não vamos nos desesperar porque sabemos em quem colocamos a nossa esperança e a nossa confiança. Isso não pode ser somente teórico, como também não pode ser anunciado de forma desesperadora. É na serenidade e na sobriedade daquela alma que foi inebriada pela presença de Jesus, o Ressuscitado.
“Por que estais preocupados?”. “Por que tens dúvida no coração?”: é Jesus quem está perguntando isso para nós. Por que vivemos das preocupações? Por que o que ocupa a nossa vida são os temores, os receios e as aflições da vida?
Permitamos que a luz do Ressuscitado possa trazer vida nova para a nossa alma e para o nosso coração. Permitamos que seja aniquilado de dentro de nós todo o medo, pavor, terror e pânico. Permitamos que a luz do Ressuscitado nos traga a esperança, alento, gosto e razão de viver.
Que a luz do Cristo Ressuscitado acalme a nossa alma, traga a serenidade e a paz para enfrentarmos as adversidades com a tranquilidade que não vem dos homens, e sim dos Céu.
Venha o que vier, é a graça de Deus que nos impulsiona a viver a cada dia.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 16/04/2020
HOMILIA DIÁRIA
Faça uma experiência com Cristo Ressuscitado!
“Naquele tempo, os discípulos contaram o que tinha acontecido no caminho e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão. Ainda estavam falando, quando o próprio Jesus apareceu no meio deles e lhes disse: “A paz esteja convosco!”. Eles ficaram assustados e cheios de medo, pensando que estavam vendo um fantasma. Mas Jesus disse: ‘Por que estais preocupados, e por que tendes dúvidas no coração? Vede minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo! Tocai em mim e vede! Um fantasma não tem carne, nem ossos, como estais vendo que eu tenho’. E dizendo isso, Jesus mostrou-lhes as mãos e os pés. Mas eles ainda não podiam acreditar, porque estavam muito alegres e surpresos.” (Lucas 24, 35-41)
Vejam: Jesus está no meio de nós, Ele está no meio dos Seus discípulos. Jesus está conosco! O Ressuscitado quer se fazer enxergar, Ele quer se fazer sentir. Jesus quer que os seus discípulos experimentem a força da sua ressurreição. E essa realidade não pode ser teórica, pois precisa ser experiencial: eu e você precisamos fazer a nossa experiência com o Ressuscitado.
Eu e você somos capazes, pela força do Ressuscitado, de ler e compreender o mistério da sua ressurreição
O espanto é a primeira reação diante da ressurreição: os discípulos experimentaram isso na carne, eles pensaram que Jesus fosse um fantasma, ou seja, uma criação da mente. Nós sabemos muito bem o que é um fantasma porque a nossa mente é muito criativa. E nós, desde a nossa infância, temos os nossos medos interiores, os nossos terrores, os nossos assombros. Somos capazes de criarmos os nossos “fantasmas”. E os discípulos também criaram esse fantasma: imaginaram Jesus de uma maneira totalmente diferente daquela que estavam acostumados a conviver.
A vida quando é repleta de alegrias, de coisas boas, muitas vezes, nos causa espanto, porque nós, infelizmente, nos acostumamos muito com as notícias ruins, com a vida dura, aquela vida pesada, aquele fardo… E, assim, somos habituados a reproduzir isso. Então, quando a alegria bate à nossa porta, sobretudo uma alegria gratuita, uma alegria ao improviso, ela nos causa esse incômodo.
Agora, Jesus quer mostrar como é concreto o que nós vivemos no Domingo da Ressurreição, Ele quer mostrar aos seus discípulos a concretude realmente daquilo que aconteceu no Domingo de Páscoa. E o que que Ele faz? Ele quer comer com seus discípulos; Ele se deixa tocar pelos seus discípulos para mostrar que a alegria da ressurreição tem uma consistência factual, aquilo não é criação da mente deles, não é imaginação, não é uma coisa qualquer (como muitos dizem por aí), mas é um evento, tem uma consistência, é possível tocar em Jesus. Ele está no meio dos seus discípulos, Ele come com os seus discípulos. Não é apenas sentimento, não é apenas imaginação.
A pessoa precisa receber Jesus Cristo na sua totalidade, a pessoa, enquanto ser humano, filho de Deus, precisa tocar na experiência do Ressuscitado. A Páscoa não é imaginar algo bom, e sim encontrar o Cristo; a Páscoa não é só desejar coisas boas para as pessoas, é encontrar o Cristo e partilhar a vida d’Ele com os nossos irmãos.
Diz a Palavra que Jesus abriu a inteligência dos seus discípulos para que compreendessem. E Jesus, na verdade, faz isso, pois Ele abre a nossa inteligência. A palavra inteligência vem de “intus legere”, que quer dizer: “ler dentro”. Eu e você somos capazes, pela força do Ressuscitado, de ler e compreender o mistério da Sua ressurreição, a partir de dentro do nosso coração, pois aí está Cristo Ressuscitado.
Sobre todos vós, a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Donizete Ferreira
Fonte: Canção Nova em 21/04/2022
HOMILIA DIÁRIA
Receba a paz que vem do coração de Jesus
“Os discípulos contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão. Ainda estavam falando quando o próprio Jesus apareceu no meio deles e lhes disse: ‘A paz esteja convosco!’ Eles ficaram assustados e cheios de medo, pensando que estavam vendo um fantasma. Mas Jesus disse: ‘Por que estais preocupados, e por que tendes dúvidas no coração? Vede minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo! Tocai em mim e vede! Um fantasma não tem carne, nem ossos, como estais vendo que eu tenho’. E dizendo isso, Jesus mostrou-lhes as mãos e os pés.” (Lucas 24,35-40)
Jesus Cristo Ressuscitou verdadeiramente, e cada vez mais essa notícia se comprova, não são apenas boatos ou hipóteses levantadas por alguns que já haviam testemunhado o sepulcro vazio, alguns que já viram o Senhor. Porque, agora, é Jesus ressuscitado, em carne e osso, que aparece no meio dos Seus discípulos.
A ressurreição é real, Jesus faz com que os Seus discípulos compreendam que, de fato, Ele está vivo, não é uma ilusão, não é um fantasma. Ele pode ser visto, pode ser tocado. Jesus até toma a refeição com eles, Ele mostra as Suas chagas gloriosas como prova palpável do triunfo e deseja a eles a paz.
Jesus deseja para nós essa paz autêntica, essa paz que supera toda falsa segurança deste mundo
A primeira coisa que Jesus lhes fala é: “A paz esteja convosco”, porque a paz é o primeiro dom do Ressuscitado, não há dúvidas que esse era o dom que os discípulos necessitavam receber, porque Jesus sabia que, depois dos temores que tomaram conta do coração dos Seus discípulos, somente a paz que vem da certeza da ressurreição era capaz de reacender a alegria e a coragem para prosseguir com a missão.
Jesus é o Príncipe da Paz. O Reino de Cristo é — nas palavras de São Paulo —, um reino de paz e alegria. E assim o Mestre já havia dito aos Seus discípulos pouco antes no cenáculo, na Última Ceia: “Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz”.
Em cada missa, nós também escutamos do sacerdote o desejo da paz: “A paz esteja convosco”. Jesus deseja para nós essa paz autêntica, essa paz que supera toda falsa segurança deste mundo, essa paz que nos faz enfrentar as hostilidades deste mundo e nos impulsiona a continuar com a missão, essa paz que nós recebemos no encontro diário com o Senhor, no trato diário com Ele, e que nós encontramos diariamente na Sua Palavra, na Eucaristia, encontramos a segurança para nossa alma, a segurança que nós também precisamos para continuar anunciando que Jesus está vivo.
Desça sobre você a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Bruno Antônio
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 13/04/2023
HOMILIA DIÁRIA
Busque inteligência para compreender a vontade de Deus
Então Jesus abriu a inteligência dos discípulos para entenderem as Escrituras, e lhes disse: “Assim está escrito: o Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia. (Lucas 24,45-46)
Amados irmãos e irmãs, que grande alegria podermos continuar este itinerário pascal! Aqui, quero trazer aquilo que nós já falamos sobre os discípulos de Emaús: a Eucaristia é a presença do Ressuscitado. A leitura de hoje fala que Jesus abriu a inteligência dos discípulos para compreender que Ele não mais estava morto, mas que estava vivo, estava no meio deles.
Por isso, meus irmãos, a experiência do caminho que todos nós fazemos é a experiência que Deus vai moldando no nosso coração, vai abrindo a nossa inteligência, vai abrindo-nos à escuta da Sua Palavra e vai nos direcionando para a vida eterna. E qual deve ser este caminho a ser trilhado? Qual é o objetivo de trilhar este caminho? Termos a nossa vida ali tocada pela graça de Deus. Porque, quando Jesus fala para os discípulos “abrirei a vossa inteligência”, está dizendo em relação ao pecado, em relação àquilo que pode afastá-los da presença de Deus, de tudo aquilo que possa endurecer o coração.
Por muito tempo, ali, antes de Jesus dar os sinais da Sua ressurreição a eles, eles estavam com o coração endurecidos, eles estavam ainda, meus irmãos, naquela vida velha, eles estavam voltando para a vida velha. Jesus, percebendo isso na vida destes dois discípulos de Emaús, diz: “Abrirei a vossa inteligência para compreenderes aquilo que é a vontade de Deus”, que o Filho do Homem deveria ser entregue aos homens para ser morto, mas que, ao terceiro dia, Ele ressuscitaria, conforme o que nós ouvimos no Evangelho.
Quem não tem o coração e a inteligência abertas para as coisas de Deus continuará ainda na vida velha
Por isso, meus irmãos, qual é a missão que nós temos como comunidade católica, como comunidade cristã dos discípulos de Cristo? O que nós devemos fazer? Levar essa Boa Nova, essa vida nova; e nós devemos entusiasmar os outros na Eucaristia. Onde a nossa inteligência é aberta? Na Eucaristia, porque o próprio Jesus está ali. Sua presença real, Sua presença no corpo e no sangue, alma e divindade que pode nos abrir a inteligência para compreendermos os mistérios de Deus.
Qual é o maior fato da ressurreição? Abrir-nos e revelar-nos os mistérios do coração de Deus. Quem não tem o coração e a inteligência abertas para as coisas de Deus continuará ainda na vida velha. Você quer continuar na vida velha, meu irmão? Você quer continuar na vida velha, minha irmã? Espero que você não faça essa opção. Deixe o Espírito Santo abrir o seu coração, a sua inteligência, a sua razão, as suas emoções. Deixar-se ser tocado pela Igreja, pela Eucaristia, pelos sacramentos, pode nos dar essa vida nova.
Padre Léo sempre nos falava nas suas pregações “Buscai as coisas do alto”: quem acredita no Ressuscitado tem a sua inteligência transformada, renovada e formada pela graça de Deus para buscar as coisas do Alto. A ressurreição e a vida pascal provocam isso em nós. Que peçamos ao Senhor essa graça, e que o nosso coração esteja aberto, que a nossa inteligência esteja aberta para a graça de Deus e para os mistérios que ainda Ele vai nos revelar.
Sobre você, desça a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Ricardo Rodolfo
Padre Ricardo Rodolfo é brasileiro, nascido em 15 de junho 1982. Natural de São José dos Campos (SP), é membro da Associação Internacional Privada de Fiéis – Comunidade Canção Nova desde 2009 no modo de compromisso do Núcleo.
Fonte: https://homilia.cancaonova.com/pb/homilia/busque-inteligencia-para-compreender-a-vontade-de-deus/ (04/04/2024)
Oração Final
Pai Santo, se o Mistério da Ressurreição está acima da nossa compreensão humana e limitada, ajuda-nos a reconhecê-lo por seu fruto – a Paz que foi vivida e ensinada por Jesus de Nazaré, e proclamada em todas as manifestações do Cristo Ressuscitado. Por Ele, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 24/04/2014
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, firma a nossa fé para que lancemos sobre ela os fundamentos da esperança. O teu Amor inefável nos preencherá e se derramará até os corações dos irmãos de todos os povos e nações. Pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo. Amém.
Fonte: Canção Nova em 05/04/2018
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, ajuda-nos a amar radicalmente a Boa Notícia anunciada pelo Mestre de Nazaré, e a fazermos dela o fundamento e o objetivo da peregrinação por esta terra abençoada que nos emprestas para que dela cuidemos, usufruamos e partilhemos com os irmãos. E que anunciemos a todos, com nossa vida, o teu Amor Paternal misericordioso! Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Canção Nova em 25/04/2019
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, se o Mistério da Ressurreição está acima da nossa limitada compreensão humana, ajuda-nos a reconhecê-lo por seu fruto – a Paz que foi vivida, ensinada por Jesus de Nazaré e proclamada em todas as manifestações do Cristo Ressuscitado. Por Ele, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Canção Nova em 16/04/2020
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