quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

COLETÂNEA DE HOMILIAS DIÁRIAS, COMENTÁRIOS E REFLEXÕES DO EVANGELHO DO DIA, DE ANOS ANTERIORES - 05/02/2025

ANO C


Mc 6,1-6

Comentário do Evangelho

A incredulidade impede de receber o dom

Jesus, na sua terra, que supomos ser Nazaré, muito embora o texto não a mencione, num dia de sábado, ensina na sinagoga. Marcos não nos informa acerca do conteúdo do ensinamento, porque o interesse maior, neste episódio, está centrado na reação dos ouvintes.
Se o tema da perícope precedente era o da fé, o de hoje é a incredulidade: "Ele (Jesus) se admirava da incredulidade deles" (v. 6). Se a fé, em certo sentido, é confiança, abertura do coração que permite reconhecer a presença e ação de Deus, a incredulidade é fechamento que impede de ver além das aparências, ou melhor, impede de reconhecer nas palavras e gestos de Jesus os sinais que remetem a Deus, e impede de receber o dom. Por esta razão, Jesus não podia fazer, aí, qualquer milagre, literalmente, "ato de poder". Os concidadãos de Jesus se admiram, perguntam-se sem nada responder - é que a falta de humildade os cegava!
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, abre minha mente e meu coração, para que eu possa compreender que tu te serves de meios humanamente modestos para realizar as tuas maravilhas.
Fonte: Paulinas em 06/02/2013

Comentário do Evangelho

A dureza de coração

Os discípulos acompanham Jesus por todos os lugares; esse caminho com o Senhor fez deles testemunhas oculares de tudo o que Jesus fez e ensinou. Jesus é um Messias itinerante. Na sua itinerância, ele ensina e realiza atos de poder. O seu ensinamento é crível porque verificado no seu agir. O seu ensinamento e a sua ação revelam a sua divindade e profunda humanidade. Na sinagoga de Nazaré, o seu ensinamento causa admiração porque cheio de sabedoria, pois ele descortina o caminho para agradar a Deus. Não obstante a admiração dos que estavam na sinagoga, surge no coração deles resistência a admitir que a sabedoria de Jesus vinha de Deus, aliás, ele mesmo é a sabedoria de Deus. A incredulidade de homens habituados a ouvir a Palavra de Deus causava a admiração de Jesus. De onde vem essa dureza de coração? Do fechamento à surpresa de Deus, de uma ideia equivocada do Messias e de uma rigidez que não permite a Deus falar. A incredulidade impede Jesus de fazer algo por eles. As dificuldades e resistências na realização de sua missão não desestimulam Jesus de continuar a percorrer o seu caminho.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Ó Espírito Santo, dai-me um coração grande, desejoso de se tornar semelhante ao coração do Senhor Jesus!
Fonte: Paulinas em 04/02/2015

Vivendo a Palavra

O preconceito não era privilégio dos conterrâneos de Jesus. Também nós, hoje, nos deixamos guiar pelas aparências, pelos títulos acadêmicos, pelo sucesso financeiro das pessoas. Aprendamos a descobrir e respeitar, em cada irmão, o Espírito de Deus que mora nele. É o mesmo que está em nós.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/02/2013

Vivendo a Palavra

A humanidade de Jesus dificultava – quase impedia – que seus conterrâneos aceitassem sua sabedoria de vida e as virtudes que dele emanavam. Acontece conosco ainda hoje: nós temos dificuldade para reconhecer e aceitar pessoas que consideramos comuns, mas são inspiradas pelo Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 01/02/2017

VIVENDO A PALAVRA

O preconceito não é privilégio dos conterrâneos de Jesus. Também nós, hoje, nos deixamos guiar pelas aparências, pelo aspecto físico, pelos títulos acadêmicos ou pelo sucesso financeiro das pessoas. Precisamos aprender a descobrir e respeitar, em cada irmão, o Espírito de Deus que mora nele. É o mesmo que está em nós.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/02/2019

VIVENDO A PALAVRA

Marcos, o Evangelista, se preocupa em demonstrar que o Cristo dos sinais e das Palavras cheias de Sabedoria é o mesmo Jesus de Nazaré, o filho de Maria e de José, conhecido de todos em sua cidade. Ainda hoje, nós nos inclinamos a adorar um Jesus Divino e Glorioso, pois admitir sua plena humanidade mostraria que para nós é possível segui-Lo e, portanto, este é o nosso dever. O Cristo quis ser igual a nós para nos libertar da escravidão do pecado e da morte. Seguindo o seu Caminho, chegaremos ao Reino do Pai Misericordioso.
Fonte: Arquidiocese BH em 03/02/2021

Reflexão

Muitas vezes, nós nos apegamos apenas à realidade aparente e colocamos a nossa confiança apenas em critérios humanos para a compreensão dessa realidade. Confiamos principalmente nas nossas experiências pessoais e no que as ciências modernas nos ensinam. Tudo isso faz com que tenhamos uma visão míope da realidade, fato que tem como consequência o endurecimento do nosso coração e o fechamento ao transcendente, ao sobrenatural e, principalmente, às realidades espirituais e eternas. Quando nos fechamos ao próprio Deus, simplesmente nos tornamos incapazes de ver sua presença no nosso dia a dia e dificultamos a sua ação, que visa principalmente o nosso bem.
Fonte: CNBB em 06/02/2013, 04/02/2015 01/02/2017

Reflexão

O breve texto nos mostra Jesus numa de suas principais atividades, isto é, ensinando. Ensina na sinagoga e percorre “os vilarejos vizinhos, ensinando”. As reações dos ouvintes parecem seguir o mesmo esquema: numeroso grupo adere a Jesus e a seus ensinamentos, e outra parte o rejeita. Em Nazaré, onde havia passado a infância e a adolescência, Jesus encontra grande rejeição à sua presença libertadora. Tanto que ele extravasa um lamento: “Um profeta só é desprezado em sua terra, entre seus parentes, e em sua casa”. A aversão ao Mestre chega a tal ponto, que ele não consegue realizar aí nenhum milagre. A seus conterrâneos faltam fé e abertura de coração. Mas o “carpinteiro, filho de Maria”, segue seu caminho levando a Boa-Nova a outros povos e regiões, talvez mais receptivos à sua mensagem.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 06/02/2019

Reflexão

O breve texto nos mostra Jesus numa de suas principais atividades, isto é, ensinando. Ensina na sinagoga e percorre “os vilarejos vizinhos, ensinando”. As reações dos ouvintes parecem seguir o mesmo esquema: numeroso grupo adere a Jesus e a seus ensinamentos, e outra parte o rejeita. Em Nazaré, onde havia passado a infância e adolescência, Jesus encontra grande rejeição à sua presença libertadora. Tanto que ele extravasa um lamento: “Um profeta só é desprezado em sua terra, entre seus parentes, e em sua casa”. A aversão ao Mestre chega a tal ponto, que ele não consegue realizar aí nenhum milagre. A seus conterrâneos faltam fé e abertura de coração. Mas o “carpinteiro, filho de Maria”, segue seu caminho levando a Boa-Nova a outros povos e regiões, talvez mais receptivos à sua mensagem.
ORAÇÃO
Ó Jesus, divino Mestre, em Nazaré, tua terra, encontras forte oposição. Embora fosses conhecido como “o carpinteiro”, teus conterrâneos não abriram o coração para aninhar tuas divinas palavras. Sem poder realizar ali nem sequer um milagre, desiludido, partes para “os vilarejos vizinhos, ensinando”. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 03/02/2021

Reflexão

O breve texto nos mostra Jesus numa de suas principais atividades, isto é, ensinando. Ensina na sinagoga e percorre “os vilarejos vizinhos, ensinando”. As reações dos ouvintes parecem seguir o mesmo esquema: numeroso grupo adere a Jesus e a seus ensinamentos, e outra parte o rejeita. Em Nazaré, onde havia passado a infância e adolescência, Jesus encontra grande rejeição à sua presença libertadora. Tanto que ele extravasa um lamento: “Um profeta só é desprezado em sua terra, entre seus parentes, e em sua casa”. A aversão ao Mestre chega a tal ponto, que ele não consegue realizar aí nenhum milagre. A seus conterrâneos faltam fé e abertura de coração. Mas o “carpinteiro, filho de Maria”, segue seu caminho levando a Boa-nova a outros povos e regiões, talvez mais receptivos à sua mensagem.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)
Fonte: Paulus em 01/02/2023

Reflexão

«De onde lhe vem isso? E que sabedoria é esta que lhe foi dada? E esses milagres realizados por suas mãos?»

Rev. D. Miquel MASATS i Roca
(Girona, Espanha)

Hoje o Evangelho nos mostra como Jesus via à sinagoga de Nazaré, o lugar onde ele tinha sido criado. O sábado é o dia dedicado ao Senhor e os judeus se reúnem para escutar a Palavra de Deus. Maravilhavam-se da sua doutrina, porque os ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas. (cf. Mc 1,22).
Deus nos fala também hoje mediante a Escritura. Na sinagoga se leem as Escrituras e, depois, um dos entendidos se ocupava de comentá-las, mostrando seu sentido e a mensagem que Deus quer transmitir através delas. Atribui-se a Santo Agostinho a seguinte reflexão: «Assim como em oração nós falamos com Deus, na leitura é Deus quem nos fala».
O fato de que Jesus, Filho de Deus, seja conhecido entre seus concidadãos por seu trabalho, nos oferece uma perspectiva insuspeitada para nossa vida ordinária. O trabalho profissional de cada um de nós é meio de encontro com Deus e, portanto, realidade santificável e santificadora. Com palavras de São Josémaria Escrivá: «Vossa vocação humana é parte, e parte importante, de vossa vocação divina. Esta é a razão pela qual devemos santificá-lo contribuindo ao mesmo tempo, à santificação dos outros, de vossos semelhantes, santificando vosso trabalho e vosso ambiente: essa profissão ou oficio que enche vossos dias, que dá fisionomia peculiar a vossa personalidade humana, que é vossa maneira de estar no mundo; esse lar, essa vossa família; e essa nação, em que nascestes e a que amas».
Acaba a passagem do Evangelho dizendo que Jesus «Não pôde fazer ali milagre algum. Curou apenas alguns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos. Admirava-se ele da desconfiança deles. E ensinando, percorria as aldeias circunvizinhas» (Mc 6,5-6). Também hoje o Senhor nos pede mais fé Nele para realizar coisas que superam nossas possibilidades humanas. Os milagres manifestam o poder de Deus e a necessidade que temos Dele na nossa vida de cada dia.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

"Em Deus poder, vontade e inteligência, sabedoria e justiça são um, de modo que não pode haver nada no poder divino que não possa estar na vontade justa de Deus ou na sua sábia inteligência" (São Tomás de Aquino)

«Jesus de Nazaré, o carpinteiro, ilumina com a sua vida de trabalho a vossa vida de trabalhadores cristãos. Você também ilumina seu ambiente de trabalho com a luz do Cristo" (São João Paulo II)

«O valor primordial do trabalho diz respeito ao próprio homem que é o seu autor e destinatário. Por meio de seu trabalho, o homem participa da obra da criação. Unidos a Cristo, trabalhem pode ser redentor" (Catecismo da Igreja Católica, n. 2.460)
Fonte: Evangeli - Evangelho - Feria em 01/02/2023

Meditação

Os judeus do tempo de Jesus imaginavam que o Salvador prometido seria um rei poderoso e rico. Estavam tão seguros disso, que interpretavam nesse sentido todas as Escrituras. Por isso, ficaram escandalizados, ou seja, tropeçaram no fato de Jesus parecer tão sem importância. É o que acontece conosco sempre que queremos impor a Deus nosso modo de pensar e de agir.
Oração
Concedei-nos, Senhor nosso Deus, adorar-vos de todo o coração, e amar todas as pessoas com verdadeira caridade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: a12 - Reze no Santuário - Deus Conosco em 01/02/2023

Meditando o evangelho

O FILHO DE CARPINTEIRO

A baixa condição social de Jesus deu motivo para a incredulidade do povo da cidade onde crescera e fora educado. Sua volta a Nazaré foi ocasião de contratempos. O filho do carpinteiro, que tomara a palavra na sinagoga, não era um desconhecido. Antes, estava rodeado de discípulos cujas vidas estavam ligadas à dele. Apresentava-se, agora, como um rabi cujos ensinamentos rompiam as barreiras da normalidade e seu saber superava, em muito, o dos que haviam se preparado para a função de rabino. Daí todos se perguntarem qual a origem de tamanha ciência. Sobretudo, seus milagres chamavam a atenção. Tratavam-se de prodígios espetaculares, coisa jamais vista!
Como tudo isto era possível? Havia contradição entre o que viam e ouviam e a origem humilde daquele novo mestre. O povo de Nazaré foi incapaz de superar sua incredulidade e dar crédito ao testemunho de Jesus. Mesmo constatando os feitos grandiosos do Mestre, os nazaretanos sempre tinham à mão um argumento para desqualificá-lo. Eles se viam às voltas com um problema sério: acreditar que Deus opera maravilhas servindo-se de meios humanamente frágeis.
A grandeza de uma ação não se mede pela grandeza de quem é escolhido como instrumento para realizá-la. Por conseguinte, se para os conterrâneos de Jesus era impensável que um filho de carpinteiro ensinasse e agisse com tamanha autoridade, o mesmo não acontecia com Deus Pai.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, abre minha mente e meu coração, para que eu possa compreender que tu te serves de meios humanamente modestos para realizar as tuas maravilhas.
Fonte: Dom Total em 01/02/2017

Meditando o evangelho

ONDE LHE VEM ISTO?

O saber de Jesus deixava admirados os seus conterrâneos. Especialmente quem convivera com ele, durante o longo período de vida escondida em Nazaré, perguntava-se pela origem de tanta sabedoria. Não havia explicação plausível, em se considerando sua origem familiar. Seus pais eram pessoas simples, desprovidas de recursos para oferecer-lhe uma formação esmerada, que o tornasse superior aos mestres conhecidos. Sua pregação, na sinagoga, não dava margem para dúvidas. Ele possuía, de fato, uma ciência elevada, desconhecida até então.
Diante desta incógnita, os conterrâneos de Jesus deixaram-se levar pelo preconceito: não é possível que o filho de um carpinteiro, pobre e bem conhecido de todos, possua uma tal sabedoria!
Sem dúvida, este preconceito escondia outro elemento muito mais sério. Quiçá desconfiassem que a sabedoria de Jesus fosse de origem espúria, por exemplo, obra do demônio. Em outras palavras: aquilo não parecia ser coisa de Deus.
A decisão de desprezá-lo e não lhe dar ouvidos decorre destas explicações. Era perigoso enveredar por um caminho contrário à fé tradicional, desviando-se de Deus.
A incredulidade de sua gente deixava Jesus admirado, a ponto de decidir realizar, em Nazaré, poucos milagres. Seu povo perdia, assim, uma grande oportunidade de conhecê-lo melhor, e descobrir, de maneira acertada, a origem de seu saber.
Fonte: Dom Total em 04/02/201506/02/201903/02/2021 01/02/2023

Oração
Concedei-nos, Senhor nosso Deus, adorar-vos de todo o coração e amar todas as pessoas com verdadeira caridade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 04/02/2015

Oração
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Espírito de perspicácia, não me deixes ficar enredado em falsas questões a respeito de Jesus, a ponto de perder a ocasião de conhecê-lo mais profundamente.
Fonte: Dom Total em 06/02/2019 03/02/2021

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Rejeição do Profeta Santo de Casa
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Jesus não tinha nem um cargo importante na comunidade da sua cidade de Nazaré, onde morara na adolescência e juventude, até que deixara o lar para formar o grupo dos discípulos. Mas todo Judeu adulto tinha o direito de conduzir a reflexão ou homilia sobre a Palavra de Deus, proclamada diante da assembleia. Não era Ministro da Palavra, Padre, Diácono ou catequista, porém, falava com grande sabedoria, causando espanto e admiração nos seus conterrâneos e em meu imaginário, vejo os “Caciques” da Comunidade alvoroçados e já se deixando levar pela inveja pois o povão, não só se encantava com Jesus, mas era ainda beneficiado pelos seus milagres, pelo menos alguns o procuravam com Fé e eram curados de suas enfermidades.
Os “Caciques” não admitiam que alguém vindo de fora fizesse sucesso na comunidade, ainda que fosse alguém ali da terra. Jesus não era diplomado, não tinha Teologia, não tinha formação acadêmica e nem tinha credencial das autoridades Religiosas. Era simplesmente um Leigo, podia até usar da Palavra, como a Lei lhe facultava, mas brilhar daquele jeito e ter toda aquela fama? Ah! Os invejosos da comunidade morriam de raiva. Então começaram a tentar diminuir a sua fama, alegando que não era nenhuma celebridade, pois era filho do “Sêo” José Carpinteiro, e da Dona Maria, Tiago, José, Judas e Simão eram seus irmãos, quer dizer, “primos”. Enfim, era um “Pé Rapado” ali da Vila e não poderia jamais ser o Grande Messias prometido e anunciado pelos Profetas.
Em nossas comunidades sempre há as pessoas humildes que acolhem com alegria e se admiram da Santa Palavra de Deus, vendo também os sinais que Jesus vai realizando na comunidade, nos trabalhos pastorais, na catequese, nos ministérios e na catequese, quanta sabedoria de Deus, manifestada em Jesus e que nos chega através das pessoas que se abrem a essa graça, sejam elas leigos, ministros, padres, ministros ou diáconos.
Mas infelizmente há também os “Caciques”, que imitando os “Senhores Feudais” querem ter tudo sob seu controle e de repente se sentem no direito de monitorar até os carismas que Deus concede as pessoas para o serviço e com isso, eles abafam e sufocam os carismas e dons, como tentaram fazer com Jesus na sua comunidade de Nazaré.
Continuemos a nos encantar com as maravilhas que a Graça de Deus realiza em nosso meio, mas também peçamos perdão por tantos carismas e ministérios sufocados em nossas comunidades, por conta de tanta prepotência e arrogância dos “Importantes” que ainda não aprenderam a reconhecer Jesus nas pessoas mais simples...

2. A falta de fé entre os seus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Jesus vai a Nazaré e não é bem-aceito pelos seus conterrâneos. Eles o desvalorizaram e mostraram não ter muita fé. No entanto, muitos se admiravam quando o ouviam ensinando na sinagoga. A admiração, porém, foi logo envolvida pela incapacidade de perceber que Deus se manifesta nos atos simples do nosso dia a dia. E Jesus estava em Nazaré, exatamente onde viveu sua juventude no cotidiano de sua existência de habitante do lugar. De seus trinta anos de vida oculta, ou vida normal, sairá a espiritualidade de Nazaré, na simplicidade da vida de cada dia, sem nada de extraordinário. Por terem conhecido Jesus e sua família sem nada de extraordinário, os nazarenos passaram da admiração à rejeição. Rejeição sem sentido, que desvalorizava os próprios nazarenos. Rejeitaram Jesus por ser um deles, por ser como eles. Nesse clima de incredulidade, Jesus pôde fazer pouca coisa. Impôs as mãos sobre alguns doentes e os curou. Ele, porém, não se deixa vencer. Sai de Nazaré e percorre os povoados vizinhos, sempre ensinando.
Fonte: NPD Brasil em 06/02/2019

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Comunidade, lugar onde manifestamos nossos carismas
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

No lugar onde mais deveria ser acolhido, amado e respeitado, Jesus foi rejeitado pois a sua gente não conseguia enxergar nele algo além de sua aparência humana. Na cidade de Nazaré onde cresceu e se criou Jesus deixa as pessoas admiradas e espantadas com a sua sabedoria. Admiração e espanto são coisas boas que nos ajudam a nos aproximar das pessoas. Maria, a própria Mãe de Jesus se admirava de tudo o que diziam sobre o menino, os pastores e depois Simeão na porta do templo, no dia da apresentação.
A sabedoria demonstrada por ele na sinagoga, quando usou da palavra, surpreendeu a todos porque estava muito acima da média de um simples Nazareno, juntando-se a isso os prodígios que suas mãos realizavam, as pessoas começaram a desconfiar de Jesus. Era impossível um Nazareno ser tão bom, famoso e sábio daquele jeito. Na cabeça das pessoas da comunidade de Nazaré, Messianismo era algo que viria de cima para baixo, e do meio da Ralé era impossível surgir alguém que fosse dar cumprimento as escrituras e profecias.
O pecado da comunidade de Nazaré ainda é o nosso pecado, nós também, de certa forma não acreditamos em mudanças a partir de movimentos populares, qualquer mudança ou melhora de vida temos que esperar dos que nos governam ou atuam no legislativo. Muitas vezes os sindicatos e associações de Bairros, que deveriam ser por excelência o lugar de manifestação do povo, acabam virando apenas mais um trampolim para a carreira política e tudo o que é do povo acaba nas mãos de políticos, muitas vezes inescrupulosos.
Qualquer forma de organização popular logo é rechaçada como algo contra a ordem estabelecida, a comunidade daria atenção e crédito a um sacerdote que viesse visitar a sinagoga, e que iria dizer palavras bonitas sobre as escrituras e profecias, mas Jesus... Um "Zé Ninguém" dali mesmo, iludindo a si mesmo e aos outros que ele era o Messias.
E o que ocorre quando em nosso meio só botamos fé no poder constituído e menosprezamos a capacidade das pessoas mais simples da nossa comunidade? Desprezamos o Reino de Deus que se edifica na força, luta e garra dos pequenos, rejeitamos o próprio Senhor. O mesmo acontece quando não valorizamos a comunidade, sua organização interna, suas pastorais sempre a serviço das pessoas, às vezes se tem a impressão de que, quem não deu certo em alguma carreira, quer compensar na comunidade invertendo o critério do reino, pois Jesus deu a todos o melhor de si, a própria vida, portanto comunidade é o lugar onde damos o melhor de nós aos irmãos e irmãs.
E assim, na sua comunidade de origem Jesus não pode se dar totalmente porque não foi acolhido e não lhe deram espaço para tanto. Em nossas comunidades atuais o mesmo pode ocorrer, e em vez de fazermos desabrochar novos valores e lideranças sadias, estejamos talvez manifestando descrédito por aqueles que fazem alguma coisa, sufocando dons e carismas do próximo, que tem algo a oferecer...

2. Um profeta só não é valorizado na sua própria terra, entre os parentes e na própria casa - Mc 6,1-6
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Jesus ensina, é ouvido, e muitos se admiram de que um carpinteiro como ele tenha tanta sabedoria. Não o valorizam e se desvalorizam por ser ele um do meio deles. Podiam orgulhar-se que um dos seus, e carpinteiro, pudesse ensinar com sabedoria. O ser humano é curioso. Não aceita o seu igual. Se alguém conta as coisas boas que Deus lhe permitiu fazer, não é ouvido, provoca ciúmes e reações. Por que não nos alegramos com o bem dos outros? Jesus, porém, não se deixou paralisar pela falta de aceitação de seus conterrâneos. Seguiu adiante percorrendo os povoados da região e ensinando. Se lhe fecham a porta, abra uma janela! – São Brás foi bispo na Armênia no começo do século quarto. Antes, tinha sido médico. Naquele tempo, Licínio, imperador do Oriente, começou a perseguir os cristãos. São Brás foi preso, e, quando ia para o martírio, uma mãe lhe mostrou uma criança de colo engasgada com uma espinha de peixe. São Brás abençoou a criança, e ela ficou curada. Em seguida, o santo bispo foi degolado.
Fonte: NPD Brasil em 03/02/2021

HOMILIA DIÁRIA

O desafio de encarnar o Evangelho nas realidades humanas

Postado por: homilia
fevereiro 6th, 2013

O evangelista Marcos narra que Jesus foi para “sua própria terra”, isto é, para sua cidade de origem, a cidade de sua família, Nazaré. Para Marcos, esta é a última vez que Jesus vai a Nazaré. É também a última vez que entra numa sinagoga, lugar onde os judeus se reuniam aos sábados para ouvir a Palavra de Deus e rezar. No início, quem se admira são os ouvintes. Porém, a admiração não os leva à fé em Jesus, e sim a rejeitá-lo. No final desse Evangelho é Jesus quem se admira com a falta de fé do povo daquele lugar. Essa falta de fé no homem-Jesus impede a realização de milagres, isto é, o Reino acaba não acontecendo em Nazaré.
Marcos dá a entender que o povo estava cansado com esse costume. De fato, quando Jesus entra pela primeira vez numa sinagoga e começa a ensinar libertando (cf. 1,21-28), o povo gosta desse novo ensinamento dado com autoridade (cf. 1,27).
Em Nazaré, terra de Jesus, as coisas tomaram um rumo diferente. É que Jesus não havia frequentado nenhuma escola de ensino das Escrituras, não fizera nenhuma especialização. Além disso, seu ensinamento é acompanhado de uma prática que liberta as pessoas de qualquer tipo de opressão ou marginalização. Marcos não consegue mostrar Jesus ensinando sem libertar. Mais ainda: seu ensinamento é uma prática que liberta.
Em Nazaré, num dia de sábado, Jesus está ensinando na sinagoga. Mais uma vez o evangelista não diz o que Jesus ensina. Nós não precisamos de explicações, pois conhecemos que tipo de ensinamento é o de Jesus.
O povo que está na sinagoga manifesta sua perplexidade e descrédito em relação a Jesus. A primeira e a segunda levantam suspeita e ceticismo: “De onde ele recebeu tudo isto? Como conseguiu tanta sabedoria?” Por trás dessas objeções está o início da rejeição de Jesus enquanto o Messias. Naquele tempo especulavam muito sobre a origem do Messias. E a conclusão a que chegaram era esta: “Nós sabemos de onde vem esse Jesus, mas, quando chegar o Messias, ninguém saberá de onde ele vem” (Jo 7,27). Jesus, portanto, não poderia ser o Messias, pois sua origem era conhecida por todos. Além disso, para os conterrâneos de Jesus é impossível “fazer teologia” sem passar pela escola dos doutores da Lei e fariseus.
A terceira pergunta levanta suspeitas sobre quem age por meio de Jesus: “E esses grandes milagres que são realizados por suas mãos?” Um pouco antes, alguns doutores da Lei afirmavam que o chefe dos demônios agia em Jesus, levando-o a expulsar demônios. O povo de Nazaré deixa transparecer essa mentalidade.
A última pergunta sintetiza todas as anteriores: “Esse homem não é o carpinteiro, o filho de Maria e irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? Suas irmãs não moram aqui conosco?” É uma pergunta desmoralizante e debochada. Quando se queria desprezar alguém, bastava substituir o nome do pai pelo da mãe. Por isso, a expressão “filho de Maria” (a não ser que José já tivesse morrido), é altamente depreciativa. E a conclusão é muito simples: “Ficaram escandalizados por causa dele”, isto é, seus conterrâneos o rejeitaram.
Jesus, portanto, foi rejeitado porque se apresentou como um trabalhador que cresceu em Nazaré ao lado de parentes, amigos e conhecidos. Seus conterrâneos não descobriram nele nada de extraordinário que pudesse indicá-lo como o Messias de Deus. Mas a extraordinariedade de Jesus-Messias está justamente aí, na Encarnação, no fato de não ter nada que possa diferir da condição humana comum. O Filho de Deus se fez como qualquer um de nós, e aqui está o “nó” da questão. Muitos afirmam que “não creem porque não veem”. Os conterrâneos de Jesus não creem justamente porque veem Jesus trabalhador, o filho de Maria, um homem do povo, que não frequentou nenhuma escola superior, um homem que vem de Nazaré, lugarejo insignificante.
O “escândalo” da Encarnação continua sendo um espinho atravessado na garganta de muito cristão de boa vontade. Por se encarnar nas realidades humanas, Jesus-Messias foi rejeitado. Isso faz pensar no desafio que é a encarnação do Evangelho na realidade do povo. Ficaremos paralisados como os conterrâneos de Jesus?
Pai, abre minha mente e meu coração, para que eu possa compreender que Tu te serves de meios humanamente modestos para realizar as tuas maravilhas.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 06/02/2013

HOMILIA DIÁRIA

Animemos uns aos outros na luta contra o pecado

Quando invocamos o nome do Senhor, a proteção d’Ele vem em nosso socorro. Por isso não podemos desanimar, precisamos encorajar uns aos outros na luta contra o pecado!

Meu filho, não desprezes a educação do Senhor, não desanimes quando ele te repreende; pois o Senhor corrige a quem ele ama e castiga a quem aceita como filho.” (Hebreus 12, 5-6)

Amados irmãos e irmãs em Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, que leitura maravilhosa nós hoje fazemos da Carta aos Hebreus! A primeira coisa necessária é termos a certeza e a convicção de ainda não termos lutado contra o pecado com todas as forças da nossa alma e com todo o nosso ser.
Nós ainda não resistimos “até o sangue” na luta contra o pecado, pois, muitas vezes, é preciso colocar nosso sangue para fora. Primeiramente para sermos duros com a carne, com as aptidões e com as tendências do pecado que há dentro de nós. Essa é uma luta feroz, é uma luta para combatentes, é uma luta para aqueles que são humildes e se colocam debaixo da confiança e da proteção do Senhor!
Quando invocamos o nome do Senhor, a proteção e o auxílio d’Ele vêm em nosso socorro. É por isso que nós não podemos desanimar e precisamos encorajar uns aos outros nessa luta e nesse combate contra o pecado! A melhor maneira de vencermos o pecado em nós é deixar que o Senhor realize isso em nós e nos abrirmos para essa graça de Deus.
E como é que o Senhor vem a nós? Primeiramente Ele nos corrige. Ninguém gosta de ser corrigido, mas os pais têm obrigação de corrigir seus filhos. Isso não precisa ser feito de forma áspera, agressiva, mas a correção precisa acontecer, porque os filhos estão formando sua personalidade e sua conduta e, por vezes, são influenciados por pessoas que não os levam para o caminho do bem e lhes ensinam a fazer coisas erradas no mundo.
Por isso a casa é o lugar da correção! Deus castiga aquele a quem Ele tem como filho, mas não entenda castigo como uma forma pobre, fria, como se o Senhor fosse um castigador. O castigo de Deus é a correção d’Ele, é a privação que, muitas vezes, precisamos e devemos passar de muitas coisas que nos tiram dos caminhos d’Ele; que não nos ajudam a viver a santidade de vida, tão necessária, para que a nossa vida corresponda à graça d’Ele.
Meus irmãos, não tenhamos receio, não tenhamos medo, mas sim confiança no Senhor, que só quer o nosso bem, que nos corrige, que nos puxa a orelha, que nos chama a atenção, que nos mostra que a obstinação, o orgulho e a autossuficiência cegam a nossa vontade e nossas decisões de vida. E assim não somos capazes de enxergar, muitas vezes, a vontade do Senhor ou não temos forças suficientes para lutar contra o pecado.
Que a graça de Deus venha em nosso auxílio, que a graça d’Ele nos forme, nos modele, nos faça e nos refaça de novo, para que possamos em tudo viver e fazer a vontade de Deus!
Deus abençoe você!

HOMILIA DIÁRIA

Proclamemos o senhorio de Jesus em nossa vida

É importante, acima de tudo, proclamarmos o senhorio de Jesus em nossa vida e irmos para o combate

“Vós ainda não resististes até ao sangue na vossa luta contra o pecado.” (Hebreus 12,4 )

Ao meditarmos a Carta aos Hebreus, vemos que a Palavra de Deus é um convite para que possamos, de fato, lutar contra o pecado, porque, se não lutarmos, ele nos vence, derruba-nos. Temos de vencer o pecado, tirá-lo e derrubá-lo da nossa vida.
Talvez você possa dizer: “Eu sou tão fraco! Ele é mais forte do que eu!”. Por isso, não estamos lutando sozinhos, é o Senhor quem combate e vence o pecado em nós. Precisamos proclamar o senhorio de Jesus na nossa vida.
O nosso embate não é diretamente com o pecado, mas é para que Jesus seja o Senhor da nossa vida, dos nossos pensamentos e sentimentos, para que seja o Senhor da nossa vontade, daquilo que somos e fazemos. Precisamos permitir que Jesus reine em nós.
O combate é para tirar as forças do mal, os maus costumes, os maus pensamentos e sentimentos. Para tirar de nós outras coisas que não convêm a nós, à nossa fé nem à santidade à qual somos chamados a viver. É importante, acima de tudo, proclamarmos o senhorio de Jesus em nossa vida e irmos para o combate.
Deixe-me dizer: não lutamos ainda até o sangue. Às vezes, lutamos contra o pecado de maneira passiva e pensamos: “Eu até tento, mas não consigo!”. Lutar até o sangue quer dizer lutar com todas as forças, com toda alma e coração, resistir, não ceder à tentação.
Quando rezamos o Pai-Nosso, pedimos: “E não deixei-nos cair em tentação”. O “não cair em tentação” é não ceder à tentação, não quer dizer que não teremos mais tentações nesta vida, muito pelo contrário, as tentações podem ser ainda maiores, e o combate se torna ainda mais ágil em nossa vida.
Precisamos desarmar o maligno, precisamos desarmar a tentação dentro de nós. Aqui é necessário resistência da nossa parte, até o sangue, até a própria vida se for preciso!
Não desanime, mesmo que você tenha esta ou aquela fraqueza, mesmo que tenhamos caído muitas vezes no mesmo pecado. O que não podemos é nos entregar, desistir, ceder às forças do mal e entregar a nossa alma ao mal. Precisamos lutar e ser combatentes!
Muitos podem pensar: “Nossa, mas o meu temperamento é difícil!”. Não tem problema, o temperamento difícil é amansado pela graça de Deus, é moldado pela Sua graça e, daqui a pouco, ele vai cedendo ao senhorio de Jesus.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 01/02/2017

HOMILIA DIÁRIA

Seja um evangelizador para as pessoas de dentro da sua casa

Não podemos nos omitir e deixar de levar a presença de Deus aos nossos, para os de dentro da nossa casa

“Jesus foi a Nazaré, sua terra, e seus discípulos o acompanharam. Quando chegou o sábado, começou a ensinar na sinagoga.” (Marcos 6,1)

É muito belo acompanhar Jesus na volta à sua terra natal, Jesus volta mesmo ali, na sua terra, para fazer-Se presente e para levar, aos seus, aquilo que Ele veio trazer.
Nós não podemos nos omitir e deixar de levar a presença de Deus aos nossos. Muitas vezes, levamos Deus para os de fora, para o mundo, até porque, é mais fácil e, o mundo, às vezes, nos acolhe melhor. Pois, os nossos, nos olham, conhecem as nossas fraquezas, nos veem simplesmente como o “comum”, e não veem a graça que precisamos levar.
Mas, nós precisamos assumir a nossa missão, seja dentro de casa, na família, onde vivermos, pois, ali, deveremos proclamar a presença de Deus. Veja: Jesus não se omitiu; Ele voltou à Sua terra, foi à sinagoga e, o mais importante, ali Ele ensinava a Palavra de Deus.
Não seja catequista apenas para fora; não seja evangelizador só para os de fora. Seja um evangelizador dentro da sua casa. Com humildade e sabedoria evangélica fale de Deus para os seus, essa é a nossa primeira missão.
Depois que Jesus ensinou na sinagoga, ali Ele não pôde fazer tantos milagres, não pôde espalhar a graça. Saibamos que ouvir já é uma graça, mas o milagre é quando escutamos a Palavra de Deus e ela nos penetra. Pois é, então, que se realiza o Reino de Deus em nós, porque ela muda as nossas convicções e transpõe a nossa maneira de pensar. Queremos milagre maior do que isso?
Sabemos que, quando acolhemos a Palavra de Deus, permitimos que ela entre nós, que mude aqueles sentimentos negativos que cultivamos em nosso coração e mude, também, a nossa maneira de agir. Mas, ali, muitos não souberam. Eles olharam para Jesus apenas como mais um e ficaram escandalizados com Ele.
Por isso, Jesus curou apenas a alguns doentes e admirou-Se com a falta de fé deles. É preciso ter fé para acolhê-Lo, amá-Lo; é preciso ter fé para que a Sua Palavra não seja apenas ouvida, e sim ruminada, guardada e vivida. Então, veremos o milagre acontecer dentro da nossa própria vida.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 06/02/2019

HOMILIA DIÁRIA

A fé em Jesus renova todas as coisas

“‘Um profeta só não é estimado em sua pátria, entre seus parentes e familiares’. E ali não pôde fazer milagre algum. Apenas curou alguns doentes, impondo-lhes as mãos.” (Marcos 6,4-5)

A grande afirmação do Evangelho de hoje é justamente esta: que em Sua casa, onde Ele foi criado (Nazaré), Ele não pôde fazer milagre algum.
A impotência de fazer milagre não é de Jesus, é dos seus, de não acolherem a presença amorosa de Jesus. Porque os seus parentes pararam na sua humanidade, apenas olharam: “Ele é um parente nosso”, “Ele é da nossa família”, “Quem Ele acha que é?”, e não deram crédito a Jesus, pararam na incredulidade do coração e não se deixaram crescer na fé e na experiência com o Senhor Jesus. E nós, muitas vezes, paramos nos nossos raciocínios humanos.
Não despreze, de forma alguma, a racionalidade, porque ela é um dom de Deus, mas a racionalidade que não é iluminada nem alimentada pela fé torna-se irracional, porque ela não é gerida pela graça, não é iluminada pela fé.

Sejamos discípulos de Jesus, para que, todos os dias, toquemos no milagre da fé

Vamos nos tornando pessoas descrentes, desanimadas, vivemos a nossa fé por viver, vamos à igreja por ir. E por que? Por que já crescemos assim? Por que já fazemos parte? Não! A fé é um dom e uma graça, e todo dom e graça, precisam ser alimentados, cultivados, precisam se abrir para que Deus possa agir, porque, do contrário, também não vamos experimentar milagre algum em nossa vida. E o grande milagre da vida chama-se: fé.
Não é a fé só de acreditar que Deus existe, é a fé de acreditar que Deus pode e faz; é a fé de acreditar que eu me jogo nos braços de Deus e Ele cuida de mim. Fé de acreditar na Palavra de Jesus, que Ele é a Palavra e a Palavra d’Ele faz nova todas as coisas.
Não sejamos como os parentes de Jesus, incrédulos e, por isso, não tocaram na graça, mas sejamos discípulos de Jesus, formados na sua escola, sedentos do seu amor e da sua verdade, para que, todos os dias, toquemos no milagre da fé; e a fé opere milagres na nossa racionalidade e incredulidade.
Essa amorosidade que todos nós temos dentro do nosso próprio ser é a fé que faz novas todas as coisas. Toquemos em Jesus porque Ele quer tocar em nós.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 03/02/2021

HOMILIA DIÁRIA

Abra-se para os milagres que Jesus quer realizar em sua vida

“Naquele tempo: Jesus foi a Nazaré, sua terra, e seus discípulos o acompanharam. Quando chegou sábado, começou a ensinar na sinagoga. Muitos que o escutavam ficavam admirados e diziam: ‘De onde recebeu ele tudo isto? Como conseguiu tanta sabedoria? E esses grandes milagres que são realizados por suas mãos? Este homem não é o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, de Joset, de Judas e de Simão? Suas irmãs não moram aqui conosco?’ E ficaram escandalizados por causa dele. Jesus lhes dizia: ‘Um profeta só não é estimado em sua pátria, entre seus parentes e familiares’. E ali não pôde fazer milagre algum. Apenas curou alguns doentes, impondo-lhes as mãos. E admirou-se com a falta de fé deles.” (Marcos 6,1-6)

O Evangelho de hoje nos traz Jesus em sua terra, Nazaré, ensinando na sinagoga. Ele encantava as pessoas com as Suas palavras, porém aqueles que ouviam Jesus e se admiravam d’Ele, não souberam acolher os ensinamentos d’Ele; rejeitaram-no simplesmente pelo fato de Jesus ser alguém deles, ser ali daquela terra.
O que deveria ser motivo de alegria e até mesmo, podemos dizer assim, de um certo orgulho para os Seus conterrâneos, foi causa de rejeição. E por causa dessa rejeição, Jesus não pôde fazer muitos milagres.
Meus irmãos, quando fechamos o nosso coração para Jesus, ou seja, quando agimos com preconceito, com pouca fé, com falta de fé, impedimos a graça de Deus de alcançar a nossa vida.
O preconceito e a falta de fé impedem o Senhor de realizar milagres em nossa vida. E o que aconteceu ali em Nazaré da Galileia foi que Jesus não pôde realizar muitos milagres pela falta de fé dos Seus conterrâneos. Mas é interessante notarmos que, mesmo sofrendo essa triste rejeição pelos Seus parentes e conterrâneos, o Evangelho vai nos afirmar que Jesus ainda curou algumas pessoas daquela região.

O preconceito e a falta de fé impedem o Senhor de realizar milagres em nossa vida

Mesmo sendo impossibilitado de realizar grandes milagres, Jesus curou algumas pessoas, ainda que admirado pela falta de fé dos Seus conterrâneos. E assim Jesus nos ensina que também não podemos desanimar quando somos alvos de rejeição, quando somos desacreditados, mas que precisamos continuar a nossa missão, mesmo quando somos rejeitados e desacreditados.
E assim também como não podemos desanimar, não podemos desacreditar do potencial dos nossos irmãos. Pelo contrário, precisamos incentivar os nossos irmãos, dar credibilidade, uma palavra de incentivo e de apoio.
Às vezes, uma simples palavra de apoio e de incentivo, o simples gesto de acreditar na missão dos nossos irmãos, de acreditar no outro pode ser uma grande ação de Deus na vida deste nosso irmão. E aí nós nos abrimos para os milagres, tanto os milagres na nossa vida, mas também para o milagre na vida do outro.
Por isso, acreditemos uns nos outros, incentivemos, demos uma palavra de incentivo, acreditemos também na missão dos nossos irmãos.
Desça sobre você a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Bruno Antônio
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 01/02/2023

Oração Final
Pai Santo, que o teu Espírito, habitante do nosso mistério, nos ensine a acolher em cada companheiro de caminho nesta vida um filho do teu Amor e da tua misericórdia paternal. Livra-nos, Pai amado, de julgarmos pelas aparências e cria em nós uma expectativa acolhedora de todos. Por Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/02/2013

Oração Final
Pai Santo, que por tantas formas comunica-nos o Amor, ajuda-nos a discernir a tua Presença inspiradora nos irmãos de caminhada, em quem o teu Espírito se mostra vivo e atuante, iluminando a nossa vida neste retorno à Casa Paterna, o teu Reino Santo. Pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 01/02/2017

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, que o teu Espírito, habitante do nosso mistério interior, nos ensine a acolher em cada companheiro na caminhada desta vida um filho do teu Amor misericordioso. Livra-nos, amado Pai, da tentação de julgar o próximo pelas aparências e cria em nós uma expectativa acolhedora de todos. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/02/2019

ORAÇÃO FINAL
Pai nosso, tão querido, brilhe a tua Face sobre nós e seremos salvos! Dá-nos especial veneração pelo Santo Mistério da Encarnação de tua Palavra Criadora em Jesus de Nazaré. Que o nosso encantamento se transforme em vontade e força para segui-Lo pelos caminhos da vida, anunciando a chegada aos nossos corações do teu Reino de Amor. Queremos fazer o Bem ao nosso próximo, pois este é o Caminho para a conquista do Reino. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo vive e reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 03/02/2021

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