ANO C

Lc 10,17-24
Comentário do
Evangelho
A verdadeira alegria do discípulo.
Os setenta e dois voltam alegres da missão para
onde foram enviados, pois fizeram a experiência de que o poder de Jesus atuava
por meio deles e prolongava o “hoje” da salvação (cf. Lc 4,21), através da
vitória sobre o poder demoníaco que tira do coração do ser humano o brilho
original da criação (vv. 18-19; Ap 12,7-12; Dn 12,1-3). Jesus alerta os
discípulos entusiasmados pelo sucesso da missão a não se deixarem levar pelo
prestígio pessoal ou pela fama, pois o importante é pertencer a Deus e viver os
valores do Reino: “... não vos alegreis porque os espíritos se submetem a vós.
Antes, ficai alegres porque vossos nomes estão escritos nos céus” (v. 20). A
verdadeira alegria do discípulo é a comunhão com Deus (v. 20; Ex 32,32; Is 4,3).
Carlos Alberto Contieri,sj
Fonte: Paulinas em 05/10/2013
Vivendo a Palavra
Jesus convida a nos conservarmos simples e diz a
razão: foi aos pequeninos que o Pai quis revelar os seus Mistérios e eles são
felizes porque seus nomes estão escritos no Reino do Céu. É o caminho da
santidade que devemos procurar viver e que não deve ser confundido com a busca
da perfeição.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/10/2013
Vivendo a PalavrA
Jesus convida a nos conservarmos simples e diz
a razão: foi aos pequeninos que o Pai quis revelar os seus Mistérios, e eles
são felizes, porque seus nomes estão escritos no Reino do Céu. É o caminho
humilde da santidade que devemos procurar viver e que não deve ser confundido
com a busca pretenciosa e arrogante da perfeição.
Reflexão
Muitas vezes, podemos perguntar: por que as
pessoas mais simples e humildes recebem com maior facilidade a mensagem do
evangelho do que as sábias e inteligentes? A resposta, à luz do evangelho de
hoje, parece fácil: é porque Deus revela as coisas a elas e as esconde aos
sábios e inteligentes. Será que foi exatamente isso que Jesus quis dizer?
Parece que não, pois nos mostraria um Deus injusto, que faz distinção de
pessoas. Para os inteligentes e sábios, que confiam nos próprios conhecimentos,
a abertura aos mistérios da fé é algo de primitivo e irracional e, com isso, o
mistério fica oculto a eles, não porque Deus escondeu, mas porque eles se
recusam a ver. Os simples e humildes submetem a inteligência à fé e Deus pode,
assim, lhes revelar seus mistérios.
Fonte: CNBB em 05/10/2013
Reflexão
Após a severa advertência de Jesus às cidades impenitentes, um momento
de descontração. Os setenta e dois discípulos voltam da missão repletos de
alegria porque, em nome de Jesus, conseguiram libertar as pessoas das amarras
que as oprimiam. Jesus lhes fala de outra alegria ainda maior, isto é, a
experiência interior de sentir-se filhos amados de Deus. Nesse mesmo instante,
Jesus exulta de alegria sob a ação do Espírito Santo e louva ao Pai por ter
concedido a ele e a seus discípulos a missão de inaugurar o Reino de Deus, no
qual os sábios e entendidos são destronados, enquanto os pequenos (os setenta e
dois) são elevados. Os profetas do Antigo Testamento sonhavam com os tempos
messiânicos. Como gostariam de viver com Jesus, participando dessa eficaz e
salutar reviravolta na história da salvação!
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel
Duarte, ssp)
Meditação
Quando faz algo de bom para alguém fica esperando
agradecimento? - Sabe ser grato a Deus pelas maravilhas que realiza em sua
vida? - Conhece gente que só sabe se lamentar da vida? - Procure ver o que há
de positivo em seu coração. - Veja também seus defeitos.
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 05/10/2013
Meditando o evangelho
A ALEGRIA DO APÓSTOLO
A missão dos discípulos de Jesus teve seu lado bonito de eficácia e
acolhida. Eles foram testemunhas da ação da palavra de Deus na vida das pessoas
e como elas se transformavam. Perceberam, igualmente, como as forças demoníacas
que mantinham as pessoas cativas, seja do pecado seja da doença, eram vencidas.
Viram o Reino expandir-se e se implantar na vida de muita gente. Por isso,
voltavam cheios de alegria para junto de Jesus.
Jesus, porém, temperou o entusiasmo desses missionários, chamando-lhes a
atenção para algo que lhes passava despercebido: sua alegria deveria consistir
em saber que seus nomes estavam inscritos no céu, ou seja, que eram cidadãos do
Reino, cujo Senhor era o Pai. O que faziam, portanto, só tinha sentido enquanto
compreendido como serviço desinteressado e gratuito à causa do Reino. Os
Apóstolos foram, também, alertados para não se deixarem enredar pela glória
mundana provinda do sucesso da missão, e sim, descobrir a raiz verdadeira da
alegria, que consistia em saber-se instrumento nas mãos do Pai para levar a
salvação a toda humanidade.
A alegria e a felicidade despontaram, também, no coração de Jesus. Ele
exultou, porque o Pai revelou a pessoas tão simples, como eram os Apóstolos, os
mistérios do Reino, e contou com eles para serem seus servidores. Eis um grande
motivo para louvar e agradecer!
(O comentário do Evangelho abaixo é
feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica,
Professor da FAJE – e disponibilizado
no Portal Dom Total).
Oração
Senhor Jesus, que meu coração exulte de alegria por
saber que o Pai conta comigo para ser servidor de seu Reino.
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Os discípulos entram em campo
(O comentário do Evangelho
abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora
Consolata – Votorantim – SP)
Quando militei no jornalismo da minha cidade, acompanhava o
campeonato varzeano e gostava de estar no vestiário das equipes, antes e depois
de uma partida importante. Havia um técnico que tinha um discurso assim, quando
a equipe vencia um jogo importante "Ganhamos só uma partida, ainda não
somos campeões de nada!". Claro que ele vibrava muito com o desempenho da
sua equipe, a frase não queria acabar com a festa, mas apenas lembrar que havia
outras partidas a serem vencidas à frente.
Jesus colocou os seus discípulos em "campo" isso é,
enviou-os em missão e deu-lhes poder sobre o mal, não podemos aqui pensar em um
Poder sobrenatural de realizar prodígios, senão uma pessoa comum que vive a sua
Fé nos dias de hoje, jamais iria entender o discipulado como missão, ou acharia
que se trata de pessoas especiais, ungidas, fora do comum.
Geralmente, a maioria dos técnicos de times de várzea, já foram
jogadores das equipes da cidade, conhecem bem as estratégias e artimanhas do
adversário, conhece o campo e sabe onde seus pupilos irão pisar e é comum que
em jogos importantes e decisivos, transmitam essa bagagem e experiência aos
jogadores, que tem disposição, energia, mas ás vezes falta-lhes experiência
para o confronto.
Assim, é Jesus Cristo na relação com os discípulos, ele é homem,
conhece o Bem que habita plenamente nele enquanto Deus, mas conhece também as Forças
do Mal, sabe qual a estratégia do inimigo do Reino, sabe que a missão dos
discípulos não será um mar de rosas e os envia, não sem antes instruí-los e
municiá-los com dons, carismas e todo conhecimento. A missão foi bem sucedida,
a se julgar pela euforia dos discípulos, eles ganharam o jogo, e agora Jesus,
como aquele técnico prudente, quer prepará-los para novos combates contra o
mal. "Não vos alegreis porque os espíritos se sujeitaram a vocês, mas sim
porque estão fortalecidos para o resto do combate que terá um final de glória
para o Reino de Deus.”
Os discípulos são super-homens, são pessoas comuns, que seguem a
Jesus e Nele acreditam, na sociedade daquele tempo, de nada valiam, não eram
poderosos, nem ricos ou importantes, mas perceberam que o Reino Messiânico está
em Jesus e não nas Instituições Humanas. Por isso Jesus louva o Pai
extravasando toda sua alegria, os poderosos não sabem, mas ali naquele grupo de
homens humildes algo grandioso está surgindo e se tornando realidade, marcando
o início de um reino que prevalecerá sobre todos os reinos e impérios do mundo,
em todos os tempos.
Hoje os discípulos somos nós, e, portanto, a cada dia devemos
também nos recolher em Jesus Cristo louvando e agradecendo, porque em sua Graça
vivemos mais um dia comprometidos com o Bem, e usando a liberdade que a sua
Salvação nos conferiu, em nossas ações e palavras, botamos o Mal prá correr,
reafirmando assim a nossa esperança na plenitude do Reino que já está entre
nós...
2. Ficai alegres!
(O comentário do Evangelho abaixo
é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e
disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
A verdadeira alegria nos é dada pela certeza de que o nosso nome
está escrito no céu. Isso deve nos alegrar mais do que as coisas maravilhosas
que podemos fazer nesta terra. O que escreve o nosso nome no céu não é pisar em
cobras e expulsar demônios. O que escreve nosso nome no céu é o amor simples e
desinteressado, nossa presença silenciosa e prestativa junto a qualquer irmão
ou irmã, sobretudo os mais esquecidos e abandonados. Deus revela o valor das
pequenas ações aos pequeninos, e Jesus louva a Deus por isso. São os pequenos e
humildes que desvendam o mistério de Deus revelado por Jesus em sua encarnação.
Afinal, esse Jesus que está no meio de seu povo é o próprio Deus.
Liturgia comentada
E as revelaste aos pequeninos... (Lc 10,17-24)
Certa vez, vi uma camiseta que me chamou a
atenção. Trazia o desenho de um monte onde, em primeiro plano, magos e
cientistas examinavam as estrelas com lunetas e telescópios. Em segundo plano,
atrás de uma moita de capim, escondia-se Jesus com um bando de criancinhas. E
Jesus tinha o indicador sobre os lábios, como a dizer: “Não digam a eles que eu
estou aqui!”
Aquela camiseta denunciava, de forma brincalhona,
nossa antiga ilusão de buscar a Deus nas alturas, quando ele já “desceu” e se
pôs no nosso nível, tornando-se acessível a todos. Desde a Encarnação do Verbo,
toda elucubração teológica se revela como insano esforço de homens que
pretendem transformar sua relação com Deus em uma espécie de conquista, quando,
ao contrário, o próprio Deus se dá de graça aos pequeninos.
Hoje, memória litúrgica de Santa Teresa de
Lisieux – que nosso povo prefere chamar de Teresinha, na intimidade – o
Evangelho não podia ser mais adequado à pequena carmelita. Convém recordar suas
próprias palavras: “Minha desculpa é ser uma criança, e as crianças não medem o
alcance de suas palavras. Quando colocados no trono e donos de imensos
tesouros, seus pais não hesitam em contentar os desejos dos pequenos seres a
quem amam tanto quanto a si mesmos; para agradar a eles, fazem loucuras, chegam
até à fraqueza... Bem! Eu sou a CRIANÇA da Igreja e a Igreja é a Rainha, pois é
tua esposa, ó divino Rei dos Reis...” (Manuscrito B, 257.)
Teresa não sonha com grandezas nem dons
extraordinários, apenas quer ser a criancinha do Pai. “As obras de grande
repercussão lhe são interditadas, não pode anunciar o Evangelho, derramar o
próprio sangue... mas não importa, seus irmãos trabalham em seu lugar e ela,
criancinha, fica junto do trono do Rei e da Rainha. Ama pelos irmãos que
combatem... Como irá testemunhar seu amor se o Amor se prova pelas obras? A
criancinha lançará flores, perfumará o trono real; com sua voz argentina,
cantará o cântico do Amor...” (Ibidem.)
A “pequena via”, o caminito de Teresa é o caminho
da infância espiritual: abandonar-se ao amor, entregar-se como os bebês,
confiar no Pai como as crianças confiam. Desistir de galgar a escadaria íngreme
e deixar-se erguer pelo elevador.
A santidade não é uma conquista. É uma
rendição...
Orai sem cessar: “Se quiserdes, enchei minha mãozinha!” (S.
Teresinha)
Texto de
Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
Fonte: NS Rainha em 05/10/2013
HOMILIA
DIÁRIA
O que estamos vendo e contemplando?
O que estamos vendo e
contemplando? As maravilhas do Reino de Deus acontecendo no meio de nós!
“Pois eu vos digo que muitos profetas e reis
quiseram ver o que estais vendo, e não puderam ver; quiseram ouvir o que estais
ouvindo, e não puderam ouvir” (Lc 10,24).
Jesus em uma grande exaltação no espírito, na
alma, eleva os braços ao Céu e glorifica ao Pai, o Senhor do Céu e da Terra.
Porque não foi aos sábios e nem aos inteligentes deste mundo que Deus revelou
os segredos do Seu Reino – mas foi aos pequeninos.
São os pequeninos, aqueles que são humildes,
aqueles que têm uma alma grande para Deus, são esses que podem contemplar as
belezas do Senhor.
Às vezes, inteligência demais atrapalha, não nos
ajuda a entrar no essencial – que é a graça de Deus – porque podemos chegar a
Deus pela razão. Mas a “razão pela razão” não contempla as maravilhas mais
sublimes do Reino do Céus. É por isso que a razão precisa muito da fé.
A fé que os pequeninos têm, a fé que inclusive
nossas crianças são as primeiras a ter; elas são as primeiras a nos mostrar o
que é confiança. Cada criança confia cegamente no seu pai ou em sua mãe,
rapidamente corre para o seu colo e se protege, se agasalha e se consola.
Assim, devemos ser nós – pequeninos – com um coração cheio de fé e de
confiança. Que possamos nos alegrar e nos rejubilar com a graça do Reino dos
Céus!
O Reino de Deus é concebido para cada um de nós,
na medida em que abrimos o nosso coração, na medida em que valorizamos as
coisas d’Ele que se manifestam em nossa vida. Os discípulos voltaram alegres da
pregação, porque tinham expulsado os demônios e feito prodígios em nome de Jesus.
Mas o próprio Senhor diz que “a vossa alegria não é porque os demônios vos
obedecem, a vossa alegria deve ser porque o vosso nome está escrito no Reino
dos Céus” (cf. Lc 10,20).
Essa deve ser também a nossa alegria, porque nós
contemplamos o Reino de Deus, porque o Seu Reino está no meio de nós e podemos
apreciá-lo, vivê-lo, apregoá-lo; levar para que outros o conheçam. Pois muitos
antes de nós, profetas, sacerdotes, desejaram ver o que nós estamos vendo e não
puderam ver.
O que estamos vendo e contemplando? As maravilhas
do Reino de Deus acontecendo no meio de nós; no pobre que se converte, no
pecador que abandona o seu caminho errado e encontra em Deus a Salvação para
sua vida.
Se você abrir os seus olhos, mas sobretudo o seu
coração e contemplar com uma alma de criança o Reino dos Céus, você vai ver as
maravilhas do Reino de Deus acontecer em sua vida.
Que Deus abençoe você!
Fonte: Canção Nova em 05/10/2013
Oração Final
Pai Santo, dá-nos a alegria natural de quem está
procurando cumprir sua missão, ainda que reconhecendo nossos limites e
impotência, mas confiantes na tua Presença Paternal em nós e nos nossos
companheiros de caminhada. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na
unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/10/2013
Oração FinaL
Pai Santo, concede-nos a alegria natural de
quem está procurando cumprir com humildade a sua missão. Reconhecemos os nossos
limites e impotência – até agradecemos por eles! – e permanecemos sempre
confiantes na tua Presença Paternal em nós e nos nossos companheiros de
caminhada. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito
Santo.

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