ANO C

Mt 14,13-21
Comentário do
Evangelho
Vós mesmos dai-lhes de comer
O texto da multiplicação dos pães tem uma forte
conotação eucarística: “... tomou os cinco pães e os dois peixes… pronunciou a
bênção, partiu os pães e os deu aos discípulos; e os discípulos os distribuíram
às multidões” (v. 19).
Diante da precariedade do lugar e pela hora já
adiantada, os discípulos querem despedir as multidões para que possam comprar
comida. Jesus provoca os discípulos: “Vós mesmos dai-lhes de comer!” (v. 16). É
a oportunidade de poderem compreender que o alimento que sustenta o povo de Deus
ultrapassa o estreitamento material. A vida entregue ao Senhor é o verdadeiro
alimento do povo que o Cristo reúne: “Trabalhai não pelo alimento que se perde,
mas pelo alimento que perdura até a vida eterna, alimento que o Filho do Homem vos dará. […] O pão que eu
darei é a minha carne para a vida do mundo” (Jo 6,27.51).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, abre meu coração para a solidariedade, a fim
de que, diante de meu semelhante necessitado eu sinta a alegria de partilhar
com ele o que me deste.
Fonte: Paulinas em 05/08/2013
Vivendo a Palavra
É missão nossa o cuidado com os irmãos
peregrinos. Se os filhos de Israel reclamavam a Moisés no deserto, Jesus não
espera nem mesmo que seus ouvintes manifestem a fome. Ele corre na frente e
realiza o sinal dos pães que se multiplicam. Ele quer que façamos o mesmo
para nossos irmãos!
Fonte: Arquidiocese BH em 05/08/2013
VIVENDO A PALAVRA
É missão nossa o cuidado com os irmãos
peregrinos. Se os filhos de Israel reclamavam a Moisés no deserto, Jesus não
espera nem mesmo que seus ouvintes manifestem a fome. Ele corre na frente e
realiza o sinal dos pães que se multiplicam. Ele quer que façamos o mesmo para
nossos irmãos!
Reflexão
Informado
da morte de João Batista, Jesus se afasta da cidade símbolo da ganância e
opressão, e se retira para um lugar deserto, onde vai celebrar o banquete da
abundância de alimentos para todos. Sem demora, as multidões vão ao seu
encontro. Sinal de que Jesus tem sempre algo valioso a oferecer. De fato as
alimenta com o pão da Palavra e com o pão material. Em breve, o pão que nutre o
corpo se tornará, para os cristãos, o banquete eucarístico, alimento
espiritual. Jesus mostra que a solução da fome não está no sistema de compra e
venda, que leva ao acúmulo e exploração de alguns sobre a pobreza e a fome de
muitos. Caberá aos discípulos, principalmente às lideranças do povo, organizar
a sociedade e promover a igualdade entre todos. Assim ninguém passará necessidade,
como numa família unida.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel
Duarte, ssp)
Meditação
Em sua comunidade paroquial há pessoas que passam
fome? - Como sua comunidade vive a realidade da partilha? - Partilham-se
realmente os bens ou apenas as sobras? - Encontram na partilha a verdadeira
razão de viver? - Em seu contexto de vida nota algum desperdício de bens?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 05/08/2013
Meditando o evangelho
COMPRAR OU DAR?
A situação delicada em que se encontrava a multidão faminta deu ocasião
para os discípulos manifestarem sua mentalidade e serem corrigidos pelo Mestre.
Quando julgavam que a solução seria despedir a multidão para que fosse comprar
algo para comer, Jesus ordenou que eles mesmos lhe dessem de comer. Esta ordem
só seria entendida se os discípulos se abrissem para o novo projeto de
sociedade subjacente à pregação do Mestre. É para esta novidade que Jesus quer
levá-los a se converter.
Comprar os pães supunha orientar as
relações sociais pelas leis da economia, onde impera a concentração de bens e a
exploração injusta. Neste contexto, quem tem dinheiro tem o direito de comer;
quem não tem, torna-se vítima da fome. Aos comerciantes importa apenas o lucro.
As pessoas, contaminadas pelo egoísmo, acabam virando as costas para o próximo
em dificuldade. Estamos muito distantes do ideal do Reino!
Dar os pães comporta uma dinâmica
diferente. Tudo parte do amor ao próximo, cuja penúria torna-se um apelo para a
solidariedade e a partilha. Quem possui algo para comer, deixa-se tocar por
quem não o tem, e abre mão, generosamente, do que lhe pertence para saciar a
fome do próximo. Esta atitude funda-se na pura gratuidade e exclui qualquer
desejo de recompensa. A alegria já é sentida no ato mesmo de repartir. Nesta
direção é que os discípulos devem caminhar!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo
Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da
FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Pai, abre meu coração para a solidariedade, a fim de que, diante de meu
semelhante necessitado eu sinta a alegria partilhar com ele o que me deste.
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
"DAI-LHES VÓS MESMOS DE COMER!" - Olívia
Coutinho
O evangelho que a liturgia de hoje nos
apresenta, mostra-nos mais uma vez, a sensibilidade de Jesus, diante a
necessidade humana!
A fome de tantos irmãos é uma ferida que sangra
constantemente no coração de Jesus, e está em nossas mãos, a cura
desta ferida! Uma cura, que pode vir de pequenos gestos de amor!
Quem de nós, não tem “5 pães e dois peixes”?
É difícil acreditar, mas é a mais dura realidade;
num mundo de tanta fartura, ainda hoje, morrem milhares de pessoas
vítimas do nosso abandono. São muitos os irmãos, que continuam morrendo
de fome, ou por doenças causadas pela desnutrição, conseqüência do nosso
egoísmo, que nos impede de abrirmos o nosso coração ao amor solidário, o
amor que nos leve a partilha.
A todo instante, pessoas necessitadas de
ajuda, desfilam diante dos nossos olhos, são irmãos nossos,
pessoas desprovidas do mínimo necessário para a sua sobrevivência. E
quantas vezes, nós, que dizemos seguidores de Jesus, tampamos os nossos ouvidos
para não ouvir os seus clamores, preferindo ignorá-los, para nos
isentar de quaisquer responsabilidade sobre eles. E assim,
vamos buscando mil desculpas para justiçar a nossa
impassibilidade, diante a esta triste realidade.
Precisamos aprender a olhar o irmão com o
mesmo olhar de Jesus, um olhar que não apenas constata
a sua necessidade, como também, ajuda-o a encontrar o caminho que o
possibilitará uma vida digna.
A exemplo de Jesus, não podemos fechar os olhos
diante as necessidades do nosso irmão, e muito menos transferir para
outros, a nossa responsabilidade para com eles.
Precisamos conscientizar, de que somos
co-responsáveis pela vida do outro, por tanto, não podemos permanecer
indiferentes as suas necessidades.
Podemos observar, que quase sempre, o que o nosso
irmão busca em nós, não é muito, é sempre algo que está ao nosso alcance,
às vezes, nem é algo material, e sim, uma palavra de esperança, um tempo
para escutá-lo, ou simplesmente um simples sorriso acolhedor!
Como verdadeiros seguidores de Jesus, precisamos
colocar em prática os seus ensinamentos, e assim como Ele, estarmos
sempre atentos às necessidades do outro, prontos para ajudá-lo no que for
preciso.
De nada adianta, erguermos as nossas mãos para
louvar a Deus, se não somos capazes de
abaixá-las, para erguer um irmão!
O evangelho de hoje narra o episódio que
marcou o milagre da multiplicação dos pães: o milagre da partilha! O ponto
fundamental deste acontecimento é o amor, o amor que leva a partilha.
Sabemos que Jesus, se quisesse,
poderia realizar sozinho a multiplicação dos pães, mas Ele quis envolver
todos os seus discípulos, o que nos mostra, que Jesus quer agir no
mundo, fazendo do coração humano o seu próprio coração.
Hoje, Jesus nos encarrega de saciar a fome
de tantos irmãos, fome de pão e fome de amor, na certeza de que: colocando em
suas mãos o pouco que temos, Ele transformará em muito!
Onde existe amor, existe partilha, onde
existe partilha, Deus entra, e o milagre da multiplicação acontece!
É nosso compromisso cristão, despertar no outro a
necessidade de Deus, mas antes, é preciso saciar a sua fome, criar no seu
coração a necessidade de Deus, como fez Jesus: a
partir da necessidade do pão material, Ele criou a necessidade do pão da vida
eterna.
Quem partilha com o outro, o pão material,
desperta nele, a necessidade de Deus!
FIQUE NA PAZ DE JESUS! – Olívia
Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 05/08/2013
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Cinco pães e dois peixinhos...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito
pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata –
Votorantim – SP)
Confesso que quando reflito este evangelho, conhecido como da multiplicação
dos pães, fico intrigado com algo bem simples: o milagre poderia ser muito mais
espetacular, se Jesus tivesse mandado as pessoas sentarem-se em grupos, e
depois, ao fazer o ritual da benção, os pães e os peixinhos, aparecessem como
em um passe de mágica, na mão das pessoas, surgindo do nada. Mas neste milagre
há uma palavra chave, de significado muito profundo, trata-se do milagre da
multiplicação... Deus criou tudo do nada, diz o livro do Gênesis, mas quando se
trata do pão, ele faz questão de multiplicar.
Alguém cedeu o seu lanche, fazendo parceria com Jesus, no ato
prodigioso! Mateus nos dá a entender que esse alimento pertencia aos próprios
discípulos “Só temos aqui, cinco pães e dois peixes”. A fome da multidão é
muito maior do aquilo que podemos dar, será sempre assim, o que temos para dar
é muito pouco, para resolver o problema da família, da comunidade, os problemas
sociais, a violência, as drogas, o desamparo aos idosos, as crianças pobres, as
tristezas do outro, a depressão do irmão, suas angústias e desgraças, doenças e
mortes, a idade avançada, diante de tudo isso, a gente até se comove, mas
justificamos com aquele pensamento tão nefasto: Sinto muito, nada posso fazer!
Por que dizemos isso, em tantas situações da nossa vida, diante
de um irmão que sofre, que chora, que se desespera? Porque não confiamos no que
temos, por acharmos muito pouco, vamos ter de nos separar, vou ter de abortar,
vou ter de me omitir, vou ter que ficar quieto, nos sentimos impotentes, sem
força alguma para mudar a situação, se tivéssemos muito, se tivéssemos poder,
se fôssemos respeitados, se estivéssemos no comando, seu fossemos ricos, ah!
Tudo seria diferente... Daríamos um jeito nessa situação, resolvendo o
problema.
Mas, como nada somos, e ainda termos tão pouco, é melhor ficar
no velho e conhecido “cada um por si, Deus por todos”, queremos sempre despedir
as pessoas para que cada uma se vire do seu jeito. É o comodismo e o egoísmo,
que domina este mundo da nossa modernidade onde o espírito consumista afirma que,
somente quem tem muito, consome muito, pode realizar sonhos e projetos de vida.
Jesus desmonta este esquema mesquinho e centralizador, que concentra a riqueza
material, nas mãos de uma minoria.
Dai-lhes vós mesmos de comer, eles não precisam ir embora! Após
a oração de graças e a benção, começa a ocorrer o milagre: os discípulos
começam a distribuir aquele pouco que têm, às multidões. Nos projetos e
empreendimentos humanos, quem mais tem é que decide o que fazer só quem tem
muito, poderá fazer grandes coisas, no projeto de Jesus a palavra de ordem é
partilhar, mesmo que seja o pouco, acreditando que esse pouco, para o próximo
vai ser muito.
O milagre, portanto, não está na quantia de pães e peixes, mas
no gesto de partilhar, acreditando que naquele momento, o pouco que eu posso
dar ou fazer, é exatamente tudo o que o meu próximo precisa. Nesse sentido, os
cinco pães e dois peixinhos desse evangelho, pode ser um simples sorriso, dado
a quem está triste, um abraço, um beijo ou um aperto de mão, em quem está sofrendo
alguma dor, uma mão no ombro de quem está desanimado, uma palavrinha de consolo
a quem chora, uma palavra de coragem a quem perdeu a vontade de viver. E
pronto, está feito o milagre!
“Você não sabe como foi importante para mim, a sua presença, o seu
gesto, naquela hora!” Todos nós já escutamos esta frase, entretanto o que demos
ou fizemos foi tão pouco e parecia tão insignificante. Chegamos ao ponto chave
da reflexão, quando acreditarmos na força do nosso “pouco“, iremos conseguir
mudanças prodigiosas na família, na comunidade e na sociedade, mas não precisa
ficar cobrando para que o outro faça a sua parte, um gesto de partilha já é por
si suficiente, para promover grandes mudanças, para transformar a miséria em
fartura, pois quando dizemos – eu já fiz a minha parte, espero que cada um faça
a sua, estamos nos colocando acima das outras pessoas e, portanto no direito de
cobrar, e se seguíssemos essas lógica, ditada pelo orgulho e a prepotência,
estaríamos perdidos diante de Jesus, que nos ama sempre com um amor sem
medidas, sem nunca nos cobrar.
Dos pedaços que sobraram encheram-se doze cestos, e a multidão
ficou saciada, o projeto de Jesus de Nazaré parecia tão pouco e ridículo diante
da grandeza do Messianismo, sonhado e esperado pelos seus compatriotas,
entretanto, a graça que nasceu da Salvação, libertou não só a Israel, mas a
todas as nações da terra. Há alguém faminto ao seu lado, de uma fome que vai
bem além do estomago vazio, ofereça o seu “pouquinho” com alegria, e creia
nesse milagre!
2. Ao entardecer,
aproximaram-se dele
(O
comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia
dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
Informado da morte de João Batista, Jesus se retira para um
lugar deserto, mas o povo vai atrás dele. Seu coração se compadece e ele cura
os doentes. O tempo passa, e é preciso despedir as pessoas para procurarem
alimento enquanto é dia. Jesus diz então aos discípulos algo aparentemente impossível:
“Vocês mesmos vão dar-lhes de comer”. Eles tinham cinco pães e dois peixes,
quase nada, mas bom começo para a partilha. E o milagre aconteceu. Um passe de
mágica certamente não foi. Todos se alimentam e sobram doze cestos. Não importa
saber como aconteceu a multiplicação. Basta ver e imitar. Inventem um modo de
dar ao povo o pão de cada dia, e dar-lhe também o Pão da Eucaristia.
HOMILIA
DIÁRIA
Quem confia no Senhor jamais será abandonado
Aqueles
que confiam no Senhor jamais serão abandonados. Mas quem não sabe confiar no
Senhor, muitas vezes abandona-O por causa daquilo que lhe falta.
“Os filhos de Israel começaram a lamentar-se,
dizendo: ‘Quem nos dará carne para comer?”’(Nm 11,4b).
Meus irmãos, hoje a Liturgia com a riqueza da sua
palavra, nos chama a atenção para o Livro dos Números, onde o povo de Deus se
encontra reclamando, murmurando, porque está passando fome e não tem o que
comer.
Deus sempre cuidou do seu povo ao longo do
caminho, mas eles preferiram se recordar das cebolas, das coisas que haviam no
Egito mas não tinham Deus. Agora, eles têm Deus. Mas sentem, às vezes, a falta
disso ou a falta daquilo. E às vezes começam, então, a murmurar.
Nós somos assim também: muitas vezes andamos
longe de Deus, mas estamos cercados de coisas materiais, estamos com abundância
disso ou daquilo. Aí nos vangloriamos! Sabe por quê? Porque a nossa visão é
materialista, é carnal. O que importa para nós é ter as coisas.
Quem é de Deus, não. Às vezes falta isto, falta
aquilo… Mas tem Deus. Sabe agradecer, louvar. Sabe que no tempo certo Deus há
de prover. E aqueles que confiam no Senhor jamais serão abandonados. Mas quem
não sabe verdadeiramente confiar no Senhor, muitas vezes abandona-O por causa
daquilo que lhe falta.
Você pode estar passando por algum aperto, por
alguma necessidade. Pode até ser que você se encontre desempregado, e não
consiga dar a seus filhos aquilo que deseja. Mas eu quero dizer a você, meu filho:
“Aguenta firme no Senhor!” Pode lhe faltar tudo, mas que nunca falte a sua fé e
confiança no Senhor.
Não murmure. Não reclame. Não comece simplesmente
a lamentar e murmurar contra Deus, porque isso só vai tirar a paz do seu
coração, só vai abalar sua fé. Quando, na verdade, o que você precisa – mais do
que nunca agora – é viver uma experiência de fé. Crescer na fé, na confiança,
na convicção de que a Divina Providência do Senhor está do seu lado.
Quero, hoje, convidar você a não desanimar. Se
você passa por alguma circunstância difícil na sua vida, por algum aperto,
necessidade, coloque no Senhor a sua confiança e não desanime jamais.
Que Deus abençoe você.
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e
colaborador do Portal Canção Nova.
Oração Final
Pai Santo, faze-nos atentos às carências dos
irmãos, abertos para ouvir os seus
desejos e disponíveis para atendê-los com espontânea generosidade. Mantém-nos
humildes e discretos, na certeza de que há maior alegria em dar do que em
receber. Por Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/08/2013
ORAÇÃO FINAl
Pai Santo, faze-nos atentos às carências dos
irmãos, abertos para ouvir os seus desejos e disponíveis para atendê-los com
espontânea generosidade. Mantém-nos humildes e discretos, na certeza de que há
maior alegria em dar do que em receber. Por Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na
unidade do Espírito Santo.

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