segunda-feira, 17 de março de 2025
Novena de São José – Oitavo Dia (DOS DIAS 11 DE MARÇO A 19 DE MARÇO) - FESTA: 19 DE MARÇO
Novena de São José – Oitavo Dia
(18 DE MARÇO)
Nota: Esta oração foi encontrada no quinquagésimo ano de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Em 1505 ela foi enviada pelo Papa ao Imperador Carlos quando ele estava indo para uma batalha.
Quem quer que leia esta oração ou a escute ou a mantenha junto de si jamais deverá morrer de morte repentina, ou ser afogado, nem mesmo veneno fará mal algum a eles; e muito menos cairão eles nas garras do inimigo, ou se queimarão em alguma chama ou serão mortos em batalha.
Oração Inicial
Oh! São José, cuja proteção é tão grande, tão forte, tão imediata diante do trono de Deus, coloco em vossas mãos todos os meus interesses e desejos.
Oh! São José, auxilie-me com sua poderosa intercessão, e obtenha para mim do seu divino Filho todas as bênçãos espirituais, por intermédio de Jesus Cristo, nosso Senhor, para que, tendo-me comprometido aqui, sob seu poder celestial, eu possa oferecer minhas graças e homenagens ao mais amável dos Pais.
Oh São José, jamais me canso de contemplar a ti e a Jesus a dormir em seus braços; Não me atrevo a me aproximar enquanto Ele repousa junto do teu coração. Abraçe-O em meu nome e beije-O ao meu último suspiro.
São José, Patrono das almas partidas; Rogai por mim.
Em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo. Amém e Amém.
Oh glorioso São José, fiel seguidor de Jesus Cristo, a ti elevamos nossos corações e nossas mãos para implorar vossa poderosa intercessão em obter do benigno coração de Jesus todos os auxílios e graças necessárias ao nosso bem-estar espiritual e carnal, particularmente pela graça de uma morte feliz e o especial favor que agora vos pedimos (mencionar pedido).
Oh! guardião dos encarnados do mundo, sentimo-nos animados e confiantes de que vossas orações em nosso favor serão graciosamente ouvidas ao trono de Deus.
Oh! glorioso São José, pelo amor que tendes por Jesus Cristo e pela glória do Seu nome, escutai as nossas orações e dai-nos o que pedimos. Amém.
Oitavo Dia
Oh! abençoado José, a quem foi concedido não apenas ver e ouvir o Deus que muitos reis ansiaram em ver e não viram; Ouvir e não ouviram; mas também carregá-Lo em vossos braços, abraçá-Lo, vesti-Lo, e guardar e defendê-Lo, vinde em nosso auxílio e intercedei junto a Ele para olhar favoravelmente nosso pedido (mencionar pedido). Amém.
Pai Nosso… Ave Maria… Glória ao Pai… São José, rogai por nós!
Dias Anteriores
HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 17/03/2025


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COLETÂNEA DE HOMÍLIAS DIÁRIAS, COMENTÁRIOS E REFLEXÕES DO EVANGELHO DO DIA, DE ANOS ANTERIORES - 17/03/2025
ANO C
Lc 6,36-38
Comentário do Evangelho
Deus é misericordioso.
Nosso texto é parte do que no evangelho segundo Lucas denomina-se “sermão da planície” (6,17-49); é a sequência do chamado dos Doze sobre a montanha, onde Jesus passou a noite inteira em oração (6,12-16). A nossa perícope é parte do trecho tematicamente dominado pelo imperativo do amor aos inimigos (vv. 27-35). A primeira parte do v. 36 equivale ao que no evangelho segundo Mateus é o imperativo à perfeição (Mt 5,48). Em primeiro lugar, é preciso compreender que o imperativo se baseia no que Deus é: misericordioso. Sua misericórdia se manifesta na sua bondade para com todos, ingratos e maus (cf. v. 35). A misericórdia de Deus se exprime na acolhida dada por Jesus aos pecadores (cf. Lc 5,29-32; 7,36-50; 15,1ss; 19,1-10). Cada um, independentemente de sua situação, pôde ou pode experimentar a misericórdia de Deus em relação a si mesmo. É com essa mesma misericórdia que se exige tratar os outros. O amor aos inimigos não é uma ideia; ele se concretiza na renúncia a julgar, isto é, condenar alguém (v. 37a-37b), na disposição permanente e renovada de perdoar (v. 37c) e de entregar-se a si mesmo (v. 38a), como o Senhor se entregou para a salvação de toda a humanidade.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, dispõe meu coração para o perdão, pois este é o caminho pelo qual estabeleço minha comunhão contigo.
Fonte: Paulinas em 17/03/2014
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
Sede compassivos como vosso Pai
Quaresma é tempo de nos aproximarmos mais de Deus e sentir a sua perfeição. Ouvimos em São Mateus que é preciso ser perfeito como o Pai celeste é perfeito, e nos perguntamos: como isso é possível? São Lucas nos ajuda e nos esclarece quando escreve: “Sede misericordiosos como vosso Pai é misericordioso”. A perfeição de Deus se mostra na sua misericórdia; por isso, mais do que compreendê-la, nós a sentimos.
O que quer dizer na prática ser misericordioso? Temos uma resposta no texto de São Lucas: não julgar, não condenar, perdoar, dar com generosidade, medir com largueza são ações da misericórdia. Dizem que nossas ações são concebidas primeiro na mente e depois no corpo. A concepção mental viria antes da concepção no ventre. Temos então um bom exercício quaresmal, que consiste em examinar e purificar a nossa mente.
Nela se elaboram os julgamentos e as condenações, mas também o perdão. Depois vem a concepção no corpo. Mãos e pés se movimentam para a ação: doar com generosidade, medir com largueza. O resultado é que não seremos julgados, não seremos condenados, seremos perdoados. Sirva-nos de estímulo pensar que seremos medidos com a medida que usamos para medir os outros. Misericórdia não pode ser apenas uma palavra que repetimos à exaustão. Ela existe e se deixa ver em atitudes concretas, muitas vezes silenciosas.
Cônego Celso Pedro da Silva,
Fontes: Catequisar e Comece o Dia Feliz em 26/02/2024
Vivendo a Palavra
Ouçamos a Promessa do Pai e ofereçamos tudo o que temos e somos. E Ele nos retribuirá com generosidade uma ‘medida boa, calcada, sacudida e transbordante’ de Graça – que é a sua própria Presença Misericordiosa em nós, desde já, nesta caminhada pela terra abençoada que Ele nos empresta para cuidado e partilha.
Fonte: Arquidiocese BH em 17/03/2014
VIVENDO A PALAVRA
A ‘pregação na planície’, em Lucas, corresponde ao ‘sermão da montanha’, em Mateus. São ensinamentos que devemos receber com gratidão, guardar com carinho e viver com zelo e amor. O exercício da Misericórdia, que define o Pai, deve ser a regra do nosso relacionamento com nós mesmos, com o próximo e com a natureza.
Fonte: Arquidiocese BH em 26/02/2018
VIVENDO A PALAVRA
Ouçamos a Promessa do Pai e ofereçamos a Ele tudo o que temos e somos. E Ele nos retribuirá com generosidade uma ‘medida boa, calcada, sacudida e transbordante’ de Graça – que é a sua própria Presença Misericordiosa em nós, desde já, nesta caminhada pela terra abençoada que Ele nos empresta para ser cuidada, usufruída e partilhada com a humanidade.
Fonte: Arquidiocese BH em 09/03/2020
VIVENDO A PALAVRA
Lucas coloca nos lábios de Jesus o preceito de seguir a Misericórdia do Pai. Não diz aqui, a sua Perfeição. A misericórdia convive com os nossos pecados, com o processo de conversão; a busca da perfeição, não. A misericórdia nos faz humildes, visando à simplicidade e ao despojamento; ao passo que o desejo de sermos perfeitos nos envaidece: queremos prestígio, esperamos o reconhecimento dos nossos méritos.
Fonte: Arquidiocese BH em 01/03/2021
Reflexão
A justiça de Deus é muito diferente da justiça dos homens. A justiça dos homens parte de dois pressupostos: o primeiro diz que a cada um deve ser dado o que lhe pertence, e o segundo afirma que cada pessoa deve receber os méritos pelo bem que promovem e os castigos pelos males que causa. A justiça divina é aquela que distribui gratuitamente todos os bens e dá todas as condições para que o homem possa ser feliz e ter uma vida digna e é por isso que Deus criou todas as coisas e as deu gratuitamente para os homens que não viveram a gratuidade e se apossaram do mundo segundo seus interesses. A justiça divina é aquela que não nos trata segundo as nossas faltas, mas age com misericórdia e nos convida a fazer o mesmo.
Fonte: CNBB em 17/03/2014
Reflexão
Numa de suas instruções aos discípulos, Jesus profere sua solene e revolucionária sentença: “Sejam misericordiosos, como o Pai de vocês é misericordioso”. Mais que um conselho, trata-se de séria exigência para os que querem fazer parte da comunidade de Jesus. Ser misericordioso é exercício para a vida inteira. Talvez por isso é que Jesus tenha acrescentado a necessidade de não julgar, não condenar, perdoar e ser generoso. Devemos ser compassivos, porque Deus é compassivo; devemos perdoar, porque Deus nos perdoa. À medida que crescemos e nos fortalecemos na vivência dessas virtudes, o Pai celeste nos socorre, pois “a mesma medida que vocês usarem para com os outros será usada para com vocês”.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 18/03/2019
Reflexão
Modelo de compaixão é o Pai celeste: “Sejam misericordiosos, como o Pai de vocês é misericordioso”. Mas o é também Jesus, a quem recorriam os sofredores, implorando: “Filho de Davi, tem piedade de nós” (Mt 9,27), “Senhor, tem piedade do meu filho” (Mt 17,15). O Mestre nunca negou uma resposta traduzida em boa obra em favor de quem, com fé, lhe pedisse ajuda. Quanto ao julgamento, corremos o risco de errar, já que as aparências enganam. E não conhecemos profundamente o ser humano. Aviso de Jesus: Pratiquem boas obras com generosidade, sem nada esperar como reconhecimento ou recompensa. É assim que Deus age: de modo abundante. Quanto mais formos gratuitos e generosos para com os outros, mais o Senhor nos cumulará de bens espirituais. E materiais.
Oração
Ó Jesus Mestre, aprendemos que no Reino de Deus não há lugar para mesquinharia ou estreiteza de espírito. Ao contrário, somos convidados a sermos generosos, compassivos e capazes de perdoar. Tais atitudes são garantia de que Deus será bondoso, abundante em graças e rico em misericórdia conosco. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 09/03/2020
Reflexão
Quatro propostas de Jesus para que possamos tornar- nos cada vez mais misericordiosos como o Pai: não julgar, não condenar, perdoar e dar. Os dois primeiros são negativos e andam de mãos dadas. Quando nos tornamos juízes dos outros, a primeira tendência nossa é a condenação. Com facilidade, vemos nos outros o que escondemos dentro de nós. Quando temos o compromisso ou a obrigação de “avaliar” os outros, devemos fazê-lo sempre com muita caridade e amor. Isso não significa que devemos fechar os olhos diante das injustiças e os ouvidos ao clamor do povo. Os dois aspectos positivos: perdoar e dar. Somos egoístas, queremos o perdão de Deus, mas nem sempre conseguimos praticá-lo. Dar e partilhar com os mais necessitados é cada vez mais difícil. A realidade dos grandes centros urbanos mostra claramente isso.
Oração
Ó Jesus Mestre, aprendemos que no Reino de Deus não há lugar para mesquinharia ou estreiteza de espírito. Ao contrário, somos convidados a ser generosos, compassivos e capazes de perdoar. Tais atitudes são garantia de que Deus será bondoso, abundante em graças e rico em misericórdia conosco. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 01/03/2021
Reflexão
Aquilo que Jesus ensinou a seus discípulos atravessou séculos e é válido para nós ainda hoje. Jesus é desconcertantemente prático; contudo, engana-se quem considera que assumir na própria vida suas palavras seja fácil. Jesus pede de seus seguidores, de nós, a conversão do coração e da mente; que rompamos os esquemas que separam e tornam irmãos rivais e nos abramos à fraternidade plena e verdadeira. Não se trata aqui de um “jogo de conveniência”, mas de novo estilo de vida, em que a palavra de ordem é “amor”. Na dinâmica proposta por Jesus, não há maiores ou menores; grandes ou pequenos; superiores e inferiores. Jesus, com suas palavras, seus ensinamentos e sua vida, quer instaurar o Reino de Deus onde todos tenham lugar garantido e sua dignidade assegurada. Não somos juízes de ninguém; somos irmãos uns dos outros.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)
Fonte: Paulus em 14/03/2022
Reflexão
Numa de suas instruções aos discípulos, Jesus profere sua solene e revolucionária sentença: “Sejam misericordiosos, como o Pai de vocês é misericordioso”. Mais que um conselho, trata-se de séria exigência para os que querem fazer parte da comunidade de Jesus. Ser misericordioso é exercício para a vida inteira. Talvez por isso é que Jesus tenha acrescentado a necessidade de não julgar, não condenar, perdoar e ser generoso. Devemos ser compassivos, porque Deus é compassivo; devemos perdoar, porque Deus nos perdoa. À medida que crescemos e nos fortalecemos na vivência dessas virtudes, o Pai celeste nos socorre, pois “a mesma medida que vocês usarem para os outros, será usada para vocês”.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)
Fonte: Paulus em 06/03/2023
Reflexão
Modelo de compaixão é o Pai celeste: “Sejam misericordiosos, como o Pai de vocês é misericordioso”. Mas o é também Jesus, a quem recorriam os sofredores, implorando: “Filho de Davi, tem piedade de nós” (Mt 9,27), “Senhor, tem piedade do meu filho” (Mt 17,15). O Mestre nunca negou uma resposta traduzida em boa obra em favor de quem, com fé, lhe pedisse ajuda. Quanto ao julgamento, corremos o risco de errar, já que as aparências enganam, e não conhecemos profundamente o ser humano. Aviso de Jesus: pratiquem boas obras com generosidade, sem nada esperar como reconhecimento ou recompensa. É assim que Deus age: de modo abundante. Quanto mais formos gratuitos e generosos para com os outros, mais o Senhor nos cumulará de bens espirituais. E materiais.
(Dia a dia com o Evangelho 2024)
Fonte: Paulus em 26/02/2024
Reflexão
«Dai e vos será dado»
Rev. D. Antoni ORIOL i Tataret
(Vic, Barcelona, Espanha)
Hoje, o Evangelho segundo São Lucas proclama uma mensagem mais densa do que breve, e note-se que é mesmo muito breve! Podemos reduzi-la a dois pontos: um enquadramento de misericórdia e um conteúdo de justiça.
Em primeiro lugar, um enquadramento de misericórdia. Com efeito, a máxima de Jesus sobressai como uma norma e resplandece como um ambiente. Norma absoluta: se o nosso Pai do céu é misericordioso, nós, como filhos seus, também o devemos ser. E como é misericordioso, o Pai! O versículo anterior afirma: «(...) e sereis filhos do Altíssimo, porque Ele é bom até para os ingratos e os maus» (Lc 6,35).
Em segundo lugar, um conteúdo de justiça. Efetivamente, encontramo-nos perante uma espécie de “lei de talião”, nos antípodas (oposta) da que foi rejeitada por Jesus («Olho por olho, dente por dente»). Aqui, em quatro momentos sucessivos, o divino Mestre ensina-nos, primeiro, com duas negações; depois, com duas afirmações. Negações: «Não julgueis e não sereis julgados»; «Não condeneis e não sereis condenados». Afirmações: «Perdoai e sereis perdoados»; «Dai e vos será dado».
Apliquemo-las fielmente à nossa vida de todos os dias, atendendo especialmente à quarta máxima, como faz Jesus. Façamos um corajoso e lúcido exame de consciência: se em matéria familiar, cultural, econômica e política o Senhor julgasse e condenasse o nosso mundo como o mundo julga e condena, quem poderia enfrentar esse tribunal? (Ao regressar a casa e ao ler os jornais ou escutar as notícias, pensemos apenas no mundo da política). Se o Senhor nos perdoasse como o fazem normalmente os homens, quantas pessoas e instituições alcançariam a plena reconciliação?
Mas a quarta máxima merece uma reflexão particular já que, nela, a boa lei de talião que estamos a considerar fica, de alguma forma, superada. Com efeito, se dermos, nos darão na mesma proporção? Não! Se dermos, receberemos — notemo-lo bem — «Uma medida boa, socada, sacudida e transbordante» (Lc 6,38). É pois à luz desta bendita desproporção que somos exortados a dar previamente. Perguntemo-nos: quando dou, dou bem, dou procurando o melhor, dou com plenitude?
Pensamentos para o Evangelho de hoje
- «Deus me deu a sua infinita misericórdia, e através dela contemplo e adoro as outras perfeições divinas ...! Então, todos eles me parecem radiantes de amor; até a justiça (e talvez esta ainda mais que todas as outras) parece-me revestida de amor» (Santa Teresa de Lisieux)
- «Deus não pode simplesmente ignorar toda a desobediência dos homens, todo o mal da história: não pode tratá-lo como algo irrelevante e insignificante. Esse tipo de “misericórdia” e “perdão incondicional” seria uma “graça a preço baixo”. ‘Se formos infiéis, Ele permanece fiel, porque não pode negar-se a si mesmo’ (cf. 2Tm 2,13)» (Bento XVI)
- «Ora, e isso é temível, esta onda de misericórdia não pode penetrar nos nossos corações enquanto não tivermos perdoado àqueles que nos ofenderam. O amor, como o corpo de Cristo, é indivisível: nós não podemos amar a Deus, a quem não vemos, se não amarmos o irmão ou a irmã, que vemos (cf. 1Jn 4,20). Recusando perdoar aos nossos irmãos ou irmãs, o nosso coração fecha-se, a sua dureza torna-o impermeável ao amor misericordioso do Pai. Na confissão do nosso pecado, o nosso coração abre-se à sua graça» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.840)
Fonte: Evangeli - Evangelho - Feria em 06/03/2023 e 26/02/2024
Reflexão
A misericórdia de Deus não é uma “graça a baixo preço”
REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)
Hoje experimentamos a Quaresma como tempo privilegiado de peregrinação interior para aquele que é a fonte da misericórdia. É uma peregrinação na qual Ele mesmo nos acompanha através do deserto da nossa pobreza, sustentando-nos no caminho para a alegria intensa da Páscoa. Mas, na verdade, que significa “misericórdia divina”?
Diante da Cruz —dolorosa e amorosamente aceite por Jesus— entendemos que a misericórdia divina não é uma espécie de “perdão incondicional” (uma tal “misericórdia” teria sido uma “graça a baixo preço”). Deus não pode ignorar o mal da história, como se fosse algo irrelevante e insignificante. A injustiça não se pode ignorar sem mais; deve-se acabar com ela, vencê-la. Só essa é a verdadeira misericórdia. Deus assume tudo isto na sua paixão e, assim, mostra a bondade divina “incondicional”, uma bondade que não pode estar em contradição com a verdade e a correspondente justiça.
—Devemos deixar-nos submergir na misericórdia do Senhor; então também o nosso “coração” encontrará o caminho certo.
Fonte: Evangeli - Evangelho Master - Feria em 26/02/2024
Recadinho
O Evangelho para o dia de hoje é breve, mas se estende ao infinito! Misericórdia! Compaixão, solidariedade, ternura, perdão, bondade, acolhida! Qual destas palavras mais lhe toca o coração no momento? - Lembro-me do testemunho do bom samaritano? A misericórdia não tem fronteiras! - No caminho de Emaús, à beira do lago da Galileia, Jesus toma o pão, abençoa-o e o reparte. Tenho condições de partilhar meus bens espirituais? E os materiais? - Os discípulos reconheceram Jesus. Eu o reconheço em meus irmãos? - Meus irmãos o reconhecem em mim? - Como as pessoas que cruzam meu caminho reconhecem que vivo uma vida cristã?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 17/03/2014
Meditação
No Antigo Testamento três palavras são usadas para falar da misericórdia de Deus, o cuidado de Deus por nós. A primeira salienta a BONDADE. A segunda destaca a GRATUIDADE. A terceira lembra o SEIO MATERNO, relacionando a misericórdia divina com o amor entranhado da mãe por seu filho. Essas devem ser as características de nossa atitude e de nossos sentimentos para com nossos irmãos. Isto é belo, mas temos de caminhar muito ainda para alcançar essa verdade...
Oração
Deus, que para remédio e salvação nossa nos ordenais a prática da mortificação, concedei que possamos evitar todo pecado e cumprir de coração os mandamentos do vosso amor. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: a12 - Reze no Santuário - Deus Conosco em 06/03/2023
Meditação
“Sede misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso.” Depois de ensinar que devemos amar até os que não nos amam, Jesus manda que sejamos misericordiosos como o Pai. Nosso conceito de misericórdia quase sempre se resume em compaixão e perdão. O conceito bíblico é mais rico. Misericórdia é amor que nasce das entranhas, do coração; é ternura, afeição fiel quase instintiva, piedade, bondade, clemência, é sofrer e sentir com o outro.
Oração
Ó DEUS, que para nossa salvação nos ordenais a prática da mortificação, concedei que possamos evitar todo pecado e cumprir de coração os mandamentos do vosso amor. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
Fonte: a12 - Reze no Santuário - Deus Conosco em 26/02/2024
Comentário sobre o Evangelho
Jesus aos discípulos: «Sede misericordiosos como vosso Pai é misericordioso»
Hoje, não o esqueceremos! Jesus Cristo segue subindo para Jerusalém, onde entregará sua vida por nossa salvação. E, de novo, nos repete uma ideia muito importante: «Sejam compassivos», sejam misericordiosos, sejam pacientes… Porque Deus é assim porque o Amor é assim. Não existem amores vingativos, amores críticos, amores imoderados…
—Deus é assim e a vida é assim: «Porque com a medida com que você se mede, será medido». Quem não perdoa também não se deixa perdoar!
Fonte: Family Evangeli - Feria em 26/02/2024
Meditando o evangelho
O AGIR CRISTÃO
O cristão tem consciência de que suas ações superam os limites das relações humanas, para desembocar no Pai. Por isso, todo gesto humano, sem exceção, tem algo a ver com Deus: deve inspirar-se nele, de quem receberá o prêmio ou o castigo.
O eixo fundamental da vida cristã deve ser a misericórdia. O motivo é simples: a misericórdia é o eixo fundamental do agir do Pai. E, pela misericórdia, o cristão reproduz um modo de ser característico de Deus.
Jesus indicou-nos algumas maneiras de expressar a misericórdia: não nos tornar juízes do próximo, e por conseguinte, abster-nos de condená-lo; perdoar sempre, e sermos capazes de doar nossos bens, com generosidade. A misericórdia, portanto, consiste em colocar-se diante do próximo com a humildade de quem se sabe servidor, e com a consciência de não ter o direito de julgá-lo e condená-lo. Isto compete ao Pai. A pessoa misericordiosa está sempre disposta a reatar, mediante o perdão, os laços rompidos pela inimizade.
A contrapartida da misericórdia humana é a misericórdia divina. O Pai não julga nem condena a quem foi capaz de ser misericordioso. Perdoa a quem foi capaz de perdoar. E a quem soube doar, dá com superabundância.
O cristão não pode perder de vista esta dimensão de seu agir. A falta de misericórdia resultará fatal, no momento de seu encontro com o Pai.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de misericórdia, reveste todas as minhas ações com a misericórdia, característica do Pai, levando-me a ser, para o meu próximo, a revelação da bondade divina.
Fonte: Dom Total em 18/03/2019
Meditando o evangelho
PERDOAR E SER PERDOADO
A reconciliação foi um tema fundamental do ministério de Jesus. Tudo quanto fazia visava restaurar os laços de amizade dos seres humanos entre si e com Deus. Ele foi, por excelência, um construtor de reconciliação. Portanto, um bem-aventurado!
No seu ensinamento, o Mestre mostrou a transcendência do perdão que rompe os limites do puro relacionamento humano para levar ao relacionamento das pessoas com Deus. No ato de perdoar, o discípulo do Reino decide seu destino eterno.
A ordem de Jesus – "Perdoai, e sereis perdoados!" – não expressa a reciprocidade do perdão no nível puramente humano, como se ele dissesse: na medida em quem vocês perdoarem o próximo, serão perdoados por ele. Pelo contrário, o perdão oferecido ao próximo tem, como contrapartida, o perdão recebido de Deus. Quem abre o coração e oferece o perdão a seu semelhante, restabelecendo o relacionamento fraterno encontrará no Pai um coração aberto para perdoá-lo e acolhê-lo.
Conclui-se da ordem de Jesus que, quem não perdoa, não receberá o perdão do Pai, pois a falta de comunhão com o semelhante é indício de ruptura com o Pai. Assim, o discípulo do Reino busca construir um relacionamento sólido com o Pai, por meio da comunhão com o seu semelhante. É ilusório querer trilhar um caminho diferente.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, dispõe meu coração para o perdão, pois este é o caminho pelo qual estabeleço minha comunhão contigo.
Fonte: Dom Total em 17/03/2014, 26/02/2018, 09/03/2020, 01/03/2021, 14/03/2022 e 06/03/2023
Oração
Deus, que para remédio e salvação nossa nos ordenais a prática da mortificação, concedei que possamos evitar todo pecado e cumprir de coração os mandamentos do vosso amor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 17/03/2014
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. Este é o meu Filho, o eleito
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
Começamos a Quaresma orientados para a oração, a esmola e o jejum. Nesta segunda semana, a orientação se concretiza na prática da misericórdia. Somos convidados a ser misericordiosos como o Pai é misericordioso. A misericórdia se vê nos julgamentos, nas condenações, no perdão, na doação, nas medidas. As palavras do Evangelho são muito claras para quem quiser ouvi-las. Inteligente e prudente será quem as ouvir e praticar. Eu não quero ser julgado nem quero ser condenado. Então, não devo julgar nem devo condenar. Quero ser perdoado, por isso já estou perdoando. Serei medido por Deus com a mesma medida que uso nesta vida para medir os outros. Eu mesmo colocarei nas mãos de Deus a medida que ele usará para me medir. Será larga ou será estreita. É aquela que uso para medir os outros. Que Deus nos dê ouvidos para ouvir, inteligência e prudência. Que sejamos sábios em nossas relações fraternas para podermos encontrar os portões da eternidade largamente abertos quando chegar nossa hora de passar por eles. A vida humana é cheia de feridas, de contradições, de sofrimentos, de desilusões. O encontro com a misericórdia encarnada naqueles com os quais convivemos, com os quais nos encontramos, tanto neles quanto em nós, torna-se um sopro que alivia as nossas dores. Como é bom encontrar gente boa em nosso caminho, gente solidária de coração compadecido! Possa também eu expressar a misericórdia do Pai.
Fonte: NPD Brasil em 18/03/2019
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. A nossa medida para com os outros
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Um lugar onde podemos ver e comprovar como nós não somos Misericordiosos como o Pai, é no trânsito. Não adianta fingir que não é com a gente, todos somos assim, olhamos para os outros condutores de veículos com extremo rigorismo, mas quando nos olhamos ao volante, sempre amenizamos ao máximo nossas falhas. Sempre vamos ter razões de sobra para justificar o nosso erro, cometido em uma ultrapassagem perigosa, em um excesso de velocidade, em uma fechada que demos no outro, ou em qualquer norma de segurança que quebramos, nós temos necessidade e justificativa para falar ao celular no volante, mas se flagramos o outro, dirigindo desatentamente por estar falando ao celular, rapidamente o condenamos.
O trânsito é só um exemplo bem concreto de que, a nossa medida com o próximo é bem pequena e miserável. O que nos falta é exatamente aquilo que em Deus é sempre abundante e eterna: a Misericórdia! Mas esse comportamento anticristão não é só pessoal, mas tudo e todos que nos rodeiam na Família e na comunidade, amenizamos os erros e pecados, abrandamos o impacto da ação ou do escândalo, se o fato ocorreu com um filho ou filha, ou um irmão da nossa igreja, mas se for com o Filho ou a Filha do outro, que não é parente e nem membro do nosso grupo da Igreja, ah meu irmão, olhamos com uma lupa de aumento e apregoamos aos quatro cantos o pecado escabroso que tal pessoa cometeu.
Misericórdia é acolher o outro em nosso coração, e o Judeu tem um significado ainda mais bonito, é acolher o outro em nosso útero, para dar-lhe uma vida nova com o nosso amor, é também sermos solidários com a miséria do outro, caminhar junto, sorrir e chorar junto e foi essa misericórdia do PAI , que Jesus manifestou por todos nós.
Não julgar, não condenar, perdoar, dar e acolher são palavras chaves do evangelho, colocadas como prática cristã em nossa relação com o próximo no dia a dia. E o próximo são todas aquelas pessoas que passam por nós na rua, no Banco, na Feira Livre, no ônibus, na escola, no trabalho, na política, no futebol, na torcida. Na comunidade somos capazes de disfarçar a nossa raiva, impaciência e intolerância com o outro, mas fora da Igreja somos quem somos, e é exatamente nesses lugares e ambientes que nos relacionamos com as pessoas.
O evangelho traz uma exortação final muito séria, se a nossa medida com o próximo (com todas as pessoas com quem cruzamos em nosso dia a dia, não é só com o irmãozinho da comunidade...) não for larga, cheia e generosa, Deus também nos olhará com rigorismo e não vamos poder contar com a sua bondade e misericórdia sem limites. Isso porque estamos deturpando a imagem, de Deus para o irmão.
E fica aqui, no final da reflexão uma boa pergunta: as pessoas com quem convivemos, acreditam em um Deus amoroso e misericordioso, ou em um Deus intolerante e implacável? Se a resposta for negativa, é bom não nos esquecer de que essas pessoas simplesmente refletem a imagem de Deus que a ela passamos com a nossa conduta...
2. Sede misericordiosos, não julgueis, não condeneis, perdoai... - Lc 6,36-38
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
O tema da misericórdia é constante nas pregações do Papa Francisco. Por que insistir tanto na prática da misericórdia? Certamente porque não é praticada. Vamos então praticá-la. Jesus nos diz para sermos misericordiosos como Deus Pai é misericordioso. Vamos fazer o dia de hoje um dia de misericórdia com tudo aquilo que a palavra contém: não julgar, não condenar, perdoar, doar. Com a misericórdia andam a compaixão, a clemência, a bondade e a piedade, a mansidão e a paciência. O profeta Jonas não quis realizar a missão que Deus lhe confiou porque, disse ele: “Eu sabia que tu és um Deus de piedade e de ternura, lento para a ira e rico em amor e que se arrepende do mal”. Jonas queria que Deus castigasse e punisse o povo da cidade de Nínive. Os apóstolos Tiago e João queriam fazer chover fogo do céu sobre uma aldeia de samaritanos que não quiseram receber Jesus. Jesus censurou os apóstolos e depois contou a parábola do bom samaritano. Jesus nos ensina que seremos medidos com a mesma medida que usamos para medir os outros. Se formos inteligentes, seremos generosos para com os outros e assim Deus será generoso conosco no dia do julgamento. Hoje queremos abrir o coração para quem tem fome, tem sede, está na rua, não tem roupa, está doente, está preso, está sofrendo por alguém que morreu. Nunca seremos perfeitos como o Pai do céu, mas podemos ser parecidos com ele na prática da misericórdia.
Fonte: NPD Brasil em 09/03/2020
HOMILIA
OS GESTOS DA MISERICÓRDIA
No imenso tesouro do Evangelho, são os gestos da misericórdia. Eles são como uma gema preciosa: sólida e delicada ao mesmo tempo; verdadeira e transparente na sua simplicidade; brilhante pela vida e alegria que difunde. Compaixão, compreensão, solidariedade, ternura e perdão são como seus ângulos de polimento, por onde se reflete – em raios coloridos e acessíveis – o amor regenerador de Deus.
Para mim neste tempo da Quaresma, a misericórdia de Deus se traduz em resgate, cura, abrigo, libertação, sustento, proteção, acolhida, generosidade e salvação – tão marcantes na caminhada do Povo de Deus. No decorrer dos séculos, a comunidade cristã tem atualizado esta experiência em novos contextos, lugares e relacionamentos. A liturgia a celebra; a prece a invoca; a pregação a proclama; os místicos a enfatizam; o magistério a propõe; as obras a cumprem.
Antiga e sempre nova, a misericórdia de Deus se pode entender em outras palavras sob três pontos: bem-aventurança, profecia e terapia. Como bem-aventurança, a misericórdia aproxima o Reino de Deus das pessoas, e as pessoas do Reino de Deus. É prática que dignifica o ser humano: tanto quem a dá, quanto quem a recebe. Está repleta de gratuidade e alegria, como disse Jesus: “Felizes os misericordiosos, pois alcançarão misericórdia” (Mt 5,7). As obras de misericórdia são também profecias da justiça do Reino, que supera toda fronteira de raça, credo ou ideologia: diante da humanidade ferida e carente, somos servidores da vida e da esperança, dentro e fora da Igreja, para crentes e não-crentes, afim de que “todos tenham vida e vida em plenitude” (Jo 10,10).
Jesus nos indicou o exemplo do bom samaritano para mostrar a todos que a misericórdia não aceita fronteiras! Enfim, a misericórdia é também terapia: compaixão que restaura, toque que regenera e cuidado que aquece. As obras de misericórdia têm eficácia curadora: socorrem nossa humanidade ferida pelo pecado e pelo desamor, restaurando em nós a imagem do Cristo glorioso, para que suas feições resplandeçam na nossa face, na face da Igreja, na face de toda a humanidade redimida.
Se a compaixão é um sentir que nos comove na direção do próximo, a misericórdia se caracteriza como gesto que realiza este sentir solidário. Na compaixão temos um sentimento que mobiliza; na misericórdia temos o exercício deste sentimento. Daí os verbos: cumprir, mostrar, fazer e agir – que expressam a eficácia do amor misericordioso humano e, sobretudo, divino (cf. Êx 20,6; Sl 85,8; Lc 1,72 e 10,37). A misericórdia tem caráter operativo: é amor em exercício de salvação. Se o amor é a qualidade essencial de Deus; a misericórdia é este mesmo amor exercitado para com a criatura humana, revelando a qualidade ativa de Deus. Assim, a misericórdia se mostra muito mais na experiência do dia a dia, do que na conceituação teológica, catequética ou espiritual. E ainda que tal experiência se revista de beleza, o lar da misericórdia não é o discurso e nem explicações. Porque as crianças abandonadas, os andarilhos e os excluídos da sociedade não comem explicações. O lar da misericórdia é a solidariedade. Seu órgão vital é o coração e as mãos: erguem o caído, curam o ferido, abraçam o peregrino, alimentam o faminto.
A misericórdia que Deus exige de ti e de mim não é outra senão a evangélica, que consiste em 14 obras: 7 corporais: dar de comer a quem tem fome, dar de beber a quem tem sede, acolher o forasteiro, vestir quem está nu, visitar os doentes e assistir aos prisioneiros e sepultar dignamente os mortos. Sete obras, centradas na exortação “cada vez que o fizestes a um desses meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes” (25,40). E 7 espirituais: dar bom conselho a quem necessita, ensinar os ignorantes, corrigir os que erram, consolar os aflitos, perdoar as ofensas, suportar com paciência as fraquezas do próximo, rogar a Deus pelos vivos e mortos.
Obras de misericórdia corporais: dar de comer ao faminto, dar de beber ao sedento, vestir os maltrapilhos, abrigar os peregrinos, cuidar dos enfermos, visitar os encarcerados.
Meu irmão, minha irmã, em Emaús e à beira do lago da Galiléia, Jesus toma o pão, abençoa e reparte: os discípulos o reconhecem, por causa de seu tato característico (Lc 24,30; Jo 21,12-13). Que gestos tens feito para que as pessoas te reconheçam como discípulo de Jesus? Saiba que os gestos alimentam, curam e restauram! Eles são toques da misericórdia de Deus.
Pai, dispõe meu coração para a prática da misericórdia a partir dos pequenos gestos, pois este é o caminho pelo qual estabeleço minha comunhão contigo.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 17/03/2014
REFLEXÕES DE HOJE
SEGUNDA
Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 17/03/2014
HOMILIA DIÁRIA
Quem somos nós para condenar alguém?
Quem é atingido pela misericórdia de Deus não julga ninguém. Ama, analisa e tenta ajudar, mas não julga ninguém e, acima de tudo, não condena! Quem somos nós para condenar alguém?
”Porque com a mesma medida com que medirdes os outros, vós também sereis medidos.” (Lucas 6,38)
Quem foi atingido pelo amor misericordioso de Deus é transformado por esse amor misericordioso, pois esse amor de Deus vai até o fundo da nossa alma, atinge todas as nossas membranas, todas as nossas células são tocadas por este amor maravilhoso. Este amor nos cura e nos liberta. Só quem é atingido pela misericórdia de Deus é capaz de se tornar misericórdia para com o seu próximo, para com o seu irmão.
Este é o convite que Deus faz a nós neste tempo de graça: que nos deixemos ser moldados pela Sua misericórdia. Que nos permitamos ser atingidos até o profundo do nosso ser por Sua infinita misericórdia e esta graça [misericórdia] irá produzir muitos frutos em nossa vida. Primeiro: seremos misericordiosos uns com os outros, saberemos ter paciência com os limites, com as dificuldades e com o passo que cada um tem. E não é assim que Deus age conosco? Não é Deus que tem paciência conosco? Não é Deus que compreende os nossos limites? Não é Deus que compreende sempre as nossas fragilidades? Por que é que nós não podemos compreender, ter paciência e suportar os defeitos, os limites e as condições que cada um tem?
Quem é atingido pela misericórdia de Deus não julga ninguém; ama, analisa, tenta ajudar, mas não julga ninguém e, acima de tudo, não condena! Quem somos nós para condenar alguém? Quem somos nós para emitir sentença a respeito do outro? Para dizer que ninguém vale nada, para dizer que alguém está perdido? Quem somos nós para excluirmos alguém do coração de Deus ou do Reino de Deus?
Por mais que vejamos os erros que as pessoas cometem, o máximo que devemos fazer é pedir ao Senhor: ”Senhor, guarda o meu coração, previna-me da queda! Senhor, ajuda-me a enxergar os meus próprios erros e os meus próprios limites”. Porque, quem enxerga demais os defeitos e os problemas dos outros, não é capaz de enxergar os seus próprios defeitos e limites! Não se esqueça do que nos ensina a Palavra: é da maneira como nós julgamos, medimos ou respeitamos o próximo que nós também seremos julgados, medidos e respeitados!
Nós, às vezes, somos exigentes demais com as pessoas, cobramos demais delas e esperamos demais delas. E com essa medida dura, muitas vezes, impiedosa, com que nós lidamos com o outro é que nós também seremos medidos!
Que Deus nos ensine a medida da Sua misericórdia, para que, com essa mesma medida, possamos usar nas relações uns com os outros.
Que Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 17/03/2014
HOMILIA DIÁRIA
Deus quer que sejamos misericordiosos uns com os outros
“Sede misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso. Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados.” (Lc 6, 36-38)
A graça desse evangelho é Deus inverter a ordem das coisas, porque o mundo está em desordem, e a desordem do mundo é justamente porque quebrou-se a ordem natural da graça. Deus nos criou para o amor, para o perdão e para a misericórdia e nós aprendemos ao contrário no mundo em que vivemos: olho por olho, dente por dente, a vingança, o ressentimento, a mágoa; aprendemos a não perdoar quem nos fez o mal. São essas coisas que estão por aí, soltas neste mundo no qual vivemos, mas, o bom médico Jesus, quer o nosso coração curado e, a primeira via para a cura da alma, é a via da misericórdia.
Misericórdia é o nome de Deus, o nosso Pai é todo e plenamente misericórdia. Nós mergulhamos na Sua misericórdia e nela somos curados e, só sabemos se uma pessoa é curada ou experimentou a misericórdia de Deus, quando ela sabe exerce-la com o próximo.
Talvez para alguns é fácil ir diante do padre suplicar o perdão, confessar os pecados, e Deus os perdoa. Então, agora, façamos o mesmo com os irmãos, porque misericórdia é compadecer-se das fraquezas humanas e essas não são poucas, mas Deus compadece-se delas e nós precisamos aprender a nos compadecermos das fraquezas uns dos outros.
Nós estamos nos tornando juízes, julgando, condenando e querendo o mal e não acolhemos a fraqueza do outro. Isso não é divino, é diabólico. O que é divino é a misericórdia, é não julgar, porque o que é divino é não condenar.
O que é mais e subliminarmente divino é perdoar e não viver na mágoa e no rancor, porque o que nós queremos é ser filho de Deus e, sendo assim, aprendamos com o nosso Pai a ter um coração como é o d’Ele.
Pode até ser que tentemos e não consigamos, mas mergulhe em Deus. Entregue-se para ser transfigurado e transformado pela presença do Senhor, porque a cada dia, Ele vai nos ensinar a não viver no rancor, no ressentimento, a não pagar na mesma moeda, não falar mal, não julgar e não condenar, e sim, abraçar e acolher ao outro da forma que ele é.
Tenho comigo uma verdade: se queremos que alguém mude, eu preciso mudar primeiro as coisas dentro de mim e acolher a pessoa do jeito que ela é. Quando acolhemos a pessoa do jeitinho que ela é, e, é assim também, que queremos ser acolhidos, desse modo damos espaço para a graça de Deus chegar e mudar o que precisa ser mudado, mas, a grande mudança acontece em nós quando começamos a acolher quem não gostamos, quando acolhemos aqueles com os quais não concordamos ou nos machucaram.
Deus faz nova todas as coisas pela força da misericórdia e do perdão!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 26/02/2018
HOMILIA DIÁRIA
A atitude mais sublime do amor é perdoar sem medidas
O amor é caridade, é ver no outro a presença de Deus; por isso perdoamos, porque a exigência do amor é o perdão
“Sede misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso. Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados.” (Lucas 6,36-37)
Jesus está nos dando o coração d’Ele para nos ensinar como deve ser o nosso coração, que precisa alcançar a misericórdia de Deus para levarmos a misericórdia aos outros.
Em um mundo tão repleto de vinganças e julgamentos, onde as pessoas se colocam tão facilmente umas contra as outras, onde é difícil se compadecer do sofrimento, da dor, da fraqueza, do pecado e da miséria do outro, o remédio de Deus para sanar e sarar o mundo chama-se misericórdia.
O olhar de misericórdia que penetra os corações levanta quem está doente, quem está enfermo, quem está com sentimento de culpa, quem está com sentimento de acusação no coração.
Se o nosso olhar não revela a misericórdia de Deus, deixamos os outros prostrados, derrubados, desanimados e condenados. O homem não veio para condenar, ele veio para salvar. Não seguimos quem condena, seguimos Aquele que salva, e a salvação acontece por via da misericórdia.
Quem exerce a misericórdia não julga nem condena o seu irmão, pelo contrário, usa do perdão verdadeiro e autêntico. Para decidir perdoar é preciso decidir amar de verdade e de forma autêntica. Ainda que não consigamos gostar do outro, ainda que não tenhamos aquela amizade, aquele relacionamento próximo, o amor é maior do que gostar ou ter proximidade, o amor é caridade, é ver no outro a presença de Deus. Por isso perdoamos, porque a exigência do amor é o perdão, e o perdão só é pleno quando repleto do amor de Deus.
Amemos não só com palavras, amemos nas atitudes; e a atitude mais sublime do amor é perdoar sem medidas. Que Jesus nos ensine do Seu coração a vivermos o amor, o perdão, a misericórdia e a reconciliação uns com os outros.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 18/03/2019
HOMILIA DIÁRIA
A misericórdia é a expressão mais profunda do amor divino
“Sede misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso.” (Lucas 6,36)
Se tem um substantivo, e talvez o único substantivo que deveria estar pregado em nós, é a misericórdia; e uma vez que está em nós, torna-nos homens e mulheres misericordiosos, e a graça de Deus está estampada em nós quando vivemos a misericórdia.
O que nos torna as pessoas de Deus não é falarmos d’Ele, não é pregarmos todas as coisas que sabemos sobre Ele. O que nos torna pessoas de Deus não é falarmos novas línguas nem orarmos dessa ou daquela forma. O rosto de Deus em nós resplandece quando vivemos a misericórdia, porque o nome d’Ele é misericórdia.
A misericórdia é a expressão mais profunda do amor divino, é a expressão mais profunda de um Deus que nos cura e nos resgata, que nos coloca de pé sem levar em conta os nossos pecados e os nossos erros, mas que nos trata com o mais profundo amor.
Quais são os traços da misericórdia verdadeira? O Evangelho nos ensina que, primeiro, é não julgar. Uma pessoa misericordiosa não vive julgando os outros.
Criamos verdadeiros tribunais em nossos meios, na sociedade, nos grupos em que vivemos e dos quais fazemos parte. A Igreja não é um tribunal de julgamentos, mas sim a casa da misericórdia.
A misericórdia é a expressão mais profunda de um Deus que nos cura e nos resgata
Em nossa casa, em nossa família, na participação em grupos, inclusive, nas redes sociais (até precisamos sair de muitos para sermos curados), estamos sendo muito mais julgadores em vez de sermos o bálsamo da misericórdia divina para o mundo tão marcado pela violência, pelo combate e pelos embates.
Só é presença de Deus quem sabe ser presença misericordiosa, sem julgar pelas aparências nem pela razão que achamos que temos.
O coração misericordioso é aquele que não condena. O quanto nós, até de forma intuitiva, condenamos uns aos outros! Emitimos sentenças de morte, de prisão, rotulamos as pessoas, e essa é a forma mais clara do nosso julgamento. Dizemos que tal pessoa não presta, não vale nada, jogamos essa pessoa no inferno. Enfim, criamos rótulos de julgamentos e condenação para as pessoas.
Uma coisa é julgar, pois aí já falta a misericórdia, e a falta da misericórdia extrapola quando condenamos, quando excluímos, quando lançamos as pessoas no calabouço do mal de acordo com nossos critérios, de justiça ou a falta dela.
“Perdoai e sereis perdoados”. A face mais extrema e mais bela da misericórdia é a dimensão do perdão. Como Deus nos perdoa e não se cansa de nos perdoar! Como Deus nos perdoa todas as vezes que buscamos a Sua misericórdia, e como o perdão d’Ele não leva em conta os nossos pecados! Como Deus se atreve a nos amar tanto!
Eu não tenho outra coisa para oferecer ao meu irmão a não ser o meu perdão verdadeiro e sincero, o perdão de quem experimentou a misericórdia de Deus e se tornou expressão dela para os outros.
Não amemos com palavras, mas com a profundidade da misericórdia divina.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 09/03/2020
HOMILIA DIÁRIA
O coração convertido alcança a misericórdia de Deus
“Sede misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso. Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados.” (Lucas 6,36-37)
O Mestre Jesus deseja a nossa conversão, que o nosso coração seja convertido a Jesus, que o nosso coração seja convertido a Deus, um coração verdadeiramente convertido. Alguns elementos são essenciais para a conversão e para a manifestação da vida nova nesse coração. Em primeiro lugar, com certeza, um coração convertido é um coração misericordioso porque é um coração que alcançou a misericórdia de Deus.
Veja, a misericórdia de Deus é Deus quem alcança a miséria mais profunda do coração humano. E Deus se compadece, Ele não só perdoa, mas lava, purifica e renova o Seu amor nesse coração tão frágil e pecador. É um Deus que se volta para as nossas misérias e de nós se compadece.
Se pudermos traduzir melhor o nome de Deus, traduziremos para “misericórdia”, porque Deus é a mais profunda misericórdia.
Se tivermos um pouco mais de ciência e humildade no coração, não nos comportaríamos com jatância, orgulho e soberba como temos nos comportado ultimamente; julgando, condenando e nos colocando acima dos outros, nos achando melhores que outros, nos esquecendo que Deus se abaixa à nossa condição humana miserável para nos levantar, não para nos tornarmos grandes, e sim para ficarmos de pé pela Sua misericórdia.
Um coração convertido é um coração misericordioso porque é um coração que alcançou a misericórdia de Deus
Se queremos viver como convertidos, a primeira conversão é para a misericórdia. Se queremos ter um coração voltado para Deus, permitamos que a Sua misericórdia se volte para nós.
Aqui tem uma coisa importantíssima: quando a misericórdia de Deus se volta para nós, ela nos dá a consciência e a ciência das nossas fragilidades, pecados, misérias, aquelas que estão escondidas debaixo do tapete do coração, nas penumbras da alma, onde, muitas vezes, não assumimos os pensamentos que tivemos, as ações que fizemos, os desejos que cultivamos, e de todos eles Deus não só nos purifica, como também nos renova.
Vá e faça o mesmo! Viva da forma como Deus vive para conosco: uma relação de amor e misericórdia. Não julgueis e não sereis julgados, pois o julgo que colocamos sobre os outros é um fardo pesado da nossa condenação, do nosso sentimento de sermos juízes do mundo, de sermos melhores que os outros.
Hoje, todo mundo é juiz de todo mundo, todo mundo julga todo mundo, quando o nosso Deus abaixa a cabeça para, misericordiosamente, olhar as misérias do coração humano.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 01/03/2021
HOMILIA DIÁRIA
Ofereça a misericórdia ao coração do próximo
“Sede misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso. Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados. Dai e vos será dado. Uma boa medida, calcada, sacudida, transbordante será colocada no vosso colo; porque com a mesma medida com que medirdes os outros, vós também sereis medidos.” (Lucas 6,36-38)
O pedido de hoje para cada um de nós é saber amar alguém na sua miséria. Isso é realmente o pedido de Jesus no Evangelho de hoje para nós, neste tempo quaresmal: colocar a miséria de alguém dentro do meu coração. Isso é misericórdia; miséria e coração dentro dessa mesma palavra. Colocar a fragilidade do outro dentro do meu coração, fazer com que o outro se sinta acolhido, fazer com que o outro se sinta amado.
Amar a parte boa de alguém ou a melhor parte de alguém é ótimo, é prazeroso, é fácil, mas amar aquela parte falível, aquela parte desagradável é desafiador! Você pode constatar isso com as pessoas que estão mais próximas de você, e realmente acontece assim. As pessoas com quem nós convivemos, com quem nós lidamos todos os dias, revelam para nós o melhor de dentro delas, mas também acabam revelando o pior, a parte frágil, a miséria, a fraqueza. E, para nós, acolher essa parte frágil é um grande desafio, porque a nossa tendência é escolher aquilo que é bom e desprezar aquilo que é ruim nas pessoas.
O oposto da misericórdia que aparece no Evangelho é o julgamento. O julgamento é condenar a falha, é condenar a fraqueza, é dar a sentença. E isso não cabe a nós. Isso jamais é um atributo nosso, o julgamento não pertence ao ser humano. Precisamos entender isso e interiorizar isso.
Só nos realizamos quando oferecemos o amor e a misericórdia para as pessoas
Peçamos ao Senhor que, nessa caminhada quaresmal, aprendamos, de fato, que o julgamento não pertence a nós. Ainda que você conheça a verdade, ainda que você conheça a moral, ainda que você seja muito instruído, que você seja capaz de ver o erro daquela pessoa, não cabe a você julgar, o julgamento cabe somente a Deus.
Agora, quando nós nos colocamos realmente como um dom para a outra pessoa, o Evangelho fala muito bem disso: “Dai e vos será dado”, essa medida transborda porque, na verdade, o dom de si, o dom daquilo que nós somos é para nós a via para a libertação desse julgamento, porque me coloco do lado do outro, coloco-me próximo do outro e ofereço a minha vida para que o outro seja melhor.
Ofereço os meus ouvidos, ofereço os meus conselhos, ofereço as minhas palavras, ofereço a minha acolhida, para que o outro seja melhor. Enquanto eu dou para o outro, enquanto ofereço a minha vida para o outro, Deus faz transbordar o meu coração. Só nos realizamos quando oferecemos o amor e a misericórdia para as pessoas.
Peçamos ao Senhor essa graça, nesse tempo quaresmal, de alargar o nosso coração e aprender, de fato, o que é ser misericordioso.
Sobre todos vós, a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Donizete Ferreira
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 14/03/2022
HOMILIA DIÁRIA
Seja misericordioso do mesmo jeito que o Pai do Céu é misericordioso
“Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: ‘Sede misericordiosos, como também o Vosso Pai é misericordioso (…) Dai e vos será dado’.” (Lucas 6,36-38)
Meus irmãos e minhas irmãs, nós precisamos aprender de Deus. Por isso, o Evangelho usa este termo: “Como o Pai do Céu”, a tradução aqui de “como”, em grego, é “katós”, que quer dizer: “justamente como o Pai”; exatamente como o Pai; na mesma proporção do Pai. É forte e, muitas vezes, passa despercebido aos nossos olhos, mas é viver a vida cristã com aqueles mesmos elementos da paternidade de Deus, do amor de Deus, da misericórdia de Deus, é tentar, ao máximo possível, imitar Deus. E visto que Deus fez assim comigo, eu também vou fazer assim com a outra ou com aquela pessoa, assim, nós vamos espalhando a semente de Deus no mundo.
O Evangelho diz: “Dai e vos será dado”; é a lei divina, e não a antiga lei da retribuição, mas é uma nova lei baseada, como eu falei, no modus operandi de Deus, ou seja, do jeito que Deus faz — se Deus ama, eu posso amar; se Deus perdoa; eu posso perdoar; se Deus consola, eu posso consolar; se Deus nos dá tudo, eu também posso partilhar daquilo que eu tenho com os mais necessitados.
Ser como Pai é morrer para si mesmo; é esquecer-se de si mesmo; é dar a vida
Esta palavra do Evangelho quebra aquela maldita lei do mercado e do direito, dos interesses, o mercado que impõe que cada um deve dar esperando receber em troca; para cada ação existe um aproveitamento. E Nosso Senhor supera isso, pois ser como o Pai é amar sem esperar nada em troca.
Muitas vezes, nós precisamos curar esse nosso coração interesseiro, utilitarista, que usa as pessoas e acaba idolatrando as coisas, e Nosso Senhor quer nos purificar disso. E, depois, Ele também elimina a lei do direito, a satisfação das minhas exigências, dos meus interesses pessoais, das minhas razões — “Eu posso me vingar porque eu tenho direito”—, não, você não tem direito a nada; você tem o direito de ser como Jesus sempre foi.
Ser como Pai é morrer para si mesmo; é esquecer-se de si mesmo; é dar a vida. Por isso, o Evangelho nos pede: “Sede misericordiosos do mesmo jeito que o Pai é misericordioso” — é uma graça!
Peçamos ao Senhor, neste tempo quaresmal, que purifique o nosso coração, para nos encaminhar à vivência do Evangelho nesse nível de entrega total.
Sobre todos vós, desça a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Donizete Ferreira
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 06/03/2023
HOMILIA DIÁRIA
Abra seu coração para a misericórdia de Deus
“Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: ‘Sede misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso. Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados’.” (Lucas 6,36-37)
Neste tempo da Quaresma, insistentemente, somos convidados a um profundo exame de consciência. Com certeza, você já ouviu muito falar de fazermos um exame de consciência, de examinarmos as nossas atitudes, de fazer enxergar as nossas inúmeras faltas e, assim, corrigi-las, repará-las através do perdão, da confissão, do sacramento.
O Evangelho de hoje traz uma excelente contribuição para esse processo de mudança de vida. Lucas pede que sejamos misericordiosos porque Deus é misericordioso conosco.
Quando, humildemente, colocamo-nos diante de Deus com todas as nossas faltas, os nossos pecados, Deus está ali, prontamente, para nos perdoar. Ele nos acolhe sempre porque é um Deus de misericórdia, Ele não sabe fazer outra coisa a não ser exercer a Sua misericórdia sobre nós.
A grande dificuldade está em nós mesmos, que possuímos essa dificuldade em perdoar, muitas vezes, até de se autoperdoar, de ter compaixão consigo. O nosso coração ainda é muito fechado à misericórdia de Deus, não buscamos a misericórdia de Deus e não exercemos a misericórdia para com o próximo; não somos misericordiosos como Deus quer que sejamos.
Se quisermos de Deus a Sua misericórdia, também devemos ser misericordiosos uns com os outros
Muitas vezes, preferimos julgar os outros, preferimos nos esconder atrás desses julgamentos e isso revela uma grande incoerência de nossa parte. Às vezes, queremos o perdão de Deus, queremos que Ele nos perdoe, mas não nos esforçamos para perdoar o nosso irmão que está ao nosso lado. Quanta incoerência!
Todavia, a Palavra de hoje nos afirma que: se quisermos de Deus a Sua misericórdia, também devemos ser misericordiosos uns com os outros. É isso que Jesus nos fala hoje. E diz mais: se não quisermos ser julgados por Deus e pelos outros, também não devemos fazer julgamentos.
Quem julga o seu próximo coloca-se num patamar diferente do seu, achando-se melhor do que ele; e não somos melhor do que ninguém. Meu irmão é igual a mim, merecedor também da misericórdia tanto quanto eu sou merecedor da misericórdia.
Os nossos erros e pecados podem até ser diferentes, mas não estamos isentos aos erros e às falhas a ponto de poder julgar o outro, a ponto de julgar o pecado do outro, não é isso que Deus quer de nós. É cômodo se esquivar dos nossos próprios erros, julgar o outro, mas, neste tempo da Quaresma, somos chamados a voltar o nosso olhar para nós mesmos, a perceber as nossas falhas, incoerências, erros e buscarmos a misericórdia de Deus. E, a partir disso, também ser misericordioso com o outro.
Deus nos compreende, mas também precisamos aprender a compreender os nossos irmãos. Peçamos esta graça: a de sermos misericordiosos, assim como Deus Pai é misericordioso conosco.
Sobre você, desça a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Bruno Antonio
Padre Bruno Antonio de Oliveira é Brasileiro, nasceu no dia 18/10/1987, em Lavras, MG. É Membro da Associação Internacional Privada de Fieis – Comunidade Canção Nova, desde 2012 no modo de compromisso do Núcleo.
Fonte: Canção Nova em 26/02/2024
Oração Final
Pai Santo, dá-nos um coração puro e compassivo. Que em relação ao nosso próximo, nós sejamos incapazes de julgamentos e condenações, mas estejamos sempre prontos para o perdão e a fraternidade. Queremos seguir o Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 17/03/2014
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, faze-nos fontes de esperança para os companheiros de caminhada. Que superemos o egoísmo e nos tornemos generosos e plenos de misericórdia, guardando no coração o ensinamento e seguindo os passos de Jesus de Nazaré, o Cristo, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo. Amém.
Fonte: Arquidiocese BH em 26/02/2018
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos um coração puro e compassivo. Que nas relações com o nosso próximo, nós sejamos incapazes de julgamentos e condenações, mas estejamos sempre prontos para o perdão e a misericórdia. Queremos seguir o Cristo, teu Filho que se fez nosso Irmão em Jesus de Nazaré, e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 09/03/2020
ORAÇÃO FINAL
Pai muito querido, que és nossa Fonte de Sabedoria, ensina-nos o caminho da simplicidade, da humildade e do despojamento. Ajuda-nos, Pai que muito amamos, a reconhecer o quanto podemos ser felizes, não por nossos méritos, mas pela infinita Graça que manifestaste na encarnação da tua Palavra Criadora em Jesus de Nazaré. Pelo mesmo Cristo, nosso irmão Maior, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 01/03/2021