HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 01/04/2025
ANO C

Jo 5,1-16
Comentário do Evangelho
A Cura no Sábado

Jesus retorna à Judeia durante uma festa não especificada, conforme o relato do evangelista. O acontecimento ocorre nas proximidades do Templo, onde se encontra uma piscina chamada Betzatá ou Bestesda, perto da entrada por onde eram trazidos os animais destinados ao sacrifício no culto. O local é descrito como um abrigo para vários doentes que aguardam a cura, acreditando que as águas do reservatório possuem um poder milagroso. Dentre esses doentes, há um homem em uma situação desesperadora, que sofre há 38 anos com uma doença crônica. Impossibilitado de chegar sozinho à piscina para buscar a cura, ele enfrenta o abandono e a falta de ajuda. Para agravar sua situação, o dia é sábado, o dia do repouso.Jesus observa a aflição do homem e decide não apenas ajudá-lo, mas realizar uma cura completa, dando-lhe uma ordem direta em três ações:
1. “Levanta-te”: Um convite à ressurreição e à transformação, tirando-o de uma situação de desolação para uma nova chance de vida.2. “Toma teu leito”: O homem é instruído a levar consigo o leito, simbolizando que não mais precisará dele, pois a cura foi total.3. “Anda”: Além de carregar o leito, este ato ultrapassa a simples violação do sábado, pois revela o poder de Cristo que traz salvação e inicia uma nova criação, cumprindo o propósito divino para aquele dia.
Uma vez curado, o homem é chamado a seguir um novo caminho, longe da vida de pecado que o havia marcado.https://catequisar.com.br/liturgia/a-cura-no-sabado/
Reflexão
A água sempre foi associada à pureza, à cura e à vida. Basta recordar diversas passagens do Antigo Testamento para comprovar sua importância na vida do ser humano e na ação de Deus. Além da presença deste símbolo no Evangelho de hoje, também na primeira leitura, ela é determinante. Ezequiel utiliza-a numa bela metáfora que simboliza o poder de Deus que dá a vida por toda a terra, enquanto João associa a água ao poder taumatúrgico de Jesus. As águas descritas na profecia de Ezequiel são símbolo de vida nova, pelas quais terá novo alento todo ser vivo que nelas se mover. Uma nova vida que o paralítico do Evangelho também esperava receber pelas águas da piscina, que a tradição popular acreditava serem agitadas por um anjo. Mas, a vida nova, o doente a recebe por meio de Jesus Cristo.(Dia a Dia com o Evangelho 2025 - PAULUS)https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/1-terca-feira-8/
Reflexão
«Jesus o viu e, perguntou-lhe: Queres ficar curado?»
Rev. D. Àngel CALDAS i Bosch(Salt, Girona, Espanha)
Hoje, São João nos fala da cena da piscina de Betsaida. Parecia, mais uma sala de espera de um hospital: «Muitos doentes ficavam aí deitados: eram cegos, coxos e paralíticos, esperando que a água se movesse» (Jo 5,3). Jesus se deixou cair por ali.É curioso! Jesus sempre está no meio dos problemas. Ali onde há algo para “libertar”, para fazer feliz às pessoas, ali está Ele. Os fariseus, ao contrário, só pensavam em se era sábado. Sua má fé matava o espírito. A má baba do pecado gotejava de seus olhos. No há pior surdo que o que aquele não quer entender.O protagonista do milagre levava trinta e oito anos de invalidez. «Jesus viu o homem deitado e ficou sabendo que estava doente havia muito tempo. Então lhe perguntou: «Você quer ficar curado?» (Jo 5,6), disse-lhe Jesus. Fazia tempo que lutava em vão porque não havia encontrado a Jesus. Finalmente, havia encontrado ao Homem. Os cinco pórticos da piscina de Betsaida retumbaram quando se ouviu a voz do Mestre: «Jesus disse: ‘Levante-se, pegue sua cama e ande’» (Jo 5,8). Foi questão de um instante.A voz de Cristo é a voz de Deus. Tudo era novo naquele velho paralítico, gastado pelo desânimo. Mais tarde, São João Crisóstomo dirá que na piscina de Betsaida se curavam os enfermos do corpo, e no Batismo se restabeleciam os da alma; lá, era de quando em quando e para um só enfermo. No Batismo é sempre e para todos. Em ambos os casos se manifesta o poder de Deus através da água.O paralítico impotente na beira da água, não te faz pensar na experiência da própria impotência para fazer o bem? Como pretendemos resolver, sozinhos, aquilo que tem um alcance sobrenatural? Não vês cada dia, ao teu redor, uma constelação de paralíticos que se “movem” muito, mas que são incapazes de separar-se de sua falta de liberdade? O pecado paralisa, envelhece, mata. Devemos pôr os olhos em Jesus. É necessário que Ele —sua graça— nos submerja nas águas da oração, da confissão, da abertura de espírito. Eu e você podemos ser paralíticos eternos, ou portadores e instrumentos de luz.
Pensamentos para o Evangelho de hoje
- «Temos de sentir desgosto de nós próprios quando pecamos, pois o pecado desgosta ao Senhor. E, devido a que no estamos livres de pecado, pelo menos tentemos ser parecidos com Deus no nosso desgosto pelo que a Ele lhe desgosta» (São Agostinho)
- «A Igreja tem sempre as suas portas abertas. A igreja é a casa de Jesus e Jesus acolhe. Se a alguém está ferido, o que faz Jesus? Ele lhe castiga por estar ferido? Não, Ele vai e carrega-o nos seus ombros. E isto é misericórdia» (Francisco)
- «Jesus praticou atos, como o perdão dos pecados, que O manifestaram como sendo o próprio Deus salvador. Alguns judeus, que, não reconhecendo o Deus feito homem viam n'Ele ‘um homem que se faz Deus’ (Jo 10,33, julgaram-no como blasfemo» (Catecismo da Igreja Católica, n.º 594)https://evangeli.net/evangelho/feria/2025-04-01
Reflexão
O quarto Evangelho não procede do “gnosticismo”
REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)(Città del Vaticano, Vaticano)
Hoje, meditando esta cena, analisamos a origem do quarto Evangelho, cuja peculiaridade levou a pesquisa crítica moderna a duvidar do seu caráter “histórico”, considerando-o uma “reconstrução teológica” tardia (posterior aos Apóstolos). Mas, alguns papiros do século II encontrados em Egito, demonstraram que se escreveu já no século I...Alguns autores (Bultman...) afirmaram que as linhas principais do quarto Evangelho procederiam do “gnosticismo”. Mas, a “gnose”, historicamente, apareceu como movimento espiritual não antes de finais do século I. Finalmente, a pesquisa sobre João confirmou que este Evangelho: 1º baseia-se num conhecimento extraordinariamente preciso de lugares e tempos (próprio de alguém perfeitamente familiarizado com a Palestina do tempo de Jesus); 2º sua argumentação parte do Antigo Testamento e, está profundamente enraizada no judaísmo da época.—O Evangelho de João nos diz, expressamente, que se remonta a uma testemunha ocular do Crucificado: “Aquele que viu dá testemunho (...) ele sabe que fala a verdade, para que vós, também, acrediteis” (Jo 19,35).https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2025-04-01
Comentário do Evangelho
Curandeiro do paralítico na piscina Probática
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Hoje, o milagre “funciona” de modo diferente. O paralítico está ali estendido, desde há 38 anos. Pobre desgraçado! Incapaz de fazer nada. Jesus antecipa-se e questiona-o. O doente explica o que lhe acontece, mas nem sequer pede a sua cura… Não lhe passa pela cabeça. Tantos anos! Esta triste situação comove Cristo-Deus até às entranhas…- Assim está a humanidade!: paralítica e doente de “pecado original”. Às vezes nem nos lembramos. Estávamos desde há tempo “estendidos”, num estado lamentável. Não podíamos fazer nada. Nem sequer nos passava pela cabeça que Deus podia curar-nos. Mas Ele tomou a iniciativa e deu a sua própria vida pela nossa saúde.https://family.evangeli.net/pt/feria/2025-04-01
Meditação
A Palavra: dos ouvidos ao coração!
No exílio, Deus sonha um templo a substituir o destruído pelos babilônios. Nele só a Água, que nasce do altar, avoluma-se, torna-se rio caudaloso. “Haverá vida onde chegar o rio”, nas margens “toda espécie de árvores frutíferas”, cujas folhas não murcham e frutos não acabam, pois as águas “saem do santuário”. Os frutos serão alimento; as folhas, remédio. É Jesus na cruz: de seu lado transpassado saem sangue e água, fonte unicamente de vida. O templo ou “piscina com cinco pórticos”, Jesus o encontra vazio de Deus, da água-fonte. Sua festa são “cegos, coxos, paralíticos” aí deitados, e simbolizados no homem paralítico há 38 anos, sem nenhuma solidariedade. Jesus lhe propõe sair dali, não esperar dali a salvação, mas crer nele, a fonte que um dia será o Templo a jorrar vida na cruz.OraçãoSENHOR, a fiel observância dos exercícios quaresmais prepare o coração dos vossos fiéis para acolher com amor o mistério pascal e anunciar ao mundo a salvação. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=01%2F04%2F2025&leitura=meditacao
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