
Comentário do Evangelho
A Verdadeira Identidade de Jesus
O Mestre e seus discípulos caminham rumo a Cesareia, um momento crucial no Evangelho de Marcos. Até então, Jesus havia solicitado sigilo sobre sua identidade, mas agora Ele desafia os discípulos a refletirem sobre o que as pessoas pensam d’Ele e qual é a verdadeira compreensão de sua missão. As multidões, impactadas pelos milagres e ensinamentos de Jesus, o associam a grandes figuras do passado, como João Batista e Elias. No entanto, Jesus quer saber: o que pensam Seus discípulos?
Pedro, com uma resposta decisiva, declara: “Tu és o Cristo.” A palavra “Cristo”, repleta de significados, carrega expectativas variadas sobre o Messias. Será Ele um libertador político, um guerreiro ou um seguidor piedoso da Lei? Mas Jesus revela que Seu papel como Messias é diferente. Ele não se encaixa em nenhuma dessas expectativas humanas. Seu caminho inclui sofrimento, a cruz, e a vitória sobre a morte.
Pedro, não compreendendo esse plano, se opõe. Ele toma uma postura contrária aos planos divinos e é repreendido severamente: “Vai atrás de mim, Satanás!” A palavra “Satanás” aqui é usada para indicar um adversário, alguém que tenta desviar o Mestre de Sua missão divina.
A lição é clara: como discípulos de Cristo, somos chamados a compreender Sua missão em sua totalidade. O Mestre nos ensina a seguir Seu exemplo, mesmo quando esse caminho não coincide com nossas expectativas. A verdadeira identidade de Jesus Cristo não se revela de acordo com nossos desejos, mas através da obediência ao plano divino. Portanto, como Pedro, devemos assumir a nossa posição de discípulos e confiar em Deus, aceitando, por vezes, que Seu plano é misterioso e desafia nossa compreensão humana.
Comentário do Evangelho
E vós quem dizeis que eu sou?
O Mestre está caminhando a sós com os discípulos para Cesareia. Chegamos ao ápice do evangelho de Marcos. Se antes o Cristo, diante dos prodígios realizados, exigia segredo sobre quem ele era, agora, instiga os discípulos sobre que tipo de compreensão as pessoas, e eles mesmos, têm sobre sua verdadeira identidade. Sua palavra de autoridade e suas ações poderosas fazem as multidões identificarem-no com um grande profeta, a exemplo de João Batista, de Elias ou de outros. Mas o que pensam os discípulos? A resposta de Pedro é crucial: o Mestre é o “Cristo”. O termo é cheio de significados, de acordo com as várias expectativas messiânicas: libertador político e social? Guerreiro? Piedoso seguidor da Lei? Jesus é um Messias diferente: será incompreendido, passará pela cruz, mas vencerá a morte. Pedro não aceita isso. Toma uma postura contrária aos planos de Deus e é chamado de Satanás, adversário. Por isso, deve se colocar atrás do Mestre, assumindo sempre sua posição de discípulo.
Pe. Jackson Câmara Silva, INJ, ‘A Bíblia dia a dia 2025’, Paulinas.
Fontes: https://www.facebook.com/ParoquiaSantaCruzCampinas e https://comeceodiafeliz.com.br/evangelho/e-vos-quem-dizeis-que-eu-sou-
Reflexão
No conjunto do Evangelho de Marcos, o trecho que meditamos hoje é muito importante, mostrando uma mudança de paradigma e apontando para o início de uma nova etapa na sua missão. Até agora, Jesus procurou manter segredo sobre sua ação, insistindo sempre para que ninguém divulgasse sua identidade. O objetivo era formar seus discípulos, para que o reconhecessem como o Messias. Isso acontece simbolicamente através das palavras de Pedro: “Tu és o Messias”. Inicia agora uma nova etapa, que é fazer com que os não discípulos, ou seja, todos os povos, o reconheçam igualmente como o Filho de Deus. Essa nova etapa inicia com o primeiro anúncio da paixão, que marcará o fim da missão terrena de Jesus.
(Dia a Dia com o Evangelho 2025 - PAULUS)
Reflexão
«Quem dizem as pessoas que eu sou? (…) E vós, quem dizeis que eu sou?»
Rev. D. Joan Pere PULIDO i Gutiérrez
(Sant Feliu de Llobregat, Espanha)
Hoje continuamos a ouvir a Palavra de Deus com a ajuda do Evangelho de São Marcos. Um evangelho com uma inquietação bem clara: descobrir quem é este Jesus de Nazaré. Marcos foi nos oferecendo, com os seus textos, a reação de diferentes personagens perante Jesus: os doentes, os discípulos, os escribas e fariseus. Hoje nos pede diretamente a nós: «E vós, quem dizeis que eu sou?» (Mc 8,29).
Certamente, os que nos chamamos cristãos temos o dever fundamental de descobrir a nossa identidade para dar testemunho da nossa fé, dando bom exemplo com a nossa vida. Este dever urge-nos para poder transmitir uma mensagem clara e compreensível aos nossos irmãos e irmãs que podem encontrar em Jesus uma Palavra de Vida que dê sentido a tudo o que pensam, dizem e fazem, mas este testemunho deve começar sendo nós próprios conscientes do nosso encontro pessoal com Ele. João Paulo II, na sua Carta apostólica “Novo millennio ineunte”, escreveu-nos: «O nosso testemunho seria enormemente deficiente se não fossemos os primeiros contempladores do seu rosto».
São Marcos, com este texto, oferece-nos um bom caminho de contemplação de Jesus. Primeiro Jesus pergunta que dizem as pessoas que Ele é; e podemos responder como os discípulos: João Batista, Elias, uma personagem importante, bom, atraente. Uma resposta boa, sem dúvida, mas ainda longe da Verdade de Jesus. Ele pergunta-nos: «E vós, quem dizeis que eu sou?» (Mc 8,29). É a pergunta da fé, da implicação pessoal. A resposta apenas a encontramos na experiência do silencio e da oração. É o caminho da fé que recorre Pedro, e o que devemos também nós fazer.
Irmãos e irmãs, experimentemos desde a nossa oração a presença libertadora do amor de Deus presente nas nossas vida. Ele continua fazendo aliança conosco com signos claros da sua presença, como aquele arco posto nas nuvens prometido a Noé.
Pensamentos para o Evangelho de hoje
- «Era Necessário que o Filho de Deus padecesse por nós? Era-o, certamente, por duas razões fáceis de deduzir: uma, para remediar os nossos pecados; e a outra, para nos dar o exemplo de como devemos obrar» (Santo Tomás de Aquino)
- «Ao longo dos séculos, os cristãos devem ser continuamente instruídos, pelo Senhor, para que assim, sejam conscientes do seu caminho que não é o da gloria nem o do poder terreno mas, o “caminho da cruz”» (Bento XVI)
- «É o «amor até ao fim» (Jo 13,1) que confere ao sacrifício de Cristo o valor de redenção e reparação, de expiação e satisfação. (...) Nenhum homem, ainda que fosse o mais santo, estava em condições de tornar sobre si os pecados de todos os homens e de se oferecer em sacrifício por todos (...)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 616)
Reflexão
A confissão de Pedro no caminho para Jerusalém
REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)
Hoje contemplamos um marco no caminho de Jesus Cristo: a confissão de Pedro. Jesus pergunta aos discípulos o que dizem as pessoas Dele e o que eles pensam. As opiniões das pessoas constituem aproximações —desde o passado— ao mistério de Jesus Cristo e têm algo em comum: situam Jesus na categoria dos profetas (Elias, Jeremias, Baptista...). Mas não atingem a sua natureza divina.
Pedro responde em nome dos Doze com uma declaração que se afasta claramente da opinião das “pessoas”: “Tu és o Cristo” (ou, também segundo passagens paralelas, o “Ungido”, “o Filho de Deus”). Imediatamente após, Jesus anuncia a sua paixão e ressurreição, e acrescenta um ensino sobre o caminho dos discípulos: vai consistir em seguir ao Crucificado em um “se perder a si mesmo”.
— Na sua confissão, Pedro utilizou “palavras de promessa” da Antiga Aliança: foi uma confissão “como às palpadelas”. Aquela confissão adquiriu sua forma completa quando Tomás tocou as feridas do Ressuscitado e exclamou comovido: “Meu Senhor e meu Deus!”.
Comentário sobre o Evangelho
Jesus pergunta aos seus discípulos quem eles dizem que ele é, Pedro responde: «Tu és o Cristo
Hoje, parece que assistimos a um concurso de televisão. Que dizem as gentes acerca de Jesus? Pois, todo o tipo de opiniões, autênticas “anedotas”. O certo é que hoje em dia muitos falam de Jesus, mas – afinal - também muitos constroem um “Jesus à sua medida”.
- Reza e caminha com Jesus Cristo para O conheceres de verdade, até poderes dizer como S. Pedro: «Tu és o Cristo».
Meditação
A Palavra: dos ouvidos ao coração!
Na Palavra de hoje, é plena a mensagem do dilúvio. Deus se compromete: não haverá dilúvio contra nenhuma criatura pecadora. E nos dá um sinal: a partir do arco-íris, Ele vai pendurar seu arco (de destruição, de vingança) nas nuvens. Será um Deus sempre desarmado. E nos propõe a mesma atitude: pedirá contas a nós da vida do homem, nosso irmão, mesmo se pecar contra nós. Temos que depor todas as armas de vingança contra o irmão. Jesus vem ser o Messias, o Primogênito dessa humanidade. E para desarmar nosso maldoso coração, ante a maldade extrema, chegará a sofrer muito, ser rejeitado e até ser assassinado, mas esse será o caminho que o Pai aprovará, pois o ressuscitará ao terceiro dia.
Coleta
Ó Deus, que enviastes ao mundo a força do Evangelho como fermento, concedei aos vossos fiéis, chamados a viver no meio do mundo e das ocupações nas realidades terrestres, que, animados de espírito cristão, instaurem sem cessar o vosso reino, por seus afazeres temporais. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
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