LEITURA ORANTE DO DIA 02/07/2024



LEITURA ORANTE

Mt 8,23-27 - Qual é o tamanho de minha fé?


Preparamo-nos para a Leitura, renovando  nossa fé e
invocando o Espírito Santo para
 todos os que, neste espaço, buscam a Palavra:
Ó Espírito Santo, amor do Pai e do Filho!
Inspirai-me sempre aquilo que devo pensar,
aquilo que devo dizer,
como eu devo dizê-lo,
aquilo que devo calar,
aquilo que devo escrever,
como eu devo fazer,
aquilo que devo fazer, para procurar
a vossa glória, o bem das pessoas 
e minha própria santificação.
Ó Jesus, toda a minha confiança está em Vós.
(Cardeal Mercier)

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Lemos atentamente, o texto: Mt 8,23-27.
Jesus entrou num barco, e os seus discípulos foram com ele. De repente, uma grande tempestade agitou o lago, de tal maneira que as ondas começaram a cobrir o barco. E Jesus estava dormindo. Os discípulos chegaram perto dele e o acordaram, dizendo:
- Socorro, Senhor! Nós vamos morrer!
- Por que é que vocês são assim tão medrosos? - respondeu Jesus. - Como é pequena a fé que vocês têm!
Ele se levantou, repreendeu o vento e o mar,  e fez-se uma grande calmaria. Então todos ficaram admirados e disseram:
- Que homem é este que até os ventos e o mar lhe obedecem?!
Refletindo
Este fato narra um momento de crise dos discípulos de Jesus. Estão num barco e vem uma tempestade. As ondas aumentam e começam a cobrir o barco. Jesus dormia. Os discípulos ficaram apavorados ao ponto de chegar a acordar o Mestre e pedir-lhe socorro. Tinham medo de morrer. Jesus acorda e lhes diz: “ Por que é que vocês são assim tão medrosos? Como é pequena a fé que vocês têm!” Depois, falou energicamente com o vento e a ondas que se acalmaram. Todos se admiraram e se perguntavam: “Quem é este que manda até no vento e nas ondas?” Esta experiência mediu o grau de maturidade e de fé dos discípulos. Deveriam crescer muito.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para nós?
Questiono minha fé que às vezes é muito pequena.
E o Papa Francisco, nos ajuda a meditar:
"O barco em que os discípulos atravessam o mar é acometido pelo vento e pelas ondas e eles têm medo de afundar. Jesus encontra-se com eles no barco, mas está na popa, deitado, e dorme. Cheios de medo, os discípulos gritam com Ele: «Mestre, não te importas que pereçamos?» 
Muitas vezes, também nós, assaltados pelas provações da vida, gritamos ao Senhor: “Por que permaneces em silêncio e não fazes nada por mim?”. Sobretudo quando temos a impressão de afundar, porque esvaece o amor ou o projeto em que tínhamos colocado grandes esperanças; ou quando estamos à mercê das ondas insistentes da ansiedade; ou quando nos sentimos esmagados pelos problemas ou desorientados no meio do mar da vida, sem rota e sem porto. Ou ainda, nos momentos em que falta a força para ir em frente, porque não há trabalho ou um diagnóstico inesperado nos faz temer pela saúde, nossa ou de um ente querido. Há muitos momentos em que nos sentimos numa tempestade, em que nos sentimos quase perdidos.
Nestas situações e em muitas outras, também nós nos sentimos sufocados pelo medo e, como os discípulos, corremos o risco de perder de vista o que é mais importante. Com efeito, no barco, embora durma, Jesus está presente, e partilha com os seus tudo o que acontece. O seu sono, se por um lado nos surpreende, por outro, põe-nos à prova. O Senhor está ali, está presente; efetivamente, espera - por assim dizer - que o interpelemos, que o invoquemos, que o coloquemos no centro do que vivemos. O seu sono estimula-nos a despertar. Pois para ser discípulo de Jesus, não basta acreditar que Deus está presente, que existe, mas é preciso pôr-se em jogo com Ele, é necessário levantar a voz com Ele. Escutai isto: é preciso gritar com Ele. Muitas vezes a oração é um grito: “Senhor, salva-me!”. A oração torna-se um clamor!
Hoje podemos perguntar-nos: quais são os ventos que se abatem sobre a minha vida, quais são as ondas que impedem a minha navegação e colocam em perigo a minha vida espiritual, a minha vida familiar, inclusive a minha vida psíquica? Digamos tudo isto a Jesus, contemos-lhe tudo. Ele deseja isto, quer que nos apeguemos a Ele para encontrar abrigo contra as ondas da vida. O Evangelho narra que os discípulos se aproximam de Jesus, que o acordam e falam com Ele. Eis o início da nossa fé: reconhecer que sozinhos não somos capazes de permanecer à tona, que precisamos de Jesus, como os marinheiros das estrelas para encontrar a rota. A fé começa quando acreditamos que não somos autossuficientes, quando nos sentimos necessitados de Deus. Quando vencemos a tentação de nos fecharmos em nós próprios, quando superamos a falsa religiosidade que não quer incomodar Deus, quando clamamos a Ele, Ele pode fazer maravilhas em nós. É a força suave e extraordinária da oração, que faz milagres.
Suplicado pelos discípulos, Jesus acalma o vento e as ondas. E faz-lhes uma pergunta, uma interrogação que também nos diz respeito: «Por que tendes medo? Ainda não tendes fé?»  Os discípulos deixaram-se surpreender pelo medo, pois tinham fixado mais as ondas do que Jesus. E o medo leva-nos a olhar para as dificuldades, para os problemas graves e não para o Senhor, que muitas vezes dorme. Acontece o mesmo conosco: quantas vezes olhamos para os problemas, em vez de ir ter com o Senhor para depor nele as nossas preocupações! Quantas vezes deixamos o Senhor num canto, no fundo do barco da vida, para o acordar apenas no momento da necessidade! Hoje peçamos a graça de uma fé que não se canse de procurar o Senhor, de bater à porta do seu Coração." (13 /junho/2021)

3. Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, pedindo ao Senhor que aumente a minha fé:
“Creio Senhor, mas aumentai a minha fé

4. Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou viver com mais convicção minha fé, na certeza de que o Mestre está sempre na minha “barca”.

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Ir. Patrícia Silva, fsp

A Palavra entre nós - 02 de julho, 3ª feira, 13ª Semana do Tempo Comum


02 de julho, 3ª feira, 13ª Semana do Tempo Comum


– Hoje é 02 de julho, 3ª feira, 13ª Semana do Tempo Comum

– Inúmeras vezes a falta de fé nos paralisa, nos impossibilita de ir além e crer em nós mesmos e na providência de Deus. O medo é uma condição natural e humana, que nos faz preservar do mal e do sofrimento. Contudo, precisamos superar a falta de fé que o medo faz crescer em nós. Peça ao Senhor que ele dê a você o dom da fé. Que as ondas do mar da vida não o impeçam de ir adiante ao encontro com o Senhor, nosso porto seguro.

- Escuta o Evangelho segundo Mateus, capítulo 8, versículos 23 a 27.

Então Jesus entrou no barco, e seus discípulos o seguiram. Nisso, veio uma grande tempestade sobre o mar, a ponto de o barco ser coberto pelas ondas. Jesus, porém, dormia. Eles foram acordá-lo. "Senhor", diziam, "salva-nos, estamos perecendo!" - "Por que tanto medo, homens de pouca fé?", respondeu ele. Então, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar, e fez-se uma grande calmaria. As pessoas ficaram admiradas e diziam: "Quem é este, que até os ventos e o mar lhe obedecem?"

– Muitas vezes somos ameaçados pela falta de fé e as tempestades da vida Precisamos lembrar a cada dia que Jesus se faz presente e questiona a fé, ou ela é viva ou está morta. Jesus tem poder sobre os corações humanos e sobre a natureza que o obedece, pois ele é o Filho do Criador. Peça ao Senhor que aumente sua fé Nele.

- O medo tem te impossibilitado de seguir adiante? Você ouve mais a mensagem de Jesus ou de teus medos internos? És obediente à Palavra de Jesus ou te deixas guiar pelas incertezas do mundo?

- “Senhor”, salva-nos, estamos perecendo!”. A humanidade inteira padece ao sofrimento, pois sofrer é uma condição humana. A fé, por sua vez, é dom de Deus. Pela fé, somos fortalecidos diante dos problemas da vida e lidamos com os conflitos com esperança de superá-los. Diz um poema de Bráulio Bessa:

Só eu sei cada passo por mim dado
nessa estrada esburacada que é a vida,
passei coisas que até mesmo Deus duvida,
fiquei triste, capiongo, aperreado,
porém nunca me senti desmotivado,
me agarrava sempre numa mão amiga,
e de forças minha alma era munida
pois do céu a voz de Deus dizia assim:
– Levanta o queixo, meta os pés, confie em mim,
vá pra luta que eu cuido das feridas.

- Conclua sua oração pedindo a Deus coragem para enfrentar os desafios que a vida reserva. Não deixe perecer sua fé. Alimente-a pela oração. Viva e confie na providência Divina.

- Gloria ao Pai, e ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre. Amém.


Homilia Diária - 02.07.2024 | "Quem é este homem, que até os ventos e o mar lhe obedecem?" - Padre Roger Araújo



Canal do Youtube: Padre Roger Araújo

Publicado em  2 de jul. de 2024

Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 8,23-27

Naquele tempo, 23Jesus entrou na barca, e seus discípulos o acompanharam. 24E eis que houve uma grande tempestade no mar, de modo que a barca estava sendo coberta pelas ondas. Jesus, porém, dormia.
25Os discípulos aproximaram-se e o acordaram, dizendo: “Senhor, salva-nos, pois estamos perecendo!” 26Jesus respondeu: “Por que tendes tanto medo, homens fracos na fé?” Então, levantando-se, ameaçou os ventos e o mar, e fez-se uma grande calmaria. 27Os homens ficaram admirados e diziam: “Quem é este homem, que até os ventos e o mar lhe obedecem?”

Homilia Diária | Por que Deus permite as tribulações? (Terça-feira da 13ª Semana do Tempo Comum) - Padre Paulo Ricardo



Canal do Youtube: Padre Paulo Ricardo

Publicado em 1 de jul. de 2024

Muitas vezes nos sentimos como os Apóstolos na barca de Pedro: as tormentas e tempestades da vida parecem quase nos engolir, enquanto Cristo dorme, sereno e tranquilo, como se nada afligisse a sua Igreja. Como entender essa aparente “indiferença” de Nosso Senhor? E por que Ele repreende os discípulos por sua falta de fé? Ouça a homilia do Padre Paulo Ricardo para esta terça-feira, 02 de julho, e descubra por que Deus permite as tribulações em sua Igreja.

HOMILIA DIÁRIA - (CANÇÃO NOVA) – Mt 8,23-27 - 02/07/2024


Quem é este homem, que até os ventos e o mar lhe obedecem?

“Naquele tempo, Jesus entrou na barca e seus discípulos o acompanharam. Eis que houve uma grande tempestade no mar, de modo que a barca estava sendo coberta pelas ondas. Jesus dormia. Os discípulos aproximaram-se e o acordaram dizendo: “Senhor, salva-nos, estamos perecendo”. Jesus respondeu: “Por que tendes tanto medo, homens fracos na fé?”. Então levantou-se e ameaçou o vento e o mar e fez-se uma grande calmaria.”



Meus irmãos e minhas irmãs, um homem que controla ventos e mar. Nós já vimos um personagem desses na Bíblia. Não se trata de um super-herói, daqueles filmes da Marvel, mas sim de Moisés. Foi Moisés na saga do Êxodo. Na ocasião, Deus disse a ele: “Por que clamas a mim por socorro? Dize aos israelitas que se ponham em marcha. Quanto a ti, ergue a vara, estende a mão sobre o mar e divide-o para que os israelitas passem em seco pelo meio do mar”. Isso está lá no livro do Êxodo.
O que não devia ter de vento no meio daquele mar, não é? Que força aquelas ondas não deveriam fazer para romper aquela eira que se abriu com o cajado de Moisés! Um episódio que deixou claro aos israelitas o poder de Deus e a força da confiança que devemos ter n’Ele. Foi um exercício de muita confiança que Moisés e o povo precisaram ter na palavra do Senhor. E isso eu ligo ao episódio de hoje, porque, no Evangelho de hoje, temos o novo Moisés, Jesus.

É Cristo quem acalma o vento e o mar

Agora, Ele não usa mais o cajado, porque profere uma palavra de ordem. Justamente porque Ele é a palavra de ordem que põe fim a toda ameaça contra aqueles que O amam. É a Sua palavra a ameaçar o vento e o mar das nossas tribulações.
Existem situações que fazem uma pressão enorme sobre nós. Veja isso, hoje, na sua vida, contemple isso na sua vida hoje. Mas essas forças descomunais da natureza, vento e mar, se tornaram frágeis diante da potência de Cristo, o filho de Deus. O segredo é confiar na Palavra de Cristo, é obedecer aquilo que Ele nos diz, porque assim veremos a glória de Deus se manifestar bem diante dos nossos olhos.
Não importa a situação que esteja enfrentando hoje. Não importa a pressão que esteja sobre você nesse momento. Importa confiar na palavra de Cristo, importa confiar que Ele pode mudar todas as coisas. Ele que acalmou o vento e o mar pode também acalmar as nossas tempestades.
Sobre todos vós, desça a bênção do Deus Todo-poderoso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!

Padre Donizete Heleno Ferreira
Padre Donizete Heleno Ferreira é Brasileiro, nasceu no dia 26/09/1980, em Rio Pomba, MG. É Membro da Associação Internacional Privada de Fieis – Comunidade Canção Nova, desde 2003 no modo de compromisso do Núcleo.

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 02/07/2024

ANO B


Mt 8,23-27

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

Homens fracos na fé


“Por que tanto medo, homens de pouca fé?” Embora estivesse dormindo quando veio a tempestade, Jesus estava lá e com poder repreendeu os ventos e o mar. Ele fala com os ventos e com o mar como fala com seres humanos. E eles lhe obedecem, o que nem sempre acontece com os seres humanos.
Mas onde está Jesus quando estamos em apuros? Está em toda parte. Podemos invocá-lo, gritar por ele, e ele virá em nosso auxílio, da maneira que lhe parecer melhor. Jesus estava no barco quando veio a tempestade, mas dormia. Estava como se não estivesse. O barco continuou navegando ao longo dos tempos, e hoje nós estamos nele. E Jesus está como se não estivesse.
Não o vemos nem dormindo, mas sabemos que está. Um pouquinho de fé ajuda muito. Ele faz milagres em nosso favor, e podemos nos precaver antes que venham as tempestades. Não se arrisque sabendo que uma tempestade está para chegar. Examine a embarcação e verifique os equipamentos e o número de passageiros. Faça a sua parte com responsabilidade e depois grite com fé: “Salva-nos, Senhor! Estamos perecendo”. Há outros tipos de tempestades em nossa vida. Para enfrentá-las também precisamos do socorro do Senhor, e de bons amigos.
Cônego Celso Pedro da Silva,
Fontes: https://catequisar.com.br/liturgia/homens-fracos-na-fe/ e https://www.comeceodiafeliz.com.br/evangelho/quem-e-este-que-ate-os-ventos-e-o-mar-lhe-obedecem-02072024

Reflexão

A barca é figura da comunidade dos discípulos, ameaçada pelo mundo malvado, mas confortada pela presença de Jesus. A Igreja, em todos os tempos e lugares, tem sido vítima de incompreensões e violência. As primeiras comunidades cristãs foram vítimas de cruéis ataques dos adversários. Muitos cristãos e cristãs sofreram o martírio por causa de sua fidelidade a Jesus Cristo. No meio da agitação das ondas, Jesus dormia. Quer Jesus mostrar que está em total harmonia com a natureza ou, talvez, levar os discípulos a confiar inteiramente no poder de Deus? Seja o que for, Jesus está nos dizendo mais uma vez: “Não tenham medo. Sou eu”. Em outras palavras: “Por que estão duvidando? Não acreditam que estou com vocês?”. A fé miúda dos discípulos e nossa deve crescer.
(Dia a dia com o Evangelho 2024)
https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/2-terca-feira-9/

Reflexão

«Então, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar, e fez-se uma grande calmaria»

Fray Lluc TORCAL Monje del Monastério de Sta. Mª de Poblet
(Santa Maria de Poblet, Tarragona, Espanha)

Hoje, terça-feira XIII do tempo comum, a liturgia oferece-nos um dos fragmentos mais impressionantes da vida publica do Senhor. A cena apresenta uma grande vivacidade, contrastando radicalmente a atitude dos discípulos com a de Jesus. Podemos imaginar-nos a agitação que reinou na barca quando «veio uma grande tempestade sobre o mar, a ponto de o barco ser coberto pelas ondas» (Mt 8,24), mas a agitação não foi suficiente para acordar Jesus que dormia. Tiveram que ser os discípulos quem, no seu desespero, acordaram Jesus!: «Senhor, salva-nos, estamos perecendo!» (Mt 8,25).
O Evangelista serve-se de todo este dramatismo para nos revelar o autêntico ser de Jesus. A tempestade não tinha perdido a sua fúria e os discípulos continuavam cheios de agitação quando o Senhor, simples e tranquilamente, «levantando-se, repreendeu os ventos e o mar, e fez-se uma grande calmaria» (Mt 8,26). Da Palavra repreendedora de Jesus seguiu-se a calma, a calma que não estava apenas destinada a realizar-se nas aguas agitadas do céu e do mar: a Palavra de Jesus dirigia-se sobre tudo a acalmar os corações temerosos dos seus discípulos. «Por que tanto medo, homens de pouca fé?» (Mt 8,26).
Os discípulos passaram da perturbação e do medo à admiração própria daquele que acaba de assistir a alguma coisa impensável até então. A surpresa, a admiração, a maravilha de uma mudança drástica na situação em que viviam despertou neles uma pergunta central: «Que homem é este, que até os ventos e o mar lhe obedecem?» (Mt 8,27). Quem é aquele que pode acalmar as tempestades do céu e da terra e, ao mesmo tempo, as dos corações dos homens? Apenas «quem dormindo como homem numa barca, pode dar ordens aos ventos e ao mar, como Deus» (Nicetas de Remesiana).
Quando pensamos que a terra se afunda, não esqueçamos que o nosso Salvador é o próprio Deus feito homem, o qual se nos dá pela fé.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Levou aos seus discípulos consigo no barco, para ensinar-lhes estas duas coisas: não se amedrontar com os perigos, nem se envanecer com honras» (São João Crisóstomo)

- «Jesus não quer que sejamos pessoas passivas; Ele quer que sejamos instrumentos ativos, responsáveis, mas ao mesmo tempo cheios de esperança. Esta é a chave para enfrentar as tempestades da vida» (Bento XVI)

- «A confiança filial é posta à prova quando temos a sensação de nem sempre ser atendidos. O Evangelho convida-nos a interrogarmo-nos sobre a conformidade da nossa oração com o desejo do Espírito» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.756)
https://evangeli.net/evangelho/feria/2024-07-02

Reflexão

Deus Creador

Fray Josep Mª MASSANA i Mola OFM
(Barcelona, Espanha)

Hoje, a tempestade ruge furiosa. Os discípulos, expertos navegantes, têm medo. Jesus, porém, dorme. Levanta-se, repreendeu o mar e fez-se uma calmaria. Surpreende a força da Palavra que domina a criação. A Palavra que calma a tempestade era o eco da Palavra criadora de Deus: “faça-se!”.
A criação é obra do amor: Deus Pai criou da nada pela Palavra, que é seu Filho, enquanto o Espírito fecundava as águas. Criou para comunicar “fora” seu Amor. A criação é o início da salvação. Tem três fases: A do Pai vai desde a Criação até o Messias; a do Filho, desde sua encarnação até sua glorificação; a do Espírito Santo, desde Pentecostes até o fim do mundo.
—Deus, que és Pai, Filho e Espírito Santo, danos graças por ter-nos criado, redimido e santificado, fazendo brilhar em nós —vossas criaturas— a força fecunda de vosso Amor.
https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2024-07-02

Comentário sobre o Evangelho

Jesus acalma a tempestade: devemos ter fé e não desesperar diante das dificuldades


Hoje, os Apóstolos estão no barco no meio de uma tormenta. Jesus está com eles, mas dorme. Eles, desesperados, despertam-no: vamos naufragar! O Senhor dos céus e dos mares «falou imperiosamente ao vento e ao mar, e fez-se grande bonança».
- «Porque temeis?». A pergunta continua atual. Jesus “dorme” na Eucaristia, na intimidade dos nossos templos. Jesus “dorme”, mas Deus vê tudo e está em tudo. Se não fosse assim, a barca da Igreja já teria desaparecido há séculos. Não é verdade?
https://family.evangeli.net/pt/feria/2024-07-02

Meditação

“Senhor, salva-nos, pois estamos perecendo!” Mateus conta o pavor dos discípulos na tempestade e deixa claro que gritaram por Jesus porque acreditavam que Ele os pudesse salvar, mesmo não sabendo ainda exatamente quem Ele era. Viram como fez a tempestade se acalmar e tiraram a conclusão: O Mestre não é um simples homem. De onde lhe vem esse poder? O certo é que depois morreram como testemunhas de sua divindade. Deus tem mesmo paciência com a gente.
Oração
Ó Deus, que enviastes ao mundo a força do Evangelho como fermento, concedei aos vossos fiéis, chamados a viver no meio do mundo e das ocupações nas realidades terrestres, que, animados de espírito cristão, instaurem sem cessar o vosso reino, por seus afazeres temporais. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=02%2F07%2F2024&leitura=meditacao

COLETÂNEA DE HOMÍLIAS DIÁRIAS, COMENTÁRIOS E REFLEXÕES DO EVANGELHO DO DIA, DE ANOS ANTERIORES - 02/07/2024

ANO B


Mt 8,23-27

Comentário do Evangelho

Por que tanto medo?

Jesus entra no barco seguido por seus discípulos para fazer uma travessia à outra margem do Lago (cf. v. 18). A travessia é feita de surpresa, pois ela pode ser dificultada pelos ventos que levantam as ondas, as quais ameaçam o barco e seus ocupantes (v. 24). No universo simbólico da tradição bíblica, o mar evoca o mal e a morte. Enquanto Jesus dorme (ver: Jn 1,4-6), os discípulos se apavoram: “Senhor, salva-nos, estamos perecendo!” (v. 25). A menção de que Jesus dormia pode aludir à sua morte. Ao discípulo é exigida confiança, não importa em que situação: “Por que tanto medo, homens de pouca fé?” (v. 26). O medo é contrário à fé. E o discípulo só será plenamente livre quando superar, pela fé, o medo da morte. Jesus repreende o mar como se estivesse expulsando um demônio (cf. Mc 1,21-28). Sua palavra é eficaz como é eficaz a Palavra de Deus, que domina sobre as ondas do mar (Sl 68[67],2; Sl 89[88],10). O Senhor acordado do seu sono domina o mal, vence a morte; sua presença dá segurança, pois a sua vitória permite continuar a travessia, a peregrinação pela história. Mas “quem é este que até os ventos e o mar obedecem?” (v. 27). Cabe a cada um que se encontra diante do Senhor responder.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, põe no meu coração a certeza de que o Ressuscitado está comigo e me dá força nos momentos de tribulação. E, assim, eu dê provas de que a minha fé é sólida.
Fonte: Paulinas em 01/07/2014

Vivendo a Palavra

Jesus nos ensina uma grande lição: a fé afasta o medo e gera o Amor. Vivemos um tempo de muitos medos e somos tentados a nos deixar envolver por essa onda. Lembrando que o Espírito vive em nós, testemunhemos nossa fé, caminhando na alegria de quem já se sente na presença do Pai Misericordioso.
Fonte: Arquidiocese BH em 01/07/2014

VIVENDO A PALAVRA

O mar revolto, a barca frágil, Jesus dormindo, discípulos com medo… Tão parecido com os nossos tempos atuais: o mundo agressivo, violento, injusto, doente da pandemia, a causa dos pequenos não encontra defensores e, diante de tudo, o silêncio de Deus! Mas não tenhamos medo, pois nosso Mestre é Aquele a quem até o vento e o mar obedecem!
Fonte: Arquidiocese BH em 30/06/2020

Reflexão

A nossa vida é constantemente marcada por turbulências que nem sempre são fáceis de serem vencidas, sendo que algumas vezes temos a impressão de que seremos engolidos. São situações que nos desafiam e exigem de nós muito mais do que somos capazes de realizar. É justamente nessas situações que a nossa fé deve falar mais alto. É claro que devemos reconhecer a nossa impotência diante de determinadas situações, mas a vida de quem realmente crê em Deus não pode ser marcada pelo medo, pela covardia ou pela transferência da responsabilidade do dia a dia para Deus. É assumir com coragem os desafios na certeza de que Deus é o grande parceiro e que seremos sempre vitoriosos porque não realizamos uma obra que é nossa, mas somos protagonistas de uma obra que é o próprio Deus quem realiza.
Fonte: CNBB em 01/07/2014

Reflexão

A barca é figura da comunidade dos discípulos, ameaçada pelo mundo malvado, mas confortada pela presença de Jesus. A Igreja, em todos os tempos e lugares, tem sido vítima de incompreensões e violência. As primeiras comunidades cristãs foram vítimas de cruéis ataques dos adversários. Muitos cristãos e cristãs sofreram o martírio por causa de sua fidelidade a Jesus Cristo. No meio da agitação das ondas, Jesus dormia. Quer Jesus mostrar que está em total harmonia com a natureza ou, talvez, levar os discípulos a confiar inteiramente no poder de Deus? Seja o que for, Jesus está nos dizendo mais uma vez: “Não tenham medo. Sou eu”. Em outras palavras: Por que estão duvidando? Não acreditam que estou com vocês? A fé miúda dos discípulos e nossa deve crescer.
Oração
Ó Jesus, “a quem até os ventos e o mar obedecem”, sentimos que a nossa missão de cristãos e cristãs não está isenta de obstáculos, incompreensões e desconforto. Infunde em nós, Senhor, fortaleza, coragem e esperança, para prosseguir, sem hesitar, a serviço do teu Reino. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 30/06/2020

Reflexão

O Evangelho de ontem termina com Jesus convidando seus discípulos a segui-lo. Entram no barco. De repente uma tempestade violenta ameaça o barco e os tripulantes. Há grande contraste entre a tranquilidade de Jesus dormindo e o desespero dos discípulos, prestes a ser tragados pelas ondas. Os discípulos invocam o Mestre para que intervenha. A barca é símbolo da comunidade que se apavora diante das dificuldades, incompreensões e perseguições, simbolizadas pelo mar. Jesus é apresentado como aquele que enfrenta as dificuldades do povo. As tempestades fazem parte da vida das comunidades e das famílias, colocando em dúvida a presença do Ressuscitado. A fé na presença dele nos encoraja a enfrentar os desafios que surgem na vida. Ainda hoje, muitas vezes, nos perguntamos por que Deus permite tanto sofrimento e por que ele não intervém.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)
Fonte: Paulus em 28/06/2022

Recadinho

Consegue crer que Jesus está a seu lado sustentando sua caminhada? - Reze: Aumentai, Senhor, minha fé! Nas tempestades da vida, segura firme em Deus? - Consegue abandonar-se nas mãos de Deus? - Lembre-se de alguém que vive intensamente sua fé. E Deus o confortará.
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 01/07/2014

Meditando o evangelho

HOMENS FRACOS NA FÉ!

A cena da tempestade acalmada retrata a vida do discípulo às voltas com as dificuldades e os desafios que sua opção comporta. Engana-se quem imagina poder seguir o Mestre Jesus na mais perfeita tranquilidade, sem correr o risco de enfrentar perseguições e contrariedades. Nestas horas, é preciso recordar-se que ele está presente, sempre pronto a impedir que seus discípulos venham a sucumbir.
Uma leitura simbólica do texto bíblico permite-nos tirar uma lição: entrar na barca com o Mestre, corresponde a "embarcar" na vida dele.
A barca simboliza a Igreja, comunidade dos que aderiram a Jesus, dispostos a partilhar sua missão e seu destino. A tempestade aponta para as grandes crises a que a Igreja é submetida, ao longo de sua existência, de forma a provar a autenticidade da fé dos discípulos. O grito desesperado dos discípulos assemelha-se à súplica constante da Igreja, carente de proteção: "Senhor, tem piedade de nós!" A bonança do mar aponta para a paz que só ele pode dar à sua Igreja. Uma paz, porém, não isenta de toda sorte de provações, pois, seguir Jesus é escolher um caminho arriscado e tormentoso.
Sem uma fé sólida, o discípulo não tem como perseverar no seguimento do Mestre. E sentir-se-á como se estivesse sempre a ponto de perecer. Só na fé encontrará força para continuar.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito que robustece a fé, dá-me uma fé firme, que não deixe temer as provações que a condição de discípulo comporta.
Fonte: Dom Total em 01/07/201430/06/2020 e 28/06/2022

Oração
Ó Deus, pela vossa graça, nos fizestes filhos da luz. Concedei que não sejamos envolvidos pelas trevas do erro, mas brilhe em nossas vidas a luz da vossa verdade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 01/07/2014

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. A nossa Igreja representada por um barco
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Já vem de antiga tradição essa imagem da nossa Igreja representada por um barco, certamente por conta da Vocação dos quatro primeiros discípulos que eram pescadores. O fato é que muitos cristãos de todos os tempos, de maneira equivocada viram neste barco da Igreja um possante Transatlântico no qual velejamos seguros e livres de todos os perigos. Contrariando os que pensam assim, mal Jesus e seus discípulos subiram em uma barca, como está escrito no evangelho de hoje, desencadeou-se sobre o mar uma tempestade tão grande que as ondas cobriam a barca.
O Cristianismo nunca velejou e nem irá velejar por águas serenas, quietas e calmas. Diríamos em uma linguagem de hoje que velejar na Barca de Pedro é a mais pura adrenalina. Nunca se sabe de onde vem o perigo, ás vezes até de dentro do próprio barco. A Igreja primitiva enfrentou tantas tempestades que ás vezes parecia impossível a sua sobrevivência. Tempos tenebrosos vieram adiante, na Idade Média, na Idade Moderna, conflitos, escândalos, intensas perseguições, Ideologias totalmente contrárias ao Espírito do Evangelho. Muita gente desanimada e descrente pula da barca na hora dos temporais. Há ainda os desconfiados que querem viajar com o Pé em duas canoas, em uma tentativa de agradar aos dois Senhores.
Mas onde está Jesus, nosso Comandante do Barco da Igreja? Não está na hora Dele manifestar a sua Glória e fazer da sua Igreja um Possante Transatlântico? Por não vê-lo, por não percebê-lo, por não senti-lo, aumenta a cada dia os desertores. O evangelho descreve o grande final da História da Humanidade, momento em que Jesus Cristo, o Verbo Encarnado, o Filho de Deus que se fez nosso companheiro de navegação, nosso irmão de estrada, este que nos alimentou com o seu Corpo e Sangue, nos orientou com a sua Palavra suscitando em cada temporal a forte e doce esperança em nosso coração.  Ele mesmo! Que nunca abandonou a nossa Igreja.
Ele olhará para as terríveis Forças do Mal, estas que hoje parecem nos esmagar de todos os lados, essas que hoje parecem até ter invadido a nossa frágil barquinha para arrastá-la ao profundo abismo. E irá dar o solene e definitivo “Cala a Boca”, e as forças do Mal, na mesma hora estarão totalmente e efetivamente vencidas e dominadas. Jesus é como aquele atleta do nosso time, que aparentemente estava sendo derrotado pelas Forças do Mal, e que ao marcar o gol da vitória, corre para o lado da torcida contrária que até então gritava, julgando-se vitoriosa, e com o dedo indicador nos lábios ordena “Silêncio, calem a boca”.

2. Por que tanto medo, homens de pouca fé? - Mt 8,23-27
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Em Roma, no século primeiro da nossa era, a primeira comunidade cristã era vista como uma seita judaica, que não cultuava os deuses do paganismo e nem mesmo o imperador. Tibério e Cláudio expulsaram os judeus de Roma, acusando-os de subversão, organizada por certo Cresto, que pode ser o nome de Cristo. O escritor cristão Tertuliano diz que aos cristãos era atribuída toda sorte de calamidade pública. Seca, inundação, carestia, peste, terremoto, tudo era culpa dos cristãos, porque desprezavam os deuses. Historiadores romanos da antiguidade deixaram escrito que, por ordem de Nero, os cristãos, “gente dada a uma nova e perigosa superstição”, foram entregues ao suplício. No dia 19 de julho do ano 64, Roma foi incendiada. Dúvidas foram levantadas sobre a responsabilidade do imperador, e este, para se livrar das acusações, responsabilizou os cristãos. Cornélio Tácito escreve: “Como circulavam vozes de que o incêndio de Roma tivesse sido fraudulento, Nero apresentou-os como culpados, punindo-os com penas excepcionais, os que, odiados por suas abominações, eram chamados pelo vulgo cristãos”. Terminamos assim o mês de junho em companhia dos protomártires de Roma, falsamente acusados pelo imperador Nero de serem os responsáveis pelo incêndio da cidade.
Fonte: NPD Brasil em 30/06/2020

HOMILIA

JESUS ACALMA UMA TEMPESTADE

Nessa passagem Jesus chama os Seus discípulos para entrarem num barco e passarem para a outra margem. Inicialmente podemos observar que Jesus vinha de uma caminhada realizando muitas curas e numerosa multidão O seguia; e Jesus, nesse momento, chama Seus discípulos e os orienta para atravessarem para a outra margem.
Como em outras ocasiões, imediatamente Seus discípulos O atenderam, entraram no barco e partiram. Ora, estavam em companhia de Jesus! No mesmo barco! O que poderia haver de melhor? Seguiam com o Mestre! Próximos, ao lado de quem realizava todos aqueles milagres, curas, que lhes ensinava coisas maravilhosas!
E eles saíram e outros barcos também o seguiam. Num certo momento da viagem, Jesus adormeceu. Imaginemos os discípulos vendo Jesus dormir. O que lhes passava? - Tranquilidade, segurança, confiança. Mas eis que sobreveio um temporal, com ondas arremessando contra o barco, ao ponto de encher-se d’agua, com sério risco de naufragar. E Jesus? Continuava dormindo ... Seus discípulos observaram que Ele continuava dormindo, e qual foi a reação? Certamente não era a mesma de antes.
Antes, enquanto a viagem corria tranquila e Jesus dormia, os discípulos sentiam-se confiantes. Estamos com tudo? - certamente deveria ser seus pensamentos. Mas veio a tempestade, a dificuldade, e Jesus ?dormindo? Por que suas atitudes de confiança e tranquilidade tão rapidamente transformaram-se em atitudes de insegurança? Jesus ainda estava no barco, continuava com eles! E mais, eles sabiam disso, podiam ver a presença de Jesus e mesmo assim desconfiaram de Sua proteção: ?Mestre, não Te importas que pereçamos? Como podemos trazer essa passagem para as nossas vidas? Sabemos que Jesus está conosco? Sabemos que Ele é o nosso Pai? Como podemos ainda não descansar e crer que Ele nos atende em todas as nossas dificuldades? Muitas vezes experimentamos o Seu silêncio em momentos de nossas vidas e precisamos saber que Ele continua ao nosso lado, continua navegando junto conosco, está no mesmo barco, mas ainda não é o momento de aquela situação ser alterada. E por quê?
Voltemos às Escrituras: ?Então lhes disse: por que sois assim tímidos? Como é que não tendes fé? Ah, a fé! Esse dom maravilhoso que Deus nos deu e, como todo o dom, precisa ser exercitado, fortalecido, para que efetivamente seja um dom a ser utilizado de forma plena.
Podemos observar também nessa passagem que outros barcos seguiam aquela travessia. Será que a tempestade atingiu-os da mesma forma? A Bíblia não fala, mas apliquemos o fato de que muitas vezes, e não poucas, mas muitas vezes passaremos por tempestades, tribulações, mesmo com tudo correndo certo em nossas vidas, com Jesus no mesmo barco, e outras pessoas, até próximas a nós, que demonstram não estar na companhia de Deus, estarão com suas vidas correndo tranquilamente.
Saibamos que Deus nunca nos prometeu uma viagem tranquila, mas uma chegada certa e segura. Passaremos por muitos obstáculos neste mundo, pois a ele não pertencemos. Entretanto, não haverá mal que vença no final na vida de um cristão, de um escolhido. Deus, o nosso Pai, estará sempre, em cada momento de dificuldade, levando-nos a um crescimento na fé e a vitórias que somente se n’Ele confiarmos poderemos obtê-las. Saibamos que temos um Pai que, como diz o último versículo: Até o vento e o mar Lhe obedecem?. Não temos nunca, em nenhum momento, o que temer, pois Ele tudo pode modificar e nos levar a reversões de situações que jamais imaginávamos poder acontecer, pois Ele é o Deus do impossível.
Pai, põe no meu coração a certeza de que o Ressuscitado está comigo e me dá força nos momentos de tribulação. E, assim, eu dê provas de que a minha fé é sólida.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 01/07/2014

REFLEXÕES DE HOJE

TERÇA-FEIRA

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 01/07/2014

HOMILIA DIÁRIA

Não deixemos que o medo fale mais alto do que a nossa fé

O homem de fé e a mulher de fé não são movidos pelo medo. Não deixe que nenhum medo e nenhuma ansiedade falem mais alto do que a sua fé.

“‘Por que tendes tanto medo, homens fracos na fé?’ Então, levantando-se, ameaçou os ventos e o mar, e fez-se uma grande calmaria.” (Mateus 8, 26)

Seguindo Jesus pelas estradas deste mundo nós estamos sempre enfrentando tempestades. E nossas tempestades não são apenas no mar – são na terra, no trabalho, na casa, na família, onde quer que nós estejamos o mar se agita. Agita-se, muitas vezes, primeiro dentro de nós, levantamos e parece que vem uma onda querendo nos levar e nos fazer sucumbir, parece que o mundo vai cair sobre nossa cabeça.
Algumas vezes, aconteceu uma coisa pequena e para nós se tornou algo tão grande; como diz  o ditado: nós até fazemos tempestade num copo d’água. Mas não podemos negar que, muitas vezes, os problemas se acumulam realmente e dentro de nós as coisas se tornam grandes. Nessas horas o coração não se acalma, se agita e se enche de devaneios e, dessa forma, ele é movido pelo medo e pela ansiedade e – quando estes sentimentos se juntam dentro de nós  – a angústia vem para nos preocupar, nos perturbar e nos deixar fracos.
Basta não sermos compreendidos, não sermos amados, basta recebermos uma má resposta ou sermos ignorados por alguém que queríamos ser lembrados ou exaltados. Basta as coisas não acontecerem do jeito que esperávamos ou do jeito que achávamos que deveria ser, do nosso jeito ou como planejamos, um estremecimento começa a tomar conta de nós.
Mas se pararmos para analisar a nossa vida, encontraremos tempestades para todos os lados e aí o grande mal: o coração se agita, a mente se perturba, muitas vezes, não dormimos, somos tomados pela insônia, pela intranquilidade e pedimos: “Senhor, socorre-nos! Senhor, salva-nos, estamos perecendo!”.  Mas o Senhor está ao nosso lado e parece que está dormindo.
O Senhor é aquele que segue a brisa leve, a brisa mansa. Onde a tempestade se agita, a mansidão do Senhor vence toda a euforia dos mares da vida.
Acalme o seu coração, não deixe que nenhum medo e nenhuma ansiedade falem mais alto do que a sua fé. O homem de fé e a mulher de fé  não são movidos pelo medo, não são tomados pela ansiedade, mas se entregam aos braços de Deus, pois Ele mesmo toma conta daquilo que agita a nossa alma e daquilo que agita a nossa vida.
Que Deus hoje acalme o seu coração e o ajude a experimentar a cada dia a brisa leve do Seu Espírito!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 01/07/2014

HOMILIA DIÁRIA

A fé gera em nós a confiança

“E eis que houve uma grande tempestade no mar, de modo que a barca estava sendo coberta pelas ondas. Jesus, porém, dormia. Os discípulos aproximaram-se e o acordaram, dizendo: “Senhor, salva-nos, pois estamos perecendo!” (Mateus 8,24-25)

Nos mares da vida, todos enfrentamos as ondas agitadas do mundo, das situações, das tribulações e de tantas situações que vivemos no nosso dia a dia. Não são as ondas agitadas que causam dessabores dentro de nós, são as ondas que vêm para dentro do nosso interior que provocam o verdadeiro dessabor porque elas nos deixam simplesmente atormentados.
Quantos de nós não dormimos, não temos calma, nos agitamos, nos preocupamos, nos aterrorizamos e aterrorizamos os outros por causa dos dramas e das coisas inquietantes? Quantos de nós somos movidos por uma ansiedade em demasia, que causa uma verdadeira agonia na alma e no espírito?
Estamos nos agitando e, dentro de nós, vivemos tormentos e nem conseguimos rezar direito, porque a cabeça está um verdadeiro devaneio, uma agitação mental terrível, não paramos de pensar naquilo que nos preocupa, naquelas situações que não resolvemos. O coração nem se fala… É sempre atribulado e marcado pelas ondas angustiantes e preocupantes da vida.

A fé nos dá a direção para caminharmos em meio às tribulações da vida

O coração está sempre agitado, hora pela mágoa, pelo rancor, pelo ressentimento, que é um verdadeiro terror, e tem hora que, com tudo isso misturado, ainda vem os medos, os temores, os receios ou as coisas que não andam do jeito que queríamos, que planejamos ou sonhamos, então, a nossa vida se torna um verdadeiro tormento.
Estamos em meio às ondas agitadas e atormentadas da vida e, em meio a tudo isso, Jesus parece que dorme. Não é que Jesus dorme e não está preocupado com nada, mas o coração d’Ele é dominado pela mansidão e pela confiança. Ele sabe que, em meio às ondas agitadas, se não tivermos mansidão, só vamos criar pavor e piorar a situação. Ninguém resolve nada nem toma decisões serenas e sensatas na vida, se não for movido pela sobriedade de Espírito, pela mansidão de coração e pela serenidade da alma.
Por isso, fé não é simplesmente estarmos com o terço na mão rezando, rezar o terço até desesperado e estar com a Bíblia porque confia em Deus; a fé não é simplesmente isso, pois fé é confiança e abandono, fé é permitir que ela cure a alma e o coração. A fé entra em nós para nos tornar serenos e não nos tornar violentos nos sentimentos e nos impulsos da alma. É a fé que nos acalma e gera em nós a confiança, ela nos dá a direção para caminharmos em meio às tribulações e às ondas agitadas da vida.
“Por que tendes tanto medo, homens fracos na fé?”. Que a fé cure a nossa alma, vença os nossos medos e nos ensine a enfrentar com serenidade as tempestades da vida.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 30/06/2020

HOMILIA DIÁRIA

Transforme todos os seus problemas em oração

“Naquele tempo, Jesus entrou na barca, e seus discípulos o acompanharam. E eis que houve uma grande tempestade no mar, de modo que a barca estava sendo coberta pelas ondas. Jesus, porém, dormia. Os discípulos aproximaram-se e o acordaram, dizendo: ‘Senhor, salva-nos, pois estamos perecendo!’.” (Mateus 8,23-25)

Bem, meus irmãos, os discípulos estão passando por uma tempestade violenta. Quais são as suas tempestades hoje? Quais são as realidades pelas quais você está hoje atravessando? Quais são os dilemas, os problemas, as suas lutas? Porque isso precisa falar ao nosso coração. Mas também, no meio dessas tempestades da nossa vida, a pergunta que os discípulos fizeram para Jesus pode incomodar o nosso coração: Onde está Deus em tudo isso? Onde está o Senhor? Por que o Senhor dorme enquanto estou aqui padecendo e sofrendo essa realidade?
Bom, essa pergunta pode fazer parte do nosso coração —  como eu disse –, mas ela pode interferir muito incisivamente na nossa vida espiritual. Porque, no momento de crise, no momento em que nós atravessamos uma dificuldade, uma provação, se não temos clara a nossa visão de Deus, num momento desse nos perguntando onde está Deus, podemos abandonar a nossa fé, podemos relaxar na nossa vida de oração, podemos fazer outras escolhas, buscar outras alternativas religiosas. “Já que esse Deus católico não resolve meu problema, vou buscar um outro, vou atrás de um outro”. Isso é muito arriscado!

Transforme os problemas que você vive, os dilemas que você está enfrentando, transforme isso em oração

O descontentamento com Deus precisa se transformar em oração. Os discípulos estavam ali apavorados: “Senhor, estamos aqui perecendo e você está dormindo”. Mas o que eles fizeram depois? “Senhor, salva-nos”. O descontentamento dos discípulos se transformou em oração.
Então, transforme os problemas que você vive, os dilemas que você está enfrentando, transforme isso em oração. Diga: “Senhor, salva-me”, “Salva-me desta situação, porque estou sofrendo, estou padecendo no meio desta realidade”. Que a sua oração seja sincera, que não seja uma oração de sentimentalismo, mas seja uma oração bem sincera, uma oração que nos ensine a experimentar a confiança na presença e na ação de Jesus na nossa vida.
E não aquele Cristo da “varinha mágica”, que vem e acaba com os nossos problemas, acalma a nossa tempestade e resolve tudo; mas a oração que nos leva a experimentar a presença de Jesus. Mesmo que o problema persista, mesmo que a situação continue, mas você sabe quem está do teu lado: Jesus, o Senhor, Ele o acompanha, Ele está com você na barca da sua vida, bem dentro do olho do furacão dos seus problemas, Ele está do seu lado. Segure na mão d’Ele, faça a sua oração sincera. Senhor, salva-me!
Sobre todos vós, desça a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Donizete Ferreira
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 28/06/2022

Oração Final
Pai Santo, que o Amor de Jesus – nós desejamos e estamos tentando vivê-lo entre os irmãos! – faça-nos discípulos destemidos, prontos para vencer os preconceitos da sociedade e testemunhar a tua presença de Pai que tem coração de Mãe em nós. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 01/07/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai, cheio de Misericórdia, protege-nos, guarda a tua Igreja. Perdoa a pequenez da nossa fé, os nossos medos e a busca ansiosa de sinais milagrosos. Dá-nos tua Paz, amado Pai, e nos transforma em canais de tua Luz, do teu Amor e de tua Bênção para os que convivem conosco. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 30/06/2020