HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 16/09/2024
ANO B

Lc 7,1-10
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
A fé do centurião

O que quis dizer Vinicius de Moraes, quando deu à sua primeira obra o título de O caminho para a distância? A obra não foi reeditada, ao menos não com esse nome, mas o título é inspirador, e ele, que já partiu, saberia dizer agora qual é “o caminho para a distância”. Havia uma distância entre o centurião e Jesus, entre o romano e o judeu. O romano já havia percorrido um caminho para encurtar a distância. Amava o povo judeu e construíra uma sinagoga. Precisava agora de um favor, que os anciãos dos judeus intercedessem junto a Jesus por ele e por seu servo enfermo. Mais um caminho que venceria a distância.Cônego Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2024’, Paulinas.Fontes: https://catequisar.com.br/liturgia/a-fe-do-centuriao-2/ e https://www.comeceodiafeliz.com.br/evangelho/a-fe-do-centuriao-16092024
Reflexão
Movido por constante zelo missionário, Jesus quer chegar a todos: ao povo eleito, seus conterrâneos, e aos de fora, os pagãos. A este último grupo pertence o centurião. Serve-se de intermediários, “anciãos dos judeus”, para levar seu pedido a Jesus: que fosse curar seu servo. Com essa atitude, ele reconhece que a fé devia ser comunicada aos pagãos por meio de Abraão e seus descendentes. Jesus se põe a caminho. Não chega à casa do enfermo. Não se encontra com o centurião, que se acha indigno de recebê-lo, porém acredita firmemente que basta uma palavra do Mestre para que seu servo recupere a saúde. A cura se dá, e Jesus salienta a profunda fé do centurião: “Nem mesmo em Israel encontrei fé tão grande”. Acaso nossa fé é suficiente para fazer Deus vir em nossa direção e atender nossos pedidos?(Dia a dia com o Evangelho 2024)https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/16-segunda-feira-6/
Reflexão
«Eu vos digo que nem mesmo em Israel encontrei uma fé tão grande»
Fr. John A. SISTARE(Cumberland, Rhode Island, Estados Unidos)
Hoje somos confrontados com uma questão interessante. Porque o Centurião do Evangelho não foi pessoalmente ter com Jesus, mas preferiu mandar mensageiros com o pedido de cura para seu servo? O Centurião nos responde essa pergunta na passagem do Evangelho. «[...] nem fui pessoalmente ao teu encontro. Mas dize uma palavra, e meu servo ficará curado». (Lc 7,7).O Centurião possuía a virtude da fé, acreditava que Jesus poderia fazer esse milagre se estivesse de acordo com sua divina vontade. A fé permitiu ao Centurião acreditar que onde quer que Jesus esteja, ele poderia curar o servo doente. O Centurião acreditava que nenhuma distância poderia impedir ou deter o Cristo de fazer sua obra de salvação.Em nossas próprias vidas, somos chamados a ter esse mesmo tipo de fé. Há momentos em que somos tentados a pensar que Jesus está distante e não ouve nossas orações. Entretanto, a fé ilumina nossas mentes e corações, para que acreditemos que Jesus está sempre ao nosso lado para nos ajudar. Em verdade, a presença curativa de Jesus na Eucaristia é um lembrete de que Jesus está sempre conosco. Santo Agostinho, com os olhos da fé, acreditava nesta realidade: «O que vemos é o pão e o cálice; isso é o que nossos olhos nos mostram. Mas o que nossa fé nos obriga a aceitar é que o pão é o Corpo de Cristo e o cálice é o Sangue de Cristo».A Fé ilumina nossas mentes para que possamos enxergar a presença de Cristo em nosso meio. Como o Centurião, dizemos, «Não sou digno de que entreis em minha morada» (Lc 7,6). Da mesma forma, nos humilhamos diante de Nosso Senhor e Salvador e Ele ainda se aproxima para nos curar. Deixemos Jesus entrar em nossa alma, em nossa morada, para curar e fortalecer nossa fé para que possamos continuar nosso caminho em direção à Vida Eterna.
Pensamentos para o Evangelho de hoje
- «Sabemos, pelas obras que são fruto da caridade, se a fé é viva ou morta. A fé viva é excelente porque, estando unida à caridade e vivificada por ela, é firme e constante. Faz muitas e boas obras, pelas quais merece ser louvada dizendo: "Oh, que fé tão grande!» (S. Francisco de Sales)
- «O nosso tempo requer cristãos que cresçam na fé através da familiaridade com a Sagrada Escritura e os sacramentos. Pessoas que sejam quase um livro aberto que narra a experiência da vida nova no Espírito» (Bento XVI)
- «Antes de mais, a fé é uma adesão pessoal do homem a Deus. Ao mesmo tempo, e inseparavelmente, é o assentimento livre a toda a verdade revelada por Deus (...)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 150)https://evangeli.net/evangelho/feria/2024-09-16
Reflexão
Religião, “laicidade” e ”laicismo”
REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)(Città del Vaticano, Vaticano)
Hoje, com esta cena, nos submergimos em uma atmosfera social de "verdadeira humanidade": um superior —estrangeiro— se preocupa por um subalterno; um grupo de anciãos judeus que chegam até Jesus intercedendo pela saúde do servo do estrangeiro… e um elemento que os une: "o mesmo nos edificou a sinagoga". Na diversidade multiforme (de origem, cultura, posição social… inclusive de religião), estão unidos pelo respeito à "religiosidade".A "laicidade positiva" procura a justa autonomia do político: evita o Estado "confessional", mas assume o fato profundamente humano da religiosidade (o "laicismo" o margina). É fundamental insistir na distinção entre os âmbitos "político" e "religioso" para tutelar tanto a liberdade religiosa dos cidadãos, como a responsabilidade do Estado para com eles. Além disso, convém destacar as funções insubstituíveis da religião para a formação das consciências e sua contribuição —junto a outras instâncias— para a criação de um consenso ético de fundo na sociedade.—Senhor: adoramos-te e pelas autoridades te rezamos.https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2024-09-16
Comentário sobre o Evangelho
Jesus e o centurião romano: a fé do centurião salva o seu servo
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Hoje estamos extasiados diante da figura deste oficial romano. Um homem como Deus manda! E isso que era “pagão” (não era descendente de Abrahão). Não sabemos se conhecia a Sagrada Escritura… mas amava às pessoas. Tinha tanta fama de homem justo que até os mesmos judeus dizem a Jesus: «Merece que o conceda, porque ama ao nosso povo, e ele mesmo nos edificou na sinagoga».—E de Jesus mereceu um elogio precioso: «Os digo que nem em Israel encontrou uma fé tão grande». E eu, cristão, o que poderiam dizer de mim?https://family.evangeli.net/pt/feria/2024-09-16
Meditação
“Senhor, não te incomodes, pois não sou digno de que entres em minha casa...”. Quem falou assim foi um soldado romano, um oficial, que não era considerado participante do povo de Deus. No entanto, dava um belo exemplo de vida. Primeiro, amava e respeitava seu empregado. Depois, acreditava em Jesus e em seu poder de salvar. E não se dava ares de importância, nem por seus méritos pessoais, nem pelo fato de ser funcionário do imperador. Pedia com humildade. Como é bom conversar com quem é assim.OraçãoÓ Deus, em São Cornélio e São Cipriano destes ao vosso povo pastores dedicados e mártires invencíveis; concedei que, por sua intercessão, fortalecidos na fé e na perseverança, trabalhemos incansavelmente pela unidade da Igreja. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=16%2F09%2F2024&leitura=meditacao
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