domingo, 4 de agosto de 2024

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 04/08/2024

ANO B


18º DOMINGO DO TEMPO COMUM

VOCAÇÃO PARA O
MINISTÉRIO ORDENADO:
Diáconos, Padres e Bispos

Ano B - Verde

“Eu sou o Pão da Vida” Jo 6,35

Jo 6,24-35

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: A liturgia de hoje nos apresenta o maná, alimento com o qual Deus comunicou vida ao povo no deserto. Este prefigura o verdadeiro Pão da Vida, Jesus Cristo, que convertendo pão e vinho em seu Corpo e Sangue, torna-se em alimento da nossa peregrinação terrestre. Iniciamos o mês de agosto, dedicado às vocações e, neste primeiro domingo, celebramos o dia do padre. Rezemos pelos presbíteros que, a exemplo de Jesus, se oferecem para a santificação do povo fiel.
https://diocesedeapucarana.com.br/portal/userfiles/pulsandinho/18-domingo-tempo-comum-ano-b-04-08-2024.pdf

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, hoje é dia do Senhor, dia em que nós, a comunidade dos discípulos e discípulas, nos reunimos em torno da Mesa Santa para recebermos o Pão da Vida, que é o Cristo. Aproximemo-nos, pois, da Mesa da Palavra e da Eucaristia e o Senhor nos dará daquele alimento que não perece, nutre e sustenta a nossa vida de cristãos. Neste dia dedicado aos ministérios ordenados, agradeçamos a Deus todos aqueles que servem seu Povo, a exemplo do Bom Pastor, e peçamos que o Senhor da messe envie santos ministros para sua Igreja.
https://arquisp.org.br/sites/default/files/folheto_povo_deus/ano-48b-45-18o-domingo-do-tempo-comum.pdf

QUEM NOS DARÁ O VERDADEIRO PÃO?

O mês de agosto é dedicado aqui no Brasil à reflexão e à oração pelas vocações na Igreja. Hoje, primeiro Domingo de agosto, a atenção se volta à vocação ao ministério sacerdotal ordenado. A vocação do padre e do bispo é indispensável para a vida da Igreja. Eles são ministros e servidores de Cristo Sacerdote para a glória de Deus e a salvação do povo de Deus. Eles receberam a missão de representar sacramentalmente Jesus na comunidade mediante o anúncio da Palavra de Deus “com autoridade”, a celebração dos “divinos mistérios” em nome de Cristo Sacerdote e o exercício do pastoreio do povo de Deus em nome de Cristo Pastor.
O sacerdócio é uma vocação sublime e um caminho importante de santificação para aqueles que recebem essa vocação e missão. Hoje, dia 4 de agosto, a Igreja recorda São João Maria Vianney, o Santo Cura de Ars, um sacerdote exemplar, que entregou a vida em benefício da santificação de sua comunidade. O Cura de Ars é um exemplo de sacerdote dedicado à oração, às confissões, à pregação e formação cristã do povo e à caridade. O povo aprendeu a ver nele um sacerdote “conforme o coração de Deus”.
A Palavra de Deus deste Domingo fala da procura do verdadeiro pão. O povo, que havia visto o milagre da multiplicação dos pães, foi atrás de Jesus, querendo mais pão. Mas Jesus o exorta a procurar o verdadeiro alimento, que mata toda fome e dura para a vida eterna. É importante ter o alimento de cada dia para alimentar o corpo e, infelizmente, ainda há muitas pessoas que não têm o alimento diário assegurado. Isso nos deve mover e sensibilizar, para prover “pão para quem tem fome”.
Jesus sabia disso e ficou comovido com a fome do povo. Ao mesmo tempo, porém, pediu que todos procurassem também o pão da vida eterna “que o Filho do Homem vos dará”. E orientou a realizar a obra de Deus, que consiste em crer naquele que Deus enviou ao mundo. A vocação e missão do Padre consiste em ajudar as pessoas a realizarem a obra de Deus, crendo em Jesus Cristo que Deus enviou ao mundo. Essa é sua principal missão: despertar a “fome de Deus” e saciar essa fome mediante o alimento da fé, da palavra de Deus e da Eucaristia. Sua missão também é animar a caridade e o cuidado pastoral de toda a comunidade de fé confiada a ele.
Neste Domingo e na semana que se inicia, rezemos especialmente pelas vocações sacerdotais. Nossa Igreja precisa de muitos padres. As vocações sacerdotais nascem normalmente nas famílias que vivem a fé e participam da vida da comunidade. O Papa São João Paulo II ensinou que “a vocação é um dom de Deus providente a uma comunidade orante”. Portanto, não nos cansemos de rezar diariamente pelas vocações sacerdotais. Mas oremos também pelos seminaristas, que já estão no processo formativo dos seminários, e pelos padres, que estão no serviço sacerdotal nas comunidades da Igreja. Apoiemos o seu serviço e valorizemos a sua dedicação a Cristo e à Igreja.
Dom Odilo Pedro Scherer
Arcebispo de São Paulo
https://arquisp.org.br/sites/default/files/folheto_povo_deus/ano-48b-45-18o-domingo-do-tempo-comum.pdf

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

Eu sou o pão da vida


Continuamos a leitura do capítulo sexto de São João. Depois da multiplicação dos pães e dos peixes, Jesus voltou para Cafarnaum durante a noite, andando sobre as águas. Quando amanheceu, o povo foi atrás de Jesus. Queriam pão, por isso correram atrás de Jesus.
Queriam que Jesus fosse rei, para terem a certeza do pão de cada dia. Multiplicando pães e peixes, o governo de Jesus seria perfeito. O povo ganhou pão de graça e matou a fome do momento. Queria, então, ter a certeza de que não lhe faltaria o alimento necessário para a sua sobrevivência.
Desejo justo. O que não seria justo era querer receber benefícios sem esforço. Jesus não tem ilusões sobre o que acontece no interior do ser humano. Aquelas pessoas não o procuram. Procuram o pão. Se a multiplicação dos pães foi um sinal, eles não perceberam o sinal. O sinal é material e indica alguma coisa que pode não estar sendo vista no momento em que o sinal é dado. O semáforo vermelho indica que do outro lado pode vir um carro.
O semáforo é o sinal, mas o que importa é o carro que vem vindo. O pão foi um sinal indicativo de uma realidade maior. “Esforcem-se não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna, e que o Filho do Homem lhes dará”. Do que Jesus está falando? Começa então um diálogo sobre a realização das obras de Deus e novamente sobre o sinal.
O povo lembra a Jesus que Moisés deu o maná no deserto, e continua insistindo que Jesus lhe dê pão, como o fez Moisés. Jesus, então, introduz um novo elemento no seu discurso. O Pai é quem dá o verdadeiro pão do céu e este pão é o próprio Jesus. Quem vem a ele nunca mais terá fome, quem nele crê nunca mais terá sede. Mas de novo, pensando apenas no pão material, o povo lhe pede: “Dá-nos sempre desse pão!”. Ainda não viram que o pão de cada dia é sinal que aponta para o pão do céu, que é Jesus.
O ponto de partida é o pão material do qual temos necessidade. O ponto de chegada é a pessoa de Jesus, o verdadeiro Pão que desceu do céu. Perguntaram sobre o que fazer para praticar as obras de Deus. Não são as obras, mas a obra; não é fazer, mas crer. A obra é crer no Filho de Deus.
Cônego Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2024’, Paulinas.
Fontes: https://catequisar.com.br/liturgia/eu-sou-o-pao-da-vida/ e https://www.comeceodiafeliz.com.br/evangelho/meu-alimento-e-fazer-a-vontade-daquele-que-me-enviou-e-cumprir-sua-obra-04082024

Reflexão

As pessoas vão procurar Jesus por interesse; ele havia alimentado grande multidão. É o próprio Jesus quem o denuncia e convida o povo a buscar um alimento de vida eterna, que é ele mesmo (Filho do Homem). Perguntam: “O que devemos fazer para realizar as obras de Deus?”. Devem acreditar no verdadeiro pão do céu: “É o meu Pai quem dá para vocês o verdadeiro pão que vem do céu”. Os ouvintes de Jesus lhe fazem um pedido, ao qual, em coro, se unem cristãos e cristãs de todos os tempos: “Senhor, dá-nos sempre desse pão”. Hoje, em todas as celebrações eucarísticas, no rito da comunhão, Jesus nos é apresentado como o Pão descido do céu, o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Jesus é o verdadeiro alimento para nossa caminhada, pão da Palavra e pão eucarístico. Jesus é o pão da vida.
(Dia a dia com o Evangelho 2024)
https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/4-domingo-8/

Reflexão

«Senhor, dá-nos sempre desse pão (...) Eu sou o pão da vida»

Rev. D. Joaquim FONT i Gassol
(Igualada, Barcelona, Espanha)

Hoje vemos diferentes atitudes nas pessoas que buscam a Jesus: uns comeram o pão material, outros pedem um sinal mesmo quando o Senhor acaba de fazer um prodígio, outros se apressam para encontrá-lo e fazem de boa fé —poderíamos dizer— uma comunhão espiritual: «Senhor, dá-nos sempre desse pão» (Jo 6,34).
Jesus deveria estar muito contente com o esforço por buscá-Lo e segui-Lo. Ensinava a todos e os interpelava de vários modos. A uns dizia: «Trabalhai não pelo alimento que perece, mas pelo alimento que permanece até à vida eterna» (Jo 6,27). Aqueles que perguntaram: «Que devemos fazer para praticar as obras de Deus?» (Jo 6,28), receberão um conselho prático, naquela sinagoga de Cafarnaum, onde o Senhor promete a Sagrada Comunhão: «Crede».
Você e eu, que tentamos nos meter nas páginas deste Evangelho, vemos refletida nossa atitude? A nós que queremos reviver esta cena, que expressões nos tocam mais? Estamos prontos para o esforço de buscar a Jesus depois de tantas graças, doutrina, exemplos e lições que temos recebido? Sabemos fazer uma boa comunhão espiritual: ‘Senhor dá-nos sempre deste pão que acalma toda a nossa fome’?
O melhor atalho para encontrar a Jesus é Maria. Ela é a Mãe de Família que reparte o pão para os filhos no calor do lar paterno. É a Mãe da Igreja que quer alimentar os seus filhos para que cresçam, tenham forças, sejam felizes, levem a cabo o seu trabalho santamente e sejam comunicativos. Santo Ambrósio, em seu tratado sobre os mistérios, escreve: «E o sacramento que realizamos é o corpo nascido da Virgem Maria. Acaso aqui, a nível da natureza, podemos pedir o corpo de Cristo, se o mesmo Jesus nasceu de Maria por cima das leis naturais?».
A Igreja, mãe e mestra, nos ensina que a Sagrada Eucaristia é «o sacramento da piedade, sinal da unidade, vínculo da caridade, convite Pascal, no qual se recebe a Cristo, e a alma se enche de graça e nos é dada a prenda da glória futura» (Concílio Vaticano II).

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Desceu do céu, para mim, pão de Deus que dá a vida a este mundo. Este é o pão da vida: e quem se alimenta da vida não pode morrer. Como pode morrer aquele que se alimenta de vida?» (Santo Ambrósio de Milão)

- «Que grande dignidade nos foi dada! O Filho de Deus é-nos dado no Santíssimo Sacramento do seu Corpo e do seu Sangue. Como é infinitamente grande a liberalidade de Deus!» (S. João Paulo II)

- «O próprio Cristo se declara marcado com o selo do Pai (cf. Jo 6,27). O cristão também está marcado com um selo (...). Este selo do Espírito Santo marca a pertença total a Cristo, a entrega para sempre ao seu serviço (...)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.296)
https://evangeli.net/evangelho/feria/2024-08-04

Reflexão

Antigo e Novo Testamento

Rev. D. Àngel CALDAS i Bosch
(Salt, Girona, Espanha)

Hoje, o problema dos ouvintes de Jesus são as provas de sua divindade. O Senhor lembra-lhes o milagre do maná, que alimentou os hebreus na sua travessia do deserto, depois daquela fome inolvidável. O mesmo Deus que guiou o seu povo no Antigo Testamento segue agora o chamando e protegendo-o. O maná foi um signo da misericórdia divina que culminará na Eucaristia, dentro de uma mesma história de Amor.
É muito mesquinho condicionar nossa crença a que Deus se nos imponha com sinais (isso é fé?). Mas, ai nós temos uma: A maravilhosa articulação entre Antigo e Novo Testamento. Pois no Antigo “late” e prepara-se o Novo e, ao mesmo tempo, o Novo desvela e culmina o Antigo. Em Cristo cumprem-se os anúncios proféticos com respeito do Messias-Salvador.
—Senhor, que seja cada vez mais consciente de que levas desde toda a eternidade “me perseguindo” com teu Amor e, que tua história se mistura com a minha cada dia.
https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2024-08-04

Comentário sobre o Evangelho

Jesus é o Pão que dá a vida eterna


Hoje, Jesus abre os olhos aos judeus. Estavam orgulhosos porque Moisés tinha conseguido fazer descer pão do céu para os alimentar no deserto do Sinai. Porém, Jesus recorda-lhes que, na realidade, tinha sido seu Pai que lhes “oferecera” esse pão. Mais ainda, essa “chuva de pão” continua: é o próprio Jesus! Ele é que realmente desceu do céu, enviado pelo Pai.
- Deus, através de seu Filho Jesus, fez-se pão frágil, para poder ser partido e repartido entre todos nós. Abre os teus olhos!
https://family.evangeli.net/pt/feria/2024-08-04

HOMILIA

ESPIRITUALIDADE BÍBLICO-MISSIONÁRIA

A multidão que fora saciada com os pães, agora estava novamente perto de Jesus. Parecia não tão interessada em escutar o ensinamento dele, mas sim em “mais pães” para matar a fome. Jesus percebe essa intenção do povo e lhe diz: “Em verdade, em verdade, eu vos digo: estais me procurando não porque vistes sinais, mas porque comestes pão e ficastes satisfeitos. Esforçai-vos não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará”.
Esse ensinamento de Jesus nos educa e nos amadurece na fé, nos faz cristãos adultos. É preciso apostar a vida nele e estar com Ele para a vida que não perece. Se nos acomodamos em alguns benefícios que recebemos, sejam da sociedade ou da Igreja, é certo que não progrediremos jamais. Procurar o pão? Sim, procurar a pessoa de Jesus, e fazer com Ele a Aliança do amor, pois é para isso que o Pai enviou seu Filho.
É certo que a lógica humana não coincide com a lógica divina. Jesus está disposto a aceitar com extrema fidelidade o projeto do Pai e fazer de sua vida um dom pleno de bondade, de misericórdia e de amor por nós. Por isso, Jesus procura esclarecer bem depressa para o povo que Ele não é “milagreiro” e assim não poderia ir atrás dele só por causa do pão material. Jesus nem responde à pergunta “Quando havia ali chegado”, pois quer deixar claro qual é sua missão.
É evidente que Jesus não está negando o pão material, tão necessário para o sustento corporal, mas alerta porque o povo não está buscando o essencial, que é a vida junto dele. Se quisermos, de fato, a vida, isso só será possível junto da pessoa dele, vinculando-nos nele. Acolher as propostas de Jesus, se quisermos ter a vida em plenitude.
Sua Palavra é para nossa Comunidade, pois até podemos correr o mesmo perigo de não estarmos buscando o que é essencial. Podemos fazer tantas coisas e deixar para trás o principal. Quando nossa fé nos vincula à pessoa de Jesus, nossas atitudes são bem diferentes.
Sim, é preciso alimentar-nos desse “pão”, interiorizar sua força, para que consigamos a vida que não terminará jamais. Por isso, Jesus termina dizendo ao povo e agora para nós: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede”. Estamos dispostos a abraçar o projeto de Jesus em nossa vida e na vida da Comunidade?
Redação “Deus Conosco”
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=04%2F08%2F2024&leitura=homilia

Oração
— OREMOS: (instante de silêncio) ASSISTI, SENHOR, os vossos fiéis e cumulai com vossa inesgotável bondade aqueles que vos imploram e se gloriam de vos ter como criador e guia, restaurando para eles a vossa criação e conservando-a renovada. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=04%2F08%2F2024&leitura=meditacao

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