ANO B
Mt 12,46-50
Comentário do Evangelho
A verdadeira família de Jesus
Encontramos esta narrativa de Mateus, também, nos evangelhos de Marcos e Lucas. A figura central é a "mãe". No processo de geração a mulher-mãe tem um papel fundamental. A própria Terra é tida como "mãe" em relação à vida que, sem cessar, desabrocha em sua superfície.
Na narrativa há um confronto entre as multidões às quais Jesus fala e sua família, mãe e irmãos, que ficam de fora e procuram falar com Jesus. A família, tendo a mãe como geradora, está na base do conceito de Israel e é o elo fundamental da continuidade da tradição do judaísmo. Abraão e sua descendência, a partir de Sara, constituem o povo eleito. Em continuidade, Davi e sua descendência constituem a dinastia real escolhida por Javé. O sacerdote hereditário é a base do poder do Templo. Daí as genealogias que confirmavam as purezas racial e funcional, com seus privilégios e poder.
Enquanto a pureza religiosa exigia o afastamento das multidões, Jesus se põe em íntimo contato com elas. Removendo a prioridade dos laços consanguíneos familiares, que garantiam o privilégio da eleição, Jesus, sem exclusões, constitui a grande família unida no cumprimento da vontade do Pai, que deseja vida plena para todos. A própria família de Jesus é chamada a esta conversão.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, reforça os laços que me ligam aos meus irmãos e irmãs de fé, de forma a testemunhar que formamos uma grande família, cujo pai és tu.
Fonte: Paulinas em 24/07/2012
Vivendo a Palavra
Ser irmão ou irmã de Jesus não é privilégio de um grupo fechado, mas condição aberta a todos nós: basta que façamos a vontade do Pai que está no céu. E a vontade do Pai é simples: que O amemos de todo coração, mostrando esse amor amando-nos fraternalmente como o Filho Unigênito nos ama.
Fonte: Arquidiocese BH em 24/07/2012
VIVENDO A PALAVRA
Ser irmão ou irmã de Jesus não é privilégio de um grupo fechado, mas condição aberta a todos nós: basta que façamos a vontade do Pai que está no céu. E a vontade do Pai é simples: que O amemos de todo coração, mostrando esse amor amando-nos fraternalmente uns aos outros, como o Filho Unigênito nos ama.
Fonte: Arquidiocese BH em 24/07/2018
VIVENDO A PALAVRA
Jesus de Nazaré revela que a Família do Cristo é ampla e acolhedora: «Aquele que faz a vontade do meu Pai, é meu irmão, minha irmã e minha mãe.» Assim, o Filho amado quis nos mostrar que Maria já era sua Mãe muito antes de tê-lo gestado, pois ela, em toda a sua vida, realizou a vontade do Pai que está no Céu. Façamos de Maria, mais do que objeto de culto e veneração, um exemplo para nossas relações existenciais pela vida afora.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/07/2020
Reflexão
Jesus não quer que nós sejamos seus servos, pois o amor que ele tem por nós não permite isso. O apóstolo São João nos diz no seu Evangelho que Jesus não chama os seus seguidores de servos, mas de amigos, porque lhes revelou tudo o que o Pai lhe deu a conhecer. Mas no Evangelho de hoje, Jesus vai mais além, ele nos mostra que quer que todos os que ele ama e o amam sejam membros da sua família, participem da sua vida divina. Para demonstrar o amor que temos por Jesus, não basta apenas afirmar o amor que se sente por ele, é preciso ir além, é preciso conhecer e realizar a vontade do Pai. Somente quem faz a vontade do Pai ama verdadeiramente a Jesus, torna-se membro da sua família e participa da sua vida.
Fonte: CNBB em 24/07/2012
Reflexão
Não está dito que Jesus tenha recusado receber sua mãe e seus parentes. Ele aproveita o ensejo para apresentar uma novidade. Doravante, a pertença à familiaridade de Jesus se dá por outros critérios e não somente pelos laços de sangue. Sua nova família se constitui com as pessoas que fazem a vontade do Pai celeste. Jesus não fica confinado a pequeno grupo, ou exclusivo de uma raça. Ele vem para unir ao seu redor os povos do mundo inteiro. Ele é o Senhor e o Mestre de todos. Ele próprio se autodenomina o bom Pastor e prediz que “todos se tornarão um só rebanho com um só pastor” (Jo 10,16). Pois ele veio do Pai para salvar não apenas um povo, mas para reunir os filhos de Deus que estão espalhados por toda parte (cf. Jo 11,52). Você se sente fazendo parte da família de Jesus Cristo?
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 24/07/2018
Reflexão
Não está dito que Jesus tenha recusado receber sua mãe e seus parentes. Ele aproveita o ensejo para apresentar uma novidade. Doravante, a pertença à familiaridade de Jesus se dá por outros critérios, e não somente pelos laços de sangue. Sua nova família se constitui com as pessoas que fazem a vontade do Pai celeste. Jesus não fica confinado a pequeno grupo, ou exclusivo de uma raça. Ele vem para unir ao seu redor os povos do mundo inteiro. Ele é o Senhor e o Mestre de todos. Ele próprio se autodenomina o bom Pastor e prediz que “todos se tornarão um só rebanho com um só pastor” (Jo 10,16). Pois ele veio do Pai para salvar não apenas um povo, mas para reunir os filhos de Deus que estão espalhados por toda parte (cf. Jo 11,52). Você se sente fazendo parte da família de Jesus Cristo?
Oração
Senhor Jesus, diante das multidões tu nos apresentas a tua nova família, que é também a nossa. Para pertencer a ela, não importam os vínculos de sangue ou de raça; o que conta, de fato, é fazer a vontade do Pai celeste. Ajuda- nos, Senhor, a ser fiéis cumpridores da vontade de Deus. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 21/07/2020
Reflexão
A pergunta de Jesus – “quem é minha mãe e quem são meus irmãos?” – não é um desprezo à sua mãe biológica nem a seus parentes. Ele apenas quer revelar que, além da família de sangue, tem outra família: a que faz a vontade do seu e nosso Pai celeste. A proposta de Jesus é formar uma família feita de pessoas que se identificam com ele e que aceitam fazer a vontade de Deus. Com isso, ele não põe em questão o valor e a grandeza da família sanguínea. O Mestre alargou o conceito de família para além das pessoas unidas pelos laços de sangue. O sonho de Deus é formar da humanidade toda uma grande família, tendo um único Pai, do qual veio a vida e vem todo bem. Para participar da família de Jesus, basta entrar em “sua casa”, ou seja, participar do seu projeto de vida e liberdade para todos os filhos e filhas de Deus.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)
Fonte: Paulus em 19/07/2022
Meditando o evangelho
A FAMÍLIA DE JESUS
O Reino de Deus, anunciado por Jesus, estabelece laços profundos entre aqueles que assumem seu projeto de vida. Estes laços fazem dos discípulos do Reino uma grande família, não unida pelos vínculos do sangue e, sim, pela submissão à vontade de Deus. A identidade dessa família se configura por um idêntico modo de proceder, fundado no amor e na prática da justiça. Por esse caminho, os discípulos se reconhecem como irmãos e irmãs, unidos para além de qualquer divergência, cultura ou raça. Essa fraternidade não é mera formalidade. Existe entre eles uma efetiva comunhão de vida. Onde as relações interpessoais não chegam a se expressar desta forma, é sinal de que aí o Reino ainda não aconteceu.
Esta dimensão do Reino foi expressa pelo próprio Jesus. Ele se recusou a privilegiar os laços sanguíneos que o uniam à sua mãe e demais parentes. Esses laços pouco contavam. Doravante, o parentesco com Jesus haveria de se concretizar no cumprimento da vontade do Pai. Quem a cumpre, faz parte da família do Mestre. Quem prefere pautar sua vida por outros parâmetros, não tem parte com ele.
O critério estabelecido por Jesus possibilita a todo discípulo do Reino, em qualquer tempo e lugar, saber-se unido a ele como a um ser querido muito próximo. Por conseguinte, é sempre possível estabelecer laços com ele pela via da afetividade.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, que jamais eu perca de vista os laços profundos de afeto que me unem a ti.
Fonte: Dom Total em 24/07/2018, 21/07/2020 e 19/07/2022
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. “Por que achavam que Jesus era Louco...”
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Neste evangelho, os parentes de Jesus, sua Mãe e seus irmãos, nos diz o texto, foram á sua procura, pois queriam levá-lo de volta á casa. Havia um consenso de que ele estivesse louco, falando e fazendo coisas sem o saber.
Jesus era uma ameaça constante á estrutura do templo, pois quebrava todas as regras e normas religiosas excludentes, curava as pessoas de todas as suas enfermidades, e a pessoa não precisava oferecer sacrifício algum pela sua cura. Como a Medicina não estava avançada e as doenças ou enfermidades psicossomáticas eram muitas, a clientela do templo era bem numerosa e as ofertas tinham que ser feitas, nem que fossem rolinhas e pombinhos, para os mais pobres, todos eram tarifados. Era uma forma de se obter a “pureza” institucionalizada. Quem ganhava com isso? A casta sacerdotal, que era em sua maioria Latifundiários proprietários doa animais, vendidos aos cambistas, que os revendiam por um alto preço nas portas do templo, e os sacerdotes ganhavam duas vezes, na venda para o atravessador e depois na oferta, onde uma boa parte lhes pertencia, segundo a lei.
Ora, se eu sou beneficiado com um negócio assim, altamente lucrativo, qualquer pessoa que interferir nesse sistema, tirando a clientela, vou fazer de tudo para tirá-lo de circulação, daí taxaram de Jesus de Louco, e com certeza pressionaram seus familiares sobre os riscos que ele estava correndo, por mexer em um Vespeiro, quando tornava menos lucrativo o negócio dos poderosos.
Agora fica fácil compreender a reação de Jesus diante da comunidade, quando alguém o comunica que sua mãe e seus irmãos estavam fora e queriam falar-lhe. Os que se deixam levar pelas orientações dos poderosos desse mundo, não pertencem á Cristo, não são portanto, sua Mãe e seus irmãos, uma vez que, não é sistema religioso que garante a salvação, mas trata-se de um Dom oferecido a todos os homens através de Jesus Cristo.
A partir de agora Jesus estabelece laços fortes na união dos Homens com Deus, quem ouvir a sua Palavra e seguir seus ensinamentos, procurando fazer a Vontade de Deus, que quer a Vida para todos, este sim tem com ele intimidade, está com ele em sintonia, esse sim pode ser chamado de “sua Família” sua Mãe e seus irmãos. Não dá para pertencer a Cristo mas viver segundo a vontade do mundo... ditada por um sistema que se omite diante de injustiças e desigualdades, e que decreta a morte do mais pobre. Quem concorda ou se omite diante dessa estrutura social injusta, não pode e nem deve apresentar-se como cristão…
2. QUEM É MINHA MÃE E QUEM SÃO MEUS IRMÃOS?
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês)
A ruptura com os laços familiares foi uma das exigências do serviço ao Reino, com as quais Jesus se defrontou. Também por exigência do Reino, foi levado a constituir, sobre novas bases, uma comunidade cujo relacionamento interpessoal deveria ter a profundidade do relacionamento familiar. A comunidade dos discípulos de Jesus pode ser definida como a família do Reino, cuja característica são os laços fraternos que unem seus membros.
Nesta perspectiva, fica em segundo plano a consanguinidade. Doravante, ser mãe ou irmão de sangue não tem importância. O critério de pertença à família do Reino consiste em submeter-se à vontade do Pai, sendo-lhe obediente em tudo. Importa mostrar, com ações concretas, esta submissão. Aí o agir do discípulo identifica-se com o agir do Mestre, a ponto de Jesus poder considerá-lo como irmão: a vontade do Pai é o imperativo na vida de ambos.
Assim, a ligação entre Jesus e os seus discípulos era muito mais profunda do que a sua convivência física com eles. Havia algo de superior que os unia, sem estar na dependência de elementos conjunturais, quais sejam, a pertença a uma determinada família, raça ou cultura. Basta alguém viver um projeto de vida fundado na vontade do Pai, para que Jesus o reconheça como pertencente à sua família.
Para ele, estes são seus irmãos, suas irmãs, suas mães. São irrelevantes outros títulos de relação com Jesus, quando falta este pré-requisito.
Oração
Espírito de adesão à vontade do Pai, faze-me sentir sempre mais membro da família do Reino, levando-me à perfeita submissão ao querer divino.
Fonte: NPD Brasil em 24/07/2012
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
Mãe e irmãos de Jesus são os que fazem a vontade do Pai. O Pai do Céu é o verdadeiro Pai de Jesus; por isso, são membros de sua família aqueles que fazem a vontade do seu Pai. Isso não significa que Maria não era vista por Jesus como sua mãe e, menos ainda, que ela não fizesse a vontade do Pai. Foi para fazer a vontade do Pai que Maria aceitou a missão de ser a Mãe de Jesus. Em outra ocasião, também no Evangelho de Mateus, Jesus disse que entrará no Reino dos Céus quem pratica a vontade do Pai que está nos céus. E dizia que podemos fazer coisas aparentemente muito boas e essas coisas não serem o que Deus espera de nós. Podemos dizer: “Senhor, Senhor”, rezar muito, em voz alta, com muitos gestos e palavras. Contudo, se não fizermos o que Deus quer de nós, nada disso tem valor para a eternidade. Podemos fazer milagres, profecias, exorcismos e, no entanto, não estar fazendo o que Deus espera de nós. Como não podemos fazer tudo ao mesmo tempo e de uma só vez, Deus poderia querer que fizéssemos outra coisa, e não aquele grande milagre que fizemos. O miraculado se beneficiou. O taumaturgo tem que se explicar. Não basta, portanto, ser mãe, irmão ou irmã. É preciso fazer o que Deus quer. Como saber o que Deus quer? Com exercícios de sensibilidade fraterna.
Fonte: NPD Brasil em 24/07/2018
HOMILIA DIÁRIA
Família, um porto seguro
Postado por: homilia
julho 24th, 2012
Tem coisa melhor no mundo do que chegar em casa e ter alguém esperando por você? Alguém preocupado com você, perguntando sobre o seu dia, suas dificuldades, suas perdas e vitórias. Alguém sempre disposto, com um ombro amigo, pronto para ouvi-lo e abraçá-lo. Se existem essas pessoas, elas são a sua família: pai, mãe, irmão, avô, avó, sobrinhos, filhos, netos. Sem dúvida, elas são importantíssimas na sua vida por diversas razões.
Você se engana quando se acha forte o suficiente para lutar contra os seus problemas, “matando um leão por dia” nessa selva de pedras. E que selva! Dificuldades, sentimentalismos, angústias, medos. Enfim, a vida nos traz problemas e dificuldades mesmo sendo bela! A família não foi criada para recreação ou por engano, mas exerce uma influência decisiva na formação do indivíduo. Os ataques a ela têm um objetivo único: destruir o ser humano.
O educador brasileiro Paulo Freire dizia o seguinte: “A mim me dá pena e preocupação quando convivo com famílias que experimentam a ‘tirania da liberdade’, na qual as crianças podem tudo: gritam, riscam as paredes, ameaçam as visitas em face da autoridade complacente dos pais que se pensam ainda campeões da liberdade”. Para que a sociedade seja o lugar de todos, na qual cada um se sinta livre – e por isso responsável pelo que acontece à sua volta – é fundamental revermos o conceito que temos de família.
Quando mais precisamos, nossos familiares sempre estão solícitos em ajudá-lo. Porém, nem sempre encontramos a solução dos nossos problemas dentro de nós mesmos ou no meio deles. Mesmo sendo possível fazer algumas escolhas para nortear nossas vidas, devemos nos lembrar que, quando menos esperamos, haverá sempre uma pedra no meio do caminho. De repente, seus amigos não são mais amigos, algumas pessoas que você ama se foram, e você tem a família para ajudá-lo.
É aí que nossos familiares e verdadeiros amigos fazem a diferença, abrindo nossos olhos, mostrando-nos que precisamos de ajuda externa; afinal, em certos problemas, a melhor coisa a se fazer é procurar um profissional que nos ajude com com essas situações. O profissional é Jesus de Nazaré, o Bom Pastor que dá a vida pelas Suas ovelhas. Ele nos convida a ser seus irmãos e irmãs. É verdade que alguns têm preconceito e não procuram a ajuda deste “profissional”, pois pensam que é tempo jogado fora; outros, por acharem que religião é coisa de loucos, de fracassados. Mas eu lhe digo que, quem pensa dessa forma, está completamente enganado!
Nesse mundo em que vivemos, somos bombardeados, diariamente, por problemas, dúvidas, incertezas e coisas semelhantes. Jesus, então, se apresenta como nosso Irmão, para nos indicar o verdadeiro caminho que nos conduz ao chefe da família: Deus, nosso Pai.
“Pai, reforce os laços que me ligam aos meus irmãos e irmãs de fé, de forma a testemunhar que formamos uma grande família, cujo Pai é o Senhor. Amém.”
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 24/07/2012
HOMILIA DIÁRIA
Estejamos submissos à vontade do Pai
Não basta conhecer, é preciso deixar que a nossa vontade esteja submissa à vontade do nosso Pai
“Eis minha mãe e meus irmãos. Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.” (Mateus 12,49)
Eu fico muito feliz quando escuto esse Evangelho! Para alguns, ele parece confuso, mas para mim é uma graça divina, porque a Palavra de Deus é graça.
Jesus está mostrando o que devemos fazer para pertencermos à família d'Ele. O Senhor nos quer íntimos e próximos d'Ele. Precisamos fazer parte da família de Jesus.
Sabemos que família faz toda diferença! Há a família em que nascemos, mas há a família que nos adota ou que adotamos. Deus nos adotou na família divina, e essa adoção precisa ser assumida na vida e na prática. Não podemos simplesmente levar às condições consanguíneas para pertencermos a uma família. Na cultura judaica, esse ponto era fundamental, pois levavam em conta as tribos que cada um fazia parte. Jesus era da tribo de Judá, e aqueles que faziam parte dessa tribo se sentiam como uma mesma e única família. Nos dias de hoje, a família Silva é a maior que tem. Mas quando é algo mais singular, o reconhecimento se faz pela questão do nome ou do sobrenome.
Em Jesus não é assim. A família d'Ele se conhece por aqueles que colocam em prática a vontade do Pai. Não é por quem foi batizado, crismado, não é por quem vai à Missa todos os dias ou por quem pertence a esse apostolado ou grupo.
Existem cristãos anônimos no mundo em que vivemos, os quais, muitas vezes, não são identificados às igrejas, aos grupos, mas vivem o Evangelho com a força da vida. Muitos estão lá em comunidades isoladas, em situações periféricas do mundo, mas são irmãos de Jesus, são parentes d’Ele, pertencem à família d’Ele.
É muito doloroso para nós que frequentamos a casa do Senhor, que ouvimos a Palavra do Senhor e, a cada dia, dizermos: “Esse eu não conheço”. Porque ouviu a Palavra de Deus, mas não a colocou em prática na vida.
Não basta conhecer, é preciso viver e praticar, é preciso fazer da Palavra de Deus o fio condutor de toda a nossa vida, é preciso deixar que a nossa vontade esteja submissa à vontade do nosso Pai. "Esse é meu irmão, minha irmã, é meu pai e minha mãe", disse Jesus.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 24/07/2018
HOMILIA DIÁRIA
Sejamos submissos à vontade do Senhor
“Eis minha mãe e meus irmãos. Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.” (Mateus 12,49-50)
Somos muito presos aos círculos humanos e sociais e, é óbvio que, aos círculos e laços familiares. No Reino de Deus é diferente, nele não é levado em conta os círculos familiares, porque, se dependesse da família de Jesus – quando digo “família”, refiro-me aos parentes – muitos não O acolheram, não O receberam, muitos até O desprezaram e quiseram lança-Lo fora.
O Reino de Deus não são as aparências, não é aquilo que criamos em nossa mente e em nosso coração: os rótulos religiosos. Sei que, muitas vezes, a pessoa quer se engrandecer pelos títulos: “Sou isso na Igreja”; “Faço isso”; “Faço aquilo”; “Já estou há tantos anos servindo”… Para Deus não serve nada disso.
O laço que prende alguém a Jesus é a vontade de Deus. Se somos guiados mais por nossas vontades e desejos humanos, a vontade de Deus é aniquilada ou é instrumentalizada em favor do nosso querer e, muitos de nós, vivemos às chamadas “confusões religiosas”, que não são poucas, são muitas, basta ver o universo de religiões que estão pregando, falando; basta ver às confusões dentro dos nossos grupos de Igreja, e assim por diante. Porque todo mundo se sente conhecedor e detentor da vontade de Deus. Quem sou eu para determinar que isso é a vontade de Deus?
Quando estão ali dizendo: “Jesus, seus parentes estão ali fora”. Quem é mesmo de Jesus? É Aquele que se rende para a vontade do Pai. A vontade do Pai é algo a ser buscado com oração, com muita humildade, mas, acima de tudo, submissão à Palavra de Deus.
A vontade de Deus passa pela humildade, pela santidade de cada dia, pelo amor e pela misericórdia
Não basta falar que é de Deus, não basta carregar símbolos religiosos ou colocar as mãos piedosas para cima e dizer: “Eu conheço a Deus”, porque quem nos conhece de verdade é Ele.
Se não nos abaixarmos e nos rebaixarmos, correremos para lá e para cá; e seremos desconhecidos por Deus no dia final, porque não realizamos na vida a vontade d’Ele.
A vontade de Deus passa pela humildade, pela santidade de cada dia, pelo amor e pela misericórdia. E não podemos confundir a vontade de Deus como se fôssemos “bonecos” nas mãos d’Ele.
A vontade de Deus é saber que nós temos vontade própria, que temos liberdade de escolhas. A vontade de Deus é saber que recebemos tudo isso d’Ele e usamos isso com sabedoria, humildade e submissão a Deus, em tudo que realizamos.
Não há grau de intimidade maior com Deus do que aquele que vai para além das aparências, aquele que supera as aparências que os homens podem ver, mas buscam no interior, no seu silêncio dizer: “Senhor, estou aqui para fazer a Sua vontade”, e coloca a sua própria vontade submissa à vontade do Senhor. Esse sim pertence a família de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 21/07/2020
HOMILIA DIÁRIA
Deseje fazer parte da família de Jesus
“E estendendo a mão para os discípulos, Jesus disse: ‘Eis minha mãe e meus irmãos. Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe’.” (Mateus 12,49-50)
Meus irmãos, este Evangelho que escutamos há poucos dias por causa da Festa de Nossa Senhora, hoje, esse Evangelho aqui se repete. Porém, é claro, a Palavra de Deus sempre nos traz as suas novidades.
E aqui, mais uma vez, neste Evangelho, ouvimos que uma multidão estava em volta de Jesus, e alguém disse que a Sua Mãe e que os Seus irmãos estavam ali à Sua procura. Jesus, então, aproveitou aquela oportunidade para esclarecer ainda mais quem era a Sua Mãe e quem eram os Seus irmãos: “Aquele que faz a vontade do Pai, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.
Jesus alarga o Seu grau de parentesco. Não são somente aqueles que fazem parte da Sua família de sangue, mas aquele que faz a vontade do Pai é também o Seu parente.
Queremos fazer parte da família de Jesus? Acredito que você está balançando a cabeça e dizendo que sim. Se queremos fazer parte, se você quer fazer parte da família de Jesus, precisamos, você precisa, eu preciso: fazer a vontade do Pai. E qual é a vontade do Pai? Que sejamos santos!
Fazer parte da família de Jesus significa aderir à vontade do Pai, significa aderir aos Mandamentos
Aquele que vive a vontade do Pai, aquele que vive a santidade faz parte da família de Jesus, tem lugar na família d’Ele. E, atenção, por outro lado, se não estamos na vontade do Pai, se não vivemos a vontade do Pai, se não vivemos a santidade, não estamos fazendo parte da família de Jesus.
O Senhor deseja que nós façamos parte da Sua família. Vamos ao Seu encontro, façamos a vontade de Jesus. O grau de parentesco, o Senhor aí abriu esse leque, façamos a vontade do Pai, busquemos viver cada vez mais a santidade.
Fazer parte da família de Jesus significa aderir à vontade do Pai, significa aderir aos Mandamentos de Nosso Senhor, Jesus Cristo. Você quer fazer parte da família de Jesus? “Eu quero, Senhor, fazer parte da família de Jesus”. Então, vamos em tudo obedecer a Deus, obedecer ao Pai, vamos falar com Ele: “O que o senhor quer, Pai, que eu faça hoje no meu trabalho?”, “O que o senhor quer, Pai, que eu faça hoje diante das pessoas com quem eu encontrar?”.
O Pai deseja que, eu e você, vivamos a santidade. Façamos parte da família do Senhor e tenhamos cada vez mais essa consciência: “Faço parte da família de Jesus, então, preciso dar um bom testemunho”.
Abençoe-vos, o Deus, Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Márcio Prado
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 19/07/2022
Oração Final
Pai Santo, dá-nos discernimento para entender que as muitas prescrições e mandamentos do Primeiro Testamento estão radicalmente contidos na simplicidade da Lei do Amor. Dá-nos também força e grandeza de alma para seguir o Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 24/07/2012
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos discernimento para entender que o Decálogo do Primeiro Testamento – interpretado nas muitas prescrições impostas pelos sacerdotes do Templo – está radicalmente contido na simplicidade da Lei do Amor. Dá-nos também, Pai querido, força e grandeza d’alma para seguir o Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo. Amém.
Fonte: Arquidiocese BH em 24/07/2018
ORAÇÃO FINAL
Pai, cheio de misericórdia, Tu que nos deste Maria de Nazaré como companheira e modelo para a caminhada nesta Terra encantada, dá-nos também sabedoria e força para segui-la pelos mares da vida – este é o melhor jeito, estamos seguros, de seguir ao Cristo, teu Filho que se fez nosso Irmão em Jesus de Nazaré, o Filho de Maria, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/07/2020
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