ANO A

Mt 10,17-22
Comentário do Evangelho
O preço do testemunho
Nosso
texto é parte do discurso missionário de Jesus (Mt 10). Os discípulos devem ter
presente, olhando para o seu próprio Senhor, a possibilidade de ser ameaçados,
hostilizados e perseguidos. O mais doloroso é que a perseguição, a hostilidade,
não vêm somente de fora, mas também de dentro da comunidade, da própria
família (cf. v. 21).
Na
perseguição é preciso prudência e simplicidade (v. 16); é preciso discernir
para não se deixar enredar por quem quer que seja. É por causa de Jesus que os
discípulos são perseguidos (v. 18a). Esse sofrimento é o preço do testemunho:
“... dareis testemunho diante deles e diante dos pagãos” (v. 18b). Em tudo isso
é preciso confiança, pois o “Espírito do vosso Pai falará em vós” (v. 20). O
Espírito Santo, dom gratuito do Pai, é que inspira os discípulos. Essa
confiança é que deve sustentar a vida dos discípulos enviados em missão. As
traições, o ódio, a rejeição por causa de Jesus e do seu evangelho não têm por
que nos assustar. Todos nós somos às vezes cordeiro e lobo, até que se
realize a identificação do discípulo com o Mestre.
A missão é
universal porque os doze discípulos escolhidos por Jesus não acabarão “de
percorrer as cidades de Israel, até que venha o Filho do Homem” (v. 23). A
tarefa de conduzir as pessoas ao único e verdadeiro pastor (cf. Ex 34,23-34)
será permanente, enquanto houver ódio entre os irmãos (cf. v. 21), enquanto
houver perseguições em nome de Jesus (cf. v. 22).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Espírito
de coragem perseverante, nas adversidades da vida, vem em meu auxílio, e
ajuda-me para que não arrefeça a minha adesão a Jesus e ao Reino.
Fonte: Paulinas em 26/12/2013
Vivendo a Palavra
A profecia de Jesus que lemos se realiza literalmente no martírio dos cristãos. Estêvão acreditou e confiou até o fim. Viveu a glória de ver o céu aberto e o Filho do Homem, de pé, à direita do Pai. Que a coragem do mártir nos inspire a testemunhar ao mundo que o Reino de Deus já chegou: ele está dentro de nós!
Fonte: Arquidiocese BH em 26/12/2013
VIVENDO A PALAVRA
A profecia de Jesus que lemos se realiza literalmente no martírio dos cristãos. Estêvão acreditou e confiou até o fim. Viveu a glória de ver o céu aberto e o Filho do Homem, de pé, à direita do Pai. Que a coragem do mártir nos inspire a testemunhar perante o mundo que o Reino de Deus já chegou: ele está dentro de nós!
Reflexão
Impulsionado pelo Espírito Santo, Estêvão anuncia sem temor a Palavra de Deus. Encontra resistência entre os radicais defensores do judaísmo. Acusado de blasfêmia, será apedrejado. Na hora da execução, aos olhos dos presentes, Estêvão irradia luz; parece um anjo, isto é, um mensageiro do Senhor. Na tentativa de sair ileso e de converter seus algozes, ele faz ainda uma pregação, a derradeira. Diante da fúria dos adversários, ele se mantém sereno. A exemplo de Jesus, Estêvão distribui generosamente o dom do perdão (cf. At 7,60). Imitando o Mestre, ele faz a oferta de sua vida (“Senhor Jesus, recebe o meu espírito”) e adormece no Senhor. É o primeiro mártir da Igreja (protomártir), venerado desde os primeiros tempos do cristianismo. Modelo de audácia, perseverança e fidelidade a Deus. A toda prova.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Recadinho
Jesus alerta seus discípulos para que tomem cuidado com os homens! Hoje não é diferente! Procuro tomar cuidado, estar atento, mas não renegar minha fé? Tenho consciência de que o Espírito Santo está comigo? Rezo pedindo sua presença? É evidente que o espírito do mal nos assusta. Procuro colocar sempre minha vida nas mãos de Deus? - Procuro fazer minha parte para que haja paz e harmonia? - Contribuo para que haja compreensão e amor em família?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional 26/12/2013
Meditando o evangelho
SEREIS ODIADOS POR TODOS
A encarnação de Jesus não baniu o pecado da história humana. Embora ela se tenha constituído na possibilidade concreta de superação do pecado, muitos ainda haveriam de resistir, preferindo um projeto de vida cujo desfecho é a condenação.
Por outro lado, a quem optasse por ele, o Messias não apresentava uma vida de segurança e de comodidade. A resistência que Jesus experimentou por parte de seus contemporâneos teve prosseguimento na experiência dos discípulos. A opção pelo caminho de Jesus exigia força e coragem diante das perseguições, dos flagelos, dos processos nos tribunais que os inimigos de Deus haveriam de impingir aos seguidores de seu Filho. Como Jesus, o discípulo seria também a presença questionadora da salvação na história humana, embora muitos iriam persistir no caminho do pecado.
A história da fé cristã, por isso, estava fadada a ser uma história de martírio e de testemunho da fé, pela entrega corajosa da própria vida. Por conseguinte, o discípulo deve considerar estas circunstâncias como possibilidade de comprovar a profundidade de sua opção pelo Reino anunciado por Jesus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, apesar das dificuldades que encontro para te seguir, faze-me caminhar, com fidelidade, nas estradas da salvação, que abriste para a humanidade.
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Santo Estevão
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
O mistério da Encarnação de Jesus, manifestada em Maria e que se torna visível no Dia de Natal, isso é, do seu nascimento entre os homens, trouxe um fato novo na vida do Ser Humano.
No Antigo Testamento o Espírito de Deus vinha sobre algumas pessoas especiais e fica com ela até o final da missão que Deus lhe havia dado, foi assim com os profetas, Juízes e Reis. Ao assumir a nossa frágil natureza humana, as ações Divinas se manifestam nas ações humanas e assim, nas pessoas que professam a sua Fé em Cristo Jesus, o Espírito de Deus o inspira, o que falar e o que fazer.
Na vida de Santo Estevão, o Pró-Mártir, celebrado neste primeiro dia da Oitava do Natal, vemos claramente essa presença real do Espírito de Deus, em seu corajoso testemunho. “Por que não sereis vós que falareis, mas o Espírito do vosso Pai é que fala em vós”.
O Espírito de Jesus, a sua fidelidade e submissão á Vontade do Pai, o seu louco amor pelo ser humano, levado até as últimas consequências, estará também, a partir da encarnação de Jesus, presente na vida de todo aquele que crê, pois só a Fé é suficiente para o testemunharmos, em Palavras e ações, como Santo Estêvão.
E tudo isso, não em um mar de rosas, mas em meio as tribulações, ódio, julgamentos injustos, violência contra os discípulos. Prisões, divisão em famílias. Foi este o caminho percorrido até o fim pelo Mestre, é este também o caminho a ser percorrido pelo discípulo. Diz a palavra “Aquele que perseverar até o fim será salvo”. Naquele tempo a perseguição e a hostilidade aos cristãos vinham de dentro do próprio Judaísmo.
Hoje não falta da parte da sociedade uma ferrenha hostilidade pelo Espírito Cristão. O testemunho cristão deve ser firme, autêntico em todos os momentos e circunstâncias de vida e que não tenhamos medo sobre o que falar e como agir. A nossa Fé nos diz que o Espírito do Senhor está em nós...
2. Cuidado! - Mt 10,17-22
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
“Ontem, celebrávamos o nascimento temporal de nosso Rei eterno: hoje celebramos o martírio triunfal do seu soldado.” Assim começa São Fulgêncio, no século sexto, o sermão da festa de Santo Estêvão. Logo depois do nascimento de Jesus, a liturgia celebra três festas muito significativas neste Tempo de Natal. A primeira é a do Diácono Santo Estêvão, o primeiro a dar a vida pela fé em Jesus Cristo. A segunda é a do apóstolo e evangelista São João, o teólogo que nos legou o Quarto Evangelho e os demais escritos joaninos. Por fim, os Santos Inocentes Mártires de Belém, que, apenas nascidos, já derramaram seu sangue por causa de Jesus. Estêvão viu os céus se abrirem e entrou. Os céus se abriram ao ruído das pedras que caíam sobre ele como violenta tempestade. A luz divina o iluminou e ele viu o Senhor em sua glória. Estêvão faz parte dos primeiros diáconos escolhidos pelos apóstolos. Sua história encontra-se no Livro dos Atos dos Apóstolos. Operava grandes sinais e prodígios entre o povo e anunciava com eloquência Jesus e seu Evangelho. Quando interrogado, seu rosto era semelhante ao de um anjo.
HOMILIA
QUEM PERMANECER FIRME SERÁ SALVO
Os Evangelhos mostram a Igreja como um barco, no qual Jesus está presente, embora em alguns momentos pareça estar dormindo (Mt 8,23-27). O mar que este barco atravessa é a História, às vezes calmo, outras vezes turbulento e ameaçador. Há quase dois mil anos o barco saiu de seu porto. Não sabemos quando chegará ao seu destino, mas temos certeza de que Jesus nunca o abandonará.
Em Pentecostes, "a Igreja se manifestou publicamente diante da multidão e começou a difusão do Evangelho com a pregação" (Ad Gentes, n. 4).
Pentecostes do ano 30. Todos reunidos: os apóstolos, Maria, parentes de Jesus, algumas mulheres. Um ruído de ventania desce do céu. Línguas como de fogo surgiram e se dividiram entre os presentes. Todos ficaram repletos do Espírito de Deus e começaram a falar em outras línguas.
Esta assembléia inicial, esta igreja, é o princípio. Depois do prodígio das línguas, Pedro dirigiu-se à multidão reunida na praça e fez uma memorável pregação. Muitos se converteram, especialmente judeus vindos da Diáspora. Estes levaram a Boa-Nova aos seus locais de origem, o que provocou o surgimento, bem cedo, de comunidades cristãs em Damasco, Antioquia, Alexandria e mesmo em Roma. Alguns helenistas, no entanto, permaneceram em Jerusalém. Para cuidar de suas necessidades materiais, os apóstolos escolheram sete diáconos. E dentre estes está Estevão de cujo martírio celebramos hoje.
Temos nesta narrativa de Mateus um trecho do discurso atribuído a Jesus ao enviar os doze apóstolos em missão. O texto é escrito em estilo literário-apocalíptico. No evangelho de Marcos, mais primitivo, ele faz parte do discurso escatológico de Jesus ao prenunciar a destruição do Templo de Jerusalém, nas vésperas de sua Paixão (Mc 13,9-13). De fato, muitos dos primeiros cristãos sofreram perseguições tanto da parte dos judeus como do império romano. A alusão à terrível tragédia no seio da família, no texto acima, no seu estilo escatológico-apocalíptico, é uma referência à tradição profética da injustiça universal no fim dos tempos (Mq 7,6). Após a perseguição e morte de Jesus, o diácono Estêvão foi o primeiro dos discípulos a ser martirizado. Embora com uma função subalterna como diácono, ele ousou fazer uma pregação de denúncia do Templo e das tradições do judaísmo, e foi apedrejado.
O seu grupo foi perseguido e disperso, enquanto os chefes da igreja de Jerusalém foram poupados.
Estevão era o diácono que mais se destacava. Por sua pregação incisiva, é detido pelas autoridades judaicas, julgado e apedrejado como blasfemador. Torna-se o primeiro mártir da História da Igreja. Enquanto é assassinado, perdoa os seus perseguidores e entrega, confiante, a sua vida nas mãos de Jesus.
O manto de Estevão foi deixado aos pés de um jovem admirador do ideal farisaico chamado Saulo.
Que ele interceda por nós afim de que não tenhamos medo de ninguém e de nada contando que anunciamos o Evangelho a propósito ou a despropósito.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 26/12/2013
HOMÍLIA DIÁRIA
Somos chamados a testemunhar Jesus
com a nossa vida
Nós somos chamados a
testemunhar Jesus com a nossa vida!
”Estêvão, cheio do Espírito Santo, olhou para o céu e
viu a glória de Deus e Jesus, de pé, à direita de Deus.” (Atos dos
Apóstolos 7,54-55)
Meus queridos irmãos e irmãs, nós estamos celebrando a
oitava do nascimento de Jesus Cristo. Ontem foi Natal, hoje é Natal, amanhã
será Natal e depois nós continuamos, com pelo menos oito dias, celebrando-o
como se fosse um único dia.
Hoje a liturgia, em vez de usar a cor branca, dourada
na festa, nós usamos a cor vermelha. Por que usamos a cor vermelha, cor do
sangue, a cor do martírio, em plena celebração do Natal do Senhor? Porque a
vida que esse Menino trouxe, a vida que Jesus trouxe a nós, levantou uma legião
de homens e mulheres, na história, que se apaixonaram por Ele e foram capazes
de derramar seu sangue por causa d’Ele.
O primeiro deles é Estêvão, o protomártir da Igreja. O
livro sagrado dos Atos dos Apóstolos conta para nós que ele foi apedrejado por
testemunhar o seu amor a Jesus Cristo, por não negar o seu amor a Ele. Por
confessar, até o último instante, que jamais renegaria a sua fé por qualquer
perseguição ou sofrimento.
Os cristãos ainda sofrem no mundo inteiro. Em alguns
lugares o sofrimento é maior, pois a fé cristã, o seguimento de Jesus, o amor a
Jesus Cristo, não é permitido, não se pode celebrar o nome do Senhor, invocar o
Seu nome. Hoje queremos nos lembrar de milhões de cristãos que sofrem o
martírio para testemunhar a sua fé em alguns países em que esta não é aceita.
De um lado ou de outro do mundo, vemos pessoas sofrerem para poder viver a sua
fé.
No meio de nós, muitas vezes, também sofremos o
martírio para vivermos firmes na fé. Para guardarmos a nossa fé e a nossa
confiança n’Ele. Alguns conseguem ser firmes e perseverantes; alguns conseguem
testemunhar a sua fé até o fim. Sofrem perseguições, calúnias, incompreensão,
não aceitação. Ainda mais quando viver a fé hoje é uma questão de testemunho de
martírio. Não é uma questão de simplesmente dizer: ‘Eu sou cristão, eu creio em
Jesus Cristo’. É uma questão de levar a vida em nome de Jesus.
Quando olhamos para os acontecimentos dos últimos
tempos, quando olhamos até para celebrações de Natal em muitas casas e em
muitas famílias, vemos que muitas destas comemorações estão mais para pagãs do
que para cristãs. O que podemos fazer? Sermos testemunhas de Jesus! Nós somos
chamados a amar e a testemunhar Jesus com a nossa vida!
Continuando neste espírito natalino, continuando
celebrando a presença maravilhosa de Jesus no meio de nós, hoje somos
convidados a testemunhar e a dar a nossa vida por causa do Senhor.
Que Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e
colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 26/12/2013
Oração Final
Pai Santo, nós somos tentados a buscar segurança, conforto e prazer no mundo do consumo e do individualismo. Inspira-nos, Pai amado, por teu Espírito, a escolher o caminho heróico dos Santos, para chegarmos ao Teu Reino juntos com o Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 26/12/2013
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, nós somos tentados a buscar segurança, conforto e prazer no mundo do consumo e do individualismo. Inspira-nos, amado Pai, por teu Espírito, a escolher o caminho heroico dos Santos, para chegarmos ao Reino unidos ao Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.

Nenhum comentário:
Postar um comentário