ANO C

Lc 7,1-10
Comentário do
Evangelho
O poder da palavra de Jesus
O texto trata da universalidade da salvação de
Deus. A menção de Cafarnaum já é importante, pois, simbolicamente, ela abre a
mensagem de Jesus aos pagãos, em face de Nazaré, cidade de Jesus (cf. 4,23). O
centurião, chefe de cem soldados, é um pagão. A súplica do centurião a Jesus é
por um servo seu, que ele estimava muito (v. 2). Para o centurião, o valor
essencial parece ser a vida (cf. v. 3). Ele mesmo não se diz impuro, pois este
é um conceito judaico-religioso, mas indigno. Conhece as normas dos judeus quanto
à pureza, por isso envia anciãos judeus para intercederem junto a Jesus.
Dizer-se indigno é reconhecer a autoridade de Jesus. O Senhor acolhe a todos e
pretende ir à casa do centurião. No entanto, o chefe pede que Jesus
simplesmente dê uma ordem, pois é o poder da palavra que importa (cf. vv. 7-8).
A fé do centurião causa uma profunda admiração em Jesus (v. 9). A fé do pagão
ultrapassa à manifestada em Israel. A constatação da cura revela o poder
vivificante e eficaz da palavra do Senhor (cf. v. 10).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, dá-me um coração misericordioso e humildade
que me leve a compadecer-me do meu semelhante.
Fonte: Paulinas em 16/09/2013
Vivendo a Palavra
A palavra do oficial romano surpreende o Mestre.
Nem mesmo em Israel Ele encontrara tanta fé. O estrangeiro mergulhara
profundamente no Mistério da Encarnação do Verbo e sabia que em Jesus de Nazaré
habitava o Cristo, ungido do Pai com poder de curar sem as limitações humanas
de tempo e distância.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/09/2013
VIVENDO A PALAVRa
A palavra do oficial romano surpreende o
Mestre. Nem mesmo em Israel Ele encontrara tamanha fé. O estrangeiro mergulhara
profundamente no Mistério da Encarnação do Verbo e sabia que em Jesus de Nazaré
habitava o Cristo, ungido do Pai com poder de curar sem as limitações humanas
de tempo e distância.
Reflexão
Uma coisa é a fé em si, e outra coisa é como ela
se expressa. Para muitos, a fé em si nem sequer é percebida, de modo que existe
uma necessidade muito grande de ritualismo e de formas exteriores de expressão
da fé. Quem tem verdadeiramente fé em Jesus, acredita na autoridade do seu nome
e na força da sua Palavra, e não necessita de manifestações exteriores para
acreditar na eficácia da sua ação. Deste modo, todos nós somos convidados a
reconhecer que a grandiosidade da fé do Centurião que acreditou plenamente no
poder da Palavra de Jesus e não exigiu dele nenhum rito ou gesto exterior e,
porque acreditou, foi atendido naquilo que desejava.
Fonte: CNBB em 16/09/2013
Reflexão
Estamos
diante de um modelo de fé. Um centurião (chefe de cem soldados, a serviço dos
ocupantes romanos) não se dirige diretamente a Jesus, mas envia-lhe uma
comitiva de anciãos judeus a pedir-lhe que vá curar seu funcionário a quem
tanto estima. Pelos emissários, sabemos que o homem tinha bom coração. Jesus
parte com eles. Mas, cheio de humildade e confiança, o militar envia alguns
amigos com este recado para Jesus: Diga apenas uma palavra e meu servo ficará
curado. Assim acontece, de modo que os emissários, ao voltar para casa,
encontram o servo curado. E Jesus, tomado de profunda admiração, engrandece a
fé que o pagão demonstrou. Com esse episódio, Lucas já anuncia o tempo em que o
Evangelho, pela ação do Espírito Santo, se estenderá também aos não judeus.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel
Duarte, ssp)
Meditação
Você tem consciência da bondade infinita de Deus?
- Por que o mais importante é o ser e não o ter? - O que significa o consumismo
para você? - O que você pode fazer de concreto para aumentar sua fé? - Procura
agir com humildade?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 16/09/2013
Meditando o evangelho
UM EXEMPLO DE BONDADE
A atitude do oficial romano de Cafarnaum é um modelo de bondade. Apesar
de ser estrangeiro, portanto, um pagão e de estar a serviço dos opressores, era
amado pelo povo. Sua bondade manifestava-se na forma caridosa como tratava seus
empregados, preocupando-se com a sua saúde deles. Mas expressava-se, também, no
trato gentil com o povo da cidade, pois até mandou construir para estes a
sinagoga local. Longe de ser uma pessoa arrogante e prepotente, sabia cativar
as pessoas e manifestar-lhes apreço.
Sua relação com Jesus foi igualmente exemplar. Apesar do cargo que
ocupava e ter muita gente sob seu comando, sentia-se indigno de encontrar-se
com Jesus e acolhê-lo em sua casa. Por isso, mandou-lhe mensageiros. Bastaria
que o Mestre, mesmo de longe, ordenasse a cura de seu servo, pois acreditava no
poder de Jesus.
A reação do Mestre foi de profunda admiração. Entre os judeus, ele não
havia encontrado tamanha fé como a daquele pagão. Fé que se manifestava num
amor entranhado ao próximo. Por isso, fez exatamente como o oficial romano
havia sugerido. Os enviados voltaram para casa e encontraram o servo em
perfeita saúde.
A bondade do oficial romano, para com seus súditos e o povo da Galiléia,
teve como contrapartida a misericórdia de Jesus.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor
da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Senhor Jesus, dá-me um coração amável e bondoso que saiba compadecer-se
e ser solidário com o sofrimento e as necessidades dos outros.
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. A fé do centurião
(O comentário do Evangelho
abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora
Consolata – Votorantim – SP)
Ninguém melhor do que o próprio Centurião para dar seu
testemunho nesta reflexão:
___Por que vocês, de fora de Israel, tidos como pagãos,
acreditam em Jesus de Nazaré demonstrando uma Fé muito maior do que a de um
Israelita?
___Primeiro porque o conhecia e ouvia falar muito dele, era um
Judeu diferente, se dava com todas as pessoas, conversava com elas, ia em suas
casas, fossem quem fossem não tinha tanto preconceito como o restante da
comunidade de Israel.
___E como foi o seu encontro com ele em Cafarnaum?
___Eu estava muito triste e desesperado com o meu servo enfermo
e acamado, os médicos do Império Romano já tinham o desenganado, eu o estimava
muito e por isso estava triste.
___Escuta Centurião, mas um servo é tão importante assim em sua
vida?
___Talvez para os demais oficiais um servo é apenas um escravo,
uma peça que se substitui quando não serve mais para o trabalho, mas eu não penso
desta forma e sabia que Jesus de Nazaré concordava com esse meu jeito de ser.
Afinal, meu servo é um ser humano e não um animal, ele respira como eu, tem
sentimentos, dores, necessidades, devo tratá-lo como meu semelhante...
___O Senhor pediu a cura do servo?
___Na verdade não, mas queria muito que Jesus fizesse algo por
ele, pois seu sofrimento era muito grande e me comovia... Quando Jesus falou
que iria até lá para curá-lo, me senti pequeno para receber tão grande graça...
___Mas o Senhor é um centurião, comanda cem homens, é respeitado
e dá ordens a todos...
___Pois é, mas o poder de Jesus é maior que o meu, não há nada
nesta vida e nem no império romano que seja superior a ele, e ao perceber a sua
grandeza senti que estava diante de Deus e confessei a minha pequenez dizendo
"Senhor, não sou digno de que entreis em minha casa, mas dizei uma palavra
e meu servo ficará curado".
___O Senhor sabe que ficou famoso? Sua frase é repetida até hoje
na missa, na apresentação do Cordeiro. Poderia nos explicar o porquê dessa
frase?...
___Sim, senti que Jesus queria fazer parte da minha vida, e que
eu fizesse parte da vida dele, mas pobre de mim, imperfeito, pecador, nem ao
povo escolhido eu pertencia.
___E como terminou essa bela história?
___Bom, meu servo foi curado e eu também... Algo novo começou em
minha vida, continuei a ser um Centurião Romano, mas agora seguidor de Jesus. A
verdade é que, eu é que fui curado, pois quem nesta vida não conhecer a Jesus e
não experimentá-lo, permanecerá sempre enfermo...
___E sobre o elogio que Jesus fez a você publicamente,
enaltecendo a sua grande Fé?
___Olha, a Fé é apenas uma resposta que damos a Deus quando ele
nos toca através de Jesus, mas é preciso abrir-se e se deixar ser tocado por
ele, os Israelitas não faziam isso, iludidos com suas tradições religiosas e
suas leis rigorosas e moralistas. Nós de fora, aderimos sem reservas a Jesus e
o aceitamos... E espero que vocês, cristãos aí do terceiro milênio, não se
acomodem na religião do formalismo religioso, do trabalho pastoral e do
sacramentalismo, mas façam uma experiência íntima com Jesus, a Vida da gente
nunca mais é a mesma... Eu garanto!
2. Uma grandiosa fé
(O comentário do Evangelho
abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’,
Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
Havia em Cafarnaum, no tempo de Jesus, um militar romano de
categoria que era apreciado pelos judeus. Teria sido o construtor da primitiva
sinagoga de Cafarnaum. E era também um homem de fé. Foi o que manifestou quando
pediu a alguns anciãos dos judeus que intercedessem junto a Jesus em favor de
seu servo que estava à beira da morte. Ele também estimava muito o seu servo.
Acreditava realmente no poder de Jesus e era humilde. Quando Jesus se aproximou
de sua casa, ele foi ao seu encontro e disse o que repetimos em nossas
Eucaristias: “Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas
dizei uma só palavra e ‘meu servo’ será curado”.
Liturgia comentada
O Senhor é meu escudo! (Sl 28 [27])
A existência humana neste planeta é evidentemente
uma condição agônica, isto é, de permanente combate contra forças de
desagregação que tendem para o caos. Até a Sequência da Missa de Páscoa –
Victimae paschali laudes – refere-se a este conflito: “Mors et vita duello
conflixere mirando”, isto é, morte e vida lutam em notável combate. Não admira,
pois, que sejam tão frequentes na Bíblia as imagens de caráter guerreiro: a
espada da Palavra de Deus, os dardos do inimigo, as fileiras de anjos, a
couraça da justiça. É neste contexto que o poeta fala de Deus como seu
“escudo”.
Arma defensiva, ainda hoje vemos as tropas de
choque munidas de escudos nas manifestações de rua. Em escala maior, fala-se em
escudo antimíssil como proteção contra ataques terroristas. Assim, escudo é
imagem de defesa e proteção.
Eis o comentário de Manfred Lurker: “Na Bíblia, o
escudo é a figura da proteção concedida por Deus. A Abraão disse o Senhor: ‘Não
temas, Abraão! Eu sou teu escudo!’ (Gn 15,1) Após obter uma vitória contra os
filisteus, Davi com gratidão chamou a Deus de o seu escudo, seu chifre de
salvação e sua praça forte. (2Sm 22,3) Enquanto o escudo oferece normalmente
proteção de um lado só, o escudo de Javé dá cobertura total; assim se deve entender
o Sl 3,4: ‘Tu, porém, Senhor, és escudo em torno de mim’”.
E ainda: “Apoiando-se em Efésios, João Crisóstomo
compara a fé ao escudo; assim como este último faz malograr todo ataque, também
a fé faz recuar todo mal. Na arte cristã, o escudo é atributo de santos
guerreiros (como São Jorge) e do Arcanjo Miguel, para representar sua qualidade
de batalhador contra satã ou o dragão apocalíptico”.
A mesma imagem do escudo-proteção divina está
expressa no Salmo 91:
“Ele [Deus] te livrará do laço do caçador,
da peste funesta;
ele te cobrirá com suas penas,
sob suas asas encontrarás refúgio.
Sua fidelidade te servirá de escudo e couraça.
Não temerás os terrores da noite
nem a flecha que voa de dia,
nem a peste que vagueia nas trevas,
nem a praga que devasta ao meio-dia”. (Sl 91,3-6)
Em tempos de medo e pânico, neuroses e fobias,
por que recusar o escudo do Senhor?
Orai sem cessar: “O
Senhor é escudo de todos que nele se refugiam!” (Sl 18,31)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica
Nova Aliança.
Fonte: NS Rarinha em 16/09/2013
HOMILIA
DIÁRIA
Oremos pela nossa nação e por nossos
governantes
Oremos pela nossa nação e por aqueles que foram
constituídos para governar na paz e na justiça.
Celebramos dois mártires da Igreja: São Cornélio
e São Cipriano, os quais viveram nos primórdios da fé da Igreja. Queremos,
hoje, pedir a intercessão de ambos.
Queremos, primeiramente, nos voltar – dentro da
liturgia diária – para a Primeira Leitura da Carta de Paulo a Timóteo. Logo no
início, o apóstolo diz: “Antes de tudo, recomendo que se façam preces e
orações, súplicas e ações de graças por todos os homens; pelos que governam e
por todos que ocupam altos cargos, a fim de que possamos levar uma vida
tranquila e serena, com toda a piedade e dignidade” (I Tm 2,1-2).
Meus irmãos, a Palavra de Deus está nos
convidando a tomarmos uma atitude de homens e mulheres orantes. Primeiro, que
coloquemos no Senhor a nossa confiança e esperança, mas que não deixemos de
orar por aqueles que foram constituídos em autoridade, por aqueles que são os
nossos governantes, que estão à nossa frente no governo do município, do
estado, da nação, por aqueles que são os governantes do mundo inteiro.
Infelizmente, caímos numa mania, num jeito errado
de querer mudar o mundo e a sociedade simplesmente pelo hábito de falar mal
deles, de criticá-los e, muitas vezes, até aderimos à baderna, à desordem, e
nós cristãos não assumimos nossa postura no mundo, ou seja, de orarmos.
Primeiro, orarmos para Deus nos conceder o bom
senso, a retidão, o juízo para que possamos escolher melhor – e bem – aqueles
que são as nossas autoridades. Mas, uma vez que eles foram constituídos como
autoridades, merecem o nosso respeito e a nossa oração.
Isso não quer dizer que nós, cristãos, vamos
ficar de “braços cruzados”, indiferentes, não vamos nos preocupar com a
corrupção e com os males da nossa sociedade. Não, muito pelo contrário!
Precisamos ser cristãos atuantes. Não podemos nos esquecer da nossa obrigação
de orar por aqueles que foram constituídos governantes, foram constituídos em
responsabilidades para que o juízo chegue a eles, para que tenham bom senso na
promoção do bem comum, da justiça e dos direitos humanos. Não é na promoção da
nossa vontade, não! Cada um tem uma vontade própria, cada um tem uma maneira de
ver, mas é na promoção daquilo que nos exorta a Doutrina Social da Igreja. Os
governantes têm a obrigação de promover o bem comum e a dignidade humana.
Oremos pela nossa nação e por aqueles que foram
constituídos para governar na paz e na justiça.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e
colaborador do Portal Canção Nova.
Oração Final
Pai Santo, nós cremos, mas aumenta a nossa fé!
Sabemos que os limites da nossa inteligência não nos permitem compreender o
Mistério da Encarnação do teu Filho. Por isto, ajuda-nos a saborear a certeza
de sermos teus filhos amados. Por Jesus Cristo, teu Verbo que se fez nosso
Irmão, e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/09/2013
ORAÇÃO FINAl
Pai Santo, nós cremos, mas aumenta a nossa fé!
Sabemos que os limites da nossa inteligência não nos permitem compreender o
Mistério da Encarnação do teu Filho. Por isto, ajuda-nos a saborear a certeza
de sermos todos teus filhos muito amados. Por Jesus Cristo, teu Verbo que se
fez nosso Irmão, e contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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