ANO C

Mt 16,13-23
Comentário do
Evangelho
A identidade de Jesus
As multidões acorrem a Jesus de todas as partes;
Jesus, por sua vez, acolhe a todos, ensina, instrui (Mt 5–7; 10; 13) e cura a
todos (12,15).
Causa admiração e resistência. No entanto, muitos
não chegam a compreender e reconhecer sua identidade profunda (cf. Mt 13,55-58)
e querem matá-lo (cf. Mt 12,14). A razão da resistência e rejeição ao evangelho
tem nome: incredulidade (13,58).
A dupla pergunta posta por Jesus aos os seus
discípulos (16,13-15) revela a consciência que Jesus tem dessa incompreensão
que atinge, inclusive, os discípulos.
O evangelho segundo João no-lo apresenta sem
rodeios: “Vós me procurais não porque vistes sinais, mas porque comestes e
ficastes saciados” (Jo 6,26).
A confissão de fé de Pedro ante a revelação de
Deus – fé sobre a qual a Igreja está fundada (vv. 16-18) – precisará passar
pelo crivo da paixão, morte e ressurreição do Senhor para poder ser vivida, ou
melhor, se tornar um modo de viver (cf. v. 21). O Messias que Jesus é não é
exatamente o que Pedro pensa ter encontrado (cf. vv. 22-23). Será necessário um
longo caminho para que ele e todos os discípulos cheguem a uma conversão
profunda, que atinja e ilumine a sua própria visão do Messias prometido por
Deus.
Carlos Alberto Contieri, sj
Fonte: Paulinas em 08/08/2013
Vivendo a Palavra
Jesus, diante da confissão de Pedro de que Ele
era o Messias – o Filho de Deus Vivo –, previne a seus discípulos que o caminho
da sua Ressurreição passaria pelo julgamento injusto dos homens, pelo
sofrimento e pela morte. Ele queria ensinar que ser seu discípulo é segui-lo em
todas as circunstâncias da existência.
Fonte: Arquidiocese BH em 08/08/2013
VIVENDO A PALAVRa
Jesus, diante da confissão de Pedro de ser Ele
o Messias – o Filho de Deus Vivo –, previne a seus discípulos que o caminho da
sua Ressurreição passaria pelo julgamento injusto dos homens, pelo sofrimento e
pela morte. Ele queria ensinar que ser seu discípulo é segui-Lo em todas as
circunstâncias da existência.
Reflexão
O Evangelho de hoje pode sugerir duas perguntas
para a nossa vida pessoal.A primeira é: em que fundamentamos o nosso
conhecimento no que diz respeito à nossa fé? A segunda pergunta é: quais são as
conseqüências da nossa fé para a nossa vida? Quanto à primeira pergunta,
podemos fundamentar o nosso conhecimento sobre as coisas da fé a partir da
Palavra e do Magistério da Igreja, que nos garantem a verdade, mas podemos
fundamentar este conhecimento na opinião de muita gente que fala muita coisa a
respeito de Deus sem entender nada de nada ou até mesmo termos uma fé sem
fundamento nenhum. Quanto à segunda pergunta, podemos fazer da nossa fé o motor
da nossa vida ou podemos ter apenas uma fé discursiva ou indiferente, que não
representa nada para a nossa vida concreta.
Fonte: CNBB em 08/08/2013
Reflexão
Ao
fazer uma pesquisa sobre sua identidade, Jesus pretende despertar nos
discípulos o desejo de aprender melhor a respeito dele. Simão declara: “Tu é o
Messias, o Filho do Deus vivo”. Jesus o confirma, declarando que tal confissão
procede de uma revelação do Pai. Pedro (em grego, petros) significa pedra,
pedregulho que se pode lançar, ao passo que pedra (em grego, petra) significa a
rocha sobre a qual se pode construir um edifício. Pois bem, a comunidade que aí
será edificada é domínio de Jesus (“minha igreja”), na qual Pedro terá função
mediadora central. Contra a Igreja, nada poderá o poder da morte; a obra de
Jesus é imortal. No final, Jesus acrescenta que está destinado a sofrer em mãos
de seus inimigos, a morrer, e ao terceiro dia ressuscitar. Portanto, ele é o
Messias sofredor.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel
Duarte, ssp)
Meditação
Quem é realmente Jesus para você? - Em sua
comunidade surgem às vezes pessoas que são verdadeiras pedras de tropeço para a
caminhada? - Qual a atuação de Jesus nos evangelhos que lhe fala ao coração de
modo especial? - Na sociedade em que você vive, há respeito para com a imagem
de Jesus? - Que símbolo mais marcante da vida de Cristo você já viu? - Que tipo
de presença de Jesus marcou mais sua vida?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 08/08/2013
Meditando o evangelho
CUIDADO COM A TENTAÇÃO
A tentação, na vida de Jesus, provinha também de seus amigos mais
íntimos. Por isso, ele se mantinha atento, tanto em relação a seus inimigos
declarados, quanto àqueles que estavam a seu redor. Até de Pedro, Jesus teve de
se precaver.
Este apóstolo reagiu forte, quando Jesus anunciou seu destino de
sofrimento, morte e ressurreição. Pedro desejava para Jesus um futuro feito de
glória e sucesso, não um fim trágico. Por isso, sugeriu-lhe não nutrir
pensamentos que não convinham à sua condição de Messias.
A preocupação do apóstolo aparentemente dava mostras de ser fruto de sua
amizade sincera pelo Mestre. Todavia, Jesus não pensava assim; antes, percebeu,
imediatamente, na intervenção do discípulo, a presença do tentador. Daí a
dureza com que o tratou, chamando-o de Satanás, pedra de tropeço, insensível
para as coisas de Deus. Se Jesus tivesse dado ouvido à sabedoria humana de
Pedro, teria sido infiel ao Pai. Não era possível realizar o modelo de Messias
glorioso, prescindindo da cruz, sem pactuar com projetos contrários àqueles do
Pai. O Mestre não estava disposto a escolher o caminho da ambigüidade, servindo
a dois senhores. Sua vida estava toda nas mãos do Pai. Não seria um discípulo,
mesmo o escolhido para ser líder da comunidade, quem o desviaria de seu caminho.
(O comentário do Evangelho abaixo é
feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica,
Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Senhor Jesus, abre meus olhos, para eu detectar e rejeitar tudo quanto
possa me desviar do teu caminho.
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Chegou a hora...
(O comentário do Evangelho
abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora
Consolata – Votorantim – SP)
No coração dos discípulos havia chegado a hora tão esperada,
depois de questiona-los sobre quem era ele, para o povão, agora Jesus pergunta
direto a eles sobre a sua identidade “E para vocês, quem sou eu? Parece que
Jesus fazia a prova final para saber se eles haviam entendido tudo certinho,
pois estava chegando a hora da verdade.
Pedro fala em nome de todos, pareceu ser sempre um discípulo
aplicado e bom, e a sua resposta está corretíssima sobre quem é Jesus “O
Cristo, o Filho de Deus vivo”. E Pedro tirou dez pois a resposta estava
corretíssima, contudo, faltava algo muito importante: Que Jesus era Deus, eles
já o sabiam, na bela resposta de Pedro, mas como ele iria agir para libertar o
povo?
Na cabeça dos discípulos, estava chegando a hora do Mestre, ele
iria manifestar quem era de verdade, os poderosos iriam tremer na base com o
seu poder, e os discípulos, naturalmente, seria o seleto grupo do primeiro
escalão. Israel voltaria a ser a grande Nação, que imporia as demais a sua
grandeza e magnificência e todos os reinos da terra iriam se curvar diante de
Israel e do Rei Messias, mais forte e poderoso do que o Rei Davi. Jesus pede-lhes
que guardem aquele segredo Messiânico para que ele pudesse pegar todos de
surpresa.
Por isso dá para se imaginar a cara de decepção, os olhares de
espanto e frustração dos discípulos sonhadores, quando Jesus começa a falar de
sua paixão e morte em Jerusalém. Pedro percebe o clima que pairou sobre o grupo
e indignado exclamou “Que Deus não permita tal coisa, Senhor! Isso não te
acontecerá!”.
Aqui a gente pode até pensar “Ah, mas esse Pedro não tem jeito
mesmo, olha aí, querendo impedir que Jesus cumpra a sua missão de salvar a
humanidade, que coisa, não é atoa que Jesus soltou os cachorros em cima dele,
chamando-o de Satanás! ”.
Mas temos que nos perguntar, se por acaso não cometemos esse
mesmo pecado, quando vivemos uma religião sem compromisso, a espera do “Dia do
Senhor” quando Jesus vier nas nuvens para colocar as coisas em seu devido
lugar... Imaginamos que neste dia os maus irão ver o que é bom para tosse, e
que nós, os bons iremos nos sentir confortados ao ver que o Senhor nos dará
razão, pela nossa prática cristã.
Quem vive essa religião da Glória e do gozo celestial já aqui
nesta terra, quem se esconde nas comunidades para não enfrentar os desafios da
Vida Cristã no meio do mundão, quem procura viver um cristianismo bem light,
sem muito radicalismo e exageros. Quem vive se iludindo com o Cristo criado
pelo consumismo. Todos esses ouvirão naquele dia o mesmo que Pedro ouviu
”Afasta-te de mim Satanás, pois não pensas as coisas de Deus”
2. Vai para trás de mim
(O comentário do Evangelho
abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’,
Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
Jesus exalta Pedro pela sua profissão de fé. Depois, Pedro é
afastado e chamado de satanás. Antes, Pedro é a pedra fundamental da construção
da Igreja de Cristo. Depois, torna-se pedra de tropeço. A função dada a Pedro
não o torna um super-homem, não o isenta das limitações da natureza, não muda
automaticamente o seu pensamento. Ele tem em mente o Cristo glorioso e não o
homem da cruz. Rejeitando o homem das dores, qualquer um se alia a satanás que
impõe dores ao homem.
HOMILIA DIÁRIA
A doce e suave presença de Cristo entre nós
Papa Francisco é essa doce e suave presença de
Cristo entre nós. Devemos amar o Papa. O santo Padre para nós é a figura da
unidade, da autoridade, da Doutrina e do Magistério da Igreja.
“E Jesus disse: ‘Por isso eu te digo que tu és
Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno
nunca poderá vencê-la’” (Mt
16,18).
Ouvindo o Evangelho de Mateus, que confirma a
autoridade do apóstolo Pedro sobre a Igreja do Senhor, aquele a quem foi dado a
chave do Reino dos Céus, aquele a quem foi dado a graça de cuidar da Igreja de
Deus, nós queremos lembrar, com todo amor e carinho, a recente visita de Pedro
até nós, o Papa Francisco.
Antes dele, tivemos 266 outros Pedros, cada um
deles com seu carisma, com seu jeito próprio de ser. Cada Papa é único, mas a
autoridade é a mesma, pois são para nós a presença suave de Cristo, os Vigários
de Jesus.
Hoje, nós queremos louvar e bendizer a Deus pela
autoridade com a qual Ele constituiu a Sua Igreja, pois esta é una, está
constituída na fé do próprio Cristo, que é o alicerce da Igreja.
O Senhor, indo para o Céu, precisava de alguém
que cuidasse desse bem mais precioso que Ele nos deixou: a Igreja. Essa missão
coube ao apóstolo Pedro, junto com outros apóstolos, na autoridade de Jesus. Na
profissão de fé do apóstolo Pedro, está constituída a nossa Igreja. Cada vez
que vemos o Papa, nós vemos Pedro, a Igreja de Cristo.
Papa Francisco é essa doce e suave presença de
Cristo entre nós. Devemos amar o Papa, independente de ele ser Pedro, João,
João Paulo, Bento, Francisco. O santo Padre para nós é a figura da unidade, da
autoridade, da Doutrina e do Magistério da Igreja.
Muitas vezes, vemos um espetáculo, pois cada
igreja ensina o que quer e como quer. No entanto, no mundo inteiro, nós temos
uma única doutrina, uma única fé, um único batismo; e isso não nasceu no ano
passado nem há 10 anos. Há mais de dois mil anos fazemos parte da única Igreja
fundada pelo Senhor na autoridade do apóstolo Pedro.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e
colaborador do Portal Canção Nova.
Oração Final
Pai Santo, faze-nos conscientes de que os
sofrimentos inevitáveis da vida – dores, solidão, incompreensões e mesmo a
morte... – fazem parte do Caminho que devemos percorrer com esperança e que nos
levará ao teu abraço paterno no Reino que para nós tens preparado. Por Jesus,
teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 08/08/2013
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, faze-nos conscientes de que os
sofrimentos inevitáveis da vida – as dores, a solidão, as incompreensões e até
mesmo a morte… – fazem parte do Caminho que devemos percorrer, cheios de
esperança, e que nos levará ao teu abraço paterno/maternal no Reino que para
nós tens preparado. Por Jesus, o Cristo teu Filho que se fez nosso Irmão, na
unidade do Espírito Santo.

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