ANO C

Mt 9,1-8
Comentário
do Evangelho
“Coragem, filho, os teus pecados estão perdoados!”
O mal não só desfigura o ser humano, mas faz com
que ele sinta Deus distante. Este mesmo relato encontra-se em Marcos e Lucas,
com traços típicos de cada um dos evangelistas (Mc 2,1-12; Lc 5,17-26). A
paralisia é uma doença incurável; é como se a pessoa fosse um “morto vivo”,
como dizemos coloquialmente. O ponto de partida tem de ser a fé capaz de
reconhecer que para Deus nada é impossível. É esta fé, da qual Jesus se admira,
que impulsiona aqueles anônimos a levarem o paralítico diante de Jesus. Na
antiguidade bíblica, a enfermidade está ligada ao pecado. Por esta razão, a
cura é precedida pela palavra que liberta: “Coragem, filho, os teus pecados
estão perdoados!” (v. 2). Em Marcos 2,7, é sugerido que só Deus pode perdoar
pecados. Por isso, os letrados dizem que ele blasfema. Mas a blasfêmia não está
no perdão oferecido; o mal está no pensamento dos opositores de Jesus, que se
recusam a reconhecer que ele é o Filho do Homem e tem o poder de perdoar os
pecados. A Igreja, povo que o Senhor reúne, é o lugar do perdão e da
reconciliação. A comunidade cristã é a comunidade dos reconciliados.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que minha fé ilimitada em teu Filho Jesus
seja penhor de perdão e cura. Que o poder de Jesus me cure a partir do meu
interior.
Fonte: Paulinas em 04/07/2013
Vivendo a Palavra
A leitura do Evangelho deixa clara a missão da
Igreja, dos discípulos evangelizadores de Jesus Cristo: o cuidado dos irmãos em
sua inteireza – corpo, mente, coração e espírito – curando, ensinando,
acolhendo e vivendo juntos a extraordinária experiência do Reino de Deus já
nesta terra, ainda que não em sua plenitude.
Fonte: Arquidiocese BH em 04/07/2013
VIVENDO A PALAVRA
Quantos de nós estamos paralisados pelo
individualismo, por nossas amarras internas e pelas imposições de nossa
sociedade de consumo? Quantos de nós nos lembramos de colocar nas mãos do
Senhor a cura dos nossos males? O Evangelho nos consola e enche de esperança de
ouvirmos Jesus nos dizendo: – Levante-se e ande!
Reflexão
Onde é mais fácil que vejamos a ação de Deus na
nossa vida, quando Deus realiza uma cura ou nos concede alguma graça pela qual
suplicamos ou fizemos promessas ou quando ele perdoa os nossos pecados? É claro
que ao lermos este texto, afirmamos que é quando ele perdoa nossos pecados, mas
a gente não vê as pessoas celebrarem ações de graças quando são perdoadas e
sempre vemos celebrações em ação de graças por curas, conquistas e coisas do
gênero. Isto tudo nos mostra que intelectualmente sabemos as coisas certas, mas
existencialmente vivemos subordinados aos valores do mundo, de modo que somos
pessoas divididas entre o que falamos e o que de fato acreditamos. O Evangelho
de hoje é para todos nós um convite: precisamos de fato enxergar mais além para
valorizarmos mais os verdadeiros dons que Deus nos concede.
Fonte: CNBB em 04/07/2013
Reflexão
Jesus se vê diante de um paralítico trazido por mãos solidárias.
Ao ver isso, valoriza-lhes a fé, mola propulsora que nos faz sair de nós mesmos
e buscar a cura, a vida, a salvação. Jesus nada pergunta ao paralítico; com
poucas palavras o liberta dos pecados. Desse modo, Jesus mostra claramente a
natureza espiritual da sua obra no mundo onde o mal fundamental é o pecado.
Agitam-se alguns doutores da Lei, que cochicham a respeito de Jesus: “Ele blasfema”.
Jesus esclarece o equívoco: “O Filho do Homem tem na terra autoridade para
perdoar pecados”. E dirigindo-se ao paralítico, ordena: “Levante-se…”. Se tem
poder para perdoar pecados, também pode libertar dos males físicos. Os doutores
da Lei ficam desconcertados e mudos. As multidões, ao invés, glorificam a Deus.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz
Miguel Duarte, ssp)
Meditação
Peço a Deus o dom da coragem diante das
dificuldades? - Em que sentido o coração de Jesus me atrai? - Dou glória a Deus
pelo amor que nutre para comigo? - Sou corajoso(a)? - Pense em algum exemplo
pelo qual pode manifestar coragem.
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 04/07/2013
Meditando o evangelho
PERDÃO E CURA
A declaração de que os pecados do homem paralítico estavam
perdoados causou espanto nos adversários de Jesus. Parecia-lhes ser uma ofensa
a Deus o que ouviam. Como alguém, no caso Jesus, tinha a ousadia de usurpar um
poder divino? O gesto de Jesus era inaceitável para eles. Não passava de uma
autêntica blasfêmia.
Jesus não se dobrou a esta interpretação maldosa e errada de sua
ação. E se declarou capaz de fazer algo ainda mais divino: curar a paralisia
daquele homem. Demonstrando seu poder de curar, Jesus manifestou sua condição
de Filho do homem, revestido com poderes conferidos pelo Pai, para agir em nome
do Pai. Jesus, que perdoou os pecados daquele homem, também o libertou de sua
limitação física. Portanto, ao agir, Jesus não se prevalece de um poder que não
lhe pertence. Ele não é um inimigo de Deus. Antes, é o instrumento escolhido
por Deus para que a humanidade se beneficiasse da ação divina de perdoar os
pecados e curar as pessoas de seus males.
O duplo gesto de Jesus dá-se na mais total fidelidade a Deus, sem
que lhe seja feita concorrência ou que seus poderes sejam usurpados. Contemplar
os gestos poderosos de Jesus correspondia a ver Deus prodigalizando a
humanidade com seus bens. Porém, os inimigos de Jesus se recusavam a curvar-se
diante da evidência.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo
Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da
FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Senhor Jesus, que eu contemple nos teus gestos poderosos a
prodigalidade do amor do Deus derramado sobre a humanidade.
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Jesus faz
Barba e Cabelo
(O comentário do
Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa
Senhora Consolata – Votorantim – SP)
É até temeroso usar certas expressões como esta, para falar de
Jesus, muitos pensam que seria banalizar a sua pessoa e ação, mais banalizado
do que Jesus já foi, a partir da sua encarnação, e depois com a morte horrível
na cruz, tudo por quê? Para estar perto do homem, para amá-lo, comunicar a
misericórdia de Deus e o Salvá-lo. Às vezes uma expressão assim, é mais bem
compreendida e toca mais fundo coração de alguém, do que frases muito batidas,
mas que não dizem nada para a vida do ouvinte. Bom, mas vamos ao texto.
Se não entendermos que a Força da Salvação, da Graça
Santificante e da Misericórdia de Deus, plenamente manifestadas em Jesus, é
maior e mais poderosa do que nossos pecadinhos e pecadões, se não
compreendermos que a Palavra penetra fundo chegando ao centro da nossa vida,
onde outras mensagens não conseguem com a mesma eficácia, permanecemos
paralíticos como este homem, ficamos paralisados em nossos pecados, temos medo
de encarar o mundo e confrontar a Força do Mal nele presente, como vimos no
evangelho de ontem. Tem muito cristão paralítico, que não anda nem desanda, não
se abre realmente para a Boa Nova, porque tem medo de perder algo, ainda mais
com esse espírito consumista que infesta o coração do homem desse tempo.
Paralíticos que atrapalham a vida da comunidade, que não deixa a pastoral
caminhar, que faz de um Movimento Religioso algo tão mesquinho, desvirtuando do
seu verdadeiro papel.
Tudo isso por quê? Não se acredita que Deus é tão misericordioso
desse jeito, não se crê que esse amor de Deus por nós manifestado em Jesus, é
realmente grandioso e infinito, paralisia é não conseguir amar com a mesma
intensidade de Jesus, fazendo apenas uma “Meia Boca” do seu mandamento maior,
dado ás vésperas da sua paixão, Coração amarrado que parece Mula empacadeira,
não entende aquilo que é essencial no Cristianismo, na Comunidade de Mateus
tinha gente assim, nas nossas também, não na Patagônia, como sempre se diz por
aí, está na hora da gente assumir, não é?
Diante de Jesus não tem conversa fiada, a comunidade sentia-se
incomodada com a presença daquele paralítico em meio dela, mas tinham Fé e
esperança de que Jesus o iria libertar daquela paralisia do coração, que é a
pior de todas.
Bom, havia uma paralisia Física sim, mas essa foi Café pequeno
para o Poder de Jesus, entretanto, para o Judeu, deficiência física era
conseqüência do pecado. O amor de Jesus e a Misericórdia do Pai, envolveu
aquele homem naquele momento e o tornou liberto de qualquer mal que o
aprisionava. Então uns Escribas, sempre eles, esses doutores que sabem tudo,
mas ao mesmo tempo não sabem nada, ficaram horrorizados em seu íntimo, mas
foram descobertos por Jesus, admitiam até o milagre da deficiência, mas
restituir ao homem o poder de amar e sentir-se amado por Deus, aí já era
demais.
Muita gente hoje em dia busca uma cura de doenças que abalam a
saúde, mas não se dispõe a curar também o coração, para amarem mais, para serem
mais igreja, para serem mais corajosos e menos “Frouxos” em seu testemunho. E
Jesus manifestou externamente aquilo que já havia realizado interiormente
naquele homem. O homem levantou-se e foi para sua casa, onde o amor é essencial
na relação entre as pessoas, é na casa e na Família que se aprende a amar como
Jesus. O Povo glorificou a Deus, reconhecendo algo Divino em Jesus, os Escribas
ruminaram sua raiva, e eu aqui, disse para mim mesmo, com uma enorme alegria no
coração “O meu Senhor sempre Vence, Ele sempre faz Barba e Cabelo, aqui dentro
do meu coração”.
2. Coragem, filho!
(O comentário do
Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia
2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
Em Cafarnaum, levaram a Jesus um paralítico deitado numa maca.
Jesus viu a fé daqueles que carregavam a maca. Por causa da fé deles, Jesus
curou o paralítico. Sem dúvida, como eles, o paralítico também tinha fé. Jesus
perdoa então os pecados daquele homem paralisado, e depois o faz andar. Os
escribas acham que Jesus está blasfemando ao dizer que os pecados do paralítico
estão perdoados. Para que os escribas e todos os que ali se encontravam
soubessem que Jesus tem autoridade também sobre os pecados, ele faz o
paralítico andar. O Filho do Homem tem na terra poder de perdoar os pecados. Na
realidade, parece ser mais fácil dizer que os pecados estão perdoados do que
fazer alguém andar. Falar é fácil, difícil é fazer. Aquelas pessoas acreditaram
em Jesus, procuraram-no, aproximaram-se dele. Alguns fizeram o esforço de
carregar a maca com o paralítico nela deitado. Tudo isso foi visto por Jesus
como manifestação de fé.
HOMILIA DIÁRIA
Deus nos liberta de toda e qualquer paralisia
Permita que, no dia de hoje,
Deus o liberte, cure-o de toda e qualquer paralisia, de tudo aquilo que o
impede de ir ao encontro d’Ele.
“Apresentaram-lhe, então, um paralítico deitado
numa cama. Vendo a fé que eles tinham, Jesus disse ao paralítico: ‘Coragem,
filho, os teus pecados estão perdoados!’” (Mt 9,2).
Que obra admirável do Senhor! Por ter compaixão
não só daquele povo, mas daquele que o povo trazia. Aquele paralítico tinha
muita vontade de andar, muita disposição, mas algo o paralisava, o mantinha
preso, impedia-o de ir adiante.
Quantos de nós estão paralisados, presos, com os
pés detidos e não conseguem ir ao encontro de Deus! Na sua casa, muitas vezes,
você se encontra prostrado, sem forças… Há dias em que você se levanta e diz:
“Hoje, não estou com vontade de fazer nada”. Parece que há uma força terrível
nos paralisando. Você sabe que precisa ir ao encontro do seu próximo, sabe que
precisa ir ao encontro daqueles que estão sofrendo, mas não tem forças nem para
pegar um telefone e ligar para a pessoa. Você está paralisado.
Permita que, no dia de hoje, Deus o liberte,
cure-o de toda e qualquer paralisia, de tudo aquilo que o impede de ir ao
encontro d’Ele; depois, que Ele o liberte daquilo que o impede de crescer como
ser humano, como pessoa, de crescer na fé e na espiritualidade. Que o Senhor
também desamarre seu pé daquilo que não o permite ir ao encontro do próximo.
Que o Senhor, hoje, pela sua fé, o liberte de
toda e qualquer paralisia.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo –
Comunidade Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 04/07/2013
Oração Final
Pai Santo, que deste a teu Filho o poder do
perdão sem limites, dá-nos a graça de não julgarmos os nossos semelhantes para
que não caiamos na tentação de condená-los. Que o nosso Amor seja espontâneo,
indiscriminado, gratuito e libertador, te pedimos pelo Cristo Jesus, teu Filho
e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 04/07/2013
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, liberta-nos do nosso medo, do
respeito humano, do apego aos bens que a ferrugem consome, da ganância pelo
poder, e da busca insana dos prazeres que aviltam o ser humano. Nós Te pedimos,
amado Pai, por Jesus, o Cristo, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo
reina na unidade do Espírito Santo.

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