ANO C

SÃO PEDRO E SÃO PAULO, APÓSTOLOS
Ano C – Vermelho
“Eles eram um só coração e uma só alma.”
Mt 16,13-19
Ambientação
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Celebramos
hoje a solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo. Mestres inseparáveis de
fé e de inspiração cristã pela sua autoridade, simbolizam todo o Colégio
Apostólico. Em ambos, quer na vida, quer no martírio, prolongam-se a vida, a
paixão, morte e ressurreição de Cristo. Hoje é também o “Dia do Papa”. Queremos
manifestar nossa estima e obediência ao sucessor de Pedro, sinal da unidade da
Igreja e da comunhão na fé e na caridade.
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE
DEUS: Irmãos
e irmãs, hoje a Igreja triunfante e peregrina, num só coro, louva e bendiz ao
Senhor pela vocação e ministério dos dois grandes apóstolos, Pedro e Paulo.
Movidos por um só e intenso amor por Cristo, ambos, de diferentes formas,
abraçaram a causa de Jesus, o Reino de Deus, e fizeram dela o sentido de suas
vidas. Como colunas da Igreja, fundaram comunidades cristãs, unidas pelo
Espírito Santo. Nós, hoje, alegres, cantamos a Deus nosso hino de louvor por
tão grandes testemunhas, enquanto elevamos nossas preces pelo Papa Francisco,
que hoje é o sucessor de Pedro e elo de unidade de toda a Igreja.
INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: A
celebração de hoje é antiquíssima; foi inscrita no Santoral Romano muito antes
da festa do Natal. No século IV já se celebravam três missas, uma em São Pedro
no Vaticano, outra em São Paulo, fora dos muros, a terceira nas catacumbas de
São Sebastião, onde provavelmente estiveram escondidos por algum tempo os
corpos dos dois apóstolos.
INTRODUÇÃO
DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Celebramos
neste domingo a solenidade dos apóstolos Pedro e Paulo. Pedro proclamado como
fundamento da Igreja de Cristo e Paulo apresentado como exemplo de missionário
do Evangelho entre as nações. O caminho de fé, trilhado por eles, serve de
baliza para os cristãos de todos os tempos. Como os apóstolos, devem contemplar
o testemunho de Jesus para aprender a fidelidade ao Pai e ao Reino. Por isso,
Pedro e Paulo são referências obrigatórias para os cristãos. O atribulado
percurso de fé de ambos, para desembocar no martírio, abriu caminho para tantos
discípulos do Reino que, ao longo da história, caminham na fidelidade ao Mestre
Jesus. Celebrá-los é reafirmar o desejo de se inspirar neles na vivência do
discipulado cristão. Hoje, também celebramos, o Dia do Papa, sucessor de Pedro.
Um convite para rezar pelo Santo Padre intercedendo as luzes do Espírito Santo
parta bem exercer seu ministério na Igreja.
INTRODUÇÃO
DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Celebremos a
solenidade de São Pedro e São Paulo, as "Colunas" da Igreja que
levaram avante a missão dada por Cristo aos Apóstolos. Rezemos, de forma
especial, pelo Santo Padre o Papa Francisco, sucessor de São Pedro, pois hoje é
o Dia do Papa, por determinação da VII Assembléia da CNBB. Por isso somos
convocados para contribuir com o "Óbolo de São Pedro", que é a ajuda
da Igreja Católica do mundo inteiro em favor da evangelização dos povos. Serão
para esta finalidade as coletas de hoje.
INTRODUÇÃO
DO WEBMASTER: A celebração
de hoje é antiquíssima; foi inscrita no Santoral Romano muito antes da festa do
Natal. No século IV já se celebravam três missas, uma em São Pedro no Vaticano,
outra em São Paulo, fora dos muros, a terceira nas catacumbas de São Sebastião,
onde provavelmente estiveram escondidos por algum tempo os corpos dos dois
apóstolos.
Fonte:
NPD
Brasil em 30/06/2013
COLUNAS DA IGREJA
“Hoje celebramos a festa dos santos Apóstolos Pedro e Paulo, louvando a
Deus pela sua pregação e pelo seu testemunho. É sobre a fé destes dois
Apóstolos que se fundamenta a Igreja de Roma, que desde sempre os venera como
padroeiros. No entanto, é toda a Igreja universal que olha para eles com
admiração, considerando-os duas colunas e duas grandes luzes que resplandecem
não apenas no céu de Roma, mas também no coração dos fiéis do Oriente e do
Ocidente.
Na narração da missão dos Apóstolos, o Evangelho diz-nos que Jesus os
enviou dois a dois (cf. Mt 10, 1; Lc 10, 1). Num certo sentido, também Pedro e
Paulo, da Terra Santa, foram enviados até Roma para anunciar o Evangelho.
Eram dois homens muito diferentes um do outro: Pedro, um humilde
pescador, e Paulo, mestre e doutor, como reza a liturgia de hoje. Mas se em
Roma nós conhecemos Jesus, e se a fé cristã constitui uma parte viva e
fundamental da riqueza espiritual e da cultura deste território, isto deve-se à
intrepidez apostólica destes dois filhos do Oriente. Por amor a Cristo, eles
deixaram a sua pátria e, desdenhando as dificuldades da longa viagem e dos
riscos e das desconfianças que teriam encontrado, chegaram a Roma. Aqui
tornaram-se anunciadores e testemunhas do Evangelho no meio do povo, selando
com o martírio a sua missão de fé e de caridade.
Hoje Pedro e Paulo voltam idealmente entre nós, repercorrem as ruas e
batem à porta das nossas casas, mas sobretudo dos nossos corações. Querem
trazer mais uma vez Jesus, o seu amor misericordioso, a sua consolação e a sua
paz. Temos muita necessidade disto! Acolhamos a sua mensagem! Valorizemos o seu
testemunho! A fé simples e firme de Pedro, o coração grande e universal de
Paulo ajudar-nos-ão a sermos cristãos jubilosos, fiéis ao Evangelho e abertos
ao encontro com todos.”
(Papa Francisco, Angelus, 29 de junho de 2016)
A IGREJA INTEIRA REZAVA POR PEDRO
Nesta solenidade de São Pedro e São Paulo recordamos o testemunho que
esses dois grandes apóstolos deram de Cristo mediante seu martírio. O martírio
de Pedro e Paulo é celebrado na Liturgia, no mesmo dia, pois ambos foram
martirizados em Roma. Mas sua memória é venerada na Igreja inteira, pois eles
são considerados as “colunas” firmes do testemunho inicial da fé cristã.
Hoje também é comemorado o “Dia do Papa” pois, sendo o Bispo de Roma, o
Papa é o Sucessor de Pedro e tem na Igreja a missão que Jesus confiou
especialmente a Pedro: “confirmar na fé os irmãos” e manter unida a Igreja no
testemunho do Evangelho. Podemos afirmar que o Papa também recebe em primeira
pessoa a missão de Paulo: a evangelização de todos os povos “até os extremos da
terra”, conforme ordem dada por Jesus aos apóstolos e à Igreja. Paulo
representa a universalidade da missão da Igreja e o Papa também é o animador da
missão universal da Igreja.
Neste dia, a Igreja inteira faz oração especial pelo Papa, seguindo a tradição
que vem das origens da Igreja. Lemos nos Atos dos Apóstolos que, enquanto Pedro
estava na prisão, “a Igreja inteira elevava preces incessantes a Deus por ele”
para que fosse libertado (At 12,5). Em cada celebração da Missa fazemos a
oração pelo Papa, após a Consagração, e isso expressa a nossa comunhão e
unidade com o Sucessor de Pedro, mas também corresponde ao nosso dever de rezar
por ele, para que possa desempenhar bem sua grande e pesada missão. Não podemos
imaginar quanta responsabilidade cai nos ombros do Papa, em vista da missão que
recebeu! E o Papa Francisco se recomenda sempre às nossas orações: “não
esqueçam de rezar por mim!”
Por ser o Papa o primeiro e o maior animador da Igreja na missão e na
caridade, hoje também somos convidados a fazer a nossa doação “para o Papa”,
mediante a coleta do Óbolo de São Pedro. Na Itália, se diz que essa é a “coleta
para a caridade do Papa”. De fato, com o fruto da generosidade e das doações do
Óbolo de São Pedro, o Papa pode fazer a caridade em nome de toda a Igreja nas
situações de grande carência e necessidade, no mundo inteiro. Portanto, façamos
a nossa doação generosa, ajudando o Papa a fazer a caridade em nosso nome
também.
Cardeal Odilo Pedro Scherer
Arcebispo de São Paulo
Comentário do Evangelho
Tão diferentes um do outro, mas unidos no mesmo
amor incondicional pela pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo.
A festa de São Pedro e São Paulo é a festa da
Igreja: festa do que a Igreja é chamada a viver e do que a Igreja é. A Igreja é
testemunha do Cristo, testemunha da ressurreição de Jesus Cristo, testemunha da
vitória do Senhor sobre o mal e sobre a morte. Todos nós somos chamados a viver
como testemunhas do Cristo Ressuscitado, testemunhas de sua vitória, da qual
todos somos, por graça de Deus, herdeiros. Somos chamados a viver desta fé,
nesta confiança, como viveram Pedro e Paulo.
Ao colocarmos num único dia a memória de Pedro e
Paulo, que deram as suas vidas por amor a Cristo e aos irmãos, celebramos a
riqueza da diversidade da Igreja. Tão diferentes um do outro, mas unidos no
mesmo amor incondicional pela pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo. Um foi
alcançado pelo olhar do Senhor sobre as margens do Mar da Galileia, o outro,
Paulo, foi iluminado pelo Senhor no caminho de Damasco, enquanto perseguia
implacavelmente a Igreja, Corpo de Cristo; uma luz tão intensa o alcançou que,
num primeiro momento, o cegou, para que percebesse que seu passado, sem o
Senhor, era uma grande cegueira, uma forte escuridão. Desse encontro com o
Ressuscitado que ele perseguia, passou a ter uma nova luz; foi descortinado
para ele o como caminho da salvação, não mais a Torá, mas o próprio Cristo.
Enquanto Pedro estava na prisão, a Igreja
permanecia unida na oração por ele (At 12,5), para que sua fé não esmorecesse.
Devemos permanecer unânimes na oração para que nossa fé não esmoreça diante da
perseguição ou da morte. Era a oração da Igreja que sustentava Pedro. É a
súplica da Igreja que sustenta a nossa fé. Esta fé inabalável de Pedro, sobre a
qual nós estamos fundados (cf. Mt 16,13-19), é que permitirá a Pedro reconhecer
que foi o Senhor quem o tirou da prisão. Quem está na origem da libertação,
seja lá qual for a prisão, é Deus. É o Senhor, qual uma luz, que ilumina o
nosso caminho para que possamos sair de todo aprisionamento que nos impede de
ser testemunhas de Cristo. É esta mesma luz e força de Deus que sustentou
Paulo, tantas vezes preso e perseguido, e tanta vezes “libertado da boca do
leão” (2Tm 4,7). É nele que Paulo espera confiante: “O Senhor me livrará de
todo o mal…” (v. 8). Então, quem pode aprisionar a Palavra de Deus? Quem pode
arrancá-la de nós? Quem pode nos separar do amor de Cristo?
A fé que nós recebemos dos apóstolos, nós a
carregamos como um tesouro em vaso de argila. Que a nossa fé seja a nossa
alegria!
Carlos Alberto Contieri,sj
Oração
Pai, consolida minha fé, a exemplo do apóstolo
Pedro que, em meio às provações, soube dar, com o seu martírio, testemunho
consumado de adesão a Jesus.
Fonte: Paulinas em 30/06/2013
Vivendo a Palavra
Pedro proclamou em palavras o que já proclamava
por opção de vida: Jesus é o Messias, o Filho de Deus vivo. Seu exemplo não é
só para ser admirado, mas para ser seguido por nós. Construamos una Igreja que
seja, já nesta terra encantada, sinal do Reino do Pai Misericordioso que um dia
alcançaremos em plenitude.
Fonte: Arquidiocese BH em 30/06/2013
VIVENDO A PALAVRA
Simbolizados por Pedro e Paulo, nós damos
graças ao Pai Misericordioso por todos os irmãos que a Providência colocou à
nossa frente para construir a sua Igreja. Que, muito mais do que apenas
agradecidos, nós assumamos a missão que motivou suas vidas: anunciar ao mundo
que o Reino de Deus está dentro de nós, trazido pelo Cristo, que se fez nosso
irmão em Jesus de Nazaré.
Reflexão
SÃO PEDRO E SÃO PAULO
TU ÉS PEDRA!
A passagem do evangelho de hoje nos convida à
reflexão. Nela vemos Jesus afirmando que Pedro é a pedra. Desde o dia de nosso
batismo, Jesus – de algum modo – também nos dirige este questionamento: “Tu és
pedra, és fundamento?” Qual está sendo nossa atitude diante dessa pergunta?
Será que sou fundamento de alguma boa nova em minha vida? Será que tenho a
capacidade de sustentar alguma sólida iniciativa de promoção ao próximo na
minha existência? Ou tenho sido até hoje uma espécie de areia movediça das
coisas ou pessoas que se apoiaram em mim?
Podemos ser pedra no sentido bem concreto. Pois
certamente, em nossa vida, pessoas já precisaram de nosso apoio, da mesma forma
que a criança precisa do apoio de seus pais. Como muito bem sabemos, esta é a
principal missão dos pais, ser apoio para os filhos, sejam adultos ou ainda
pequenos. Apoio que se manifesta tanto no sustento material (roupa, comida,
educação…) como no espiritual (oração, amizade, amor, esperança…). Todos os
pais e mães, nesse sentido, assemelham-se a Pedro. De fato, há pedra melhor e
mais consistente do que o pai ou a mãe sobre os quais nos apoiamos? Mas é claro
que, quando esses pais são como uma pedra de sal, sem consistência e estrutura,
os filhos também se desmontam.
Em nossas comunidades cristãs, ao lermos essa
passagem evangélica, normalmente imaginamos que pedra é somente o papa, às
vezes também o bispo e o padre, e descarregamos sobre eles todas as
responsabilidades. Mas quando nos incluímos na situação, tudo muda. Já pensamos
nisso?
Cada um de nós pode, na comunidade, ser pedra no
sentido afetivo, psicológico. Até mesmo uma criança, às vezes, é na família uma
pedra sobre a qual os pais se apoiam, principalmente nos momentos de
dificuldade. Com efeito, muitos casamentos se solidificam graças à presença de
uma criança na família.
E podemos continuar nos perguntando: será que
nós, adultos, temos conseguido ser pedras para os adolescentes de hoje? Ao nos
procurarem, têm eles encontrado em nós apoio e firmeza ou somente dúvidas e
medo? Já imaginamos qual seria a situação de nossa comunidade caso decidíssemos
abandoná-la? Por mais que pensemos ser uma pedra de pouca importância para a
construção de nossa comunidade, a verdade é que cada um de nós é pedra
fundamental, sem a qual a comunidade se torna mais frágil e sujeita à ruína.
É por isso que a fala de Jesus se dirige também
para nós, chamando-nos à responsabilidade: Tu és pedra, “tu és Pedro”.
Jorge Alves Luiz, ssp
Fonte: Paulus em 30/06/2013
Reflexão
Essa
página é como que o centro do Evangelho de Mateus: ponto de chegada da primeira
parte da atividade de Jesus e ponto inicial da segunda parte, que conduz e
culmina no mistério pascal. Jesus estabelece um diálogo com seus discípulos,
querendo saber o que o povo e eles dizem a respeito dele. Porta-voz do grupo,
Pedro formula a profissão de fé em Jesus Messias, o Filho de Deus, e recebe a
missão de conduzir na unidade a comunidade. Jesus, portanto, transfere para a
comunidade o compromisso de dar continuidade à missão que ele iniciou. E
conclama Pedro e a comunidade para a responsabilidade de abrir as portas para
que as pessoas tenham acesso ao Reino de Deus. A pergunta de Jesus continua
ecoando ainda em nossos dias: quem sou eu? Ele não espera uma resposta
doutrinal, mas uma resposta de compromisso e adesão ao Reino. Ele não nos pede
uma opinião, mas nos questiona sobre nossa atitude, que transparece
principalmente em nosso seguimento concreto a ele. É, portanto, apelo a um
“modo de vida cristão”.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel
Duarte, ssp)
Meditação
Que importância tem Jesus em sua vida? - Você
sabe reconhecer Jesus como filho de Deus? - Como você encara o papel
da hierarquia da Igreja? - Você se sente feliz por poder servir a Igreja?
Como serve? - Tem facilidades para buscar maior instrução religiosa? Que
meios emprega?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário
MISSÃO A TODOS, NA UNIDADE
I.
INTRODUÇÃO GERAL
A festa que hoje celebramos é popularmente
reconhecida como o dia do papa, sucessor de Pedro. Mas não podemos esquecer
que, ao lado de Pedro, é celebrado também Paulo, o apóstolo, o missionário por
excelência. A figura de Pedro é destacada principalmente na primeira leitura e
no evangelho; a de Paulo, na segunda leitura. Mas a primeira leitura cria um
espaço para falar dos dois: mostra que Deus está com seus enviados. Baseando-se
na compreensão popular dos dois santos, pode-se combinar, nesta celebração, a ideia
da pessoa de referência para a unidade da Igreja, como foi Pedro, e a do
incansável missionário, que foi Paulo. O lema que se pode repetir na pregação
é: “Missão a todos, na unidade”.
II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS
BÍBLICOS
1. I leitura (At 12,1-11)
A primeira leitura, tomada dos Atos dos
Apóstolos, narra o episódio da prisão e libertação de Pedro. Por volta de 43
d.C., o rei judeu, Herodes Agripa I, vassalo dos romanos, mandou executar o
apóstolo Tiago, filho de Zebedeu. Depois mandou aprisionar Pedro. Mas o “anjo
do Senhor” o libertou, como libertou os israelitas do Egito. A comunidade
recorreu à arma da oração: é Deus quem age, ele é o libertador. Assim, Pedro é
libertado da prisão pelo anjo do Senhor. Este feito confirma sua missão
especial na Igreja, ressaltada no evangelho. O significado desse episódio pode
ser estendido à vida de Paulo, que, conforme At 16,16-40, viveu uma experiência
semelhante, além de muitas outras situações de perigo e aperto (cf. 2Cor
11,16-33).
2. Evangelho (Mt 16,13-19)
O evangelho apresenta Pedro como a pedra ou rocha
da Igreja. A situação é a seguinte: Jesus havia enviado os Doze em missão, e
eles tomaram conhecimento das reações do povo diante de Jesus, além do
acontecido com João Batista, decapitado por Herodes Agripa. Quando os
discípulos voltam da missão, Jesus lhes pergunta quem o povo e quem eles mesmos
dizem que ele é. Pedro responde pelos Doze e chama Jesus de Messias (em grego,
Cristo: cf. Mc 8,29) e Filho de Deus (como diz Mt 16,16; cf. 14,33). Enquanto o
relato de Marcos (Mc 8,27-30) é mais simples, o de Mateus mostra que Jesus
reage à profissão de fé feita por Pedro em nome dos Doze com três observações.
Primeiro, reconhece nela uma inspiração divina: “não foi um ser humano
(literalmente, ‘carne e sangue’) que te revelou isso” (Mt 16,17). Além disso,
muda o nome de Simão, chamando-o, com um jogo de palavras, de Pedro, porque
“sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e o poder (literalmente, ‘as
portas’) do inferno nunca poderá vencê-la” (Mt 16,18). Enfim, Jesus confia a
Pedro o serviço de governar a comunidade (as “chaves” e o poder de ligar e
desligar, ou seja, obrigar e deixar livre, poder de decisão), com ratificação
divina (“será ligado/desligado no céu”, Mt 16,19).
Jesus dá a Simão o nome de Pedro, “Pedra”, que
sugere solidez: Simão deve ser a “pedra” (rocha) que dará solidez à comunidade
de Jesus (cf. Lc 22,32). Isso não é um reconhecimento de suas qualidades
naturais, embora possamos supor que Simão deva ter sido um bom empresário de
pesca! Pelo contrário, não se refere ao que Pedro foi, mas ao que será.
Trata-se de uma vocação que o transforma. Muitas vezes, na Bíblia, a imposição
de um novo nome significa que a pessoa recebe nova vocação e deverá
transformar-se para corresponder. Na Bíblia, ser “rocha” é, antes de tudo, um
atributo de Deus mesmo, o “Rochedo de Israel” (cf. Dt 32,4 etc.). Jesus, com
certeza, não quer colocar Pedro no lugar do “Rochedo de Israel”, mas o incumbe,
por assim dizer, de uma missão que tenha qualidade análoga. A firmeza e a proteção
evocadas pela imagem da rocha não são algo que Simão Pedro tem em si mesmo (ele
negará conhecer Jesus na hora em que deveria testemunhar), mas são a firmeza e
a proteção de Deus das quais ele é constituído “ministro”, e essa “nomeação”
vai acompanhada de uma promessa: as “portas” (cidade fortificada, reino) do
inferno não poderão nada contra a Igreja. Esse ministério está a serviço do
reino dos céus (maneira de Mateus dizer o reino de Deus). Assim como as chaves
das portas da cidade são entregues a seu prefeito (cf. Is 22,22), assim Pedro
recebe o governo da comunidade que instaura o reino de Deus no mundo. Em Mt
18,18, autoridade semelhante é exercida pela comunidade, mas Pedro tem uma
responsabilidade específica, unificadora, que dá solidez à Igreja.
3. II leitura (2Tm 4,6-8.17-18)
A segunda leitura evoca Paulo. Ele, que sempre
trabalhou com as próprias mãos, está agrilhoado; na defesa, ninguém o assistiu.
Contudo, fala cheio de gratidão e esperança. “Guardou a fidelidade”: a sua e a
dos fiéis. Aguarda com confiança o encontro com o Senhor. Ofereceu sua vida no
amor, e o amor não tem fim (cf. 1Cor 13,8). Seu último ato religioso é a
oblação da própria vida (cf. Rm 1,9; 12,1). Sua vida está nas mãos de Deus, que
a arrebata da boca das feras.
Sua vocação se deu por ocasião da aparição de
Cristo no caminho de Damasco: de perseguidor, Paulo se transformou em apóstolo
e realizou, mais do que os outros apóstolos, a missão de ser testemunha de
Cristo até os confins da terra (At 1,8). Apóstolo dos pagãos, tornou realidade
a universalidade da Igreja, da qual Pedro é o guardião. A segunda leitura que
hoje ouvimos é o resumo de sua vida de plena dedicação à evangelização entre os
pagãos, nas circunstâncias mais difíceis: a palavra tinha de ser ouvida por
todas as nações (2Tm 4,17). A ninguém podia ficar escondida a luz de Cristo! O
mundo em que Paulo se movimentava estava dividido entre a religiosidade rígida
dos judeus farisaicos e o mundo pagão, entre a dissolução moral e o fanatismo
religioso. Nesse contexto, o apóstolo anunciou o Cristo crucificado como a
salvação: loucura para os gregos, escândalo para os judeus, mas alegria
verdadeira para quem nele crê. Missão difícil. No fim de sua vida, Paulo pode
dizer que “combateu o bom combate e conservou a fé”. Essa afirmação deve ser
entendida como fidelidade na prática, tanto de Paulo como dos fiéis que ele
ganhou. Como Cristo, o bom pastor, não deixa as ovelhas se perder, assim também
o apóstolo, enviado de Cristo, as conserva nesse laço de adesão fiel, marca de
sua própria vida.
III. PISTAS PARA REFLEXÃO
Conforme o evangelho, Simão responde pela fé dos
seus irmãos. Por isso, Jesus lhe dá o nome de Pedro, que significa sua vocação
de ser “pedra”, rocha, para que seja edificada sobre ele a comunidade dos que
aderem a Jesus na fé. Pedro deverá dar firmeza aos seus irmãos (cf. Lc 22,32).
Essa “nomeação” vai acompanhada de uma promessa: o reino do inferno não poderá
nada contra a Igreja, que é uma realização do reino do céu. A libertação da
prisão, lembrada na primeira leitura, ilustra essa promessa. Jesus confia a
Pedro “o poder das chaves”, o serviço de administrador de sua “cidade”, de sua
comunidade. À medida que a Igreja é realização (provisória, parcial) do reino
de Deus, Pedro e seus sucessores, os papas, são “administradores” dessa parcela
do reino. Eles têm a última responsabilidade do serviço pastoral. Pedro, sendo
aquele que “responde” pelos Doze, administra ou governa as responsabilidades da
evangelização (não a administração material). Quem exerce esse serviço hoje é o
papa, sucessor de Pedro e bispo de Roma, cidade que, pelas circunstâncias
históricas, se tornou o centro a partir do qual melhor se exercia essa missão.
Pedro recebe também o poder de “ligar e desligar” – o poder da decisão, de
obrigar ou deixar livre –, exatamente como último responsável da comunidade (a
qual também participa nesse poder, como mostra Mt 18,18). Não se trata de um
poder ilimitado, mas de responsabilidade pastoral, que concerne à orientação
dos fiéis para a vida em Deus, no caminho de Cristo.
Se Pedro aparece como fundamento institucional da
Igreja, Paulo aparece mais na qualidade de fundador carismático. Transformado
por Cristo em mensageiro seu (“apóstolo”), ele realiza, por excelência, a
missão dos apóstolos de serem testemunhas de Cristo “até os extremos da terra”
(cf. At 1,8). As cartas a Timóteo, escritas na prisão em Roma, são a prova
disso, pois Roma é a capital do mundo, o trampolim para o evangelho se espalhar
por todo o mundo civilizado daquele tempo. Paulo é o “apóstolo das nações”. No
fim da sua vida, pode entregá-la como “oferenda adequada” a Deus, assim como
ensinou (Rm 12,1). Como Pedro, ele experimenta Deus como o Deus que liberta da
tribulação (cf. a primeira leitura).
Hoje, celebra-se especialmente o “dia do papa”.
Isso enseja uma reflexão sobre o serviço da responsabilidade última. Importa
libertar-nos de um complexo antiautoritário de adolescentes. Pedro e Paulo
representam duas vocações na Igreja, duas dimensões do apostolado – diferentes,
mas complementares. As duas foram necessárias para que pudéssemos comemorar,
hoje, os cofundadores da Igreja universal. A complementaridade dos dois
“carismas” continua atual: a responsabilidade institucional e a criatividade
missionária. Essa complementaridade pode provocar tensões (cf. Gl 2); por
exemplo, as preocupações de uma “teologia romana” podem não ser as mesmas que
as de uma “teologia latino-americana”. Mas tal tensão pode ser extremamente
fecunda e vital para a Igreja toda. Hoje, sabemos que o pastoreio dos fiéis – a
pastoral – não é exercido somente pelos “pastores constituídos” como tais, pela
hierarquia. Todos os fiéis são um pouco pastores uns dos outros. Devemos
conservar a fidelidade a Cristo – a nossa e a dos nossos irmãos – na
solidariedade do “bom combate”.
E qual será, hoje, o bom combate? Como no tempo
de Pedro e Paulo, a luta pela justiça e pela verdade em meio a abusos,
contradições e deformações. Por um lado, a exploração desavergonhada, que até
se serve dos símbolos da nossa religião para fins lucrativos; por outro, a tentação
de largar tudo e dizer que a religião é um obstáculo à emancipação humana.
Nossa luta é, precisamente, assumir a libertação em nome de Jesus, sendo-lhe
fiéis; pois, na sua morte, ele realizou a solidariedade mais radical que
podemos imaginar.
Johan Konings, sj
Fonte: Vida Pastoral em 30/06/2013
Meditando o evangelho
FÉ E MISSÃO
A missão de liderança confiada a Pedro exigiu dele uma explicitação de
sua fé. Antes de assumir o papel de guia da comunidade, foi preciso deixar
claro seu pensamento a respeito de Jesus, de forma a prevenir futuros desvios.
Se tivesse Jesus na conta de um messias puramente humano, correria o
risco de transformar a comunidade numa espécie de grupo guerrilheiro, disposto
a impor o Reino de Deus a ferro e fogo. A violência seria o caminho escolhido
para fazer o Reino acontecer.
Se o considerasse um dos antigos profetas reencarnados, transformaria a
Boa-Nova do Reino numa proclamação apocalíptica do fim do mundo, impondo medo e
terror. De fato, pensava-se que, no final dos tempos, muitos profetas do
passado haveriam de reaparecer.
Se a fé de Pedro fosse imprecisa, não sabendo bem a quem havia confiado
a sua vida, correria o risco de proclamar uma mensagem insossa, e levar a
comunidade a ser como um sal que perdeu seu sabor, ou uma luz posta no lugar
indevido.
Só depois que Pedro professou sua fé em Jesus, como o “Messias, o Filho
do Deus vivo”, foi-lhe confiada a tarefa de ser “pedra” sobre a qual seria
construída a comunidade dos discípulos: a sua Igreja. Entre muitos percalços,
esse apóstolo deu provas de sua adesão a Jesus, selando o seu testemunho com a
própria vida, demonstração suprema de sua fé. Portanto, sua missão foi levada
até o fim.
Oração
Pai, consolida minha fé, a exemplo do apóstolo Pedro que, em meio às
provações, soube dar, com o seu martírio, testemunho consumado de adesão a
Jesus.
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. AS
COLUNAS DA IGREJA
(O
comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Festa de São Pedro e São Paulo, que celebramos nesse domingo, nos faz
pensar na origem de nossas comunidades. Como tudo começou? Quando foi a
primeira celebração, quem fez? Como é que a comunidade cresceu e se desenvolveu
para chegar aos dias de hoje? Uma coisa é muito certa, o fundador ou
fundadores, deve ter feito uma experiência muito profunda com Jesus Cristo,
pois sem isso, a comunidade não teria um alicerce, alguém em quem apoiar-se
para poder crescer e cumprir a sua missão.
Comecemos a falar primeiro de Paulo, cuja teologia, isso é, o modo como
ele começou a pensar as coisas de Deus, depois do encontro com Jesus no caminho
para Damasco, foi tão marcante na vida das comunidades, que esse apóstolo é
mencionado como o segundo fundador da nossa Igreja. De fato, seria difícil
pensarmos em uma igreja universal, presente no mundo inteiro, em outras culturas
e nações, sem nos lembrar de Paulo, aquele que pregou aos gentios que eram
pessoas de outra cultura. Paulo não ficou só na mística, se assim o fizesse,
teria fundado uma outra religião e arrastaria milhares de adeptos, porém,
sistematizou alguns pontos doutrinários importantes, organizou as comunidades
que havia iniciado, e o mais bonito, mesmo pensando um pouco diferente do Chefe
dos Apóstolos, manteve-se firme em comunhão com ele e os irmãos da Igreja de
Jerusalém, com quem aliás, sempre foi solidário , ao organizar coletas que
levava para a Igreja mãe.
São Paulo é o modelo fiel do cristão autêntico, que faz a experiência
com Jesus, se encanta com o seu ensinamento, desfaz o seu projeto de vida por
causa dele e torna-se um fiel seguidor do evangelho, dando por ele a própria
vida como aconteceu em seu martírio.São Paulo sempre acreditou nas comunidades,
mesmo quando havia indícios de desunião, problemas internos, contendas e
divisões, acreditava nas pessoas e mantinha com elas uma boa relação, mesmo que
se tratasse de Pedro, que tinha uma linha mais tradicionalista, causa de
algumas divergências bastante sérias entre ambos mas Paulo nunca deixou de
amá-lo por causa disso. Ele mesmo manifestava essa sua flexibilidade, quando
afirmava que se fazia um com todos e não tinha dificuldade de conviver com as
pessoas. Outra coisa importante na pessoa de Paulo, é que ele promoveu uma ação
evangelizadora em ambiente hostil á Cristo e ao seu evangelho, era corajoso e
nunca teve medo de anunciar a Verdade. Isso nos leva a pensar que muitas vezes
somos negligentes, quando ficamos esperando que as pessoas venham procurar
nossa pastoral ou movimento, parece que a gente não se sente seguro para falar
do evangelho no meio do mundo, lá onde as pessoas precisam escutar esse
anúncio, porque achamos que não vão gostar e que algumas vão ser contra. Se São
Paulo pensasse assim, milhares de pessoas, ontem e hoje, não teriam conhecido a
Jesus.
São Pedro é chamado o príncipe dos apóstolos, isso é, aquele que iniciou
o apostolado, e vemos no evangelho de hoje, porque o próprio Cristo o constituiu
chefe da sua igreja. Ele conseguiu enxergar em Jesus algo muito mais do que se
falava, o povo via nele um Messias Profeta, comparável a João Batista ou a
Elias, outro grande profeta na História de Israel, mas esse pensamento era
fruto de uma ideologia, e a era messiânica que todos aguardavam com ansiedade,
representava uma nova política, uma inversão do quadro, o Messias era um
libertador Político, enviado por Deus sim, porém, com uma missão terrena.
O apóstolo Pedro, que fala em nome do grupo, consegue fazer essa
transição, do Messias Histórico e Ideológico, para o Messias Espiritual, ele
não era enviado por Deus mas sim o próprio Deus. O que Jesus falava e fazia,
todos viam, e a partir disso embalavam o sonho e a esperança de dias melhores
para o povo de Israel, mas sempre em uma perspectiva terrena.
A confissão de Pedro manifesta pela primeira vez no meio do grupo, a Fé
em uma Salvação que supera toda e qualquer realização humana, onde o homem
atinge a plenitude do seu ser, divinizando aquilo que é humano. Cesaréia de
Filipe é terra de pagãos, cercado por rochas sobre as quais há edificações
habitadas pela elite do império romano. A igreja de Cristo está no meio do
mundo, porém edificada sobre a fé professada por toda comunidade, que tem como
base a fé professada por Pedro, naquele dia.
Como Pedro e Paulo, que sejamos nessa igreja um apoio seguro para os que
ainda não crêem, porque não conhecem a Cristo e acima de tudo, nunca nos
esqueçamos que Jesus Cristo edificou o reino sobre pessoas como Pedro e Paulo,
instrumentos aparentemente fracos, mas que pela ação da graça operante e
santificante do Batismo que receberam, tornaram-se perenes, transpondo
fronteiras e todas as barreiras que separa os homens, para anunciar Jesus
Cristo, o Filho de Deus, aquele que plenificou o nosso existir. (São Pedro e
São Paulo MATEUS 16, 13-19)
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail jotacruz3051@gmail.com
2. Feliz
és tu, Simão!
(O
comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia
dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
“O que dizem a meu respeito?”, pergunta Jesus a seus discípulos. Uns dizem
uma coisa, outros dizem outra, para uns Jesus é João Batista, outros acham que
é Elias ou Jeremias, ou alguns dos profetas. E os discípulos o que pensam de
Jesus? Quem responde é Simão Pedro: “O senhor é o Messias, o Filho do Deus
vivo”.
Jesus é o Messias e mais do que o Messias. Ele é o Filho do Deus vivo.
Certamente Pedro não se referia a um filho de Deus como somos todos nós. Ele
falava do Filho Único da mesma natureza que o Pai. Esta revelação, tanto para
Pedro como para nós, não pode vir da inteligência humana. Só pode ser revelação
do Pai que está no céu. E se o Pai assim revelou a Pedro, Pedro pode se
considerar feliz. Ele recebeu de Deus a revelação que mostra quem é Jesus. Daí
a resposta de Jesus: “Eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei
a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la”. Que esta Pedra é
Pedro torna-se claro quando Jesus lhe dá o poder das chaves, para que ligue e
desligue, abra e feche.
Tal poder não poderia se restringir a uma só pessoa durante o tempo de
sua vida. É dado a alguém que exerce a função de confirmar os seus irmãos na
fé. Não é possível pensar que o poder das chaves foi dado a Pedro somente
durante sua vida e se encerrou com ele.
A missão de Pedro se prolonga necessariamente ao longo da história da
Igreja no ministério petrino, levado avante por seus sucessores. Os irmãos e
irmãs de todos os tempos precisam ter sua fé confirmada. O êxodo de Pedro é
descrito pelo autor do Livro dos Atos com palavras usadas no relato da primeira
Páscoa no êxodo do Egito. Há também um vocabulário semelhante ao de São João,
quando fala da morte de Jesus na cruz. De fato, Pedro está saindo deste mundo
para um outro lugar, aquele que Jesus foi preparar na casa do Pai. Ninguém pode
detê- -lo.
O Livro dos Atos termina o relato sobre Pedro, que saiu vencedor da
prisão deste mundo para a liberdade definitiva, e passa a contar a missão
apostólica de Paulo. Antes de seu martírio com Pedro e muitos outros cristãos
naqueles dias de perseguição, Paulo escreveu a Timóteo: “Combati o bom combate,
completei a corrida, guardei a fé”. Paulo se sentia pronto a ser colocado sobre
o altar como um sacrifício agradável a Deus.
REFLEXÕES
DE HOJE
30 DE JUNHO-DOMINGO
VEJA
AQUI MAIS HOMILIAS DESTE DOMINGO
HOMILIA DIÁRIA
São Pedro e São Paulo, pilares da Igreja
Que maravilha podermos
proclamar, celebrar, em uma só festa, esses dois apóstolos admiráveis! Essa é a
graça que Deus dá à Sua Igreja, de celebrar esses dois pilares, essas duas
colunas no início do Ministério Apostólico.
É com toda a alegria do nosso coração que
celebramos os apóstolos Pedro e Paulo e também o Dia do Papa, porque ele é o
Sucessor de Pedro.
Hoje, o Papa Francisco é Pedro para nós na
Igreja. Mas que maravilha podermos proclamar, celebrar, em uma só festa, esses
dois apóstolos admiráveis! Essa é a graça que Deus dá à Sua Igreja, de celebrar
esses dois pilares, essas duas colunas no início do Ministério Apostólico.
É claro que conhecemos bem Pedro, porque os
Evangelhos narram para nós como esse discípulo foi querido pelo Senhor, como
ele foi próximo de Jesus. O Evangelho de hoje nos aponta como Jesus confiou ao
apóstolo a Sua Igreja: “Porque tu és Pedro e sobre esta pedra eu
edificarei a minha Igreja”.
Já nos diziam os Padres da Igreja: “Onde está
Pedro aí está a Igreja de Cristo”. Olhamos, hoje, para a Igreja que tem o seu
Papa de número 266. Ao longo de 2 mil anos, ela balançou, foi sacudida, perseguida,
mas está firme e forte por causa da proclamação de fé do apóstolo Pedro, o qual
disse: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. Proclamemos essa mesma fé e olhemos
para Pedro na certeza de que estamos no caminho do Senhor.
Paulo foi ardoroso na pregação do Evangelho,
converteu-se depois, foi de perseguidor a perseguido por causa do amor de
Cristo, e o Evangelho chegou às nações graças a Paulo.
Nós olhamos, então, para o carisma; olhamos
para toda a pregação que Paulo fez, na fé, e dizemos que a Igreja precisa da
unidade na figura de Pedro. Ela precisa ser missionária.
Que o Senhor nos ensine a olharmos para esses
dois apóstolos e termos neles os nossos referenciais de fé.
Deus abençoe você!
Oração Final
Pai Santo, dá-nos sabedoria e força para vivermos
de tal maneira que, ao final de nossa jornada nós possamos, unidos aos
companheiros peregrinos desta terra, proclamar com a mesma alegria de teu
apóstolo Paulo: Combati o bom combate, terminei a minha corrida, conservei a
fé. Por Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 30/06/2013
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, Pedro negou, Paulo perseguiu. Mas a
tua Graça fez deles pilares fundamentais para a caminhada da Igreja. Também nós
pecamos. Perdoa-nos, amado Pai, e faze de nós mensageiros do Amor aos
peregrinos que seguem junto a nós nesta viagem encantada por teu Reino. Pelo
Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
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