ANO C

Lc 1,57-66.80
Comentário do Evangelho
Deus cumpre o que promete
Os vizinhos se alegram com o nascimento de João
(v. 58), precursor do Messias. Esta alegria já havia sido prometida quando do
anúncio do anjo a Zacarias, no Templo: “… muitos se alegrarão com o seu
nascimento” (Lc 1,14). Deus cumpre o que promete. O acordo entre Isabel e
Zacarias sobre o nome do menino (vv. 60.63) mostra que o nome de João (= Deus
concedeu a sua graça) é de origem divina (cf. 1,13). Recebendo esta revelação
como Palavra de Deus, a boca de Zacarias se abre para bendizer Deus: “Bendito
seja o Senhor Deus de Israel…” (1,67).
Carlos Alberto Contieri,sj
Oração
Pai, toma-me sob a tua proteção e robustece-me
com o teu Espírito, de modo que eu possa cumprir, com coragem e fidelidade, as
tarefas do Reino que me são confiadas.
Fonte: Paulinas em 24/06/2013
Vivendo a Palavra
Lembrar João Batista nos leva a ouvi-lo dizendo
que era chegada a hora do antigo ceder lugar ao Novo; hora dele diminuir para
Jesus crescer. O tempo da promessa chegava ao fim e o Reino de Deus despontava.
Não esqueçamos a lição de João, apegando-nos às coisas passadas. Deus se
manifesta no tempo que chamamos hoje. Procuremos encontrá-lo e partilhá-lo com
os irmãos!
Fonte: Arquidocese BH em 24/06/2013
VIVENDO A PALAVRA
Celebramos o nascimento de João Batista. Sua
missão é de extremo interesse para nós, porque é também a mesma missão nossa
neste mundo: sermos vozes que clamam no deserto, anunciando a chegada do Senhor
– Mensageiro do Pai e de seu Reino de Amor, que já está dentro de nós! Façamos
de João Batista o nosso modelo de relação com Jesus de Nazaré.
Reflexão
O nascimento de João Batista nos mostra a atuação
de Deus na história e que nem sempre entendemos esta atuação ou os nossos
projetos são os mesmos dele. Quando existe discordância entre a vontade de Deus
e a nossa vontade, nós nos tornamos limitados e incapazes de viver plenamente
na graça divina e de comunicar esta graça aos nossos irmãos e irmãs, mas quando
a nossa vida é conforme a vontade de Deus, a graça divina atua em nós, a mão do
Senhor está conosco e a nossa boca se abre para anunciar suas maravilhas e
proclamar os seus louvores.
Fonte: CNBB em 24/06/2013
Reflexão
Na
solenidade da natividade de João Batista, o Evangelho não podia ser outro. Ele
nos traz justamente o relato do nascimento do precursor, que tem muitos traços
em comum com o do nascimento de Jesus. O nascimento de João é uma bênção para
os pais, já idosos, e Isabel, estéril, e motivo de alegria para a vizinhança.
Ainda hoje São João é celebrado com muita festa e alegria pelo povo brasileiro.
O nome João, proposto pela mãe e confirmado pelo pai, significa “Deus é
misericórdia”. Com a chegada de João, Deus confirma sua misericórdia para com
os pobres. Eles são os portadores do amor misericordioso de Deus Pai. Lá nas periferias,
longe do centro político e religioso, nasce a esperança do povo. Com o
aparecimento de uma criança, surgem a esperança e a dúvida: o que será dessa
criança? Sim, essa criança será o futuro anunciador da misericórdia divina e o
precursor do Messias. Ele cresce e se fortalece no Espírito do Senhor e, no
deserto, se prepara para assumir sua missão, que era preparar o povo para a
chegada de Jesus. Abre os caminhos para que o Mestre chegue.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel
Duarte, ssp)
Meditação
João Batista é a “voz no deserto!” Você tem
muitas oportunidades de ser a voz de Deus no contexto em que vive? - Você
cumpre com amor as tarefas que Deus lhe dá? - Tem consciência de que Deus está
presente nas tribulações de sua vida? - Você procura levar sempre a Boa Nova do
Evangelho? - Em que ambientes atua?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário 24/06/2013
Meditando o evangelho
O DESTINO DO BATISTA
O nascimento de João Batista corresponde a um passo decisivo em direção
ao cumprimento da promessa divina, de conceder ao mundo um Salvador.
A importância da presença do Precursor, na história humana, é visível no
conjunto dos fatos que circundam o seu nascimento. Seus pais era idosos. Sua
mãe, estéril, quando concebeu. A mudez inexplicável do pai, Zacarias, apontava
para alguma experiência, extremamente forte, feita no Templo, relacionada com a
gravidez de Isabel.
As divergências em torno do nome a ser dado à criança foram fora do
comum. Quiseram dar-lhe o nome de Zacarias, que significa Deus se lembra. O
pai, porém, insistiu para que se chamasse João, que significa Deus é propício,
conforme as instruções que tinha recebido. A decisão a respeito do nome do
recém-nascido foi, para Zacarias, penhor de graças. Com isso pôde recobrar a
fala e bendizer publicamente a Deus.
Este conjunto de fatos explica o porque da perplexidade e do espanto de
parentes e vizinhos, a respeito do futuro do menino. Podia-se notar como
"a mão do Senhor estava com ele", guiando-o desde a mais tenra idade.
Se já agora estava acontecendo isso, o que seria de seu futuro? Coisas
grandiosas lhe estavam reservadas!
Desde o início, as comunidades cristãs souberam reconhecer a importância
de João. Apesar da provisoriedade de sua missão, ela foi relevante, por estar
relacionada com o Messias Jesus.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo
Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da
FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Espírito providente, faze-me compreender que minha vida está nas mãos do
Pai. Inspira-me a ser, como João Batista, sempre fiel à vontade divina.
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. JOÃO É O SEU NOME
(O comentário do
Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese
Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
A Igreja, desde seus primórdios, reconheceu a
grandeza da figura de João Batista, dada sua estreita ligação com a pessoa de
Jesus. Aliás, a importância do Batista provém da pessoa de Jesus: sua
missão consistiu em ser precursor do Messias.
O nascimento de João Batista foi todo envolto de
mistério divino. A notícia de sua concepção foi dada pelo Anjo do Senhor a seu
pai Zacarias, quando este desempenhava suas funções sacerdotais, no templo.
Tratava-se de um fato formidável, pois Zacarias e sua esposa eram de idade
avançada, com o agravante de Isabel ser estéril. A incredulidade de Zacarias
foi punida com a privação da fala, até que a Palavra de Deus se cumprisse. Tudo
se realizou conforme fora anunciado pelo Anjo. Os próprios vizinhos e parentes
reconheceram que Deus havia cumulado de misericórdia aquela família.
Quando se tratou de dar um nome ao menino,
novamente aconteceu um fato maravilhoso. Muitos queriam que se chamasse
Zacarias, como o pai. Todavia, em conformidade com a ordem do Anjo, Isabel
recusou. Seu nome seria João, que significa "Deus é favorável".
Quando Zacarias confirmou o nome dado por Isabel, sua língua se soltou e ele
começou a falar normalmente. Então, os parentes e vizinhos, tomados de temor
sagrado, reconheceram que a mão de Deus estava com aquele menino.
Oração
Senhor Jesus, que a figura de João Batista
inspire minha tarefa de preparar os corações para receber-te.
Fonte: NPD Brasil em 24/06/2013
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. COMPLETOU-SE O TEMPO...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito
pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata –
Votorantim – SP)
Nossa vida de fé é marcada por muitas promessas, a primeira
delas no Batismo, quando pais e padrinhos, falando por nós prometem e se
comprometem em professar uma fé viva, capaz de um testemunho autêntico diante
do filho ou do afilhado, e na unção crismal prometemos acolher em nossa vida o
dom do Espírito Santo e deixarmo-nos conduzir por ele.
O “amém” ao receber a Eucaristia não deixa de ser também uma
promessa, de viver sempre em comunhão com Jesus, e nos sacramentos da ordem ou
do Matrimônio, prometemos viver um amor total de entrega e doação à Santa
Igreja, ou um ao outro, na vida conjugal. Fazemos muitas promessas diante de
Deus, antes de receber o sinal sacramental e sabemos muito bem, que por causa
dos nossos pecados, muitas vezes quebramos promessas sagradas, quando acontecem
as separações, o abandono da comunidade ou de uma vocação religiosa.
Não é de hoje que o homem não cumpre suas promessas diante de
Deus, à Bíblia está repleta de relatos onde as pessoas, e próprio povo
descumpriu algo prometido diante de Deus. Entretanto, não encontramos uma só
palavra ou frase, no antigo ou no novo testamento, onde afirme que Deus deixou
de cumprir alguma de suas promessas, feitas para o homem.
A natividade de João Batista, único santo que no calendário da
Igreja, tem comemorado o seu nascimento, se reveste de fundamental importância
na história da salvação, justamente por ser um elemento divisor entre o tempo
chamado das promessas, e o tempo do cumprimento das mesmas.
Há na religiosidade do povo brasileiro uma prática que a
modernidade não conseguiu matar: a de fazer promessas! Todas as promessas são
feitas para Deus, mas com a intercessão dos santos. A história da Salvação teve
início com uma promessa, feita pelo próprio Deus. Ele prometeu através de
líderes como Moisés, dos patriarcas Abraão, Isaac e Jacó, dos profetas e demais
homens e mulheres de Deus.
“Terminou para Isabel o tempo da gravidez e ela deu a luz um
filho...”. Este não é um nascimento qualquer de um israelita, Lucas faz questão
de salientar que se completou o tempo de gestação, o tempo de espera, e o útero
de Isabel, antes estéril e incapaz de gerar vida, tocado por Deus torna-se
fértil, simbolizando de repente o coração de todo um povo, cansado de sofrer,
de andar por caminhos errados, por atalhos que só levavam à morte, guiados por
falsos líderes, toda a esperança que este povo guardava no coração nas
promessas de Deus, irrompe agora como um lençol dágua que fura a rocha e flui à
flor da terra, para saciar os sedentos de esperança e de vida nova.
João Batista é a resposta de Deus aos anseios do povo, após um
silêncio de quase três séculos! Inspirados por Deus, todos os profetas haviam
falado deste tempo novo, para consolar e fortalecer um povo desiludido,
desmotivado, esmorecido e sem esperança, certamente esses profetas foram tidos
como loucos, sonhadores, fantasiosos, mas muitos guardaram no coração essas
promessas, e souberam transmiti-las de geração em geração, sem deixar morrer a
esperança, o próprio Zacarias, sacerdote do templo e pai de João Batista, faz
parte deste povo que espera, seu nome significa “Deus se recordou”.
A sua súbita mudez, longe de ser um castigo, é prenúncio do
tempo feliz que com ele irá se iniciar, e ao apresentar a criança no templo,
para ser circuncidado como era costume, ele confirma o nome de “João” que
significa “Aquele que anuncia” e recuperando a voz, glorifica a Deus que
visitou o seu povo.
Que significado tem, para nós cristãos, a celebração do
nascimento de João Batista neste 24 de Junho? Se ficarmos apenas na
popularidade e nos festejos joaninos típicos desta data, iremos nos divertir
muito, mas certamente não iremos aprender nenhuma lição.
O nosso povo, tanto quanto aquele povo de Israel, em meio aos
sofrimentos físicos e morais, também têm guardado no coração essa esperança, de
que um dia o bem supremo irá triunfar sobre as forças do mal, é verdade que
conforme os dias vão passando, as vezes o desânimo vai tomando conta do coração
de muitos que perderam a crença em Deus, no amor e na própria vida, são certas
promessas mirabolantes que nunca se realizam, são líderes charlatães que
iludem, enganam, roubam. São lideranças religiosas que não cumprem e nem honram
seu papel de ministros de Deus, criando uma religião fantasiosa, que explora e
cria tantas ilusões.
João vislumbra algo que ninguém tinha ainda vislumbrado: que o
reino já estava no meio dos homens, na pessoa e na missão de Jesus de Nazaré.
Anuncia a necessidade de uma mudança de mentalidade e de coração, para acolher
este reino novo, que não se fundamenta em mentiras e fantasias, mas na Verdade
que é Jesus Cristo, o Cordeiro que tira o pecado do mundo.
Olhando para a origem de João, seu nascimento e a missão de
precursor do Messias, que Deus lhe confiou, podemos refletir sobre tais
acontecimentos à luz do evangelho, e mais do que refletir, já está na hora de
vivermos esse evangelho, que fala de um tempo novo, de um reino que já está entre
nós e que consegue restituir ao coração humano toda essa Esperança que é Jesus
de Nazaré, pois como João Batista, todos nós nascemos para ser os portadores e
anunciadores dessa Boa Nova, ao homem descrente deste terceiro milênio.
2. Seu espírito se fortalecia
(O comentário do Evangelho abaixo é feito
por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e
disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
Lemos em São Lucas o relato do nascimento do precursor. Nasceu
São João Batista, filho de Isabel e Zacarias. A mão do Senhor estava com o
menino. Ele crescia e se fortalecia. João veio primeiro para preparar o caminho
daquele que veio depois, mas que existia antes dele. Ele não era a luz, mas
veio dar testemunho da luz. João é o homem que sabe qual é o seu lugar e
desempenha bem a sua missão. Ele diminui para que Jesus cresça. Enfrenta
Herodes sem medo, o que lhe custará a cabeça. Forma discípulos e os encaminha a
Jesus. As montanhas de Judá se alegraram quando João nasceu. Seu pai, que não
falava desde o encontro com o anjo da anunciação, viu sua língua se soltar e,
abrindo sua boca, começou a louvar a Deus.
HOMILIA DIÁRIA
O profeta é uma seta que nos mostra o caminho
O profeta é uma seta que nos
mostra o caminho. Ele é a voz que nos mostra a única palavra que nos liberta e
nos salva: a Palavra eterna de Deus.
Nós, hoje, celebramos, com muito amor e devoção,
a festa de São João Batista.
Hoje, celebramos o nascimento de João Batista
aqui para a Terra. Em agosto, celebramos o seu nascimento para o céu, o seu
martírio.
O nascimento de João Batista, no meio dos homens,
tem um significado muito especial, pois ele foi santificado no ventre de sua
mãe. No momento em que Isabel se encontrou com Maria, aquela que foi escolhida
para ser a mãe de Jesus, uma criança exulta de alegria no ventre de Isabel e
João Batista é santificado.
Ele nasceu com uma missão muito bem delineada,
muito bem específica, pois foi o profeta escolhido ainda no ventre de sua mãe.
Mas para que João Batista foi escolhido? Para preparar, abrir os caminhos,
apontar a direção e nos dizer quem é o Cordeiro de Deus, aquele capaz de tirar
o pecado do mundo, o pecado da nossa vida.
João Batista não veio anunciar a si mesmo nem
chamar a luz sobre si. Ele veio mostrar que o único que salva e liberta, o
único que batiza, no poder do Espírito, é Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
O profeta é uma seta que nos mostra o caminho.
Ele é a voz que nos mostra a única palavra que nos liberta e nos salva: a
Palavra eterna de Deus. Nós louvamos o Senhor pelo profeta tão humilde, nós O
louvamos por um profeta tão cético como foi João Batista, o qual viveu
retirado, que viveu uma vida mítica, dedicando-se exclusivamente à causa do
reino, mostrar aos homens o caminho da Salvação: Jesus Cristo.
Que, hoje, possamos aprender com São João Batista
o jeito de sermos também profetas, de mostrarmos aos homens e às mulheres o
caminho da salvação. Que nós possamos ser aquela seta que nos mostra Jesus como
o caminho, a verdade e a vida.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo –
Comunidade Canção Nova
Oração Final
Pai Santo, faze-nos sóbrios, corajosos e fortes
como João Batista. Que as seduções do mundo não nos vençam e que possamos nos
manter fieis à Verdade, Caminho e Vida que foram vividos e ensinados pelo
Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do
Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 24/06/2013
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, que enviando ao mundo o Precursor
anunciaste a transição da Antiga para a Nova Aliança, faze-nos seguidores do
Cristo Jesus, aquele mesmo de quem João disse ser o Cordeiro de Deus, que tira
o pecado do mundo. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e
contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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