ANO C

Jo 16,16-20
Comentário do Evangelho
Jesus abre os discípulos para uma esperança nova
O versículo 16 do nosso texto corresponde ao que
nos sinóticos se chama de anúncio da paixão, morte e ressurreição do Senhor (Mc
8,31ss; Mc 16,21ss; Lc 9,22). A pergunta dos discípulos (v. 18) declara a
incompreensão deles. É o que no v. 12 é dito nestes termos: “Tenho muitas
coisas a vos dizer, mas não sois capazes de compreender agora”.
Jesus toma a iniciativa de responder às dúvidas
dos discípulos (v. 19). Sua resposta abre os discípulos para uma esperança
nova, que poderíamos, à luz do v. 20, exprimir deste modo: o que é primeiro
(sofrimento dos discípulos; alegria do mundo) não é definitivo; é só aparência,
e, como tal, passa. O que num primeiro momento parece vitorioso, será revelado
como derrotado. A morte, o sofrimento, a tristeza não são a última palavra da
existência humana: “Ficareis tristes, mas a vossa tristeza se transformará em
alegria” (v. 20).
A vida de cada discípulo, e a de toda comunidade
cristã, deve ser vivida como uma Páscoa.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que o meu testemunho de vida cristã seja
tal, que as pessoas possam “ver” Jesus nas minhas palavras e nos meus gestos de
amor ao próximo.
Fonte: Paulinas em 09/05/2013
Vivendo a Palavra
Em que tempo nós nos situamos? No tempo em que
‘vocês não me verão mais’ ou no tempo em que ‘vocês me tornarão a ver’? Onde
está o Cristo para nós? Como podemos vê-lo hoje? Lá no alto dos céus, glorioso,
ou na face de cada irmão do caminho, especialmente do pobre, do desprezado pela
sociedade de consumo, do doente, do encarcerado?
Fonte: Arquidiocese BH em 09/05/2013
VIVENDO A PALAVRa
Para o seguidor do Caminho, a angústia é tão
inevitável quanto passageira: ‘um pouco de tempo…’ Os Cristãos somos convidados
a acolher desde agora, entre as dificuldades presentes, o vento encantado que
vem do nosso futuro glorioso, quando seremos eternamente abraçados pelo Pai
Misericordioso.
Reflexão
Um pouco de tempo e os discípulos não verão mais
Jesus, porque o mistério da cruz está próximo, e com ele, a morte e a
separação. E mais um pouco e me vereis de novo, ou seja, todos os que acreditam
farão a experiência do Ressuscitado, viverão sempre na sua presença, de modo
que a tristeza da separação dará aos que têm fé lugar a uma alegria que jamais
poderá ser tirada. Porém, por causa dos que não acreditam e por causa também
dos nossos pecados, deveremos passar por diversas tribulações, mas, por piores
que sejam, elas não podem vencer quem crê verdadeiramente.
Fonte: CNBB em 09/05/2013
Reflexão
A expressão “daqui a pouco”, proferida por Jesus,
pode ser considerada em dois níveis. Primeiramente, refere-se à paixão e morte.
Será um momento de desolação para seus discípulos. Com a ressurreição de Jesus,
volta a alegria, sentimento presente em várias pessoas que se encontram com
Jesus ressuscitado. Em segundo lugar, a expressão “daqui a pouco” pode-se
aplicar ao retorno de Jesus ao Pai na ascensão. Aqui também os apóstolos ficam
inseguros e sentem-se um pouco órfãos. Mas Jesus não os deixa assim. Envia-lhes
o Espírito Santo. Então, a alegria e o entusiasmo apoderam-se dos apóstolos,
antes tímidos e depois cheios de coragem e fortaleza para a missão. Na verdade,
Jesus nunca deixa sozinhos e desorientados seus discípulos missionários. Ele
está vivo e atuante na comunidade.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel
Duarte, ssp)
Meditando o evangelho
VOU PARA O PAI
A presença física de Jesus foi criando laços entre ele e os discípulos.
Esta forma de contato não podia durar para sempre. E Jesus anteviu, para breve,
sua volta ao Pai. Dentro de pouco tempo os discípulos não mais o veriam. Eles,
entretanto, não se davam conta de que o Mestre estava aludindo à sua morte e a
sucessiva ida para junto do Pai.
A palavras de Jesus funcionavam como chave de leitura para sua morte.
Esta não seria o fim trágico de sua carreira, mas sim sua transição da história
humana para a comunhão com o Pai. Outra chave de leitura estava contida no
contraste entre o choro dos discípulos e a alegria do mundo. Os adversários de
Jesus ficariam contentes ao vê-lo suspenso num madeiro, certos de terem
reduzido a nada todo o seu ideal. Os discípulos lastimariam a perda do
amigo querido, a quem tinham dedicado suas vidas. Todavia, esta realidade seria
revertida. A Ressurreição do Senhor e sua conseqüente ida para junto do Pai
seriam motivo de júbilo para os discípulos, ao passo que a arrogância de seus
inimigos ficaria anulada. A pretensa vitória destes sobre Jesus redundaria em
derrota, pela manifestação de Deus na vida de seu Filho.
A ida para o Pai seria o destino último de Jesus. Por isso, os
discípulos deveriam se alegrar. A ausência temporária se transformaria em
presença perpétua. A tristeza dos discípulos não impediu Jesus de seguir seu
caminho.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe.
Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE –
e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, que me meu coração se alegre por saber-te junto do Pai,
donde te fazes presença constante na minha caminhada.
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. DA TRISTEZA À ALEGRIA
(O comentário do Evangelho abaixo
é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica,
Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
A linguagem enigmática de Jesus deixava confusos
os discípulos. Estando para concluir seu ministério, referia-se a um tempo de
separação, seguido de um tempo de reencontro. Falava em ir para o Pai. No ar,
pairava algo de abandono, de ruptura. Os discípulos não se sentiam preparados
para enfrentar esta realidade. Também não estavam em condições de compreender o
que se passava com Jesus.
O pano de fundo das palavras de Jesus tem a ver
com o destino de morte e de ressurreição que o esperava. O tempo da não-visão
corresponderia à experiência de morte a ser enfrentada por ele. Sem o apoio de
sua presença, a comunidade ficaria exposta à tristeza, à confusão, e à zombaria
do mundo.
Julgando ter alcançado seu objetivo de eliminar o
Filho de Deus, seus inimigos teriam motivos para se alegrar com o desespero dos
discípulos.
O tempo da visão correspondia à Páscoa. Momento
de reencontro do Senhor com sua comunidade, sem as limitações do tempo e do
espaço. E, por isso, motivo de alegria para os discípulos. Pelo contrário,
tempo de tristeza para o mundo, que verá frustrados todos seus intentos de
eliminar o Filho de Deus. Ver-se-á derrotado, quando pensava ter sido
vitorioso.
A alegria sucede à tristeza. Ela é o ponto de
chegada para o discípulo que sabe compreender o sentido da morte de Jesus, e se
prepara para acolhê-lo na Ressurreição.
Oração
Espírito de júbilo, transforma, em alegria, a
tristeza de meu coração, fazendo-me compreender que o Ressuscitado está vivo,
no meio de nós.
Fonte: NPD Brasil em 09/05/2013
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Jesus conhece a cada um
(O comentário do Evangelho abaixo
é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata
– Votorantim – SP)
A vida de todo discípulo de Jesus não é diferente das demais
pessoas, ela é cheia de altos e baixos, "Um dia chove, outro dia faz
sol", como cantou o poeta Chico Buarque de Holanda, um dia resplandece
como uma manhã belíssima, mas logo mais a tarde vêm as nuvens negras com raios
e relâmpagos. Na Vida de Fé esse dualismo também está presente, e Jesus está
dizendo aos discípulos que será sempre assim: um pouco de tempo e me vereis,
mais um pouco e não me vereis, e outro pouco e tornareis a me ver...
A gente queria só luz, alegria, entusiasmo, sucesso, em nossa
vida de Fé, na vida em comunidade, mas não é assim, desde o começo Jesus deixou
bem claro. Os discípulos não entenderam e nós também não. Então Jesus, que
conhece o homem profundamente, todos os pensamentos e sentimentos humanos, vai
dizer que ao final, toda a angústia e tristeza dos discípulos vai se
transformar em alegria eterna.
Há no mundo uma falsa alegria, que hoje poderíamos dizer,
provocada pelo consumismo, pelo sucesso, prestígio e poder, na verdade as
alegrias terrenas são legítimas, mas não podem substituir na vida dos
discípulos aquela que é a Verdadeira alegria e que um dia se tornará plena. A
suposta "ausência" de Jesus, a partir da sua Ascensão, é preenchida
totalmente pelo Espírito que acompanha a Igreja neste tempo do Kairós até a
Parusia.
Em suma, Ver ou não ver Jesus, sentir sua presença em nossa vida
ou não, é uma contingência humana por conta das nossas limitações, Deus está
sempre presente na ação Trinitária em cuja vida de comunhão somos envolvidos,
mas que não nos arrebata desse Vale de Lágrimas, onde é preciso caminhar e
Crer, alimentando em nós essa esperança, de que o Senhor caminha conosco,
falando e agindo, como fez um dia junto aos seus discípulos.
2. O mundo se alegrará
(O comentário do Evangelho abaixo
é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e
disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
Jesus vai para junto do Pai. Terminou o tempo da sua encarnação
entre nós. Seu nome foi “Emanuel”, Deus conosco. Como verdadeiro homem, não
podia permanecer sempre de forma física e visível entre nós. Jesus encarnado
viveu na limitação da natureza humana. A passagem pela morte faz parte da
natureza humana. “Um pouco de tempo”, disse Jesus, “e vocês não me verão mais”,
porque ele vai partir. “E mais um pouco e me verão de novo”, porque ele vai
voltar no Espírito Santo. A tristeza da separação se transformará em alegria. O
Pai se revelou antes como o Deus dos nossos pais e acompanhou a trajetória do
povo que ele escolheu para testemunhá-lo entre as nações. O Filho viveu na
limitação do nosso tempo. O Espírito Santo, fonte de alegria, caminha conosco
ao ritmo da nossa vida. Passamos por dificuldades, choramos e nos lamentamos
enquanto o mundo se alegra. Vivemos, porém, na certeza de que a nossa tristeza
se converterá em alegria. As primeiras comunidades esperavam que Jesus voltasse
logo. Depois compreenderam que ele veio no Espírito Santo e virá no fim dos
tempos.
HOMILIA DIÁRIA
Postado por: homilia
maio 9th, 2013
Jesus está nos dizendo: “Vós chorareis e vos lamentareis,
mas o mundo se alegrará; vós ficareis tristes, mas a vossa tristeza se
transformará em alegria” (Jo 16,20).
Enquanto nós nos entristecemos com as verdades do
mundo e suas desgraças, ele, que não conhece Deus, parece estar rindo, zombando
de nós e até mesmo do Senhor. O mundo que vive as festas, orgias, fantasias
parece que se alegra com todas as coisas; e nós sofremos, choramos por aquilo
que o mundo nos faz passar.
Aqueles que conhecem Jesus passam por momentos
difíceis, por perdas, mas nunca ficam na tristeza, porque o próprio Deus nos dá
a graça de transformá-la em alegria. Se você está triste há muito tempo,
precisa, hoje, de uma intervenção divina. O Senhor não quer você triste; muito
pelo contrário, o seu Espírito está em nós, a alegria da Sua Ressurreição está
no meio de nós e temos até o direito de ficarmos tristes, mas é só por um
momento.
Não podemos transformar a nossa vida num vale de
lágrimas. Que o Espírito de Deus venha em nosso socorro, em nosso auxilio, e
cure toda a tristeza do nosso coração. Que a bondade e a ternura de Deus
transformem aquilo que nos causa tristeza em motivo de alegria por causa do
amor de Deus que está em nós.
Padre Roger Araújo – Comunidade
Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 09/05/2013
Oração Final
Pai Santo, que queres se comunicar conosco, teus
filhos amados, de tantas maneiras – através do universo, da humanidade, agindo
na história, nos sinais dos tempos e, acima de tudo, enviando teu Filho
Unigênito, o Cristo Jesus, ensina-nos a reconhecer a tua Presença Paternal para
amar-te mais, servindo aos nossos irmãos.
Fonte: Arquidiocese BH em 09/05/2013
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, faze-nos capazes da alegria e da
gratidão, porque nos deste a Vida, a Fé e a Esperança. A Vida que é Jesus
Cristo, teu Filho Unigênito que se fez nosso irmão; a Fé que nos torna, desde
agora, cidadãos do Reino de Amor; e a Esperança – essa certeza de que estaremos
um dia na plenitude de tua amorosa Presença, juntos com o mesmo Jesus Cristo,
que contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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