ANO C

PÁSCOA DA RESSURREIÇÃO
Jo 20,1-9
Vivendo a Palavra
O mistério da Ressurreição desafia a compreensão
humana pobre e limitada. Exige a entrega espontânea e incondicional; exige que
vençamos a tentação de racionalizar a Verdade – que a fé anuncia, a esperança
assegura e o amor pede que, cheios de gratidão, partilhemos generosamente
com os irmãos.
Fonte: Arquidiocese BH em 31/03/2013
VIVENDO A PALAVRA
O mistério da Ressurreição
desafia a compreensão humana pobre e limitada. Exige a entrega espontânea e
incondicional; exige que vençamos a tentação de racionalizar a Verdade – que a
fé anuncia, a esperança assegura, e o amor pede que, cheios de gratidão,
partilhemos generosamente com os irmãos.
Reflexão
O
texto narra o primeiro relato da ressurreição de Jesus segundo o Evangelho de
João. São três as principais personagens dessa cena: Maria Madalena, Pedro e o
outro discípulo. A mulher é a primeira a despertar e se dirigir ao túmulo.
Diante dele, vê que a pedra da entrada foi removida. Depois disso, volta e
anuncia o fato aos discípulos. Dois deles vão comprovar se é verdade o que ela
disse. Ao chegar ao túmulo, Pedro entra e constata a ausência do morto; o outro
discípulo entra, constata e crê no que viu. O relato tem o objetivo de mostrar
que Jesus não está mais preso à morte. O lugar do Ressuscitado não é mais o
túmulo, mas a comunidade. Sem entender muito, Maria Madalena é a primeira
anunciadora da ressurreição do Mestre. Os dois discípulos andam juntos; o
outro, porém, chega antes ao sepulcro e espera por Pedro antes de entrar. Os
três precisam ainda burilar a fé sobre os últimos acontecimentos da vida de
Jesus, principalmente a questão da ressurreição. Diante de tantos sinais de
violência e morte e de tantas amarras que impedem a vida de florescer em
plenitude, às vezes somos um pouco como os discípulos: incrédulos na
ressurreição. Acolhamos a Boa Notícia da ressurreição de Jesus e deixemos que a
misericórdia de Deus nos renove e nos torne canais capazes de “irrigar a terra
e fazer florir a justiça e a paz” (papa Francisco).
(Dia a
dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Meditando o evangelho
O SEPULCRO VAZIO
Os discípulos começaram a se dar conta da
ressurreição do Senhor, ao se depararem com o sepulcro vazio. Maria Madalena,
alarmada, pensou que o corpo de Jesus tivesse sido retirado, à surdina, e
colocado num outro lugar. Pedro, tendo acorrido para se inteirar dos fatos,
apenas constatou onde estavam o lençol e os demais panos com que Jesus havia
sido envolvido. O discípulo amado, este sim, começou a perceber que algo de
muito extraordinário havia acontecido. Por isso, foi capaz de passar da
constatação do sepulcro vazio à fé: "Ele viu e acreditou".
O sepulcro vazio, por si só, não podia servir de prova para a
ressurreição do Senhor. Seria sempre possível acusar os cristãos de fraude.
Poderiam ter dado sumiço ao cadáver de Jesus, e sair dizendo que ele ressuscitara.
Era preciso ir além e descobrir, de fato, onde estava o corpo do Mestre.
O discípulo amado, de imediato, cultivou a esperança de encontrar-se com
o Senhor. Sua fé consistiu na certeza de que o Mestre estava vivo, não no
sepulcro, porque ali não era o seu lugar. Senhor da vida, não poderia ter sido
derrotado pela morte. Filho amado do Pai, as forças do mal não poderiam
prevalecer sobre ele. Embora sem ter chegado ao pleno conhecimento do fato, a
fé na ressurreição despontava no coração do discípulo amado.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe.
Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE –
e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de ressurreição, como o discípulo amado, creio que o
Crucificado venceu a morte e as forças do mal.
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. O SENTIDO VERDADEIRO DA PÁSCOA
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da
Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
A palavra Páscoa tem sua origem no hebraico “Pascha” que
significa passagem, e no Judaísmo está contextualizada no fato histórico
ocorrido em 1250 A.C que foi a libertação do povo hebreu da escravidão do
Egito. A narrativa encontra-se no livro do Êxodo, que pertence ao Pentatêutico,
conjunto dos cinco primeiros livros da Sagrada Escritura, cuja autoria é
atribuída a Moisés. O ritual da páscoa judaica segue as determinações dadas
pelo próprio Deus ao Sacerdote Aarão conforme Êxodo 12, 1-8.11-14 e o fato
histórico, com esse caráter religioso, tornou-se para o Povo um memorial da
noite em que Deus os libertou da escravidão do Egito, através de Moisés,
derrotando o império do Faraó.Anteriormente a páscoa era uma Festa dos
Pastores, que comemoravam a passagem do inverno para a primavera quando por
ocasião do degelo, e surgindo a primeira vegetação à luz do sol, os animais
deixavam suas tocas, sendo essa a origem do Coelhinho da Páscoa e do ovo, que
ao ter a sua casca quebrada deixa romper a vida que há dentro dele.
A libertação do Povo da escravidão do Egito é o acontecimento
mais importante na tradição religiosa de Israel que o tornou um memorial
celebrado no ritual judaico, preceito estabelecido pelo próprio Deus, muito
rico em sua simbologia.Trata-se de uma refeição feita em pé, com os rins
cingidos, sandálias nos pés e o cajado na mão, como quem está de partida
“comereis as pressas, pois é Páscoa do Senhor”. O sangue do Cordeiro imolado
irá marcar o batente das portas dos que iriam ser salvos do anjo exterminador, e
as ervas amargas lembram a escravidão e o sofrimento que o povo passou.
Jesus de Nazaré, filho de Maria e de José, tendo passado pelo
rito iniciático do Judaísmo, freqüentava o templo e a sinagoga, como qualquer
judeu fervoroso. Não era sua intenção fundar uma nova religião, mas sim
resgatar a essência na relação dos homens para com Deus, que o judaísmo havia
perdido por causa do rigorismo do seu preceito e dos seus ritos purificatórios.
O fenômeno do messianismo era muito comum naquele tempo, como hoje quando
surgem a cada dia novos pregadores em cada esquina, mas somente Jesus é o
verdadeiro e único messias, aquele que fora anunciado pelos profetas, o Ungido
de Deus, descendente da estirpe de Davi, o grande Rei porém, na medida em que
Jesus vai manifestando quem ele é, e o seu modo de viver, convivendo com os
pecadores impuros, curando em dia de Sábado e fazendo um ensinamento novo que
estabelecia novas relações com Deus e com o próximo.
Tudo isso foi gerando um descontentamento nas lideranças
religiosas que de repente começaram a vê-lo como uma séria ameaça a estrutura
religiosa existente, e a expulsão dos vendedores e cambistas do templo foi a
gota dágua que faltava para à sua condenação, sendo dois os motivos que o
levaram à morte: o primeiro de caráter religioso, pois ele se dizia Filho de
Deus e isso constituía-se uma blasfêmia diante do judaísmo, o segundo de
caráter político, Jesus veio para ser Rei dos Judeus, representando uma ameaça
ao augusto Cezar Soberano do império Romano.
O Povo esperava um Messias Libertador político para restaurar a
realeza em Israel, que se encontrava sob a dominação dos romanos. É essa a
moldura histórica dos fatos que marcaram a vida de Jesus, nos seus três anos de
vida pública, desde que deixara a casa de seus pais em Nazaré e dera início as
suas pregações tendo formado o Grupo dos discípulos.Logo após sua morte e
ressurreição, nas primeiras comunidades apostólicas (dirigidas pelos apóstolos)
se perguntava por que Jesus havia morrido? Nas reuniões que ocorriam aos domingos,
porque Jesus havia ressuscitado na madrugada de um Domingo, os apóstolos faziam
a Fração do Pão, recordando tudo o que Jesus fez e ensinou, concentrando suas
pregações na morte e ressurreição. E assim começou-se a se fazer as primeiras
anotações sobre Jesus e mais tarde, entre os anos 60 e 70, surgiram os
evangelhos que revelavam, não só porque Jesus havia morrido, mas também como e
onde havia nascido e de como vivera a sua vida fazendo o bem, anunciando um
reino novo sempre na fidelidade e obediência ao Pai e no amor aos seus irmãos.
A Ressurreição de Jesus é um fato apenas compreensível e
aceitável à luz da Fé, que é um dom de Deus concedido aos homens, pois o
momento da ressurreição não foi presenciado por ninguém e o que as mulheres
viram, segundo o relato dos evangelhos sinópticos, foram os “sinais” da
ressurreição: túmulo vazio, os panos dobrados e colocados de lado, e ainda um
personagem que dialoga com Madalena, confundido por ela com um jardineiro, que
anuncia que Jesus de Nazaré não estava mais entre os mortos porque havia
ressuscitado.As mulheres tornaram-se desta forma as primeiras anunciadoras da
ressurreição aos apóstolos. Outra evidência foram as aparições de Jesus
Ressuscitado aos seus discípulos, reunidos em comunidade conforme relato do livro
do Ato dos Apóstolos. Não se tratam de aparições sensacionalistas para causar
impacto e evidenciar a vitória de Jesus sobre os que conspiraram a sua morte,
mas sim de um Deus vivo e solidário com os que nele crêem, para encorajar a
comunidade dos apóstolos, que tiveram a princípio muita dificuldade para vencer
o medo e descrença, que abateu-se sobre eles com a morte de Jesus.
A Ressurreição de Cristo está no centro da Fé cristã, que é,
segundo o pensamento Paulino, a garantia de nossa ressurreição, que não pode e
nem deve ser compreendida como uma simples volta a esta vida porque se trata de
uma realidade sobrenatural entendida e aceita pela Fé, e não de um fato
científico. O Cristo Ressurrecto apresenta um corpo glorioso! É este o destino
feliz dos que crêem e vivem essa esperança que brota da Fé, pois a Vida venceu
a morte!
Celebrar a Páscoa é celebrar esta Vida Nova de toda a
humanidade, que irrompeu da escuridão do túmulo com o homem Jesus de Nazaré. É
a passagem do pecado para a graça de Deus, das trevas para a luz, da Morte para
a Vida , porque o espírito Paráclito que Cristo deu à sua igreja no dia de
Pentecostes, tudo renova e permite que, caminhando na Fé, já desfrutemos, ainda
que de maneira imperfeita, dessa comunhão íntima com Deus, no Cristo glorioso
que nos acompanha nessa jornada terrestre, e que nos acolherá um dia na
plenitude da Vida Eterna.
Uma feliz Páscoa a todos!
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim
– SP
E-mail jotacruz3051@gmail.com
2. O discípulo viu e creu
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro
da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal
Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
O evangelista São João dá um destaque todo especial ao Discípulo
amado, que corre com São Pedro até o túmulo. O túmulo estava vazio. No entanto,
do Discípulo está escrito que “ele viu e acreditou”. Ele viu o túmulo vazio e
acreditou que Jesus estava vivo. O dia da ressurreição é o dia do túmulo vazio
que nos leva a uma visão de fé. Quem é discípulo vê o tempo todo com os olhos
da fé. A função que Pedro exerce na comunidade de Jesus não o dispensa de ser
discípulo. Por isso, a última palavra de Jesus a Pedro será: “Segue-me”. O
discípulo é aquele que segue o Mestre e vai com ele a qualquer lugar.
Maria Madalena também viu o túmulo vazio, mas pensou que
tivessem roubado o corpo. Não reconheceu logo Jesus porque estava à procura de
um corpo morto, e também porque chorava. As lágrimas impediram que ela visse o
Cristo vivo, que estava de pé, diante dela. Vai reconhecê-lo quando ouvir Jesus
pronunciar o seu nome. Na mesma tarde, os discípulos de Emaús, retornando
tristes para casa, encontram-se com o Ressuscitado no caminho. Não o reconhecem
logo. Ouvem suas palavras, sentem o coração arder enquanto ele lhes fala, mas
só o reconhecerão ao partir do pão. É o Pão da Eucaristia, sem dúvida, aquele
da última Ceia, mas também é o pão da partilha, acontecida por iniciativa dos
discípulos.
Convidaram Jesus a ficar com eles, porque já era tarde. Pensavam
que fosse um simples forasteiro, mas, sem saber, acolheram o Ressuscitado. E
depois refizeram o caminho, como verdadeiros discípulos missionários que
anunciam a todos a alegria que experimentaram. Começamos hoje a caminhada da
Páscoa, a grande passagem deste mundo para o Pai. Caminhamos ressuscitando cada
dia, fazendo do acordar o início de um novo amanhecer. Deixamos para trás o que
fica para trás e seguimos adiante, em direção ao Cristo que nos aguarda. Não
paramos, entregues à paralisia da morte. Andamos e seguimos adiante, apesar dos
nossos pecados, apesar dos erros cometidos. Eles não têm mais peso do que a
graça e não são capazes de impedir que percorramos o caminho começado. Esta
seria a vitória do demônio e do pecado: a morte que paralisa. O demônio quer
ver o nosso desânimo, a nossa desistência. Cristo nos quer vivos, correndo até o
túmulo, percorrendo o jardim, andando até Emaús, retornando a Jerusalém.
Se Deus nos vê em movimento, sabe que estamos vivos, que a morte
não foi vitoriosa, que continuamos firmes no caminho de casa. Ressuscitamos com
Cristo, buscamos as coisas do alto, nossa vida está escondida com Cristo, em
Deus. Diz a tradição que Pedro foi o primeiro a ver Jesus ressuscitado. Hoje,
ele e o Discípulo amado, diante do túmulo vazio, viram que a morte não foi
capaz de segurar Jesus. Seu corpo não estava lá. Estava vivo, ressuscitado.
Hoje, firmes e inseridos na realidade em que vivemos, olhamos para cima, onde
ele está entronizado, e caminhamos sem tropeçar, movidos pela energia da
ressurreição.
HOMILIA DIÁRIA
Postado por: homilia
março 31st, 2013
Aleluia! Cristo ressuscitou verdadeiramente!
Venceu a morte e despojou o império das trevas, sendo vitorioso e dando-nos
também a vitória. Ele venceu e também somos vencedores com Ele. Meu irmão e
minha irmã, Jesus despojou o império das trevas. Somos vitoriosos, porque Deus
nos deu a vitória em Jesus, Seu Filho. Não pelos nossos méritos, mas sim pela
Sua graça.
Cante bem alto: “Glória a Deus nas alturas!”, o
aleluia de festa, pois chegou para nós o dia sem ocaso. O sol brilha para nós
apontando-nos o caminho da eternidade. Aliás, Deus sempre nos conduz em triunfo
para que espalhemos o perfume do conhecimento do Senhor por todo lugar que
andarmos.
Por Cristo e em Cristo somos mais que vencedores,
porque por Ele passamos do fracasso, da derrota para a fortaleza, a vitória e o
triunfo. Da morte para a vida. Tudo isso Deus o fez por amor!
Pode o Senhor ficar em uma cruz? Sim, Ele morreu
lá por amor a você. Pode Deus permanecer em um túmulo? Não, Ele ressuscitou
para que você fosse vitorioso.
Caríssimos, se somos vitoriosos, por que
guardamos para nós os maus momentos? Por que os abraçamos? Por que os mantemos
conosco? Os maus momentos, os maus hábitos, o modo egoísta, as mentiras, os
fanatismos, os deslizes, as falhas… Por que mantemos tudo isto conosco? Precisamos
deixar todo este lixo aos pés da cruz! Podemos fazer isso, porque Deus quer!
Ele quer que façamos isto, porque sabe que não podemos viver como Ele. Só Ele é
Santo. É a cruz e o túmulo vazio que nos santifica. Devemos deixar os maus
momentos na cruz e caminhar com Ele em vitória, pois Jesus não ficou no túmulo.
A pedra foi removida. Deus faz mais que perdoar os pecados, Ele os remove.
A Ressurreição é o motivo principal da pregação
do Evangelho. O evento que encheu o coração dos discípulos de esperança e os
tornou mensageiros do Evangelho da graça foi a visão do sepulcro vazio. A
aurora do primeiro dia suscitou um novo ânimo aos decepcionados. Ora, se Cristo
ressuscitou de fato, então há perspectiva para uma humanidade transtornada pelo
pecado.
Jesus Cristo ressuscitado é o Senhor e Salvador
dos pecadores desenganados. A Ressurreição de Cristo Jesus é a prova evidente
que a morte foi vencida e o pecado perdeu sua força de condenação. A história
da Crucificação não termina com um funeral, mas com um festival de Aleluia. O
anjo anunciava às mulheres com júbilo: “Ele
não está aqui; ressuscitou como tinha dito. Vinde ver onde ele jazia” (Mateus
28,6).
A pregação verdadeira do Evangelho começa com a
visão convincente da morte e ressurreição de Cristo. As testemunhas são as
únicas pessoas que podem, falar de fato, daquilo que presenciaram. Pedro e
João, quando estavam sendo ameaçados pelas autoridades judaicas, para que não
pregassem a Jesus ressuscitado, disseram: “Pois nós não podemos deixar de falar das coisas que vimos
e ouvimos” (Atos 4,20).
Se a morte de Jesus trouxe desesperança para os
Seus discípulos, Sua ressurreição originou uma torrente de esperança capaz de
enxergar por entre nuvens espessas. Já que Cristo ressuscitou, não há mais
barreira que impeça a efetivação de Suas promessas.
Só o milagre do túmulo vazio poderia encher o
coração dos discípulos da certeza da salvação. A regeneração do homem pecador é
um produto da Ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos. “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor
Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma
viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos” (1
Pedro 1,3).
A visão espiritual do túmulo vazio, produzida
pela fé, por meio da Palavra de Deus, garante-nos uma certeza
inconfundível de que a nossa salvação é dom gracioso, que nos motiva ao
testemunho. Como insistia Thomas Brooks: “uma alma dominada pela certeza não
está disposta a ir para o céu sem companhia”.
A falta de convicção inabalável da obra salvadora
por meio de Cristo Jesus é o principal agente da apatia na pregação. Sem a
firmeza do Evangelho não há como pregar-se, com confiança, a sua mensagem.
Muitos apregoam um sistema religioso com a presunção de estar pregando o
Evangelho. Mas somente a segurança da Ressurreição de Cristo, bem como da nossa
ressurreição com Cristo, pode assegurar uma pregação legítima do Evangelho
autêntico.
As mulheres que foram ver o sepulcro onde Jesus
havia sido sepultado saíram de lá ao romper da manhã, ainda que atônitas, com
duas certezas: primeiro, não havia cadáver na tumba. A fé cristã começa no
primeiro dia da semana, nas primeiras horas do dia, com uma certeza da vitória.
A morte foi vencida e o Salvador não é um defunto.
Devemos deixar os nossos maus momentos na cruz e
também os momentos ruins dos nossos irmãos que chegam até nós. Devemos amá-los.
Se amamos a Deus, amamos os nossos irmãos. Como podemos nos chegar diante de
Deus e pedir perdão, se nós não perdoamos os nossos irmãos?
Coisas do passado sempre são trazidas ao
presente. Como alguns têm boa memória para os erros alheios e péssima memória
para a mudança dos seus irmãos. Pare de se prender aos erros do passado! Olhe
para o fruto que pode brotar no coração do seu irmão. Assim como você
ressuscitou com Cristo e é nova criatura, também o seu irmão é em Cristo e com
Cristo uma nova criatura!
Abandone seus pecados antes que eles contaminem
você. Abandone o rancor, antes que ele o incite à raiva e contenda. Entregue a
Deus sua ansiedade antes que ela o iniba de caminhar com fé. Dê a Deus os seus
momentos ruins. Se você deixar com Ele momentos ruins, só sobrarão bons
momentos; então, Cristo terá ressuscitado em você. E se Ele ressuscitou em
você, já não é você que vive, mas é Cristo que vive no seu corpo. E se Cristo
vive em você, em você tudo é santo, porque está envolvido pela luz d’Aquele que
verdadeiramente ressuscitou.
Feliz Páscoa!
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 31/03/2013
Oração Final
Pai Santo, faze-nos crianças do teu Reino!
Encantados com o Mistério da Ressurreição de Jesus de Nazaré, nós entendamos
que este é o sinal da nossa própria ressurreição. Dá-nos a alegria verdadeira e
a coragem da entrega incondicional do nosso ser ao Cristo Jesus, teu Filho que
se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 31/03/2013
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, faze-nos crianças do teu
Reino! Encantados com o Mistério da Ressurreição de Jesus de Nazaré, ajuda-nos
a entender que este é o sinal da nossa própria ressurreição. Dá-nos a alegria
verdadeira e a coragem da entrega incondicional do nosso ser ao Cristo Jesus,
teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
OU
Lc 24,13-35
Comentário do Evangelho
O Senhor está vivo!
Cristo Ressuscitou! Aleluia! Aleluia!
O espaço de que dispomos não nos permite, como em
todos os outros dias, um comentário exaustivo. Somente umas pouquíssimas
palavras.
Se a morte de Jesus e a frustração abatem (cf.
vv. 16-21), a presença do Ressuscitado permite refazer o longo caminho através
da Escritura que abre os olhos e suscita o reconhecimento: “Não estava ardendo
o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as
Escrituras?” (v. 32). O tempo que separa o “ver”do “reconhecer” permite a lição
de exegese a que os dois discípulos confessarão mais tarde que os transformou,
conforme o texto supracitado. Eles fazem a experiência de que a visão física
não é mais um absoluto ou necessária. Mesmo invisível aos olhos, o Ressuscitado
permanecerá presente. A invisibilidade, nós também o sabemos, não equivale mais
à ausência. Aliás, eles nem sequer mencionam a ausência, como se isso não lhes
tocasse ou preocupasse. O tempo que precedeu o reconhecimento, a viagem para
Emaús, tempo de escuta, é o que retém a atenção deles.
Se a paixão e a morte dispersavam os discípulos,
o Ressuscitado os congrega: “Naquela mesma hora, levantaram-se e voltaram para
Jerusalém, onde encontraram reunidos os Onze e os outros discípulos. E estes
confirmaram: ‘Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!’” (vv.
33-35).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, não permitas que eu caia na tentação de
viver distante de meus irmãos e irmãs de fé, pois o Senhor Ressuscitado nos
quer todos reunidos em seu nome.
Fonte: Paulinas em 31/03/2013
OU
Lc 24,1-12
VIDE:

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