sábado, 20 de fevereiro de 2016

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA DE 20/02/2016

ANO C


Mt 5,43-48

Comentário do Evangelho

Quaresma, tempo de aprender a amar. Até mesmo os nossos amigos, nossos familiares, nossos companheiros de vocação, é preciso aprender a amá-los. Não é difícil amar a quem nos ama, conviver com pessoas com as quais nos sentimos bem. Em nós tudo é em certo sentido equívoco, por isso, para manter-se no equilíbrio, é preciso saber amar os próprios amigos. Absolutizar o que é relativo tira a vida do foco e desequilibra a visão. E o que dizer do amor para com os inimigos? Seria bem mais fácil desejar que desaparecessem para sempre. Jesus, porém, nos orienta dizendo que devemos fazer um pouco mais do que fazem os que não são cristãos, não por sermos superiores, mas por termos fé e sermos seus discípulos. O que no evangelho de Mateus é chamado à perfeição, em Lucas é chamado à misericórdia. Deus é bom para quem não o ama e lhe é ingrato. Dá o mesmo sol e a mesma chuva para todos. Se formos como Deus, aprenderemos a tratar o inimigo como amigo, rompendo a violência. O amor do inimigo não consiste em experimentar sentimentos de simpatia para com ele e sim interromper o mecanismo da violência. Evite entrar no jogo do inimigo.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2016’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - Comece o dia feliz)
http://www.npdbrasil.com.br/religiao/evangelho_do_dia_semana.htm#d7

Vivendo a Palavra

Navegamos nas águas profundas do Sermão da Montanha: o Mestre nos leva a ultrapassar a fronteira convencional para buscarmos a perfeição como a do Pai. É a Justiça Evangélica tomando o lugar da justiça legal – essa contabilidade que toma conta das nossas relações com os irmãos, a natureza e, muitas vezes, com o nosso Pai amado...
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php

Reflexão

Um dos valores mais determinantes da nossa vida é a justiça, mas na maioria das vezes deixamos de lado a justiça de Deus para viver a justiça dos homens, fundamentada na troca de valores e não na gratuidade de quem de fato ama. Quem ama verdadeiramente reconhece que Deus é amor e tudo o que somos e temos vem dele, como prova desse amor gratuito. Assim, as nossas atitudes não podem ser determinadas pelas diferentes formas de comportamento das pessoas que nos rodeiam, mas pelo amor gratuito de Deus que deve fazer com que sejamos capazes de superar toda forma de vingança em nome da justiça e procurar dar a nossa contribuição para que o mundo seja cada vez melhor.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2016&mes=2&dia=20

Meditando o Evangelho

O PAI, MODELO DE PERFEIÇÃO

A ordem de Jesus pode, à primeira vista, parecer exorbitante e inexeqüível. Quem será tão pretensioso a ponto de querer igualar-se, em perfeição, ao Pai? Não foi essa a tentação de Adão e Eva, no paraíso, quando ousaram querer ser como deuses, conhecedores de toda a ciência do bem e do mal? Conhecemos o resultado de um tal ousadia.
Urge entender, de maneira conveniente, o preceito de Jesus, para não tachá-lo de injusto. A ordem o Mestre desponta na vida do discípulo como um ideal, embora sabendo que jamais será alcançado. Com isso sentir-se-á impulsionado a progredir, sem se dar por satisfeito com as metas já alcançadas. Existe sempre a possibilidade de ir além e descobrir novas formas de manifestar o amor ao semelhante, de fazer-se servidor dos mais necessitados, de buscar construir comunhão e reconciliação entre todos os seres humanos, sem acepção de pessoas.
Agindo assim, o discípulo torna-se sacramento da perfeição divina na história humana. Seu modo de proceder funcionará como um alerta para quem ainda não se deu conta de quem é o Pai e do que ele exige de nós.
O discípulo deve recusar-se, peremptoriamente, a modelar o seu agir pelos esquemas mundanos, calcados no egoísmo. É o Pai que, no esplendor de sua perfeição, aparece como modelo a ser imitado.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php).
Oração
Pai, que meu agir inspire-se na tua perfeição, de modo a rejeitar todos os esquemas egoístas que as paixões desordenadas querem me impor.
http://www.domtotal.com/religiao/meudiacomdeus.php?data=2016-02-20

HOMILIA DIÁRIA

Querer bem a quem não me quer bem

O Senhor nos ensina a amar com intensidade os inimigos, querer bem a quem não nos quer bem

“Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem!” (Mt 5, 44)

O amor a Cristo é muito exigente, pois exige uma disposição interior profunda de mudarmos a nossa própria mentalidade cômoda e egoísta, que nos leva a amar quem nos ama, a querer bem e fazer o bem só quem nos quer bem e nos faz o bem.
Desculpe-me, mas essa mentalidade não é cristã. Os pagãos fazem isso, os animais fazem isso, eles querem quem os quer bem e assim vai. A mentalidade cristã revoluciona os pensamentos humanos, reconstrói o ser humano destruído pela inimizade e iniquidade. Ela não permite a inimizade.
Se é verdade que há pessoas que nos têm como inimigas, que não nos querem bem, temos algo melhor a oferecer a elas: o nosso amor. Aqui, a palavra amor quer dizer “querer bem” e não “amizade”: “Agora, eu sou amigo dos meus inimigos!”. Não! A palavra amor é: “Ele me quer mal, eu o quero bem. Ele me odeia, eu o amo”.
Muitas são as pessoas que não nos querem bem e desejam o mal para nós. Esse mal que elas nos desejam nem nos faz cócegas, porque a resposta que temos para lhes dar é o nosso amor. Existem aqueles que vão nos perseguir, talvez falar mal de nós, detratar o nosso nome, espalhar cizânia onde nós espalhamos o trigo.
Oremos por elas, coloquemos essas pessoas no coração misericordioso de Deus. Ele quer tão bem ao nosso coração! O Senhor não o quer sujo, entravado, com a sujeira da inimizade e maledicência, nem da fofoca, calúnia e intriga, porque tudo isso vem das inimizades, das disputas humanas.
Afastemo-nos disso! Se as pessoas querem nos considerar mal, falar mal e desejar o mal a nós, que seja a prática delas. “Ah, mas são pessoas até de Igreja!” Isso não quer dizer que quem é de Igreja faz o que Jesus mandou.
Quem escuta seu coração e coloca em prática as palavras do Senhor, faz o que Jesus mandou. Não são as pessoas de Igreja que são salvas, mas as de Deus, aqueles que colocam em prática aquilo que Ele manda e ensina.
O Senhor nos ensina a amarmos uns aos outros, amar com intensidade os inimigos, querer bem a quem não nos quer bem.
É fácil? Não! Mas é possível? Sim. Jesus morreu dizendo: “Pai, perdoe-os, pois eles não sabem o que fazem.” Se eu não dou conta, que Deus me ajude a ter força, garra e vontade de querer bem a quem não me quer bem.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.


http://homilia.cancaonova.com/homilia/querer-bem-a-quem-nao-me-quer-bem/

Oração Final
Pai Santo, dá-nos sensibilidade para ouvir as Palavras do Evangelho; discernimento compreendê-las; sabedoria e força para vivê-las. Queremos ser discípulos missionários da Igreja do Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg06.php

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