Santo Aurélio destacava-se pela caridade, zêlo e pureza de vida
A Igreja da África, durante os anos de 392 até 429, foi
agraciada com o governo santo do primeiro Bispo de Cartago, que santificou-se
tornando seu povo também santo. Santo Aurélio nasceu no século IV e desde
diácono se destacava pela caridade, zêlo, pureza de vida e pelo culto da
Liturgia.
O grande Aurélio esteve como Bispo responsável por toda uma
região e todos o chamavam – por respeito – de “Santo Papa Aurélio”. Não possuía
grandes dotes intelectuais, porém, na Providência Divina, tinha grande amizade
com o sábio e Bispo de Hipona: Santo Agostinho. Unido ao Doutor da Graça, pôde
combater a auto-suficiência do Pelagianismo e outras heresias que encontraram a
condenação no seu tempo.
Muito do que sabemos hoje de Santo Aurélio foi o próprio Santo
Agostinho quem informou, pois este admirava a prudência, a piedade e a
humildade deste pastor e pai, que tudo fazia pela salvação das almas e pureza
da doutrina cristã. Santo Aurélio passou da Igreja militante, para a Igreja
triunfante pouco tempo antes de Santo Agostinho, isto em 429.
Santo Aurélio, rogai por nós!
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Santo Aurélio

Santo Aurélio
séc. IV-V
Santo Aurélio

Santo Aurélio
séc. IV-V
Onde e quando nasceu
Aurélio, não se tem registro. As informações sobre ele aparecem a partir de
388, quando vivia em Cartago, era apenas um diácono e amigo do futuro santo e
doutor da Igreja, Agostinho. Em 391, este último era o bispo da Hipona, atual Annaba,
na Argélia, enquanto Aurélio tornava-se o bispo de Cartago.
Ele foi considerado um dos principais líderes da
Igreja na chamada "província da África", que ocupava a faixa norte do
continente, exceto o Egito. Encontrou essa Igreja em ruínas, pois enfrentara um
cisma no início do século. A crise explodira no fim da perseguição romana aos
cristãos, quando o bispo da Numídia, Donato, se declarara uma força política e
religiosa. Dizia que viera para purificar a Igreja, separando-a do mundo
profano e do Império Romano. Os que ficaram ao seu lado foram chamados
donatistas, hereges que se opunham aos católicos.
Instaurava-se uma crise e um cisma que só viria
terminar com a morte de Donato, na deportação em 355. Os seus seguidores
dividiram-se internamente. Nessa situação, Aurélio e seu amigo encontraram uma
Igreja devastada, fiéis com uma apatia generalizada, pobre de fé assim como de
obras. A doutrina fora esquecida, os templos serviam também para festas e
banquetes, com muitos monges recusando-se a trabalhar.
Aurélio engajou-se, então, na reforma da Igreja e
na revitalização dos costumes morais, dos ritos e da doutrina católica. Diante
do estado de ânimo daquela gente, Aurélio mostrou-se um pai caridoso,
preocupado e sábio. E foi durante o Concílio de Hipona que Aurélio mostrou-se
ainda mais cordial e acolhedor para com os antigos bispos donatistas. A todos
esses, desejosos de retornarem ao seio da Igreja, junto com seus fiéis, Aurélio
devolveu o sacerdócio, inclusive aos fiéis batizados durante o cisma. Dessa
forma, Aurélio conseguiu resolver uma das mais grandes crises disciplinares que
a Igreja enfrentou.
Bispo Aurélio morreu no ano de 430, na sua sede
episcopal de Cartago, no mesmo ano em que também morria seu amigo Agostinho.
Contudo, para a Igreja da chamada "província da África", apenas
começava mais um novo, obscuro e sangrento período, marcado pela invasão dos
bárbaros vândalos.
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